Crise política em Itália penaliza bolsas. Milão cai mais de 1% e Lisboa 0,6%

As bolsas europeias interromperam os ganhos e fecharam a cair, no dia em que o primeiro-ministro italiano anunciou a demissão. A praça de Milão derrapou mais de 1%.

As bolsas europeias não foram capazes de sustentar os ganhos do início da sessão e fecharam em terreno negativo. As negociações nos mercados de capitais do Velho Continente foram condicionadas pelo pedido de demissão do primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, o que adensou a crise política no país.

A praça de Milão foi a mais penalizada com a notícia. Enquanto o europeu Stoxx 600 recuou 0,80%, as perdas no italiano FTSE MIB chegaram a ultrapassar um ponto percentual. O índice fechou a cair 1,11%, para 20.485,43 pontos, com os bancos a destacarem-se negativamente.

No mercado obrigacionista, o juro exigido pelos investidores para trocarem dívida pública italiana a dez anos entre si subiu 2,1 pontos base, para 1,369%. Já a yield das obrigações a dois anos, que caía antes da votação no Parlamento italiano, subiu ligeiramente, fixando-se em 0,033%.

O cenário de crise política confirmou-se e o Governo italiano caiu. “A crise em curso compromete definitivamente a atuação deste Governo, que acaba aqui”, disse o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte, antes da votação da moção de censura proposta pelo vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini.

Investidores “fogem” da praça de Milão

As perdas também chegaram a Lisboa. O português PSI-20 recuou 0,63%, para 4.820,95 pontos, pressionado pela queda dos títulos da Galp Energia. As ações da petrolífera desvalorizaram 0,79%, para 12,60 euros, num dia em que o barril de Brent para entrega em setembro — referência para as importações nacionais — cai 0,65%, para 59,35 dólares. O BCP perdeu 0,64%, para 20,24 cêntimos.

A travar a desvalorização do principal índice nacional esteve a EDP Renováveis. A eólica ganhou 0,95%, para 9,58 euros por ação.

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