STCP fecha primeiro semestre com prejuízo de 4,1 milhões de euros

  • Lusa
  • 1 Outubro 2019

A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) fechou o primeiro semestre com um prejuízo 2,9% abaixo do que o registado em igual período de 2018.

A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) fechou o primeiro semestre de 2019 com prejuízo de 4,1 milhões de euros, menos 2,9% do que em igual período de 2018, tendo transportado mais cerca de um milhão de passageiros.

O Relatório e Contas Consolidadas da STCP, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), refere que “o resultado líquido apurado no primeiro semestre de 2019 foi negativo em cerca de 4,1 milhões de euros”, o que representa um “desagravamento de 122 mil euros”, ou seja, “menos 2,9% face ao registado no período homólogo de 2018”.

No primeiro semestre deste ano, “a procura total” pelos autocarros da STCP “foi de 37,8 milhões de passageiros”, ou seja, houve um aumento de 2,8%, de “cerca de mais de um milhão de passageiros” do que em igual período de 2018. De acordo com o relatório da STCP, o comportamento da procura “é explicado pela melhoria da regularidade do serviço”, devido ao “levantamento da greve às duas últimas horas do período de trabalho, em vigor desde meados de 2017”.

A empresa justifica ainda o aumento da procura com o PART – Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos, que em abril levou à entrada em vigor do designado passe único, implicando “a criação de assinaturas a preços mais acessíveis” e “gerando uma maior apetência pelo transporte público”.

A STCP refere ainda que “a oferta do modo autocarro registou uma ligeira diminuição face a igual período do ano anterior”, de 0,6%, o equivalente a “menos 62 mil quilómetros”. Quanto aos recursos humanos, a empresa revela que, no primeiro semestre de 2019, “houve 15 admissões”, de 13 motoristas e dois guarda-freios, perante “28 saídas de trabalhadores, dos quais 13 eram motoristas”.

A receita do serviço de transporte, incluindo compensações de tarifário social e PART, atingiu os 24,4 milhões de euros no fim do primeiro semestre de 2019. Tal representa, de acordo com o relatório, um “aumento de 3,8%, cerca de 888 milhares de euros, quando comparada com igual período de 2018”. O investimento do primeiro semestre “ascende a 6,6 milhões de euros, dos quais 86%, cerca de 5,6 milhões de euros, respeitam à aquisição de novos autocarros”.

A empresa destaca que, a 28 de agosto de 2019, foi celebrado o Memorado de Entendimento sobre a Intermunicipalização da STCP entre a empresa, o Estado, a Área Metropolitana do Porto e os municípios de Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Valongo e Vila Nova de Gaia. Neste memorando, as partes concordaram em “envidar esforços para implementar o novo modelo de intermunicipalização a partir de janeiro de 2020”.

O relatório acrescenta que “a 31 de julho de 2019, de acordo com a vontade expressa pelo acionista Estado, foi eleito como presidente executivo do Conselho de Administração, para o mandato 2018-2020, Manuel Queiró, com efeitos a partir de 01 de setembro”. Tal deveu-se ao facto de Paulo Azevedo, eleito a 15 de janeiro de 2018 para ocupar o cargo no triénio 2018-2020, ter renunciado ao mesmo “com efeitos a 31 de julho de 2019”.

A STCP fechou 2018 com prejuízo de 1,8 milhões de euros, uma evolução positiva de 13 milhões face ao ano anterior. A receita da empresa de transporte público cifrou-se, naquele ano, em 47,8 milhões, um aumento de 5% face a 2017, tendo transportado 73,4 milhões de passageiros, um crescimento de 1,4%.

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