Marcelo volta a criticar a banca. Sistema financeiro não percebeu que deve ser mais transparente

O Presidente da República diz que há um grau de exigência, transparência e de responsabilidade crescente para com o sistema financeiro e considera que a união bancária tem sido "lenta a avançar".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que a transparência e responsabilidade que é hoje exigida ao sistema financeiro é muito maior, por isso defende a necessidade de se avançar com a união bancária que “tem sido muito lenta a avançar”, criticou.

Horas depois de ter sublinhado que não estava seguro” de que os banqueiros e bancos da União Europeia tenham aprendido lições com as crises financeiras mais recentes, o Presidente da República voltou a criticar o sistema financeiro.

O Chefe de Estado receia que os sistemas financeiros não tenham percebido que hoje há um grau de exigência, um grau de transparência, um grau de responsabilidade crescente que lhes é exigido e isso é também importante a nível europeu porque estamos a falar na união bancária”.

“A união bancária tem sido muito lenta a avançar. Ora avançar de uma forma lenta quer dizer que uma peça fundamental do processo europeu não está a avançar”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas e transmitidas pelas televisões.

O Chefe de Estado está em Atenas para o 15º encontro do Grupo de Arraiolos, uma reunião de Presidentes sem poderes executivos. Marcelo Rebelo destaca ainda a importância de haver uma “convergência nas posições europeias em relação à China e à Rússia”, caso contrário, “cada cada país europeu tem a sua posição e não há uma Europa”, sublinhou.

Referindo-se à relação da Europa com os Estados Unidos, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que a tomada de posições não deve depender de quem é Chefe de Estado ou primeiro-ministro naquele momento, devendo, por isso, estar “acima disso”.

“Não pode depender das situações conjunturais, porque é uma aliança essencial. É uma aliança política, estratégica, militar e que exige uma compreensão recíproca. E, por isso, defendemos que não pode haver nem da parte dos europeus nem da parte dos americanos visões unilaterais, isto é, de repente um dos aliados tomar decisões sem o outro aliado perceber. Tem de haver um permanente diálogo”, reitera.

Interpelado se seria fácil falar sobre a problemática das migrações por Portugal estar no extremo da Europa, o Presidente sublinha que o país tem “conhecimento” sobre o assunto, uma vez que está “a contribuir para a pacificação em zonas de África de onde podem vir as migrações”.

O 15º encontro do Grupo de Arraiolos acontece este ano na capital grega, onde os Chefes de Estado discutem questões relacionadas com o Brexit, crise económica e dos refugiados e de segurança na UE.

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