Guerra comercial castiga Europa. Lisboa cai pela sétima sessão consecutiva

Lisboa segue as quedas das restantes praças europeias, com os investidores receosos de que um acordo entre os EUA e a China só chegue já em 2020. PSI-20 cai quase 1%.

Continua a maré vermelha nos mercados acionistas. Na Europa, a perspetiva de que um acordo entre EUA e a China que ponha fim à guerra comercial só chegue já no próximo ano está a pesar nos índices, sendo que Lisboa não escapa à tendência negativa. O PSI-20 cai quase 1%, com as papeleiras, mais expostas a esta “guerra”, a destacarem-se nas quedas.

O objetivo era que a conclusão do acordo inicial entre as duas maiores economias do mundo ficasse fechado antes de dia 15 de dezembro, quando entram em vigor novas tarifas, mas o Governo de Xi Jinping estará a pressionar por uma retirada das tarifas já impostas e a administração de Donald Trump terá também exigências. Assim, diz a Reuters, a assinatura final deverá resvalar para 2020.

Este adiar do fim da guerra comercial levou já a quedas acentuadas nas bolsas europeias na última sessão, dia em que também Wall Street registou perdas expressivas. E continua a pesar no Velho Continente, levando os índices de referência da região a apresentarem, todos, desempenhos negativos. O Stoxx 600 cai 0,4%, mas índices mais expostos ao comércio global, como o DAX, da Alemanha, perde 0,6%.

Em Lisboa, o PSI-20 segue a cair 0,75% para 5.180,34 pontos, recuando pela sétima sessão consecutiva. A Altri e a Navigator a destacam-se nas quedas. As empresas do setor da pasta e papel, que exportam mais de 90% de tudo o que produzem, estão a ser penalizadas pelos investidores, com as ações a cederem 1,29% e 1,13%, respetivamente. A Semapa cai 1,14%.

PSI-20 segue quedas da Europa

A dimensão da queda do índice nacional é explicada, contudo, pelo comportamento negativo do BCP, que cai 1,07% para 20,25 cêntimos, penalizado também pela perspetiva de imposição de limites à exposição do setor financeiro à dívida pública que podem obrigar os bancos da região a aumentos de capital.

Nos cai 1%, enquanto a Galp Energia perde 0,79%, com o petróleo a corrigir dos ganhos registados na última sessão. EDP Renováveis também recua, mas mantendo-se acima dos 10 euros, assim como a EDP, isto num dia em que apenas três das 18 cotadas do PSI-20 conseguem valorizar.

A Ibersol destaca-se nos ganhos. A dona de cadeias de fast food soma 1,09% para 7,42 euros depois de ter revelado que as receitas cresceram nos primeiros nove meses do ano, mas os lucros caíram. Teve lucros de 10,5 milhões de euros até setembro, o que compara com os 23,9 milhões de euros dos primeiros nove meses de 2018.

(Notícia atualizada às 8h25 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Guerra comercial castiga Europa. Lisboa cai pela sétima sessão consecutiva

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião