Hospitais já abriram quase um terço das camas extra do plano de inverno

  • ECO
  • 26 Dezembro 2019

De um total de 1269 camas previstas nos planos de contingência das unidades hospitalares do SNS, 369 já foram ativadas. Além disso, há cerca de 110 centros de saúde com horário alargado.

Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) já ativaram cerca de um terço das camas que estão previstas nos planos de contingência para o inverno. A culpa é da gripe que deverá atingir o pico na segunda semana de janeiro.

“De um total de 1.269 camas previstas no âmbito dos planos de contingência das unidades hospitalares do SNS, 369 encontram-se ativadas, o que corresponde a 29%”, disse ao Público (acesso condicionado) a Administração Central do Sistema de Saúde. Além disso, a entidade sublinhou que “em todo o país existem cerca de 110 centros de saúde com horário alargado”.

Estas duas medidas visam responder ao aumento de situações graves relacionadas com o frio, como gripes e outros vírus respiratórios. No que toca à taxa diária de urgências com internamento está a aumentar desde o início do mês. Segundo o boletim diário do plano de contingência para o inverno, a taxa de atendimentos urgentes com internamento foi de 7,44. Relativamente aos diagnósticos de infeção respiratória, tem variado entre os 11,3% e os 16,1% (registados a 15 de Dezembro). Mais recentemente, no domingo, era de 14,4%, revela o Público.

Com a gripe a atingir o pico máximo, as urgências hospitalares têm cada vez mais procura. O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos alerta que “as urgências gerais estão um caos”, com as equipas médicas “completamente assoberbadas” e “escalas abaixo dos mínimos”. Jorge Roque da Cunha defende que “é necessário criar condições para a existência de equipas dedicadas” nas urgências.

Ao mesmo tempo, o presidente da Federação Nacional dos Médicos considera que “de forma geral, na grande maioria das urgências [gerais] já se trabalha no limite” e adverte que “qualquer aumento pequeno de afluência pode criar situações complicadas”.

O Público questionou cinco administrações regionais de saúde sobre o ponto de situação das urgências, mas apenas as de Lisboa e Vale do Tejo responderam referindo que estão em “estreita articulação” com as administrações dos hospitais e direções dos centros de saúde, bem como, com a Direção Geral de Saúde e o INEM.

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