Brexit: Linha de crédito de 50 milhões deverá estar disponível na próxima semana

  • Lusa
  • 21 Março 2019

Em causa está uma linha de crédito para apoiar as empresas portuguesas que exportam para o Reino Unido, que se insere no âmbito do Brexit.

O ministro Adjunto e da Economia afirmou esta quinta-feira que a linha de crédito de 50 milhões de euros para apoiar as empresas portuguesas que exportam para o Reino Unido, no âmbito do Brexit, deverá estar disponível na próxima semana.

“Essa linha estará disponível nos bancos, julgo, que na próxima semana”, disse o ministro Siza Vieira numa audição conjunta das comissões parlamentares dos Assuntos Europeus e da Economia sobre os impactos do processo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Em resposta aos deputados, Siza Vieira afirmou ainda que os 50 milhões de euros representam um montante “adequado”, uma vez que nem todas as empresas deverão recorrer à linha de crédito.

“Não julgamos que as 2.500 empresas exportadoras para o Reino Unido precisem todas elas de recorrer a esta linha”, considerou o ministro.

Siza Vieira adiantou que a pauta aduaneira temporária que o Reino Unido apresentou e que vigorará durante um ano, caso não haja acordo para a saída da UE, mostra que 84% das exportações portuguesas para o país “continuarão isentas de direitos aduaneiros”.

“Há, no entanto, algumas linhas pautais que passarão a ser objeto de direitos aduaneiros e algumas delas são importantes”, acrescentou, dando como exemplos as exportações automóveis ou suas componentes ou os têxteis lar, “produtos que passarão a ter alguma tributação”.

Em 15 de janeiro, o Governo anunciou que iria disponibilizar 50 milhões de euros para apoiar as empresas portuguesas que exportam para o Reino Unido, para mitigar o impacto da saída do país da União Europeia (Brexit).

A medida faz parte de um pacote que o executivo quer pôr em ação para fazer face no caso de um hard Brexit, ou seja, saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo.

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Futuro do talento tech em destaque na Start & Scale 2019

Edição de 2019 aposta no futuro do talento tecnológico e tem várias novidades: uma delas são as finais do ICPC, um dos maiores eventos de programação de sempre.

Há mais uma razão para não perder a semana Start & Scale, que decorre entre 1 e 6 de abril, no Porto. É que, à semana de eventos de dinamização do ecossistema empreendedor portuense junta-se agora a fase final do International Collegiate Programming Competition (ICPC), um dos maiores eventos de programação de sempre. Organizado pela Universidade do Porto e com o apoio da autarquia, o evento integra o programa que conta com a conferência ScaleUp for Europe, focada na ligação das cidades às empresas tecnológicas e no papel facilitador das cidades na ligação das grandes empresas às startups.

Na agenda estão oradores nacionais e internacionais como Gary Stewart, diretor geral da Wayra UK, a aceleradora da Telefonica que já investiu em mais de 800 startups, e MB Christie, COO da Tech Nation, iniciativa do Governo britânico para tornar o Reino Unido no melhor sítio para desenvolver uma startup.

Esta é a quarta vez que o Porto promove a semana Start & Scale, através da ScaleUp Porto, a estratégia do município para o empreendedorismo na cidade. A edição deste ano, avança a organização, quer focar-se no futuro do talento tecnológico.

O programa inclui ainda o ToPAS – Torneio de Programação para Alunos do Secundário, o Hackacity, as reuniões de negócios promovidas pelo Doing Business e outra atividades de criação de rede e sessões focadas em investimento.

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Lisboa vence prémio da Semana Europeia da Mobilidade. Deixa para trás Gdynia e Palma

O prémio, que distingue cidades com mais de 50 mil habitantes, foi atribuído pela Comissão Europeia. Da lista de finalistas fazia ainda parte a cidade de Gdynia, na Polónia, e Palma, em Espanha.

Lisboa é a cidade vencedora do prémio da Semana Europeia da Mobilidade – SEM (European Mobility Week Awards) 2018, anunciou esta quinta-feira o júri da Comissão Europeia, em Bruxelas. Deixou para trás as cidades de Gdynia e Palma.

Em causa está um prémio, que distingue cidades com mais de 50.000 habitantes e que foi entregue ao vereador da Mobilidade e Segurança da autarquia de Lisboa, Miguel Gaspar, que representou o município de Lisboa na cerimónia.

“Temos um compromisso com as gerações futuras de lhes deixar um mundo melhor. Os nossos objetivos ambientais são claros e ambiciosos mas para isso precisamos de uma revolução na mobilidade”, referiu. “Este prémio vai motivar-nos a fazer mais e melhor.”

A cidade de Lisboa tinha sido selecionada a 26 de fevereiro de 2019, a par das cidades de Gdynia (Polónia) e Palma (Espanha), como finalista deste prémio que pretende valorizar os melhores exemplos de mobilidade sustentável. A capital do país é premiada após dois anos em que fez parte dos finalistas desta competição, cabendo-lhe agora como prémio um vídeo promocional de três minutos que promove não só a cidade como também medidas sustentáveis no campeonato dos transportes urbanos.

“O júri da Comissão Europeia reconheceu a forte visão de Lisboa para promoção de uma cultura de mobilidade sustentável e o esforço de comunicação dinamizado pelo Município, em colaboração com os vários parceiros ligados aos transportes, para mudar o paradigma da mobilidade na cidade e consciencializar os cidadãos para a utilização de modos de transporte alternativos ao automóvel particular, melhorando a qualidade de vida na capital”, diz a Câmara Municipal de Lisboa em comunicado.

(Notícia atualizada às 20h48 com mais informação)

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Ações da Apple disparam. Wall Street avança

Um rally do setor tecnológico, comandado pela Apple ditou ganhos em torno de 1% no mercado acionista norte-americano que foi puxado ainda por dados económicos positivos.

Assistiu-se a fortes ganhos em Wall Street nesta quinta-feira. Os principais índices bolsistas norte-americanos encerraram com ganhos em torno de 1%, numa sessão que foi animada pelas tecnológicas, comandadas pela Apple, mas também por dados económicos positivos.

O Dow Jones avançou 0,84%, para 25.962,51 pontos, o S&P 500 ganhou 1,09%, para 2.854,88 pontos, enquanto o Nasdaq acelerou 1,42%, para os 7.838,96 pontos.

Após os receios dos investidores face a um discurso mais pessimista da Reserva Federal (Fed) do que o antecipado na passada quarta-feira, regressou o otimismo aos mercados perante a divulgação de dados positivos sobre a economia norte-americana. Os pedidos iniciais de subsídios de desemprego caíram mais do que o esperado na maior economia do mundo, enquanto a atividade industrial recuperou fortemente.

A ajudar à festa esteve o forte desempenho bolsista da Apple. As ações da empresa liderada por Tim Cook valorizaram perto de 4%, em antecipação da estreia do seu serviço de streaming na próxima semana. Mas houve muitas outras cotadas do setor tecnológicas a registar ganhos acentuados. Foi o que aconteceu com a Micron Technlogy que disparou quase 10%, depois de reportar resultados acima do esperado.

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PSD vai pedir auditoria independente “à venda e gestão” do Novo Banco

Leitão Amaro anunciou esta quinta-feira que o PSD vai levar ao Parlamento uma proposta para a realização de uma auditoria independente à "venda, à gestão e à política de imparidades do Novo Banco.

O deputado do PSD António Leitão Amaro anunciou esta quinta-feira que o seu partido vai propor à Assembleia da República a realização de uma auditoria independente à fase posterior à resolução do BES, em 2014, e que deu origem ao Novo Banco. Os sociais-democratas colam-se assim a Marcelo Rebelo de Sousa.

 

“É um anúncio que torno agora público”, começou por dizer Leitão Amaro, frente-a-frente com a António Ramalho, presidente do Novo Banco. “Dentro dos próximos dias dará entrada uma proposta para ser votada no plenário desta Assembleia da República sobre a realização de uma auditoria independente sobre aquilo em que há dúvida. (…) Temos duas auditorias feitas pré-resolução, temos uma comissão de inquérito pré-resolução, temos uma decisão do Tribunal da Relação de Lisboa que avalia a decisão de resolução, mas não sabemos a avaliação disto: os contornos da venda, a gestão e a prática e política de gestão de ativos e de imparidade“, adiantou o deputado social-democrata.

O senhor [António Ramalho] já disse que não tem problema com isso, mas quero dizer-lhe que vamos levar esta proposta à Assembleia da República, e vai dar entrada nos próximos dias uma proposta para auditoria ao que se passou no pós-resolução, com incidência nestes factos“, acrescentou Leitão Amaro.

Não demorou muito tempo para António Ramalho reagir: “Estou desejando uma auditoria que esclareça de forma clara e precisa sobre o que se passa na gestão e organização do banco”.

Vamos levar esta proposta à Assembleia da República, e vai dar entrada nos próximos dias uma proposta para auditoria ao que se passou no pós-resolução, com incidência nestes factos.

Leitão Amaro

Deputado do PSD

Antes, o deputado do PSD deixou as suas dúvidas sobre a política de imparidades do Novo Banco, uma política de front loading de imparidades para poder utilizar os recursos previstos no mecanismo de capital contingente no valor de 3,9 mil milhões de euros. “Temos de perceber não se os volumes de imparidades são todos iguais, mas se os critérios são iguais”, notou Leitão Amaro.

Também aqui, o deputado não ficou sem resposta. António Ramalho esclareceu que “as imparidades são feitas de acordo com os critérios comuns a todas as instituições, são auditadas”.

Depois de o Novo Banco ter solicitado uma compensação financeira de 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução, ao abrigo daquela garantia pública contingente, o Ministério das Finanças veio pedir uma auditoria aos créditos que estão no perímetro do mecanismo. Mais tarde, o primeiro-ministro veio esclarecer que essa auditoria será sobre a fase anterior à resolução do BES, isto porque a fase posterior foi “conduzida diretamente” pelo Banco de Portugal. E “não cabe ao Governo supervisionar o Banco de Portugal, nem seria correto o Governo ordenar uma auditoria ao Banco de Portugal”, justificou António Costa no dia 6 de março.

Entendimento contrário tem o Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa já disse e insistiu que pretende uma auditoria “não apenas na pré-história, isto é, até à resolução, mas depois da resolução”. O PSD acompanha agora a perspetiva do Presidente.

(Notícia atualizada às 20h33 com declarações de António Ramalho)

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Câmara do Porto quer vender em hasta pública Teatro Sá da Bandeira

  • Lusa
  • 21 Março 2019

A autarquia vai vender o imóvel - que comprou em 2017 por dois milhões - em hasta pública pelo valor base de licitação de 2,19 milhões de euros.

A Câmara do Porto quer vender em hasta pública o Teatro Sá de Bandeira pelo valor base de licitação de 2,19 milhões de euros, por considerar “esgotada a utilidade de manter no património público o edifício em questão”.

“Não necessitando o município de mais equipamentos culturais e não tendo sido essa necessidade a motivar o exercício do direito de preferência, considera-se esgotada a utilidade de manter no património público o edifício em questão, razão pela qual agora pode ser alienado, desde que a operação não represente prejuízo“, lê-se na proposta a que a Lusa teve acesso.

Teatro Sá da BandeiraWikimedia Commons

No documento que vai ser votado na reunião do executivo de terça-feira, a Câmara lembra que, quando em 2017, foi comunicada a transação do Teatro Sá da Bandeira, entendeu exercer o direito de preferência e adquirir o imóvel, “já que este não se encontrava classificado e a sua alienação ameaçava as suas características e função” que o município pretendia salvaguardar.

Em simultâneo, a Câmara do Porto desencadeou junto da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) um processo de classificação, atribuindo-lhe também a distinção como Entidade de Interesse Histórico e Cultural ou Social Local. Tais novas condições, defende a autarquia na proposta, “impedem que, através de alienação, a função da mais antiga sala de espetáculos da cidade venha a ser eliminada”.

Assim, sublinha-se a proposta, “o fim que se pretendeu alcançar com a aquisição deste imóvel cumprir-se-á se, na sua alienação, se registar como ónus real o dever da sua afetação ao fim de Teatro“.

As condições especiais de venda que constam da proposta impõem que o comprador do imóvel “obriga-se a destinar exclusivamente o imóvel com entrada pelo N.º 94 A: Teatro, composto por galerias, duas ordens de camarotes, tribuna, palco, camarins e bufetes, ao Teatro Sá da Bandeira não podendo afetá-lo a um uso distinto”.

Determina-se aliás que se for destinado a fim distinto do indicado, o mesmo reverterá para o município do Porto. O mérito da aquisição, afirma o município, revela-se ainda na ausência de qualquer prejuízo para proprietários ou inquilinos, mantendo-se em vigor e com todos os direitos inerentes os contratos de arrendamento que ali existiam. Ainda de acordo com a proposta “está em curso o processo de classificação patrimonial” do edifício atualmente onerado por quatro contratos de arrendamento.

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O Assédio no Arrendamento

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  • 21 Março 2019

Foram assim introduzidos, pela Lei 12/2019, de 12 de Fevereiro, os artigos 13ª-A e 13º-B ao NRAU, que disciplinam, esta matéria.

No âmbito do pacote legislativo, que entrou em vigor no passado mês de Fevereiro, com vista, fundamentalmente, a robustecer a posição do arrendatário na relação locatícia, foi criada a figura do “assédio no arrendamento”, pela adição de uma secção ao capítulo II do título I do “Novo Regime do Arrendamento Urbano” (NRAU), exactamente com essa designação.

O primeiro dos mencionados preceitos define e estabelece a proibição do “assédio no arrendamento ou subarrendamento”, entendendo-se por tal “qualquer comportamento ilegítimo do senhorio, de quem o represente ou de terceiro interessado na aquisição ou na comercialização do locado, que, com o objetivo de provocar a desocupação do mesmo, perturbe, constranja ou afete a dignidade do arrendatário, subarrendatário ou das pessoas que com estes residam legitimamente no locado, os sujeite a um ambiente intimidativo, hostil, degradante, perigoso, humilhante, desestabilizador ou ofensivo, ou impeça ou prejudique gravemente o acesso e a fruição do locado”.

O legislador tipifica o comportamento que proíbe, recorrendo a conceitos indeterminados, conferindo uma vasta amplitude à norma, conceitos esses que terão de ser, em cada caso, concretizados, num primeiro momento, pelos actores da relação locatícia, num segundo momento, pelos agentes administrativos, no caso da Câmara Municipal vier a ser chamada a intervir, realizando vistoria que afirme ou infirme a alegação do arrendatário e, em última instancia, pelo poder judicial, no âmbito dum processo simplificado de injunção, ainda a ser criado especificamente para que os arrendatários façam valer os seus direitos, designadamente, no que ao assédio de que tenham sido alvo diz respeito.

O artigo 13º-B mencionado estabelece as penalidades a que o senhorio fica sujeito pela pratica de qualquer acto ou omissão que integre o conceito de assédio, estabelecendo o processo que deverá ser seguido pelo arrendatário ou subarrendatário para fazer cessar o acto lesivo, com a consequente aplicação das sanções previstas.

 

Note-se que, o senhorio poderá vir a ser penalizado por actos de terceiros, designadamente de eventual interessado na aquisição ou comercialização do locado, aqui se incluído um putativo comprador e / ou um mediador imobiliário, considerando a forma como se tipifica o “assédio no arrendamento”.

O arrendatário lesado pode, assim, intimar o senhorio, mediante carta registada, com vista a que este “tome as providencias ao seu alcance” para: (i) fazer cessar o ruído fora dos limites legalmente previstos, praticados por si ou por interposta pessoas, que ponham em causa a saúde de quem habita o locado; (ii) corrigir as deficiências do locado, ou das partes comuns do respectivo edifício, que constituam risco grave para a saúde ou segurança de pessoas e bens; (iii) corrigir outras situações que impeçam a fruição ou acesso ao mesmo, ou a serviços essenciais.

O arrendatário tem ainda a faculdade de requerer à Câmara Municipal competente a realização da vistoria já referida, a qual tem carácter de urgência e constituirá meio de prova da alegação que vier a fazer em processo injuntivo, que poderá promover.

O senhorio, por sua vez, recebida a intimação, dispõe de um prazo de 30 dias para demonstrar por escrito, ou a tomada das medidas adequadas para fazer cessar o assédio, ou as razões que justifiquem a não adopção de qualquer medida.

No caso do senhorio nada dizer ou não tomar qualquer medida (ainda que o justifique), poderá o arrendatário requerer injunção contra o mesmo com vista a que seja determinada a correcção da situação exposta na intimação, assistindo-lhe ainda o direito a exigir do senhorio o pagamento de uma sanção pecuniária compulsória no valor de 20,00 € por cada dia, a partir do final do prazo de 30 dias referido, até que lhe seja demonstrado o cumprimento da intimação ou até que seja decretada a injunção, sanção essa majorada em 50% se o arrendatário tiver idade igual ou superior a 65 ano ou deficiência comprovada superior a 60%.

Constitui condição, para que o arrendatário, possa exercer o seu direito, o requerimento da injunção contra o senhorio.

Tudo visto, estamos perante uma figura jurídica que promete litigiosidade, apresentando vários problemas de aplicação no caso concreto, decorrentes, tanto da pouca determinação dos seus pressupostos, como das soluções encontradas, as quais, em alguns pontos, poderá levantar duvidas quanto à sua admissibilidade, considerando o quadro legal e constitucional vigente.

Luís Couto - Advogado e Sócio da Lopes Cardoso & Associados

 

Programa de Formação – Alterações Recentes ao Regime do Arrendamento Urbano
Dia 27 de março | CCIP

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ASF já iniciou processo de avaliação da idoneidade de Tomás Correia

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) decidiu hoje iniciar o processo de avaliação de idoneidade dos responsáveis por associações mutualista

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) já está a avaliar a idoneidade de Tomás Correia. A entidade liderada por José Almaça decidiu esta quinta-feira iniciar o processo de avaliação de idoneidade dos responsáveis por associações mutualistas, em que se inclui o presidente do Montepio, Tomás Correia, decisão que foi tomada em Conselho.

O Conselho de Administração da ASF, em reunião realizada esta quinta-feira, 21 de março, deliberou “determinar o procedimento com vista ao registo das pessoas que dirigem efetivamente, fiscalizam ou são responsáveis por funções-chave das associações mutualistas abrangidas pelo regime transitório”, diz a informação divulgada pelo regulador dos seguros, e que foi avançada inicialmente pela Lusa.

A ASF entra agora em terreno, depois de na passada sexta-feira já ter dito que iria avançar com as diligências necessárias para dar seguimento às suas competências ao abrigo da nova lei.

“Na sequência da publicação do Decreto-Lei n.o 37/2019 de 15 de março, a ASF está a desenvolver as diligências necessárias no sentido de dar cumprimento ao mesmo”, disse o regulador dos seguros ao ECO naquela ocasião.

Em causa está a determinação do Governo, que clarificou o Código das Mutualistas, de que é à ASF que cabe avaliar a idoneidade dos presidentes das associações mutualistas. Isto depois de algum conflito entre o regulador dos seguros e o Governo quanto a quem competia avaliar a idoneidade dos responsáveis das mutualistas.

O registo dos responsáveis das mutualistas sob a alçado do regulador dos seguros implica avaliação das condições para exercerem os cargos, tal como a idoneidade. Segundo o diploma cabe agora à ASF “analisar o sistema de governação, designadamente verificando a adequação e assegurando o registo das pessoas que dirigem efetivamente as associações mutualistas, as fiscalizam ou são responsáveis por funções-chave, incluindo o cumprimento dos requisitos de idoneidade, qualificação profissional, independência, disponibilidade e capacidade, bem como os riscos a que as associações mutualistas estão ou podem vir a estar expostas e a sua capacidade para avaliar esses riscos, por referência às disposições legais, regulamentares e administrativas em vigor para o setor segurador”.

O tema da idoneidade de Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, está em cima da mesa desde 21 de fevereiro, data em que foi conhecida a multa de 1,25 milhões euros do Banco de Portugal por irregularidades quando era presidente do Banco Montepio.

Em entrevista ao Dinheiro Vivo/TSF, no passado fim de semana, Tomás Correia disse acreditar que a lei da idoneidade pode ter sido feita a pensar nele e prometeu estudar o decreto-lei que o Governo aprovou. “A única coisa a que tenho assistido é a um conjunto de intervenções muito pouco precisas dirigidas exclusivamente a uma pessoa que pode desembocar na publicação de um diploma”, disse Tomás Correia na altura.

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Beneficiários das prestações de desemprego diminuíram 4,1% em fevereiro

  • Lusa
  • 21 Março 2019

O número total de beneficiários do subsídio de desemprego foi de 182.801, em fevereiro, uma quebra homóloga e mensal.

O número total de beneficiários do subsídio de desemprego foi de 182.801 em fevereiro, menos 4,1% do que no mês homólogo e menos 2,1% face ao mês anterior, indicam as estatísticas divulgadas esta quinta-feira pela Segurança Social.

Os mesmos dados indicam que a queda em cadeia foi suportada pelo decréscimo do número de beneficiários do subsídio de desemprego, já que em relação ao subsídio social de desemprego (inicial e subsequente) e à medida extraordinária de apoio a desempregados de longa duração se observou um aumento do universo de beneficiários face a janeiro.

O número de pessoas a receber o subsídio de desemprego registou, assim, uma queda mensal de 3%, com menos 4.628 subsídios atribuídos. Por comparação com fevereiro de 2018, o decréscimo foi de 2% (menos 3.109 beneficiários).

Relativamente ao subsídio social de desemprego inicial (atribuído a pessoas que não têm um período contributivo suficiente para aceder ao subsídio de desemprego) observou-se uma redução homóloga de 1.302 situações mas uma subida de 104 face a janeiro.

No subsídio social de desemprego subsequente, houve um aumento de 572 indivíduos (2,7%) relativamente ao mês anterior, totalizando 21.558 subsídios, e uma redução de 2.242 subsídios, em relação ao período homólogo (-9,4%).

Em fevereiro deste ano, a medida de apoio extraordinária aos desempregados de longa duração chegou a 2.265 pessoas, mais 19 do que em janeiro deste ano e menos 937 do que em fevereiro de 2018.

O valor médio do subsídio de desemprego situou-se nos 497,1 euros em fevereiro, superando em 10,90 euros o valor médio pago em janeiro. Ainda que este montante registe pequenas oscilações mensais é necessário recuar a maio de 2013 para encontrar um mais elevado.

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Ramalho sobre a resolução do BES: “Separaram a família, não separaram a family and friends”

António Ramalho foi ao Parlamento explicar a origem das perdas do Novo Banco, que nasceu da resolução do BES em 2014 que separou a família Espírito Santo mas não os amigos.

António Ramalho foi ao Parlamento explicar a origem das perdas do Novo Banco e reconheceu que, se a resolução aplicada ao BES em agosto de 2014 separou a família Espírito Santo do banco bom, não separou “os amigos”. E, por isso, continuaram a haver créditos tóxicos no Novo Banco.

Estas declarações surgem depois de o presidente do Novo Banco, que está a ser ouvido esta quinta-feira no Parlamento por causa dos prejuízos volumosos que vão obrigar o Fundo de Resolução a injetar 1.145 milhões de euros, ter sido questionado pelo deputado socialista João Paulo Correia sobre a razão pela qual a medida de resolução do BES manteve um conjunto de créditos tóxicos no balanço do Novo Banco e não foram transferidos para o banco mau.

António Ramalho admitiu que foi uma resolução que “não foi preparada totalmente” (e lembrou as palavras do presidente do Fundo de Resolução, Máximo dos Santos, que afirmou que estamos perante “uma resolução às prestações”) e que visou sobretudo deixar de lado os ativos de maior risco, como o Banco em Angola, as operações na Líbia e Miami e todo o negócio da família Espírito Santo.

“Mas se separaram a família, não separaram a family and friends (a família e os amigos)”, notou o presidente do Novo Banco.

Ainda assim, no entendimento de António Ramalho, foi correta a decisão de manter os créditos problemáticos na esfera do Novo Banco. Isto porque se fossem transferidos para o banco mau, as autoridades estariam a dar estes empréstimos como totalmente perdidos, com reduzidas hipóteses de recuperá-los junto dos devedores.

Ramalho adiantou aos deputados que dos 44 créditos mais mediáticos, no valor de 4,2 mil milhões de euros, já recuperou 1,5 mil milhões de euros, dos quais 500 milhões de euros em ativos e imóveis e mil milhões em dinheiro.

(Notícia atualizada às 19h04)

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Parecer do BCE pode ditar novas alterações à reforma da supervisão financeira

Parecer do BCE sobre a proposta de lei ainda não chegou a Lisboa, o que deverá acontecer em abril. Se forem feitas propostas de alteração, o Parlamento terá de as acatar, senão poderá um processo.

O parecer do Banco Central Europeu (BCE) sobre a reforma de supervisão financeira em Portugal está na reta final, mas ainda não chegou a Lisboa. A data prevista é abril. A proposta delineada pelo Governo já foi aprovada e entregue no Parlamento, onde será discutida, e é também aqui que poderão ser feitas alterações em conformidade com as eventuais recomendações do BCE

O parecer do BCE não é vinculativo, mas deverá apontar preocupações, em linha com o que foi feito pelo Banco de Portugal (BdP). Se assim for e se o Parlamento optar por não acatar as sugestões de Frankfurt, o BCE pode fazer uma participação à Comissão Europeia, que irá depois decidir — consoante o nível de incumprimento — se levanta ou não um processo de incumprimento a Portugal. Em última análise, pode chegar ao Tribunal de Justiça da União Europeia.

O Governo pediu consultas ao BdP, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e ao BCE antes de aprovar a proposta. A autoridade europeia foi a única que não entregou o parecer sobre a reforma de supervisão no período previsto, ou seja, até 15 de fevereiro.

A análise do documento de mais de 300 páginas enviado em português ainda dura, até porque as regras europeias preveem que este tipo de legislação seja enviada aos bancos centrais dos restantes países da Zona Euro e que os respetivos governadores se possam pronunciar. Ainda assim, o ECO sabe que a preparação do documento está prestes a ser finalizada e deverá chegar ao Ministério das Finanças ainda no mês de abril.

A principal crítica esperada prende-se com as possíveis limitações à independência do BdP, em especial a fiscalização da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) ao BdP ou a possibilidade de o Parlamento pedir a exoneração de um governador do BdP. Apesar de os pareceres serem autónomos — o BdP limitou-se a comunicar a sua apreciação ao BCE –, o supervisor português argumentou parte das críticas com o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, pelo que é expectável que a instituição liderada por Mario Draghi possa alinhar com as mesmas questões.

A espera pelo parecer do BCE poderá vir a atrasar o processo de aprovação parlamentar da proposta de lei, que foi enviada esta quinta-feira para a Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COMFA).

A apenas sete meses das eleições legislativas, a demora poderá ser ainda maior se os deputados decidirem chamar à comissão intervenientes do mercado financeiro, sendo que uma das sugestões feitas tanto pelo BdP como pela CMVM é que deveria ter sido realizada uma consulta pública. Antes de a proposta ter sido entregue no Parlamento, esta quarta-feira, a última informação pública sobre o assunto foram as conclusões de um grupo de trabalho liderado por Carlos Tavares, em 2017, e que tem grandes diferentes face ao projeto atual.

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A tarde num minuto

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