Saída sem acordo pode custar 57,3 mil milhões de euros por ano à economia britânica

  • Lusa
  • 21 Março 2019

Um estudo do Instituto Bertelsmann concluiu que a saída do Reino Unido da União Europeia faria a economia da UE perder, em termos globais, cerca de 40,4 mil milhões de euros.

Uma saída do Reino Unido da União Europeia (UE) sem acordo custaria à economia britânica 57,3 mil milhões de euros por ano, quase 900 euros per capita, segundo um estudo divulgado esta quinta-feira pelo Instituto Bertelsmann.

O instituto alemão calculou que um Brexit sem acordo terá um impacto negativo em todos os restantes 27 Estados membros da UE, sobretudo Alemanha e França, calculando que a economia da UE em termos globais perderia cerca de 40,4 mil milhões de euros. “O Brexit pode afetar seriamente os alicerces da maior área económica do mundo e Bruxelas e Londres devem fazer tudo ao seu alcance para chegar a um acordo“, disse Aart de Geus, presidente do Instituto.

A perspetiva de uma saída sem acordo agravou-se nos últimos dias devido ao chumbo por duas vezes no Parlamento do Acordo de Saída negociado pelo Governo britânico com Bruxelas e finalizado em novembro do ano passado.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou na quarta-feira que pediu um adiamento da data de saída, prevista para 29 de março, por três meses, até 30 de junho, de forma a submeter pela terceira vez o documento aos deputados e aprovar a respetiva legislação. Porém, os 27 responderam que a extensão do artigo 50.º, que determina um período de dois anos de negociação para ser ratificado um acordo, só será aceite se o Acordo for aprovado pelo parlamento na próxima semana.

As consequências económicas de uma saída britânica da UE sem acordo já foram objeto de análises por outras instituições, incluindo pelo Governo britânico, que, num estudo divulgado no ano passado, apontou para uma redução do Produto Interno Bruto (PIB) de 9,3% em 15 anos. O Banco de Inglaterra estimou que o mesmo cenário pode provocar um recuo de 7,8% a 10,5% no PIB britânico até 2024, juntamente com uma depreciação da libra de até 25% e um aumento da inflação para 6,5%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) previu uma contração do PIB de 5% a 8%, enquanto a organização patronal britânica CBI, que agrega cerca de 190 mil empresas, prevê uma queda do PIB de até 8% se o Reino Unido sair da UE sem um acordo.

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Dívidas à Segurança Social? Governo reforça mecanismos de cobrança

O Governo aprovou o reforço dos meios de cobrança por dívidas à Segurança Social. Em causa está, entre outras medidas, a fiscalização dos devedores que apresentam dívida em execução fiscal.

O Governo aprovou, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros o reforço dos mecanismos de cobrança por dívidas à Segurança Social, de modo a promover o combate à fraude e à evasão contributiva. Com este decreto-lei, o Executivo de António Costa aproxima o regime em causa do vigente “em sede de cobrança tributária”.

“Pretende-se, através deste diploma, ampliar os meios de atuação do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) no sentido de fomentar a cobrança de dívida e potenciar o combate à fraude e evasão contributiva“, é explicado em comunicado, referindo-se que essa melhoria deverá passar nomeadamente pela introdução da possibilidade de “fiscalização dos devedores que apresentam dívida em execução fiscal”.

Nos últimos três anos, o IGFSS — organismo responsável pela gestão da dívida da Segurança Social — arrecadou, em média, 630 milhões de euros anuais relativos à cobrança em causa. “Esta receita assume particular relevância no contexto do orçamento da Segurança Social”, sublinha o Governo, referindo que o organismo em causa atua através da “instauração e instrução de processos de execução de dívidas”.

“Importa, por isso, assegurar os níveis de eficiência da cobrança já alcançados, potenciando a sua melhoria e incremento”, remata o Executivo.

No início do mês, a Segurança Social anunciou que a cobrança coerciva de dívida atingiu em 2018 o valor mais alto desde 2013: 644,4 milhões de euros. Tal representou um aumento de 6,5% face ao ano anterior.

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Paulo e Ângelo, “almas gémeas da Sonae”, despedem-se de voz emocionada e confiantes na nova gestão

Paulo Azevedo terminou o mandato assegurando todo o apoio a Cláudia Azevedo para que "consiga levar a Sonae a novos patamares e que o grupo atinja uma verdadeira escala internacional".

Foi de voz embargada pelas emoções que tanto Ângelo Paupério como Paulo Azevedo encerraram a apresentação de contas da Sonae de 2018 e também o seu mandato conjunto à frente dos destinos do grupo Sonae. As lágrimas não se viram, mas sentiram-se na voz dos gestores na hora de passar a pasta a Cláudia Azevedo.

“Estamos cá há 30 anos e agora vamos deixar funções executivas… E, neste momento em que falo pela última vez na condição de co-CEO, queria deixar alguns agradecimentos”, começou por dizer Ângelo Paupério. O primeiro agradecimento? “Ao Eng. Belmiro de Azevedo e aos filhos pela confiança que tiveram em mim, pelo apoio que sempre me deram e pelo carinho com que me senti sempre tratado nesta casa”, prosseguiu, reservando um agradecimento especial para “o meu amigo e confidente, Paulo”.

“Tivemos um percurso muito próximo, também de amizade, fomos confidentes de preocupações e angústias, partilhámos sucessos, rimos muito”, disse Ângelo sobre a sua relação com Paulo. De seguida estendeu os agradecimentos à “equipa da Sonae”, os “verdadeiros heróis do sucesso” da empresa. Mas foi quando chegou a hora de agradecer à família que mais se sentiu a emoção na voz de Ângelo Paupério, normalmente dos mais circunspectos do universo Sonae. “Agradeço acima de tudo à minha família.”

“O meu pai foi meu chefe direto por mais de 20 anos”

Também Paulo Azevedo quis deixar os seus agradecimentos na hora da despedida dos cargos executivos da Sonae. E começou pelo pai. “Aprendi tudo com o meu pai, foi o meu mestre e meu chefe direto em mais de 20 dos 30 anos deste percurso”, começou por dizer. Avançou de seguida para rasgados elogios a toda a equipa que constitui o universo da gestão da Sonae.

“Em particular, já hoje tive a oportunidade de agradecer aos CEO das grandes divisões da Sonae, que foram a minha equipa direta mais próxima nos últimos anos. Não acredito que haja muitas equipas no mundo com este nível de competência e dedicação. Foi um privilégio.” E tal como Ângelo Paupério, também Paulo Azevedo quis deixar uma menção particular ao gestor que dividiu consigo a liderança do grupo nos últimos anos. A sua “alma gémea”, como descreveu.

“Quero agradecer especialmente à minha alma gémea da gestão, Ângelo Paupério, tanto em nome próprio como da Sonae.” Falou de seguida da forma como o percurso de ambos esteve sempre ligada na Sonae: “O Ângelo entrou na Sonae para me substituir depois de acabar a primeira edição do MBA da EGP e eu fui fazer a segunda edição do MBA. Quando regressei, fui para um projeto liderado pelo Ângelo representar a Sonae Indústria e substituí o Ângelo quando ele seguiu para a administração da Sonae Distribuição, a que me viria a juntar. Depois ingressei na Optimus e na Sonaecom, onde também estava, e acabámos por ingressar juntos na Comissão Executiva da Sonae.”

E como se todo este percurso quase paralelo já não fosse suficiente, selaram “estes 30 anos de complementaridade, cumplicidade e amizade decidindo ter as mesmas funções, as de co-CEO”.

Os desejos e os votos para “a Cláudia”

Ângelo Paupério e Paulo Azevedo coincidiram também em dedicar as últimas palavras das suas intervenções a Cláudia Azevedo, que será a CEO da Sonae para o mandato 2019-2022. “Vai assumir uma enorme responsabilidade e pode contar com o meu compromisso para que a gestão da Sonae continue a ter condições para tomar decisões de longo prazo de forma autónoma e de modo a que consiga levar a Sonae a novos patamares e que o grupo atinja uma verdadeira escala internacional”, vaticinou Paulo Azevedo.

Ângelo Paupério, por seu turno, lembrou que a gestão que agora inicia funções é composta por pessoas “que conheço muito bem e por quem tenho grande consideração e respeito”, pelo que está convicto que a mudança “vai ser boa para a Sonae”, desejando o maior sucesso a Cláudia Azevedo numa posição “que vai ser difícil, mas extremamente gratificante”.

A conferência terminou com a plateia a aplaudir de pé os dois ex-CEO. Cláudia Azevedo foi a primeira a levantar-se.

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Ajuda portuguesa já aterrou em Moçambique. Há mais a caminho

O primeiro avião português já aterrou em Moçambique e transportou fuzileiros que vão ajudar nas operações de busca e salvamento. Portugal vai enviar mais ajuda.

O primeiro avião com ajuda portuguesa já aterrou em Moçambique e transportou fuzileiros e barcos que vão ajudar as autoridades locais nas operações de busca e salvamento, na sequência do ciclone Idai que deixou inundada uma área com extensão de 100 quilómetros e que matou pelo menos 217 pessoas no centro do país.

Além deste, o Governo despachou também outra aeronave C-130 Hercules com agentes da Proteção Civil. Estima-se que 15 mil pessoas precisem de ser resgatadas rapidamente destas zonas.

“É preciso ter em conta que a situação não está estabilizada. Não há dimensão real das necessidades”, lembrou o primeiro-ministro português, António Costa, numa conferência de imprensa em Bruxelas, transmitida em direto pela SIC Notícias. Só mais tarde é que as autoridades moçambicanas serão capazes de dizer, com mais precisão, que tipo de ajuda vai ser necessária, e em que quantidades. “Estamos em contacto permanente”, garantiu.

O ciclone Idai já provocou mais de 300 mortes. Estima-se que haja 400 mil pessoas desalojadas.André Catueira/Lusa

Questionado sobre os 30 portugueses naquela região do globo que ainda não foi possível contactar, o governante recusou considerá-los como “desaparecidos” e indicou serem pessoas que o Estado português tentou contactar, mas sem sucesso. “Esperamos que seja apenas por motivos técnicos, por indisponibilidade das redes”, afirmou António Costa, ao lado da comissária Frederica Mogerini, no fim de um encontro em torno do Brexit.

Segundo a alta representante da UE para os Assuntos Externos, a Comissão Europeia despachou uma ajuda financeira de dois milhões de euros assim que tomou conhecimento da tragédia. Reconhecendo tratar-se de um montante “pequeno face à dimensão das necessidades”, a comissária mostrou intenções de alargar esta ajuda. Até porque já foi acionado por Moçambique um mecanismo europeu de emergência. “É muito difícil atuar neste tipo de circunstâncias, mas estamos lá para apoiar com toda a nossa energia e recursos”, garantiu Frederica Mogerini.

Estima-se que pelo menos 300 pessoas tenham morrido por causa do ciclone Idai que afetou Moçambique, Maláui e Zimbabué. Já foram resgatadas 3.000 pessoas, segundo os dados mais recentes, avançados pelo ministro Celso Correia, que tem a pasta do Planeamento Territorial. Segundo a Cruz Vermelha Internacional, existem cerca de 400 mil pessoas desalojadas.

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Michel Temer detido por causa do Lava Jato

  • ECO
  • 21 Março 2019

Ex-Presidente brasileiro Michel Temer foi detido em S. Paulo. Prisão teve como base uma denúncia do dono de uma construtora, que admitiu subornos para assegurar construção de central nuclear.

O antigo Presidente brasileiro Michel Temer foi detido na manhã desta quinta-feira em S. Paulo, na sequência de um mandado de captura emitido por um juiz do tribunal criminal do Rio de Janeiro, avança o site G1, da rede Globo.

Michel Temer é alvo de dez inquéritos diferentes no âmbito das investigações do Lava Jato. De acordo com o G1 (acesso livre), foi detido por causa de uma denúncia do dono da construtora Engevix, José Antunes Sobrinho, que admitiu ter pago subornos de um milhão de reais (cerca de 230 mil euros) para assegurar a construção de uma central nuclear no Rio de Janeiro em 2010.

Além de Michel Temer, as autoridades também prenderam o ex-ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, enquanto tentam dar cumprimento a mandados de captura contra mais pessoas, incluindo alguns empresários. A Folha de S. Paulo diz que o ex-ministro da Casa Civil Eliseu Padilha também é um dos visados.

Desde esta quarta-feira que a Polícia Federal tentava localizar Michel Temer, que assumiu a presidência do Brasil em agosto de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff, mas só esta quinta-feira foi detido preventivamente. A imprensa brasileira revela que, depois de detido, o antigo governante foi levado para o Aeroporto de Garulhos, em S. Paulo, de onde viajou para o Rio de Janeiro num avião da Polícia Federal.

O jornalista da CBN Kennedy Alencar disse no Twitter que falou com Michel Temer por telefone, que lhe descreveu a detenção como uma “barbaridade” e confirmou que ia a caminho do aeroporto juntamente com polícias federais.

O Movimento Democrático Brasileiro, partido de Michel Temer, já lamentou a “postura açodada da Justiça à revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte do ex-presidente da República Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco”.

Espera que a “Justiça restabeleça as liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e o direito de defesa”, refere a nota do partido.

Os mandados foram emitidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, responsável pela investigação do caso Lava Jato no Rio de Janeiro.

Entretanto, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, também já reagiu à detenção do seu antecessor na Presidência do Brasil. Diz que Michel Temer foi preso devido a acordos políticos em nome da governabilidade, segundo noticiou o jornal Estadão.

Em viagem ao Chile, Bolsonaro comentou a prisão do ex-chefe de Estado, acrescentando “que a Justiça nasceu para todos e que cada um é responsável pelos seus atos”, de acordo com a mesma fonte.

Segundo o portal de notícias G1, também o vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, se manifestou acerca do caso, afirmando que “é muito mau para o país ter um ex-Presidente preso”, acrescentando que “agora seguem as investigações”.

Michel Temer é o segundo Presidente do Brasil a ser detido após investigações por corrupção, depois de Lula da Silva, há cerca de um ano.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h20)

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Wall Street na linha de água com prudência da Fed

Reserva Federal norte-americana já não vai subir juros em 2019, o que deixa os investidores desconfiados em relação ao momento da economia. Wall Street negoceia pouco acima da linha de água.

Os principais índices em Wall Street estão a negociar ligeiramente acima da linha de água, isto depois de a Reserva Federal norte-americana (Fed) ter anunciado esta quarta-feira que só voltará a subir os juros no próximo ano, sinalizando que o momento da maior economia do mundo pode não ser o melhor.

O S&P 500, índice de referência mundial, soma 0,06% para 2.824,12 pontos, acompanhado do industrial Dow Jones e do tecnológico Nasdaq, que avançam 0,01% e 0,19%, respetivamente.

“O fator medo aqui tem a ver com a fraqueza da economia e com o medo da Fed, porque uma viragem de 180 graus como a que o banco central fez é significativa”, referiu Peter Cardillo, economista chefe da Spartan Capital Securities, citado pela Reuters. “A Fed deixa sempre a porta aberta para uma subida dos juros e agora parece que a janela está fechada, e isso assusta os investidores”.

Um banco central define a taxa de juro consoante o andamento da economia, embora os objetivos da Fed passem em concreto pelo pleno emprego e pelo controlo da inflação em torno dos 2%.

Em termos empresariais, o setor financeiro, o mais sensível às variações da taxa de juro, seguia condicionado: o Bank of America perde 1,69% para 28,15 dólares, ao mesmo tempo que o Citigroup e JPMorgan Chase cedem ambos cerca de 2%.

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A manhã num minuto

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Dispersão da Sonae MC vai “estar sempre em cima da mesa”, diz Ângelo Paupério

Gestão da Sonae não comenta rumores sobre interesse do grupo na Dia, mas co-CEO diz que Sonae está sempre atenta. Mas lembra: "A nossa estratégia não se baseia em crescimento por aquisições".

A dispersão em bolsa de parte do capital da Sonae MC, empresa de retalho líder em Portugal, é um cenário que o grupo Sonae vai manter “sempre em cima da mesa”, apontou Ângelo Paupério, co-CEO da Sonae, na apresentação dos resultados anuais da empresa, esta quinta-feira.

“A dispersão em bolsa [da Sonae MC] deve estar sempre em cima da mesa, este e todos os outros… há momentos e razões que podem levar a isso [relançar o IPO], mas não é exclusivo ou algo que esteja decidido e planeado para acontecer. O ativo Sonae MC está hoje melhor preparado para fazer parte de qualquer tipo de operação de mercado“, reforçou.

A dispersão do capital da Sonae MC foi cancelada pelo grupo empresarial pouco depois de o prospeto ter sido aprovado pela CMVM, com a empresa a justificar a decisão com a tensão nos mercados internacionais. “O projeto de IPO falhou, é verdade, mas a operação tinha vários objetivos, não apenas a colocação no mercado”, explicou o gestor. “Quisemos dotar a Sonae MC de um perímetro estanque, sem pessoas e colaboradores envolvidos em negócios cruzados, o que resulta em falta de foco. Fizemos uma profunda reestruturação que tinha como motivo assegurar o IPO, mas o objetivo de fundo era criar as condições para ter este novo perímetro e equipa.”

Um outro racional ligado à decisão de avançar para o IPO da MC, explicou também Paupério, esteve no próprio perfil de alguns investidores. “Há investidores que preferem ficar expostos a setores específicos da Sonae, que é uma holding, e que preferem investir em ramos particulares e não numa pluralidade de setores. Logo, uma das motivações do IPO era dar oportunidades aos investidores de investir num ramo específico, mas se são os próprios investidores a dizer que não querem, então resolve-se o problema e ficamos mais à vontade para continuar a nossa estratégia“, explicou.

Retalho a mexer

Ainda em relação ao segmento de retalho, também a entrada da Mercadona e a situação da Dia foram temas em foco na conferência de apresentação de resultados da Sonae que decorreu esta quinta-feira.

Mercadona é um operador competente como o Carrefour, Lidl, Aldi… Todos esses gigantes também nos vieram desafiar e soubemos lidar com eles e esperamos que continue assim

Paulo Azevedo

A entrada do grupo espanhol em Portugal, disse Paulo Azevedo, é algo para o qual a Sonae já está preparada. “Respeitamos muito todos os grandes players, mas estamos preparados e confiantes, porque temos muita experiência nestas lutas e nestes desafios. É um operador competente como o Carrefour, Lidl, Aldi… Todos esses gigantes também nos vieram desafiar e soubemos lidar com eles e esperamos que continue assim“, concluiu.

Já quanto a rumores que davam conta de um eventual interesse da Sonae na Dia, Ângelo Paupério lembrou que um grupo como a Sonae deve estar obrigatoriamente “sempre atenta ao mercado”, mas lembrou que a estratégia da empresa “não se baseia em crescimento por aquisições”.

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“Incerteza” continua a penalizar economia, diz Banco de Inglaterra

  • Lusa
  • 21 Março 2019

Num comunicado divulgado após a sua reunião de política monetária, o banco central disse que a "incerteza" em torno do Brexit "continua a gerar volatilidade no preço dos ativos no Reino Unido".

O Banco de Inglaterra anunciou esta quinta-feira que mantém a principal taxa de juro em 0,75% e considerou que as incertezas do Brexit continuam a penalizar a confiança e a atividade económica a curto prazo.

Num comunicado divulgado após a sua reunião de política monetária, o banco central também indicou que a indefinição em torno da saída britânica da União Europeia (UE) “continua a gerar volatilidade no preço dos ativos no Reino Unido, particularmente na taxa de câmbio da libra esterlina”.

A oito dias da data inicialmente prevista para a saída da UE (29 de março), a instituição, com base em dados económicos recentes e fracos, considera que “as incertezas em torno do Brexit continuam a pesar na confiança e na atividade económica a curto prazo”. No entanto, o banco central admitiu que é mais difícil a partir destes dados tirar conclusões sobre uma evolução a médio prazo.

O Banco de Inglaterra prevê que o crescimento económico seja de 1,2% em 2019 e de 1,5% em 2020, o que representa um abrandamento em relação aos dois anos anteriores (1,7%).

A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu formalmente à UE um adiamento do Brexit para 30 de junho, mas Donald Tusk, o presidente do Conselho Europeu, condicionou o prolongamento do prazo à aprovação pelos deputados britânicos do acordo negociado entre Londres e Bruxelas, rejeitado em duas ocasiões na Câmara dos Comuns. Os meios empresariais continuam a temer um Brexit sem acordo, que seria o pior cenário para a economia.

Num sinal de que a perspetiva de saída sem acordo está a ser levada a sério, cerca de dois terços das empresas britânicas tomaram medidas para esse cenário e 80% dizem-se “preparadas” para um Brexit “sem acordo nem transição” em 29 de março, contra 50% que se diziam nessa situação em janeiro, de acordo com um inquérito do Banco de Inglaterra.

A maioria dos 300 líderes empresariais questionados continuam a pensar que um Brexit duro (sem acordo) levará a uma queda do emprego e do investimento nos próximos 12 meses, apesar de se mostrarem ligeiramente mais otimistas do que nos dois últimos inquéritos.

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Tribunal de Contas detetou no IMT “incongruências nos registos contabilísticos”

  • Lusa
  • 21 Março 2019

Numa auditoria financeira realizada ao IMT, o Tribunal de Contas detetou várias "incongruências" nos registos contabilísticos, uma dívida sobreavaliada, pagamentos indevidos, entre outros.

Na sequência de uma auditoria financeira, o Tribunal de Contas (TdC) detetou no Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) “incongruências nos registos contabilísticos”, uma dívida sobreavaliada, pagamentos indevidos e “deficiências de controlo e contabilização” na receita própria.

O sistema de controlo interno apresentou-se deficiente, observando-se, designadamente incongruências nos registos contabilísticos, não elaboração de reconciliações bancárias periódicas, existência de disponibilidades não refletidas no balanço e incapacidade na identificação da origem da totalidade dos valores creditados, conduzindo à subvalorização da receita”, refere o TdC numa auditoria financeira ao IMT.

A auditoria teve por objetivo emitir um juízo sobre a consistência, integralidade e fiabilidade das contas de 2015 do IMT, bem como sobre a legalidade e regularidade das operações examinadas. “Face às distorções evidenciadas, que afetam de forma materialmente relevante e generalizada as demonstrações financeiras e a execução orçamental, o Tribunal emitiu sobre as mesmas um juízo desfavorável”, concluiu a auditoria.

O TdC indica que o valor contabilizado como dívida do IMT, de 55,1 milhões de euros, “não corresponde ao valor real, encontrando-se sobreavaliado”. Segundo o Tribunal, também o valor da dívida ao IMT, 5,1 milhões de euros, “se encontra sobreavaliado”, sendo 63,3% desse valor registado como de “cobrança duvidosa”. “O balancete do final de 2015 apresenta saldos devedores e credores que distorcem o valor da dívida do e ao IMT”, frisa aquele Tribunal.

Na receita própria, o TdC encontrou “deficiências de controlo e contabilização”, considerando que “o valor de taxas contabilizado na execução orçamental é diferente do valor creditado nas contas bancárias, tendo a diferença sido acomodada em reconciliações bancárias”. O Tribunal adianta que “não foram desenvolvidos os procedimentos adequados à reposição de cerca de 10,6 mil euros, referente a taxas cobradas e não depositadas”.

A auditoria detetou também que as dívidas dos centros de inspeção e dos centros de exame ao IMT “são apenas contabilizadas no final de cada ano”, que “não foram cobrados juros de mora” nas situações de atraso na entrega de receita e “atrasos no registo das receitas de contraordenações, com consequências na entrega dos montantes devidos ao Estado”.

De acordo com o documento, os pagamentos indevidos em remunerações, apurados entre 2007 e 2011, não se encontravam recuperados na totalidade, estando ainda por recuperar 634 mil euros. A auditoria indica igualmente que o IMT não prestou contas do exercício de 2015 ao Tribunal de Contas no prazo legal, “mas apenas cerca de dois anos depois”.

“Foram elaboradas quatro contas de gerência, tendo duas sido apresentadas ao Tribunal de Contas, em agosto de 2017 e em abril de 2018. Pela comparação das duas contas observaram-se diferenças significativas nos valores apresentados”, refere o mesmo documento.

O TdC concluiu também que “as reconciliações bancárias apresentam um número extremamente elevado de operações, com insuficiente descrição, sendo os valores totais a adicionar e a subtrair aos saldos bancários” de 8,5 milhões de euros e de 500 mil euros respetivamente, o que “revela falta de clareza e rigor da conta apresentada”.

Na auditoria, o TdC recomenda ao IMT para que diligencie “pela análise da receita, bem como pela identificação das operações ‘extraorçamentais’”, proceda “à circularização das dívidas contabilizadas, quando existam saldos devedores ou credores que distorcem o valor da dívida do e ao IMT, respetivamente”.

O Tribunal aconselha ainda o IMT a “zelar pela recuperação dos montantes em falta, relativos aos anos de 2011 e 2012”, a contabilizar as faturas aquando da sua emissão, acompanhar as situações de atraso nos pagamentos de centros de inspeção de veículos e providenciar pela cobrança de juros de mora, além de assegurar o registo da receita de contraordenações e a recuperação dos atrasos existentes.

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Sucesso de petição online para anular Brexit bloqueou site do Parlamento britânico

  • Lusa
  • 21 Março 2019

As mais de 850 mil assinaturas na petição "Revogar o artigo 50 e permanecer na UE" está a ter tanto sucesso que bloqueou o site do Parlamento britânico.

Uma petição online para que o Governo britânico renuncie à saída da União Europeia (Brexit) teve tanto sucesso que bloqueou esta quinta-feira o site do Parlamento britânico destinado às petições.

“Revogar o artigo 50 e permanecer na UE” é o título da petição lançada na quarta-feira por Margaret Anne Georgiadou e que, de acordo com os números no referido site, já regista mais de 900.000 assinaturas. “O Governo afirma repetidamente que sair da UE é a ‘vontade do povo’. Temos de acabar com esta afirmação demonstrando a força do apoio público atual para permanecer na UE”, indica o texto da petição, que apela ao voto assinalando que um segundo referendo “poderá nunca ser organizado”.

Em declarações à BBC, Margaret Anne Georgiadou disse que “para muitas pessoas é agora ou nunca”, considerando que os militantes pró-UE como ela têm sido “reduzidos ao silêncio e ignorados” desde o referendo de junho de 2016 que decidiu o Brexit por 52% dos votos.

Entre os signatários da petição, que pode ser assinada por cidadãos britânicos e residentes no Reino Unido, encontra-se o ator Hugh Grant. “Eu assinei, como qualquer pessoa sensata neste país. Emergência nacional”, escreveu Grant na rede social Twitter. As petições precisam de um mínimo de 100.000 assinaturas para serem debatidas no Parlamento britânico.

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Jeremy Hunt, reconheceu esta quinta-feira que cancelar o Brexit é uma possibilidade se a Câmara dos Comuns não aprovar na próxima semana o acordo da primeira-ministra, Theresa May, embora a considerasse altamente improvável.

May encontra-se em Bruxelas para tentar convencer os 27 a concederem ao país um adiamento do Brexit até 30 de junho, que a UE faz depender da aprovação do acordo no Parlamento britânico.

(Notícia atualizada às 13h28 com atualização do número de assinaturas)

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“Espero que a Sonae seja ‘mais’ e ‘melhor’ no futuro, as mudanças fazem-se porque fazem sentido”, diz Paulo Azevedo

Paulo Azevedo e Ângelo Paupério realçaram o excelente estado em que Sonae chega a 2019, estando confiantes num futuro "cheio de sucesso" para Cláudia Azevedo, que assume posição de CEO para 2019-2022.

Paulo Azevedo, co-CEO da Sonae, realçou os “progressos muito significativos” conseguidos pela Sonae nos últimos anos, apontando como os três pilares essenciais da operação da empresa — internacionalização, diversificação e alavancagem e reforço de ativos e competências — registaram desenvolvimentos positivos. Ainda assim, Paulo Azevedo espera uma Sonae diferente e melhor para os próximos anos.

Paulo Azevedo e Ângelo Paupério, que lideraram a Sonae nos últimos anos, vão ser substituídos por Cláudia Azevedo, filha mais nova de Belmiro de Azevedo, que vai guiar o grupo empresarial no próximo mandato — 2019-2022. E a mudança não acontece por acaso: “Estas coisas das mudanças de liderança fazem-se porque faz sentido e porque esperamos que as novas lideranças façam mais e melhor”, afirmou mesmo Paulo Azevedo. E o grupo que Cláudia Azevedo vai herdar está em posição de fazer mais e melhor nos próximos anos, segundo os co-CEO cessantes.

Estas coisas das mudanças de liderança fazem-se porque faz sentido e porque esperamos que as novas lideranças façam mais e melhor.

Paulo Azevedo

Pouco antes de Paulo Azevedo assumir a palavra, Ângelo Paupério assegurou que o grupo Sonae está numa posição particularmente favorável para enfrentar os próximos anos, realçando a evolução sólida obtida desde 2008, ano do eclodir da crise. “Estamos muito bem preparados para continuar o nosso caminho, sentimos que os nossos negócios têm equipas preparadas para prosseguir este caminho, o balanço é forte e a capacidade do grupo para os apoiar é grande”. Por tudo isto, sublinhou esperar “um futuro, liderado por Cláudia Azevedo, cheio de sucesso”.

Segundo os valores apresentados esta quinta-feira, a Sonae conseguiu desde 2008 cortar o rácio de dívida/EBITDA de 5,1 para 2,7, tendo agora “menos de um terço de dívida para mais de dois terços de capital próprio”.

No último exercício da liderança conjunta de Ângelo Paupério e Paulo Azevedo, a Sonae registou um crescimento de 33% nos resultados líquidos, para 220 milhões de euros, e de 8,1% no volume de negócios, que se fixou em 5,95 mil milhões de euros.

Tal como se foi verificando nos últimos anos, a Sonae voltou a aumentar a proposta de dividendos, agora em 5%, para os 4,41 cêntimos de euros por ação. Em 2009, a remuneração acionista estava nos 3,15 cêntimos, tendo crescido até aos 4,2 cêntimos em 2017 e, agora para os 4,4 cêntimos. Este valor representa um payout de 42%, abaixo dos 64% do ano passado.

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