Partido Trabalhista vai propor novo referendo sobre Brexit para negociar união aduaneira

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2019

O principal partido da oposição britânico vai avançar ou apoiar uma emenda a favor de um voto público à saída do Reino Unido da União Europeia.

O partido Trabalhista, o principal partido da oposição britânico, anunciou esta segunda-feira a intenção de propor no parlamento a realização de um novo referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

O líder Jeremy Corbyn vai dizer aos deputados trabalhistas na segunda-feira que o partido vai “apresentar ou apoiar uma emenda a favor de um voto público para impedir que um Brexit conservador adverso seja imposto no país”.

A primeira-ministra, Theresa May, vai atualizar na terça-feira os deputados sobre o processo do Brexit e submeter uma declaração, que será debatida e votada na quarta-feira, a qual será sujeita a propostas de alteração não vinculativas.

O partido Trabalhista pretende apresentar a sua própria emenda, onde defende que o governo britânico negoceie uma “união aduaneira permanente e abrangente com a UE” e “introduzir legislação primária para dar efeito estatutário a este mandato de negociação”.

O ‘Labour’ já havia dito que apoiaria um referendo como último recurso se não conseguisse eleição legislativas antecipadas ou fazer mudanças no acordo de saída negociado por May com Bruxelas. A ideia tem sido repetidamente recusada por May, que diz estar empenhada em conseguir alterações à solução para a fronteira da Irlanda do Norte, designada por ‘backstop‘, no Acordo de Saída negociado com Bruxelas.

Porém, um grande número de deputados britânicos, sobretudo eurocéticos, teme que o país fique indefinidamente numa união aduaneira com a UE, e defendem a substituição do ‘backstop‘ por “providências alternativas”. Theresa May afirmou no domingo que o chamado “voto significativo” será repetido antes de 12 de março, apenas 17 dias antes da data de saída, a 29 de março.

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Produção automóvel cresce mais de 22% em Portugal em janeiro

  • Guilherme Monteiro
  • 25 Fevereiro 2019

O número de veículos produzidos em Portugal cresceu mais de 22% em janeiro face há um ano. A Alemanha é o principal destino.

A produção de veículos em Portugal cresceu mais de 22% em janeiro, face ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram produzidos no país 30.926 veículos.

Os dados revelados esta segunda-feira pela Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), permitem perceber um crescimento na produção dos veículos de todas as categorias: ligeiros de passageiros, pesados, mas também comerciais ligeiros.

No primeiro mês do ano foram produzidos 26.271 veículos ligeiros de passageiros, números que representam um crescimento de 26% face a janeiro de 2018.

No que toca aos comerciais ligeiros foram produzidos 4.199, o que representa um crescimento mais residual de 2,8% face ao ano passado. Já a produção dos veículos pesados foi a que registou um maior crescimento. Situou-se nos 39% com um volume de produção de 456 veículos.

Dados que “confirmam a importância que as exportações representam para o setor automóvel” e também para a “balança comercial portuguesa”, visto que “97,1% por cento dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo“, sublinha a ACAP.

No mesmo comunicado, a associação dá ainda conta de que é a Europa o destino da esmagadora maioria da produção automóvel portuguesa – 93,1%. A Alemanha está na linha da frente na compra de veículos portugueses com 20,8%, segue-se a Itália com 15,3% e França a significar 13%.

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Eurodeputado José Manuel Fernandes investigado por concurso público de 2008

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2019

O eurodeputado disse que foi pedido o levantamento da imunidade parlamentar, no âmbito de uma investigação relacionada com um concurso internacional adjudicado pela Câmara de Vila Verde.

O eurodeputado José Manuel Fernandes anunciou esta segunda-feira que foi pedido o levantamento da sua imunidade parlamentar, no âmbito de uma investigação judicial relacionada com um concurso público internacional adjudicado em 2008 pela Câmara de Vila Verde, a que presidia.

Em nota enviada à Lusa, José Manuel Fernandes (PSD) afirma a sua “total disponibilidade e prontidão para colaborar com as autoridades competentes” e manifesta-se convicto de que se concluirá pela “inexistência de qualquer ilegalidade ou irregularidade”.

A receção de um pedido para levantamento da imunidade parlamentar de José Manuel Fernandes foi anunciada em 31 de janeiro, no início uma sessão plenária no Parlamento Europeu.

“Se fosse juridicamente possível, teria já prescindido da imunidade parlamentar. Não sendo, quero que o levantamento da imunidade aconteça o mais brevemente possível. Manifesto a minha total disponibilidade para colaborar com as autoridades competentes, assim contribuindo para o completo esclarecimento da situação”, sublinha o eurodeputado, na nota hoje enviada à Lusa.

Segundo o eurodeputado, em causa está um concurso público internacional lançado pelo município de Vila Verde há mais de dez anos e adjudicado em 2008, mas cujas obras “nunca chegaram a ser concretizadas, por ter sido posteriormente reequacionada a sua pertinência, face à grave crise financeira que, entretanto, Portugal atravessava”.

“Não houve, por isso, nenhuma transação financeira nem dispêndio de qualquer dinheiro público”, sublinha. Diz ainda que a competência relativa às obras municipais estava delegada desde 2005, início do mandato, noutro membro do executivo municipal.

Garante que a sua intervenção no processo se limitou a participar na votação em sede de executivo camarário, enquanto presidente da câmara, e a remeter o mesmo para a assembleia municipal.

“Estou plenamente convicto de que todo o processo foi conduzido de forma competente e cuidada, na observância plena dos regulamentos e das normas legais”, conclui.

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A tarde num minuto

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Marketplace, que nasceu de parceria entre Sonae e CTT, já abriu portas

A plataforma de comércio online da Sonae e dos CTT já está disponível. Tem à venda produtos novos ou recondicionados, de mais de 500 parceiros.

Já há mais um sítio para fazer compras online. O Dott abriu portas para vender produtos desde máquinas de lavar a sapatos, passando por carrinhos de bebé ou relógios. A plataforma surgiu a partir de uma parceria entre a Sonae e os CTT, com um investimento de dez a 15 milhões de euros.

A plataforma de comércio online tem à venda milhares de produtos, de mais de 500 parceiros, tanto novos como recondicionados (produtos que estiveram em exposição ou que foram devolvidos ao fabricante), e quem encomendar tem à disposição cerca de 1.500 pontos de recolha, de acordo com a plataforma. Se um produto não for o que estava à espera, a devolução é grátis.

Para além dos métodos de pagamento normais, o Dott oferece também um botão que apelida de “pede ao pai”. Esta opção é para aqueles que têm algum entrave a uma compra, e que podem assim, depois de adicionar o “patrocinador” como amigo na plataforma, pedir para financiar uma compra. Ao carregar no botão, quando já estiver no carrinho de compras virtual, o Dott envia um email à pessoa indicada com a referência de multibanco para o pagamento.

O investimento para a implementação desta plataforma foi repartido em partes iguais pela Sonae e pelos CTT, e cada um tem uma participação de 50% na empresa. A parceria partiu da intenção da dona do Continente de apostar no comércio eletrónico, depois das vendas de e-commerce ultrapassarem a fasquia dos 100 milhões de euros em 2017.

Aquando do anúncio da nova plataforma, a Sonae referiu em comunicado que o Dott “constitui uma forte aposta no desenvolvimento do comércio eletrónico, com foco nas PME e marcas portuguesas, através de um posicionamento assente em proximidade, numa experiência de compra simples, segura e conveniente e com uma oferta abrangente de produtos e serviços disponibilizados online por cada vez mais empresas”.

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Ministério das Finanças ainda não recebeu pedidos de pré-reformas

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2019

Os funcionário públicos com 55 ou mais anos podem apresentar desde 6 de fevereiro um pedido para pré-reforma. No entanto, o Ministério das Finanças ainda não recebeu nenhum.

O Ministério das Finanças disse, esta segunda-feira, que não recebeu até ao momento qualquer pedido de funcionários a solicitar a passagem à pré-reforma, medida que permite receber entre 25% a 100% da remuneração, em vigor desde dia 06.

Fonte oficial das Finanças adiantou ainda à agência Lusa que também não se registaram até agora pedidos de autorização por parte de trabalhadores ou reformados da administração pública interessados em continuar a trabalhar após os 70 anos de idade ao abrigo de um outro diploma que entrou em vigor em 01 de fevereiro.

“Até à presente data não foi enviado qualquer pedido para autorização por parte do Ministério das Finanças, nem relativo à pré-reforma nem relativo aos 70 anos”, afirmou fonte oficial das Finanças.

Desde 06 de fevereiro que os funcionários públicos com 55 ou mais anos podem pedir para suspender o trabalho e aceder à situação de pré-reforma, passando a receber entre 25% a 100% da remuneração base. O montante inicial da prestação é fixado por acordo entre empregador público e trabalhador.

De acordo com o decreto-lei, a pré-reforma “constitui-se por acordo entre o empregador público e o trabalhador” e “depende da prévia autorização dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Administração Pública, a obter através do membro do Governo” que tem a tutela sobre o serviço, ou seja, através do ministro do setor.

O diploma foi contestado pelos sindicatos da administração pública por considerarem que a nova lei estabelece uma larga margem entre o montante máximo e mínimo de remuneração, sem serem definidos critérios de atribuição.

Já o decreto-lei que entrou em vigor em 01 de fevereiro permite que “em casos de interesse público excecional” os funcionários públicos com 70 ou mais anos de idade que pretendam manter-se no exercício das mesmas funções após a reforma possam apresentar um requerimento nesse sentido.

Os reformados, além do salário, mantêm o direito à pensão “quando esta seja superior, e no montante correspondente à diferença entre aquela e esta”, estabelece o diploma.

Os trabalhadores em funções públicas que, na data da entrada em vigor do decreto-lei estavam a menos de seis meses de completar 70 anos de idade, podem apresentar o requerimento até à data em que atinjam essa idade.

Por sua vez, os reformados que já tenham 70 anos de idade podem apresentar o requerimento até 30 de junho.

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E se a Fed estiver a cometer um erro? Não há consenso se juros dos EUA vão descer ou subir, mas há críticas a Powell

O banco central norte-americano colocou-se em modo defensivo e Wall Street celebrou. Analistas e economistas apontam para as incógnitas que poderão conduzir a Fed na escolha do próximo passo.

A economia, mas também os mercados norte-americanos, vacilaram… e a Reserva Federal norte-americana (Fed) passou do modo falcão, para um voo de pomba. Não agiu ainda, mas garantiu que iria avaliar — pacientemente — os desenvolvimentos, estando pronta para fazer ajustes. Wall Street celebrou as mudanças no discurso do banco central liderado por Jerome Powell, mas não há consenso sobre qual será o próximo passo.

“A Fed cometeu um erro político”, disse o economista-chefe e gestor de soluções multi-ativos da BMO Global Asset Management, ao ECO. Steven Bell explicou que o crescimento económico nos EUA (que se prepara para festejar em julho o maior ciclo da história do país) e a queda do desemprego (abaixo de 4% e em mínimos de quase meio século) não foram acompanhados por uma subida suficientemente robusta nos salários e na inflação.

“Mas os salários começaram a subir nos últimos meses e há sinais que os preços estão a arrancar. É nesta altura que a Fed diz que afinal está dovish. Se o tivessem feito em dezembro, quando o mercado acionista estava a cair e havia preocupações sobre recessão, percebia, mas fazer esta mudança agora foi um erro. Penso que a Fed vai ter de subir os juros ainda este ano e vai perder credibilidade por causa disso, sublinhou Bell.

Na primeira reunião de política monetária deste ano (que terminou a 30 de janeiro), a Fed manteve a taxa diretora inalterada (num intervalo entre 2,25% e 2,5%) devido aos desenvolvimentos económicos e financeiros globais, bem como às fracas pressões. O presidente Jerome Powell disse está preparado para ser “paciente”. As minutas da reunião, conhecidas esta quarta-feira, indicam que vários membros do comité “sugeriram que não é ainda claro que ajustes à taxa de juro sejam apropriados no final deste ano”.

"Fazer esta mudança agora foi um erro. Penso que a Fed vai ter de subir os juros ainda este ano e vai perder credibilidade por causa disso.”

Steven Bell

Economista-chefe da BMO Global Asset Management

Em 2015, a paciência também chegou ao discurso da Fed

A última vez que a Fed introduziu a palavra mágica — “paciente” — no discurso foi em 2015. Bell lembra que três meses depois estava a subir os juros. Manuel Arroyo, diretor de estratégia da JP Morgan Asset Management Ibéria, não é tão crítico, mas chega à mesma conclusão. Também espera subidas nas taxas de juro de referência dos EUA: uma ou duas e no fim do ano, apesar das expectativas do mercado.

“As expectativas mudaram radicalmente. Passaram de quatro subidas em 2019 para uma ou duas no final do ano, dependendo dos dados económicos”, disse Arroyo, num encontro com jornalista, esta semana em Lisboa. “É bom para os mercados, mas a subida que aconteceu em janeiro foi rapidíssima. Não se justificava uma subida tão grande nem se justificava uma queda tão grande no final do ano passado”.

Steven Bell, da BMO, tem uma justificação. O economista considera que os mercados já tinham invertido depois do dezembro negro e que a mudança da Fed apenas alimentou o rally. Da mesma forma, Arroyo sublinha que “o discurso mais agressivo dos bancos centrais, nomeadamente da Fed, é que tem impulsionado os mercados”.

O diretor de estratégia do JP Morgan antecipa que tanto os lucros das empresas nos EUA como Wall Street tenham uma taxa de crescimento entre os 5% e os 7% no total do ano. Vamos ver muita volatilidade ao longo do ano. Esperamos para todo o ano a subida que já tivemos este ano. Estamos um pouco mais conservadores do que estivemos durante muitos anos”, afirmou. No mercado cambial, Powell também deu força ao dólar, mas também neste caso Arroyo espera um abrandamento. “O dólar sobe há muito tempo e vamos ver um dólar mais fraco a longo prazo”, acrescentou.

"Se o crescimento económico global realmente enfraquecer e as consequências para as condições financeiras dos EUA enfraquecerem a economia, certamente que é possível que o próximo passo seja um corte”

Janet Yellen, ex-presidente da Fed

CNBC

Yellen antecipa que sucessor poderá ter de cortar juros

A perspetiva de que a Fed irá continuar a subir juros não é, no entanto, consensual. A antecessora de Jerome Powell, Janet Yellen, admite que a ação contrária é possível. “Se o crescimento económico global realmente enfraquecer e as consequências para as condições financeiras dos EUA enfraquecerem a economia, certamente que é possível que o próximo passo seja um corte”, disse a economista, no início do mês, em entrevista à CNBC. “Ambos os resultados são possíveis”.

Desde dezembro de 2015 — quando a Fed pôs fim a sete anos de juros zero –, o banco central já subiu a taxa nove vezes, como lembra Ann-Katrin Petersen. Numa nota aos investidores, a vice-presidente de estratégia económica global da Allianz Global Investors refere que enquanto leva algum tempo a avaliar a próxima decisão sobre os juros, a Fed poderá desacelerar o processo de redução da folha de balanço.

Três rondas de compra de ativos durante os anos de estímulos monetários levaram a folha de balanço da Fed até aos 4,5 biliões de dólares. A redução está a acontecer a um ritmo mensal de 50 mil milhões de dólares em Treasuries norte-americanas e títulos garantidos por ativos ou hipotecas. Já foram cortados 400 mil milhões de dólares e os analistas apontam para cerca de um bilião como o limite que a Fed quer manter nas reservas, mas os novos riscos poderão travar o plano.

“De forma geral, mantemos a nossa visão que os riscos políticos vão manter os mercados em aperto e gerar maior volatilidade. À medida que o ciclo empresarial amadurece, a economia global enfrenta abrandamento do crescimento a curto prazo, mas não há sinais de recessão”, acrescentou Petersen. “Apesar de os bancos centrais estarem a agir de forma mais cautelosa, não vão abandonar o curso de normalização”.

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Mário Nogueira diz que Governo não mudou uma vírgula na proposta aos professores

No final da reunião, desta tarde com o Governo, Mário Nogueira disse que o Executivo não mudou uma vírgula na proposta que apresentou aos professores. O sindicalista fala em afronta aos professores.

O Governo retomou as negociações com os professores esta segunda-feira. Mas, no final do encontro, Mário Nogueira disse que o Executivo não mudou “uma vírgula” face à proposta anterior em termos de contagem de tempos de serviço, isto é, o Ministério da Educação voltou a insistir na recuperação de apenas dois anos, nove meses e 18 dias dos nove anos, quatro meses e dois dias congelados. “As organizações sindicais dos professores acabam de esbarrar num muro de intransigência do Governo”, sublinhou o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), em declarações aos jornalistas.

“O Governo decidiu, nesta reunião, voltar a dizer-nos que tem para recuperação dos professores dois anos, nove meses e 18 dias. Neste momento, para além da afronta aos professores, o Governo acaba de fazer uma afronta à Assembleia da República, porque sabe que a Assembleia repete a norma no Orçamento para 2019 para que se debata apenas o prazo e o modo e aquilo que fez foi cortar tempo de serviço aos professores”, salientou Mário Nogueira.

De acordo com o sindicalista, o Governo foi tão “intransigente” durante este encontro que até “recusou olhar as propostas que os sindicatos” trouxeram e que “foram apoiadas por mais de 60 mil assinaturas de professores”. “Com esta posição que o Governo agora teve, se não for posta mão pela Assembleia da República, se calhar, vamos ter um resto de ano complicado“, alertou Mário Nogueira.

Segundo o professor, a Assembleia da República pode seguir agora dois caminhos. Por um lado, pode pedir a apreciação do decreto-lei que o Executivo vier a aprovar. Por outro, pode apresentar uma iniciativa legislativa própria, tomando o controlo da situação. “Se nós percebermos que até meados de abril, não há decreto-lei, é altura da Assembleia da República tomar as rédeas da matéria”, avisou Nogueira.

Enquanto tal não acontece e porque os professores consideram que a negociação está “esgotada”, os sindicatos vão reunir na terça-feira para fazer a avaliação da reunião desta tarde e discutir os próximos passos. “Vamos pensar se vale a pena perder mais tempo em reuniões em que o Governo nem sequer aceita discutir aquilo que é obrigado a discutir e vamos pensar o que é que vamos fazer no plano da luta”, enfatizou Mário Nogueira.

“Estou confiante que este problema se vai resolver nesta legislatura. Nós gostaríamos que fosse na negociação com o Governo; percebendo que isso não é possível, esperamos que os partidos políticos na Assembleia da República possam cumprir a sua obrigação“, rematou o sindicalista, considerando o Executivo “absolutamente irresponsável” na atitude que tem tomado.

Governo diz que professores foram “inflexíveis”

À saída da reunião com os professores, o ministro da Educação defendeu, por sua vez, que os professores assumiram uma atitude “inflexível” e “intransigente”, nesta reunião, e acrescentou que, até agora, o Governo foi o único a dar um passo construtivo ao colocar em cima da mesa a recuperação dos tais dois anos de tempo de serviço congelado.

“O Governo sempre entendeu que deveríamos, dentro da sustentabilidade financeira, dar uma resposta para poder mitigar o congelamento das carreiras”, reforçou o governante, referindo que a discussão sobre o “modo e o prazo” aconteceria apenas depois de se ter chegado a acordo no que diz respeito ao tempo a recuperar. De resto, foi essa a justificação apresentada pelo ministro para não sequer ter olhado para as propostas trazidas pelos sindicatos, como denunciara Mário Nogueira.

Em declarações aos jornalistas, Tiago Brandão Rodrigues ilustrou ainda essa “intransigência” dos docentes com o facto de usarem o mesmo crachá — no qual se lê nove anos, quatro meses e dois dias — desde o início do processo negocial.

Por outro lado, o governante adiantou que está marcada uma nova reunião para a próxima semana, podendo seguir-se um encontro suplementar, se for convocado pelas estruturas sindicais. Findo esse período, o Executivo planeia avançar, mais uma vez, com o diploma que prevê a recuperação de dois anos do tempo congelado. “Nós não avançaremos com o decreto-lei sem estar finalizada a negociação”, garantiu o ministro.

O Ministério das Finanças, em comunicado, fez questão ainda de lembrar que recuperar os nove anos “corresponderia a um aumento permanente da despesa de 600 milhões de euros por ano”. E face a esse peso orçamental, o Governo sublinha que se mostrou disponível “para aumentar a despesa em 200 milhões de euros por ano, sem impor nenhuma contrapartida aos sindicatos”, isto é, para recuperar dois dos noves anos congelados.

(Notícia atualizada às 19h24)

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Bank of America deixa cair nome Merrill Lynch

  • Guilherme Monteiro
  • 25 Fevereiro 2019

A instituição bancária norte-americana vai deixar de utilizar o nome do antigo banco Merrill Lynch, que adquiriu em 2008.

O Bank of America vai deixar de utilizar o nome Merrill Lynch, que é atualmente empregue em algumas operações do banco norte-americano.

A notícia avançada pelo The Wall Street Journal dá conta de que a instituição bancária vai passar a utilizar apenas o nome Merrill em operações bancárias, de investimento e na gestão de património.

O Merrill Lynch foi um antigo banco norte-americano adquirido, em 2008, pelo Bank of America depois de ter entrado num processo de liquidação no decorrer da grave crise económica e financeira.

A mudança de nome agora anunciada pelos executivos do banco acaba por marcar o fim de uma era. É que, ao contrário do que aconteceu com outras empresas que foram vendidas durante o período da crise, o Merrill Lynch conseguiu apesar disso manter pelo menos o nome.

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Salsa tem novo CEO. É o gestor espanhol José António Ramos

A Salsa tem em vista a internacionalização, e já está presente em 40 países. O fundador da marca portuguesa, Filipe Vila Nova, vai manter-se como chairman.

A Salsa vai ter um novo CEO. José António Ramos, gestor espanhol que já passou por empresas como o Carrefour e a Esprit, será o novo líder da marca de moda portuguesa, que tem em vista o crescimento nos mercados internacionais.

O fundador, que ocupava também funções como líder da Salsa, Filipe Vila Nova, vai continuar na marca como chairman, revela a empresa em comunicado. O sucessor de Vila Nova era responsável pelo departamento comercial da Esprit, passou pela comissão executiva do Carrefour em Espanha e ainda pelo grupo Inditex.

Para José António Ramos, este é um desafio “aliciante”. “A Salsa é uma marca com uma proposta de valor única no mercado, que tem tido um percurso assinalável e que, acredito, tem todo o potencial para alcançar patamares de crescimento ainda mais expressivos”, garante, citado em comunicado enviado às redações.

A marca portuguesa, criada há 25 anos, especializa-se no design de calças de ganga e na “criação de fits técnicos”. Saem das fábricas da Salsa, que tem como acionista a Sonae, mais de cinco mil calças de ganga por dia. A marca já chega a cerca de 40 países, onde tem dois mil pontos de venda.

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Media Capital aposta na Plural. Quer produzir séries em português para a Netflix

As atenções estão a desviar-se da TV para as plataformas como a Netflix, mas a dona da TVI tem um trunfo na manga: a produtora Plural. A estratégia? Se não os podes vencer, junta-se a eles.

A produção de conteúdos pode ganhar um papel ainda mais relevante para a Media Capital nos próximos anos. A dona da TVI sabe que os olhares, antes postos na televisão, têm-se desviado para os serviços como a Netflix, que oferecem programação de qualidade disponível a qualquer hora através de uma mensalidade. A estratégia é conhecida: se não os podes vencer, junta-te a eles.

Num encontro com jornalistas, a líder executiva da Media Capital, Rosa Cullell, enalteceu o papel da produção de conteúdos nas receitas do grupo, assente na produtora Plural, que é “a maior da Península Ibérica”. Foram 32,8 milhões de euros gerados no ano passado, revelou a dona da TVI esta segunda-feira. Um número que, para a gestora, só tem como crescer nos próximos anos, face aos investimentos multimilionários em conteúdos originais que plataformas como a Netflix, a Amazon Prime Video e a HBO têm feito noutros mercados.

Rosa Cullell admitiu que a dona da TVI já fez contactos junto da Netflix no sentido de perceber “o que eles querem”, para preparar o terreno para a nova era dos conteúdos audiovisuais em Portugal. É um mercado a ganhar ritmo e que este mês conheceu um novo player: a HBO abriu a sua plataforma de streaming aos portugueses, num arranque feito de braço dado com a operadora Vodafone.

Espero que o Governo perceba que é muito importante transpor a diretiva europeia de conteúdos. Tenho muita convicção de que a Plural pode produzir séries ou novelas para a Netflix em português.

Rosa Cullell

Presidente executiva da Media Capital

Apesar do otimismo, a gestora criticou o Governo português por ainda não ter transposto a nova diretiva que estabelece que pelo menos 30% dos catálogos do serviços de streaming têm de ser constituídos por obras europeias. “Espero que o Governo perceba que é muito importante transpor a diretiva europeia de conteúdos. Tenho muita convicção de que a Plural pode produzir séries ou novelas para a Netflix em português”, revelou a gestora.

“Isso vai dar à Plural uma saída importante”, afirmou Rosa Cullell, salientando que o grupo já preparou a produtora para essa nova era, com investimentos nos estúdios de produção, que também já têm capacidade para dar cartas no entretenimento e até nos concursos para a televisão. “Já está preparada. Pensávamos que ia ser este ano”, atirou, referindo-se à diretiva e ao acelerar do crescimento do mercado dos conteúdos não-lineares.

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Bolsa de Lisboa fecha na linha de água. EDP pressiona com queda de 1,6%

A praça lisboeta terminou a sessão a subir apenas 0,01%, com a EDP a travar o desempenho. A Jerónimo Martins e a Mota-Engil destacam-se nos ganhos.

A bolsa de Lisboa arranca a semana na linha de água, depois de duas sessões a cair. O sentimento positivo sentido na Europa não foi o suficiente para contagiar a praça lisboeta. A Jerónimo Martins e a Mota-Engil foram as estrelas do índice, mas a EDP impediu ganhos maiores, ao cair mais de 1%.

O PSI-20 terminou a sessão a avançar apenas 0,01%, para os 5.153,23 pontos. Das 18 cotadas no índice de referência nacional, dez desceram, duas, a Altri e a REN, ficaram inalteradas, e seis fecharam a sessão com valorizações.

Nos ganhos, a impulsionar o índice, destaque para a Jerónimo Martins, que subiu 1,2% para os 13,09 euros. Também a Mota-Engil brilhou, ao valorizar 3,95% para os 2,02 euros, bem como o BCP, ao avançar 1% para os 23,32 cêntimos. A EDP Renováveis conseguiu igualmente ficar em terreno verde, com ganhos de 0,73%.

Já a EDP caiu 1,60%, para os 3,20 euros, penalizando o índice. A Ibersol e a Sonae Capital também pesaram na praça nacional, com quedas superiores a 2%. Em terreno vermelho ficou ainda a Galp Energia, que recuou 0,58% para os 15,59 euros.

Pelo Velho Continente, a generalidade das praças teve um dia positivo. Os progressos nas negociações de Trump com a China animaram as esperanças de um acordo comercial entre os países. O índice que agrega as principais empresas europeias, o Stoxx 600, subiu 0,3%, o alemão DAX avançou 0,5% e o francês CAC 40 somou 0,35%.

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