IMT já certificou quase três mil motoristas de plataformas eletrónicas de transporte

  • Lusa e ECO
  • 23 Fevereiro 2019

A uma semana do fim do período transitório determinado pela chamada "Lei Uber", o IMT já certificou quase três milhares de motoristas destas plataformas eletrónicas de transporte de passageiros.

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) certificou 2.923 motoristas das plataformas eletrónicas de transporte de passageiros, de um total de 3.373 pedidos, quando falta uma semana para fim do período transitório, anunciou aquele organismo.

Numa resposta enviada por escrito à agência Lusa, o IMT adianta que, à data de 22 de fevereiro, tinham sido realizados 3.373 pedidos para motoristas de plataformas digitais de transporte individual de passageiros em veículo descaracterizado (TVDE), dos quais 2.923 tinham sido deferidos, encontrando-se os restantes em análise.

A nova lei prevê que os motoristas (a título individual) necessitem de ver certificada a sua atividade pelo IMT. De acordo com o organismo, foram também, até ao momento, comunicados 308 cursos /ações de formação rodoviária para emissão de certificado de motorista de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica (CMTVDE), nos quais se encontravam inscritos 6.909 formandos.

Segundo o IMT, encontram-se legalmente habilitadas para ministrar os cursos de formação TVDE as entidades exploradoras de escolas de condução e outras entidades formadoras já certificadas pelo organismo.

Em Portugal operam atualmente quatro destas plataformas internacionais, que ligam motoristas de veículos descaracterizados e utilizadores, através de uma aplicação online descarregada para o telemóvel – as estrangeiras Uber, Cabify, Taxify e Kapten (antiga Chauffeur Privé).

Aquela que ficou conhecida como a ‘lei Uber’, estabelecendo um regime jurídico aplicável à atividade de (TVDE, começou a vigorar em 01 de novembro de 2018. A lei 45/2018 de 10 de agosto permitiu um período transitório de adaptação aos operadores de quatro meses e deu 120 dias para motoristas e operadores cumprirem as regras, prazo esse que termina em 28 de fevereiro.

Podem requerer a certificação de motorista de TVDE todos os que concluíram a formação com sucesso, em qualquer altura. “O que termina no final deste mês é o período transitório da adaptação e não a possibilidade de requerer a certificação”, explica a nota do IMT.

O IMT adianta também que, no âmbito da sua atividade, realizou em 2018 e já este ano, diversas ações de fiscalização a entidades formadoras legalmente habilitadas para ministrar os cursos de formação rodoviária para candidatos e motoristas de TVDE.

Destas fiscalizações, o organismo refere que estão pendentes 92 candidatos que não têm a frequência de 80% da carga horária de cada módulo de formação. O não reconhecimento da conclusão da formação determina nova ministração de curso, esclarece o IMT.

Operadores confiantes na certificação de motoristas

Os operadores de plataformas eletrónicas Uber, Kapten e Cabify mostram-se confiantes que a transição na legislação em relação aos motoristas e aos seus certificados irá decorrer da melhor forma, enquanto a Taxify se encontra mais cautelosa.

“A partir do dia 01 de março, todas as plataformas estão obrigadas a bloquear os motoristas que não tenham obtido o registo de motorista TVDE junto do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT). Até lá, estamos confiantes que todas as partes interessadas estão empenhadas em garantir uma transição que dê estabilidade aos motoristas”, referiu fonte oficial da Uber.

A Cabify relembra que desde sempre considerou a regulação como “um passo positivo para o setor ao reconhecer a importância das novas iniciáticas de mobilidade urbana”. No início de março, a operadora espera “continuar a oferecer o serviço que os utilizadores da Cabify esperam e precisam”, reconhecendo, também, que durante o processo de adaptação, espera “contribuir na sua implementação e colaborar com os condutores” para continuar a “oferecer uma alternativa de mobilidade ainda melhor”.

Das quatro operadoras a trabalhar em Portugal, apenas a Taxify reconheceu a existência de motoristas que ainda estão a aguardar pela emissão da licença e por vagas nas escolas de condução para fazer a formação exigida. “Temos de facto receio de que o número de licenças aprovadas até ao dia 28 seja reduzido e que essa situação possa afetar a qualidade dos serviços das várias plataformas, assim como a vida dos motoristas que dependem desta atividade. Como tal, esperamos que idealmente o prazo seja estendido e que este processo seja agilizado o mais rapidamente possível”, disse fonte da Taxify.

A antiga Chauffeur Privé, agora Kapten, admitiu, em comunicado, que o processo de adaptação à nova lei “corre dentro da normalidade com grande parte dos seus parceiros licenciados”, referindo que se encontra a trabalhar com “cerca de 900 operadores e 4.000 motoristas”.

“Na Kapten, identificámos que a maioria dos motoristas que concluiu as formações com as nossas escolas parceiras obtiveram a licença num curto espaço de tempo. Essa situação deixa-nos, de facto, confiantes e bastante tranquilos quanto ao trabalho desenvolvido tanto por nós como pelos dos nossos parceiros”, disse Sérgio Pereira, diretor geral da Kapten em Portugal.

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Porquê escolher entre viajar e trabalhar? Os nómadas digitais juntam o melhor dos dois mundos

Trabalhar, para qualquer nómada digital, não é sinónimo de um horário das 9h às 18h, nem de um escritório no centro da cidade. A única exigência é o wi-fi. Já o roteiro, esse pode percorrer o mundo.

“Estou na Tailândia, na praia, e, ao mesmo tempo, com o computador ligado a trabalhar”, brinca Diogo Cunha, publicitário. “Este é o cliché quando se fala em nómadas digitais, mas não é bem assim”, continua. Diogo tornou-se nómada digital há cerca de três anos, depois de uma experiência no Vietname que lhe aguçou a vontade de trabalhar remotamente. Agora, em terras nacionais, a paragem é o Porto, onde deverá permanecer durante os próximos três meses.

O seu “lema” é trabalhar para viver e não o contrário. “Eu vivo e, by the way, trabalho”, afirma. Ciente de que “as agências mais tradicionais ainda gostam de ter as pessoas nos escritórios”, Diogo Cunha voltou-se para o trabalho freelancer e, cada vez mais, trabalha em ambiente de marketing digital.

Trabalhar, para ele, tal como para qualquer nómada digital, não é sinónimo de um horário das 9h00 às 18h00, nem tão pouco de um escritório no sétimo piso de uma torre, que obriga à passagem de um cartão e um torniquete para entrar nas instalações.

“No ano passado, fui convidado para ir trabalhar para a Parfois, no Porto. Aceitei o projeto, mas depressa percebi que não me adequava. Uma vez nómada digital, nómada digital para sempre”, conta ao ECO. “Se a minha chefia não estava habituada a que houvesse trabalho remoto, eu também não iria ser o único colaborador, entre 300 e tal, a fazê-lo. Só o facto de estar sentado num sofá com o portátil a trabalhar já era um motivo de disrupção”, continua.

"Se a minha chefia não estava habituada que houvesse esse trabalho remoto, eu também não iria ser o único colaborador, entre 300 e tal, a fazê-lo.”

Diogo Cunha

Nómada digital

A primeira barreira passa, por isso mesmo, pela mudança de mentalidade, sobretudo em Portugal. Já no caso específico de Lisboa, o atual maior obstáculo é mesmo o custo do arrendamento. “Lisboa está um pouco impossível. O custo das rendas é a grande barreira para os nómadas digitais portugueses. Para os estrangeiros não tanto”, diz Diogo Cunha.

Lígia Gomes, da Remote Year, vai mais longe, dizendo que o custo do arrendamento pode, brevemente, tornar-se um obstáculo também para os nómadas digitais estrangeiros. “As casas estão a ficar muito caras e, com o alojamento a subir a este ritmo, já não compensa para os nómadas virem para cá”, afirma.

Mas, por enquanto, nas palavras da diretora geral da Remote Year em Lisboa, ainda há muitos nómadas digitais a incluírem Portugal nos seus roteiros. O que já está a acontecer, no caso dos nómadas que viajam a título pessoal, é que trocam Lisboa por Cascais ou pela Ericeira, por exemplo. Já na Remote Year, Lisboa continua a ser a cidade portuguesa escolhida.

“Lisboa é ainda ligeiramente exótico”

E não só consta do roteiro como é, também, uma das cidades que os nómadas mais gostam. “Depois de finalizarem o programa, há muitos que acabam por voltar a Lisboa”, conta Lígia Gomes, acrescentando que a capital portuguesa é mesmo a segunda ou terceira cidade na Remote Year com o maior número de pessoas a voltar.

O clima, a proximidade ao mar e a gastronomia são algumas das características mais apreciadas por quem vem de fora. Lígia Gomes diz que muitos dos clientes da Remote Year vêm da América e, para eles, Lisboa é um destino “diferente”, que lhes suscita curiosidade.

“Quando um americano pensa em vir à Europa, pensa naquele circuito que inclui Paris, Barcelona, Londres e Roma. Lisboa não está, normalmente, no roteiro”, afirma Lígia Gomes. Sobretudo para os nómadas digitais que vêm de fora da Europa, “Lisboa é ainda ligeiramente exótico”, continua.

Segundo o índice nómada digital da Spotahome, Lisboa é a segunda melhor cidade para os nómadas digitais. Apenas Belfast, no Reino Unido, fica à frente da capital portuguesa. O ranking, que engloba um total de 56 cidades, avalia cada uma destas cidades de acordo com uma série de categorias, entre elas a velocidade da internet, o custo médio de arrendamento, espaços de coworking, as horas anuais de exposição solar e até mesmo o custo da cerveja.

No caso de Lisboa, o custo da cerveja é precisamente o fator com a melhor pontuação, seguindo-se — surpreendentemente — o custo médio de arrendamento e a aceitação de migração. Já as pontuações mais baixas foram atribuídas à classificação de startups, à velocidade de internet e à qualidade dos espaços de coworking.

“Não é justo ter de escolher entre viajar e trabalhar”

Nasceu nos Estados Unidos da América (EUA) e está em Lisboa desde 2016. A Remote Year é uma empresa que oferece programas, de um ano ou quatro meses, para os nómadas digitais. “As pessoas pagam uma mensalidade e têm tudo incluído, desde viagem a alojamento, tal como a experiência de imersão na cultura da cidade”, explica Lígia Gomes.

Para a Remote Year, “não é justo ter de escolher entre viajar e trabalhar”. Trabalhar quase todos os dias do ano e viajar apenas nos pouco mais de vinte dias de férias parece-lhe pouco e, mais do que isso, uma escolha que não deveria ser tomada.

No programa de um ano, os nómadas digitais têm oportunidade de passar por todos os continentes.

“O importante é ter uma profissão que se possa fazer em qualquer lugar”, afirma Lígia Gomes. Este é o principal requisito para ser um nómada digital, mas as situações podem variar. Se, por um lado, há trabalhadores que já são freelancers no seu país e querem fazer o mesmo trabalho por todo o mundo, por outro, há pessoas que querem simplesmente mudar de estilo de vida.

“Às vezes temos até pessoas mais velhas nesta situação. Tivemos uma senhora com mais de 60 anos que queria conhecer o mundo e, apesar de não trabalhar, estava a escrever um livro”, conta.

E se fosse a sua empresa a pagar-lhe para ser nómada digital?

Estar empregado numa determinada empresa — com um horário e uma localização fixos — não pode ser, contudo, impedimento de experimentar uma vida de nómada digital. Há, também, casos em que as pessoas vêm ter com a Remote Year já com o aval da empresa onde trabalham, que está disposta a possibilitar-lhes esta experiência, podendo assegurar o valor total do programa ou parte dele.

Mas nem todas as empresas são fáceis de “convencer”. “Nestes casos, em que a pessoa quer muito ter esta experiência, a Remote Year ajuda a convencer a empresa, explicando as vantagens de oferecer esta oportunidade aos seus colaboradores”. Em Portugal, contudo, os empregadores ainda não aderem muito a este tipo de programas, ao contrário dos americanos, canadianos e australianos, por exemplo.

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Primeiro-ministro está disposto a chegar a acordo com os enfermeiros

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2019

Com a retoma das negociações à porta, o primeiro-ministro diz que está disposto a "corrigir" algumas injustiças de que foram alvo os enfermeiros com a anterior eliminação das categorias.

O primeiro-ministro, António Costa, avançou, este sábado, em Madrid que o Governo está disposto chegar a acordo sobre a “revisão da carreira” com os enfermeiros, assim como “procurar corrigir” algumas injustiças da anterior eliminação das categorias.

“Há duas questões que já anunciámos há muito tempo que estamos disponíveis para acordar” com os enfermeiros, disse o chefe do Governo à margem de uma convenção do Partido Socialista Europeu. A primeira dessas questões é “a revisão das carreiras, para que possa haver, mais uma vez, várias categorias: a de enfermeiro, enfermeiro especialista, enfermeiro gestor”.

Em segundo lugar, “procurar corrigir, de uma forma progressiva, injustiças que resultaram da anterior eliminação das categorias e um excessivo esmagamento da grelha salarial”, continuou António Costa. “São dois temas sobre os quais podemos ter expectativas de avançar, espero que com acordo”, resumiu o chefe do Governo.

António Costa recordou que atualmente há mais 4.100 enfermeiros no sistema e há um concurso aberto para mais 500 profissionais, tendo o horário de 35 horas sido reposto. O Governo prevê retomar até aos primeiros dias de março as reuniões negociais com as estruturas sindicais dos enfermeiros.

A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou, no entanto, que a discussão sobre a carreira de enfermagem terminou, estando para publicação em Boletim do Trabalho e do Emprego, mas que há outros temas para serem discutidos e tratados.

O reatamento das negociações foi anunciado após o Conselho de Ministros ter decretado a 07 de fevereiro uma requisição civil na greve dos enfermeiros em curso desde 31 de janeiro nos blocos operatórios de quatro centros hospitalares, alegando incumprimento dos serviços mínimos.

A “greve cirúrgica” foi convocada pela Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) e pelo Sindicato Democráticos dos Enfermeiros (Sindepor) em dez centros hospitalares, até 28 de fevereiro, depois de uma paralisação idêntica de 45 dias no final de 2018.

As duas greves foram convocadas após um movimento de enfermeiros ter lançado recolhas de fundos numa plataforma ‘online’ para financiar as paralisações, conseguindo um total de 740 mil euros. Os principais pontos de discórdia são o descongelamento das progressões na carreira e o aumento do salário base dos enfermeiros.

A requisição civil foi contestada pelo Sindepor no Supremo Tribunal Administrativo, que se deverá pronunciar nos próximos dias. No final da semana passada, o Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República considerou que a greve é ilícita, um parecer que foi de imediato homologado pela ministra da Saúde, ordenando a marcação de faltas injustificadas aos enfermeiros em greve a partir de 19 de fevereiro.

A ASPE pediu a suspensão imediata da paralisação, mas o Sindepor vai mantê-la e o seu presidente iniciou na quarta-feira uma greve de fome, que terminou 48 horas mais tarde, logo após o anúncio do reinício de negociações.

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Há cheques para bicicletas elétricas. Mas o que compram os 250 euros do Estado?

O Estado quer mais elétricos. Primeiro apoiou os carros, agora são as bicicletas. O ECO "foi às compras" para perceber que que paga o cheque de 250 euros.

O Governo quer promover o uso de veículos mais verdes. Como? Através de incentivos financeiros. Primeiro vieram os cheques para a compra de automóveis. Agora, aposta nas bicicletas. Cada contribuinte pode receber 250 euros para comprar duas rodas a pedais, mas com “motor” elétrico. Mas o que paga esse cheque?

O ECO “foi às compras” e, através dos catálogos de algumas lojas em Portugal e, também, de plataformas de comércio online, percebe-se que tal como acontece com os automóveis — o cheque é de 3.000 euros quando os veículos custam em torno dos 35 a 40 mil euros — os 250 euros dificilmente permitem comprar uma bicicleta inteira.

Convém dizer que o ECO apenas considerou na pesquisa realizada as bicicletas elétricas citadinas, uma vez que, de acordo com o secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Gomes Mendes, em declarações à Antena 1, para receber este apoio, não se pode tratar de “uma bicicleta destinada ao desporto, do tipo montanha ou de suspensão integral”.

A exclusão destes modelos de bicicletas está em linha com a decisão de apoiar “apenas as bicicletas de utilização urbana e citadina, que são aquelas que se destinam, normalmente, a viagens mais frequentes”, explicou José Gomes Mendes.

Comecemos, então, pela Decathlon, onde os preços vão desde os 650 euros até aos 1.690 euros — descendo para 400 e 1.440 euros, respetivamente, considerando o apoio do Estado. A grande diferença está, sobretudo, na autonomia dos veículos. Se a primeira, a opção mais barata, tem uma autonomia que vai até aos 45 quilómetros, a segunda já consegue percorrer um total de 90 quilómetros. Uma diferença de 45 quilómetros que vale mais de mil euros na conta final.

De um extremo ao outro, existem alguns modelos com preços intermédios. É o caso da bicicleta dobrável de 790 euros. Ainda que a autonomia seja inferior à do modelo mais barato — uma vez que esta só tem uma capacidade de até 35 quilómetros — o facto de ser facilmente transportada também tem uma quota-parte na fatura.

Na Fnac, o catálogo é semelhante. A escala de preços é bastante ampla. Há bicicletas elétricas para todos os gostos e, também, para todas as carteiras. A opção mais barata custa 475,99 euros, o que significa que a ajuda do Estado cobriria mais de metade do preço — ficaria a 225,99 euros. A autonomia deste modelo não ultrapassa, contudo, os 25 quilómetros.

Na ordem dos 600 a 700 euros há várias opções em todas as lojas. Na Worten (sejam modelos comercializados pela empresa da Sonae ou por parceiros), por exemplo, estes modelos podem ser, ou não, dobráveis e têm uma autonomia a partir dos 25 quilómetros.

Até aqui, o vale do Executivo para a compra de bicicletas elétricas daria jeito — sem dúvida –, mas não chegaria para cobrir a quase totalidade da compra. Se procurarmos nas plataformas de comércio online, o montante a pagar pelo consumidor já seria, contudo, mais reduzido.

Na GearBest há opções que rondam os 300 euros. Pelas contas do ECO, este modelo da tecnológica chinesa Xiaomi, seria mesmo aquele em que o vale do Estado cobriria a maior parte do valor da bicicleta. Custa 329 euros, tem uma autonomia de 30 quilómetros e atinge uma velocidade de 25 quilómetros por hora.

Ainda na GearBest — com a mesma velocidade, mas com mais dez quilómetros de autonomia — aparece uma outra opção a 382 euros.

Portanto, vamos a contas. Do modelo mais caro, o da Decathlon que custa 1.690 euros, ao modelo mais barato, o da Xiaomi que custa 329 euros, e retirando o valor que o Governo comparticipa na compra, o contribuinte teria de pagar por um e por outro, respetivamente, 1.440 euros e 79 euros. Se, num caso, a bicicleta é quase um presente do Estado, no outro, o Governo paga muito pouco. Talvez o equivalente ao custo de uma roda.

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Vem aí um novo concurso para a estação de Metro de Arroios

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2019

Novo concurso autoriza o Metropolitano de Lisboa a lançar um novo contrato de empreitada de ampliação e reformulação da Estação Arroios, da Linha Verde, do Metropolitano de Lisboa.

O Governo autorizou, por portaria, um novo concurso de 6,84 milhões de euros para obras na estação de Metro de Arroios, depois de rescindir por incumprimento a empreitada de 2017 contratada por 5,9 milhões.

A portaria foi publicada em suplemento do Diário da República de sexta-feira, para entrar hoje em vigor, e autoriza o Metropolitano de Lisboa a lançar um novo contrato de empreitada de ampliação e reformulação da Estação Arroios, da Linha Verde, do Metropolitano de Lisboa.

“Por incumprimento contratual do adjudicatário, o Município de Lisboa viu-se obrigado a resolver o contrato, concretamente por atraso na execução da empreitada”, explica o Governo no diploma que hoje entrou em vigor, classificando o atraso como uma “situação que se tornou insustentável” e que levou à resolução do contrato.

“Torna-se, portanto, necessário que o Metropolitano de Lisboa lance um novo procedimento contratual para contratar os trabalhos” de ampliação da estação Arroios, acrescenta, definindo encargos de 6,84 milhões de euros para a nova empreiteitada, repartidos por 2019 (2,1 milhões de euros), 2020 (4,62 milhões) e 2021 (40 mil euros).

O concurso público internacional para a empreitada de ampliação e reformulação da estação Arroios foi lançado em 2016 pelo Metropolitano de Lisboa, tendo sido adjudicado em 2017, mas a obra, até hoje, já foi objeto de três diplomas.

A primeira portaria foi publicada em janeiro de 2017, autorizando encargos até 4,6 milhões de euros para o concrso público, a repartir entre 2017 (1,5 milhões) e 2018 (3,1 milhões), e a segunda portaria foi publicada dois meses depois, em março de 2017, procedendo a um ajustamento dos valores da obra para 5,9 milhões de euros, repartidos por 2017 (980 mil euros), 2018 (2,95 milhões) e 2019 (1,97 milhões), além de aumentar o prazo de execução da obra.

No diploma publicado esta sexta-feira, e que entrou hoje em vigor, o executivo explica que aquela obra decorre no subsolo “de uma zona muito consolidada” da cidade, o que torna “necessário um reforço estrutural, de estruturas de contenção e correspondente instrumentação”, com vista a minimizar o impacte à superfície e nos edificios envolventes.

Por essa razão, adianta, está previsto “um prazo de execução de 30 meses, contados da data da assinatura do contrato” para a execução da obra.

A estação de Arroios está encerrada desde 19 de julho de 2017 devido às obras de ampliação.

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Validar as faturas para o IRS? Este vídeo mostra-lhe o que tem de fazer

Prazo limite para registar e confirmar faturas no site do e-fatura termina a 25 de fevereiro. O ECO preparou-lhe um vídeo para que, passo a passo, saiba o que deve fazer para ter a dedução máxima.

O prazo está a chegar ao fim. Segunda-feira, dia 25 é o limite para confirmar as faturas pedidas ao longo do ano passado para beneficiar de todas as deduções a que tem direito. Sabe o que tem de fazer? O ECO preparou-lhe um guia onde deve colocar cada fatura e agora tem também um vídeo com os vários passos que tem de seguir.

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Europeias vão bater recordes de partidos candidatos

  • ECO
  • 23 Fevereiro 2019

As eleições europeia de 26 de maio deverão bater o recorde de partidos candidatos. Até agora, já estão 19 partidos

Já são 19 os partidos políticos que confirmaram as suas candidatura às eleições europeias. Este número poderá ainda aumentar, já que há dois partidos que ainda estão à espera do desfecho do processo de formalização junto do Tribunal Constitucional (TC); mas mesmo que tal não aconteça, se se mantiver o número atual de candidatos, a corrida deste ano registará um número recorde de participantes. Até agora, o número mais alto de candidatos tinha sido registado nas eleições europeias de 2014, altura em que avançaram 18 partidos, lembra o Diário de Notícias, este sábado.

Na opinião do politólogo Carlos Jalali, há múltiplas razões que explicam o crescente número de candidatos, nomeadamente o chamado “efeito de contágio”. “As pessoas vão vendo o que está a acontecer noutros contextos comparáveis, a nível europeu, onde os sistemas partidários tradicionais têm implodido, onde têm emergido novos partidos, que conseguem chegar ao poder. Há uma perceção de que os sistemas partidários estão sob pressão, estão mais vulneráveis a novos partidos“, sublinha Jalali.

Na corrida ao Parlamento Europeu estão, além do PS, PSD, CDS, Bloco de Esquerda e CDU, o Chega, o Partido Popular Monárquico, o Aliança, o Iniciativa Liberal, o Partido Cidadania, o Democracia Cristã, o Democracia 21, o RIR (de Tino de Rans), o MPT, o POUS, o Nós Cidadãos, o PURP, o PDR.

Acreditamos que estas eleições, já as europeias, marcarão uma mudança naquilo que é a tradição em Portugal. E as europeias, convém referi-lo, são eleições em que os eleitores sentem que o seu voto é muito mais livre. Não há voto útil, há um voto de acordo com os candidatos, com as propostas, é menos enraizado na estrutura partidária”, defende o vice-presidente do Aliança, em declarações ao DN.

As eleições europeias estão marcadas, em Portugal, para 26 de maio. A votação decorre em todo a União Europeia de 23 a 26 desse mês, tendo cabido a cada Estado-membro escolher a melhor data desse intervalo.

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Ricardo Arroja é cabeça de lista do Iniciativa Liberal às Europeias

  • Lusa e ECO
  • 23 Fevereiro 2019

O economista Ricardo Arroja é o cabeça de lista do partido Iniciativa Liberal às eleições europeias. A docente universitária Catarina Maia será a número dois da lista.

Depois da sua constituição em 2017, as europeias serão as primeiras eleições a que a Iniciativa Liberal vai concorrer. O número um da lista, Ricardo Arroja, disse que entra na corrida eleitoral ao Parlamento Europeu para promover o debate público em torno de “uma alternativa de governação em Portugal”. Catarina Maia, docente do ensino superior, será a número dois da lista.

“Tendo em conta que os partidos do bloco central têm governado o país em quase monopólio há 40 anos e a corrupção e o clientelismo entre a política, os negócios e o Estado são infelizmente a norma, entendo que é a altura certa para participar num debate de ideias que permitam inverter este estado de coisas”, explicou Ricardo Arroja.

O economista, professor universitário, comentador televisivo e colunista do ECO defendeu que o setor privado deve “assumir o papel principal na economia” enquanto o Estado deve ter um papel subsidiário. E deu um exemplo: “o Estado foi vendido [aos portugueses] como a solução para o desenvolvimento do país, mas a verdade é que os serviços públicos estão cada vez piores”.

Se for eleito eurodeputado, acrescentou, o Iniciativa Liberal integrará o grupo dos liberais no Parlamento Europeu (Alde). O candidato assegurou ainda que o partido é contra radicalismos e nacionalismos, como os que estão a emergir em alguns países europeus.

“Os radicalismos, sejam eles de esquerda ou de direita, devem ser todos evitados e, portanto, a Iniciativa Liberal é contrária a quaisquer radicalismos e nacionalismos”, declarou ainda Ricardo Arroja.

A IL é “favorável a políticas inclusivas, políticas que promovam a cooperação entre os países, políticas que promovam o livre comércio, que é precisamente o espírito da União Europeia e que assim deve permanecer no futuro (…), a Iniciativa Liberal rejeita e afasta-se desse tipo de radicalismos económicos e políticos”, rematou o candidato.

“O Ricardo Arroja e a Catarina Maia, pelos seus percursos de vida e características, cumprem os três critérios que definimos como perfil de candidatos. Pessoas com uma carreira profissional reconhecida, com um pensamento liberal sólido, e com capacidade de transmitir estas ideias”, acrescentou ainda Carlos Guimarães Pinto, presidente da Iniciativa Liberal, em comunicado.

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Rio escreve aos portugueses descontentes com “ilusões” que foram “oportunisticamente vendidas”

O líder do PSD diz que "à medida que o tempo passa, tornam-se cada vez mais claras as falhas do atual Governo e da sua maioria parlamentar",

Rui Rio escreveu aos portugueses. Enviou um email a todos aqueles que estão “descontentes com os partidos políticos”, prometendo que o PSD quer “fazer diferente”. Assume uma “postura virada para o interesse nacional” numa altura em que o atual Executivo “falha”, apontando como prova disso as “ilusões” que nos foram “oportunisticamente vendidas”.

Numa comunicação que acabou por publicar também no Twitter, o líder do PSD diz que o “futuro de Portugal reclama um conjunto de reformas estruturais profundas que não sendo feitas vão continuar a hipotecar o nosso desenvolvimento”. Defende o diálogo, mesmo que outros considerem que isso “é ser frouxo”.

À medida que o tempo passa, tornam-se cada vez mais claras as falhas do atual Governo e da sua maioria parlamentar.

Rui Rio

Presidente do PSD

Apesar do diálogo, Rio ataca o Governo de António Costa. “À medida que o tempo passa, tornam-se cada vez mais claras as falhas do atual Governo e da sua maioria parlamentar“, diz nesta carta, apontando as greves como prova disso. “Atestam bem as ilusões que nos foram oportunisticamente vendidas”, diz. Rio acusa mesmo Costa de ter um “discurso enganador”.

 

“Um Portugal europeu tem de ter a ambição de conseguir mais e melhor. A ambição de construir uma sociedade com melhores empregos, melhores salários, melhor saúde, melhor educação e, acima de tudo, com menos desigualdades sociais”, defende o líder do PSD”, concluindo que é preciso “reverter o caminho para o qual estamos a ser conduzidos”

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eBay estreia site em português no início de março

  • ECO
  • 23 Fevereiro 2019

A partir do próximo mês, os clientes nacionais do eBay vão poder usar a plataforma de comércio eletrónico inteiramente em português. Entrega gratuitas e no próprio dia da encomenda estão no horizonte.

A gigante norte-americana do comércio eletrónico eBay vai lançar um site em português, no início do próximo mês. O anúncio foi feito pelo líder da empresa para a Europa, Israel e Rússia, Ilya Kretov, que explicou, em declarações ao Dinheiro Vivo (acesso livre), que Portugal será “um dos poucos países com a experiência do site a ser feita na sua língua”.

Esta estreia faz parte da estratégia global da norte-americana de aproximação aos vendedores e compradores locais, com sites e ferramentas nas suas línguas. Por cá, a nova plataforma identificará de forma automática a origem do cliente e mostrará os artigos com entrega por terras lusitanas. Isto além da plataforma ficar completamente em português, nomeadamente as ferramentas para os vendedores.

De acordo com Kretov, os vendedores lusos têm 99% do seu negócio fora do país, com especial destaque para os Estados Unidos e para a restante Europa. E o que é que vendem mais os portugueses? Roupa e sapatos. “Há um certo hype noutros mercados na procura por sapatos portugueses”, esclarece o responsável. Além destes itens, os eletrónicos e os colecionáveis são os produtos mais populares junto dos consumidores internacionais.

Outra das novidades que o eBay quer trazer para Portugal (e que é já praticada nos Estados Unidos) são as entregas no próprio dia e as devoluções gratuitas. Para tal, a norte-americana está a trabalhar com os serviços de distribuição e a criar armazéns de entrega.

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Turismo gera 10,1 mil milhões de euros em Lisboa

  • ECO
  • 23 Fevereiro 2019

O estudo é da consultora Deloitte e é citado pelo presidente da Câmara de Lisboa: Em 2017, o setor do turismo contribuiu em 10,11 mil milhões de euros para a economia da capital lusa.

O setor do turismo contribuiu, direta e indiretamente, em 10,11 mil milhões de euros para a economia da capital portuguesa, em 2017. Este número faz parte do estudo realizado pela consultora Deloitte ao impacto macroeconómico do setor em causa em Lisboa, que será apresentado na segunda-feira e é citado, este sábado, pelo presidente da Câmara alfacinha, em declarações aos Expresso (acesso pago). “O turismo em Lisboa é mais importante para a economia nacional que vários outros setores de atividade no conjunto do país”, sublinha Fernando Medina.

O estudo referido quantifica a produção total dos agentes da cadeia de valor do turismo lisboeta, do alojamento à restauração, passando pelos transportes, pela armazenagem até à constrição e ao comércio por grosso e a retalho.

No total, em 2017, esta cadeia de atividades direta ou indiretamente ligadas ao turismo geraram mais de 93 mil postos de trabalho na capital, valor que compara com os 69 mil postos de trabalho registados nesse setor em 2014. Esse salto ficou a dever-se sobretudo ao dinamismo na hotelaria e na restauração, bem como no comércio, adianta o relatório pedido pela Associação de Turismo de Lisboa.

De notar que no nesse mesmo ano de referência (2017), o número de hóspedes ultrapassou os 4,47 milhões e o número de dormidas atingiu os 10,66 mil milhões. Mas “a receita total está a crescer mais do que o número de visitantes, o que significa que a receita média por turista está a subir”, salienta, por outro lado, Medina.

No que diz respeito ao último ano, o autarca diz que Lisboa “terminou com um ano muito bom” no setor turístico. “Voltámos a ter aumentos de turistas, mas ainda mais da receita, reforçando a tendência dos últimos anos”.

E 2019? As perspetivas são “boas”, principalmente “ao nível do crescimento em valor”, avança Mediana. O presidente da Câmara de Lisboa reforça que, ainda que o incremento do número de turistas possa ser tímido, a receita por cada turista deverá aumentar.

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Macron pede “reinvenção” da Política Agrícola Comum

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2019

"A Europa agrícola de hoje é ameaçada de fora" e "de dentro", afirmou presidente francês, Emmanuel Macron.

O presidente francês, Emmanuel Macron, apelou a uma “reinvenção” da Política Agrícola Comum (PAC) para defender a “soberania alimentar, ambiental e industrial” da Europa, na abertura de uma feira agrícola em Paris.

“A Europa agrícola de hoje é ameaçada de fora” e “de dentro”, afirmou, pedindo unidade e destacando que, “sem a PAC, os consumidores europeus não beneficiarão de uma alimentação acessível e de qualidade”.

Emmanuel Macron especificou que defende a criação de “linhas de produção europeias” que integrem “logística, armazenamento e informação” numa escala europeia.

“Precisamos definir estratégias europeias, setor por setor”, defendeu, adiantando que esse deve ser um trabalho a fazer em conjunto e não através de competição.

Na inauguração da feira, diante de uma plateia de jovens estudantes, o presidente francês pediu aos agricultores europeus para se tornarem “nos primeiros ativistas da transição ecológica” e defendeu que “uma parte significativa da PAC deve ser dedicada ao meio ambiente” e que devem ser pagos os “serviços ambientais” prestados pelos agricultores.

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