Natal aumentou levantamentos e compras dos portugueses. Dezembro foi o melhor mês de sempre da rede Multibanco

SIBS registou 276 milhões de operações no último mês do ano. Os dias com maior número de compras foram o dia 22 de dezembro, seguido da Black Friday, que aconteceu a 23 de novembro.

Ano após anos, a época natalícia faz aumentar os levantamentos e as compras dos portugueses. E, segundo a SIBS, o passado mês de dezembro foi mesmo um mês de recordes. “O mês de dezembro de 2018 foi o melhor mês de sempre da rede Multibanco, tendo processado mais de 276 milhões de operações [levantamentos e compras]”, lê-se no comunicado. Só no dia 21 de dezembro foram processadas cerca de 11,5 milhões de operações.

O dia a seguir, 22 de dezembro, foi, por sua vez, o dia em que foi verificado o maior número de compras, no valor de cerca de 5,2 milhões. E, quanto às compras, também o mês dezembro do ano passado representou um recorde. “Foi alcançado o recorde de processamento mensal de mais de 116 milhões de compras nos terminais de pagamento automático da rede Multibanco”.

A Black Friday, a 23 de novembro, teve, também, um forte impacto nas compras, tendo sido o segundo dia em que os portugueses efetuaram um maior número de compras.

Mas não é surpresa que os números disparem na quadra natalícia. “Entre 2012 e 2018, regista-se um aumento destas operações em 39% no mês de novembro e em 33% no mês de dezembro”, refere a SIBS.

Em causa estão, sobretudo, as compras, que registaram um aumento de 64% em novembro e de 50% em dezembro. Supermercados, moda, restauração, gasolineiras e cultura, entretenimento e eletrónica continuam a ser, à semelhança de 2017, os setores de maior consumo dos portugueses. Contudo, de 2017 para 2018, verificou-se um ligeiro aumento no setor da restauração.

Comprar presentes pela internet? Sim, cada vez mais

Os portugueses estão, também, a comprar mais pela internet, uma possibilidade que não é descartada para as compras de Natal. “Entre 2012 e 2018 regista-se um aumento nas compras online, em 187% no mês de novembro e em 168% no mês de dezembro”. Aliás, do total de compras dos portugueses, as compras realizadas através da internet representaram, durante o período indicado, 7,1%.

Mas não foram só os portugueses que fizeram o número de operações aumentar. Os cartões emitidos em França também deram um empurrão, tendo sido a nacionalidade estrangeira que mais efetuou transações em Portugal. Além destes, é de salientar o aumento de 18% e de 13%, respetivamente, do valor absoluto dos cartões dos Estados Unidos da América (EUA) e de Espanha.

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Europa precisa de bancos maiores para fazer frente aos EUA, diz Axel Weber

Para o chairman do banco suíço UBS, os bancos norte-americanos vão expandir-se cada vez mais para os mercados europeu e asiático, impulsionados pela vontade dos clientes.

Se os bancos europeus querem fazer frente aos norte-americanos, têm de crescer em dimensão. O conselho é de Axel Weber, atual chairman do banco suíço UBS e antigo membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu, que vê o crescimento como a resposta para a expansão dos bancos norte-americanos.

O que a Europa precisa para alcançar as empresas americanas é de campeões europeus, bancos que são de maior dimensão”, disse Axel Weber em declarações à Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês). Depois da crise financeira, os bancos europeus mostram uma recuperação mais demorada do que os norte-americanos.

Para o responsável, as instituições financeiras norte-americanas vão chegar a cada vez mais mercados. “Não vamos ver apenas os bancos domésticos a tornarem-se mais pan-europeus, mas também os bancos dos EUA a assumir uma participação maior na Europa e na Ásia porque os clientes vão querer exposição global e serviços bancários globais também”.

Mesmo assim, apesar de sinalizar que esta será a melhor solução, o banco suíço ainda não está pronto para aumentar através de acordos ou fusões. “Queremos principalmente crescer organicamente e antes de podermos correr, temos de ser capazes de andar com segurança”, indicou Weber a um jornal suíço, citado pela Bloomberg.

Alguns bancos já têm estudado a hipótese de se juntar a outros, como o Deutsche Bank (que foi presidido pelo próprio Axel Weber), que terá discutido com os acionistas uma fusão com o rival Commerzbank. O Governo alemão também tinha defendido que o país precisa de ter um banco que se afirme forte a nível internacional.

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Horário das 35 horas “é luxo de país rico”, diz Fórum para a Competitividade

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2019

O Fórum para a Competitividade defende que o horário é uma “anormalidade” e uma “raridade”, apontando a dívida portuguesa como um dos fatores de risco e vulnerabilidade para a economia.

O Fórum para a Competitividade defendeu esta quinta-feira que o horário das 35 horas semanais, aplicado na administração pública, é “claramente um luxo de país rico”, sublinhando ainda que é uma “anormalidade” e uma “raridade”.

“A semana das 35 horas é uma raridade na União Europeia e no mundo, sendo claramente um luxo de país rico, com atividades muito concentradas nos serviços”, lê-se na nota de conjuntura de dezembro do fórum liderado por Pedro Ferraz da Costa. Segundo defende a instituição, apenas “países muito mais ricos do que Portugal” podem sustentar o horário das 35 horas semanais.

“Só países, no mínimo 45% mais prósperos do que o nosso país, como a França, é que podem oferecer esse benefício a um grupo significativo dos seus trabalhadores”, defende a instituição, acrescentado que dos nove países mais desenvolvidos da OCDE, “só na Noruega existe este benefício”.

O Fórum adianta que países desenvolvidos como o Luxemburgo, a Irlanda, a Suíça, a Holanda, a Suécia e a Alemanha não praticam o horário das 35 horas semanais.

Além disso, defende a organização, “a economia portuguesa está quase estagnada há quase duas décadas, tendo sido ultrapassada por muitos países de Leste e passado ser a quarta mais pobre do euro”.

“Ou seja, a instituição, em Portugal, da semana das 35 horas na administração pública é uma anormalidade, em total desacordo com o nosso nível e evolução de desenvolvimento económico”, sublinha ainda o fórum, que questiona a constitucionalidade da medida por ser um “privilégio” dos trabalhadores do Estado.

Tendo em conta as finanças públicas, refere, “a anormalidade ainda é maior” já que “Portugal é o quarto país mais endividado do mundo dentro dos países desenvolvidos, só ultrapassado pela Grécia, Itália e Japão, sendo que a dívida portuguesa tem a particularidade de estar muito mais na posse de investidores estrangeiros, o que a torna muito mais vulnerável.”

“A dívida pública portuguesa é a mais perigosa no mundo desenvolvido (talvez com a exceção da Grécia), um sinal claríssimo de que as nossas contas públicas estão muito longe de estar minimamente saudáveis, ainda que o défice seja já baixo”, remata o fórum.

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Regulador polaco aprova compra do Euro Bank pelo BCP

Foi há cerca de dois meses que o banco liderado por Miguel Maya revelou a aquisição da atividade do Société Générale na Polónia através do Bank Millennium num negócio avaliado em 428 milhões de euros.

Cerca de dois meses após o fecho do negócio, chega o aval da concorrência polaca à compra pelo Millennium bcp, através do Bank Millennium, da operação polaca do Société Genérale, dá conta a Reuters, nesta quinta-feira.

A agência noticiosa, citando informação disponibilizada pelo Bank Millennium, explica que a autoridade da concorrência e da proteção do consumidor da Polónia aprovou a aquisição do Euro Bank pela unidade polaca do Millennium bcp.

Em causa está um negócio anunciado a 5 de novembro e avaliado em 428 milhões de euros, quantia a pagar em dinheiro pelo bank Millennium à Sociéte Genérale Financial Services Holding, uma subsidiária do Société Générale, por uma participação de 99,79% no Euro Bank.

De salientar que o BCP teve de enfrentar alguma concorrência para conseguir comprar o Euro Bank, tendo acabado por conseguir levar a melhor a instituições como o Crédit Agricole ou o Alior. Esta aquisição irá permitir reforçar a posição do Bank Millennium na banca polaca, bem como enriquecer a sua base de clientes de retalho.

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Apple arrasta tecnológicas europeias para perdas de 4%. Lisboa resiste à maré-vermelha

A praça portuguesa resistiu ao dia de perdas na Europa, face ao "profit warning" emitido na quarta-feira pela Apple. Ações tecnológicas derraparam mais de 4%, mas os receios não chegaram a Lisboa.

A bolsa de Lisboa resistiu à maré vermelha nas bolsas internacionais e fechou a segunda sessão deste ano a cotar em terreno positivo. Mas o dia não foi animador para os mercados europeus. A Apple revelou estar à espera de menos receitas no último trimestre, arrastando o setor tecnológico europeu para perdas de 4,2% esta quinta-feira.

Numa sessão em que o Stoxx 600 caiu 0,9%, e em que a maioria das praças europeias fechou em terreno negativo, o português PSI-20 resistiu e avançou 0,11%, para 4.746,06 pontos. O índice nacional valoriza há quatro sessões consecutivas, beneficiando, nesta última sessão, da valorização expressiva das ações do BCP e da EDP, mas também da operadora Nos.

O banco liderado por Miguel Maya subiu 0,92%, para 23,07 cêntimos por ação, depois de ter registado perdas de 0,39% na primeira sessão do ano. Após o fecho da bolsa, o banco revelou ter obtido aprovação do regulador polaco da Concorrência para adquirir o Euro Bank.

A EDP também contribuiu para a resistência sentida em Lisboa. A elétrica liderada por António Mexia valorizou 0,83%, com as ações da empresa a valerem 3,025 euros cada. Nota ainda para os títulos da Nos: a empresa presidida por Miguel Almeida somou 1,14%, para 5,345 euros por ação.

Em sentido inverso, a Galp Energia pressionou o índice e corrigiu os ganhos registados na sessão passada e fechou a cair 0,68%, para 13,965 euros. A queda acontece num dia em que o preço do barril de petróleo recua 0,27% em Londres, para 54,76 dólares.

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BCP já só isenta de comissões contas com mais de dez mil euros. Clientes passam a pagar 5,40 euros por mês

O BCP vai alterar as comissões de manutenção de conta. Duplica o montante mínimo para beneficiar da isenção de encargos, sendo que quem não chegar aos dez mil euros paga o mínimo: 5,40 euros.

É cliente do Millennium BCP? Então prepare-se, porque poderá vir a ter de pagar mais pela conta bancária. O banco liderado por Miguel Maya reviu as condições de isenção das contas, duplicando para dez mil euros o património mínimo necessário para não ter de pagar nada pela conta à ordem. Mas as más notícias não se ficam por aqui. Nos escalões inferiores também há agravamentos de custos, com todos os clientes a passarem a pagar o mesmo pela manutenção de conta.

Mal o ano se iniciou, o BCP publicou no seu site as alterações ao preçário de comissões a entrarem em vigor a 1 de abril deste ano, onde as alterações das comissões da conta à ordem são a única novidade. Vão passar a pesar mais nos bolsos de muitos dos clientes da instituição liderada por Miguel Maya.

Fonte: BCP

Se até agora bastava ter um património financeiro de 5.000 euros (excluindo o saldo à ordem) para estar isento de qualquer comissão de manutenção, com a entrada em vigor dessas mexidas, os clientes passam a precisar de ter um montante mínimo de dez mil euros, para poderem beneficiar dessa isenção.

O BCP junta-se assim ao Santander que há bem pouco tempo também colocou em dez mil euros o saldo mínimo necessário para que os seus clientes possam beneficiar da isenção da comissão de manutenção de conta, alteração que entra em vigor a 7 de janeiro naquele banco.

Comissão igual para todos

Nos escalões de património mais baixos também serão implementadas alterações que vão aumentar em cerca de 24% os encargos anuais com a manutenção das contas de alguns clientes do BCP.

Até agora, o banco liderado por Miguel Maya assumia dois escalões de património — até 2.500 euros e entre 2.500 e 5.000 euros — para os quais exigia o pagamento de comissões de manutenção diferenciadas. No primeiro caso, a comissão anual que se aplicava era de 64,90 euros, e no segundo de 52,42 euros.

A partir do início de abril esses dois patamares deixam de existir, passando a vigorar apenas um patamar que é estendido até aos dez mil euros, com uma comissão de manutenção anual única de 64,90 euros. Esse valor passará assim a ser cobrado aos clientes com património entre 5.000 e dez mil euros e que até agora estavam isentos. Para os clientes com património entre 2.500 e 5.000 euros que pagavam 52,42 euros anuais até agora, representa um aumento de cerca de 24% ou o equivalente a mais de 12 euros anuais.

Para além de um património acima de dez mil euros, escapar a esses encargos é possível apenas em alguns cenários: clientes que domiciliem no banco o ordenado, a pensão ou subsídio da Segurança Social e/ou tenham uma faturação mínima mensal com o cartão de débito ou crédito em compras.

Outra via para tentar reduzir o peso desse encargo é através da adesão às “contas pacote” do banco que a partir de um montante fixo mensal dá acesso a um conjunto de serviços a um preço único.

Receitas aceleram com comissões

Esses movimentos dão continuidade à escalada das comissões levada a cabo pelos bancos no sentido de, perante o contexto de juros historicamente baixos, voltarem a ser rentáveis e puxarem pelos seus lucros.

Os dados da atividade dos bancos são ilustrativos dessa aposta. Nos nove primeiros meses de 2018, quatro dos maiores bancos nacionais — CGD, BCP, BPI e Santander Totta — conseguiram mais do que triplicar os lucros face ao ano anterior, para 1,5 mil milhões de euros. Resultados que foram conseguidos em parte com a contribuição de 1,3 mil milhões de euros em comissões: mais 6% do que no mesmo período do ano passado.

No caso concreto do BCP, as receitas com comissões cresceram nos primeiros nove meses do ano passado 3,1%, para 510,1 milhões de euros, entre 2017 e 2018, contribuindo com 15,4 milhões para a melhoria dos resultados do banco.

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Visitantes do Museu Berardo aumentaram 28,8% em 2018

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2019

As entradas no Museu Coleção Berardo, em Lisboa, registaram uma subida de 28,8% em 2018, sendo o segundo ano com mais visitas desde a inauguração, em 2007.

As entradas no Museu Coleção Berardo, em Lisboa, registaram uma subida de 28,8% em 2018, sendo o segundo ano com mais visitas desde a inauguração, em 2007, segundo as estatísticas divulgadas à agência Lusa pelo espaço museológico. Instalado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, o Museu Berardo recebeu 998.831 visitantes em 2018, tendo registado uma subida relativamente a 2017, ano em que se registaram 775.517 entradas. O ano em que o museu teve mais visitantes foi 2016, com 1.006.145 entradas.

A exposição Quel Amour!? foi a temporária mais visitada em 2018, com um total de 98.131 visitantes até 31 de dezembro, — mas continua patente até 17 de fevereiro deste ano — seguindo-se “Linha Forma e Cor”, com 90.808 visitantes. No que diz respeito às exposições temporárias inauguradas em 2018 e ainda patentes, a 31 de dezembro as contagens indicavam O Fogo das Ideias, com 57.798 visitantes, Purple, com 33.823, e Saudade, com 29.219 visitas.

Quanto às duas exposições permanentes do museu, os dados são os seguintes: Coleção Berardo (1900-1960)”, com 233.705 entradas entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, e Coleção Berardo (1960-2010), com 191.864 entradas, encerrada a 10 de outubro. A exposição Saudade foi prolongada até dia 10 de fevereiro, depois de o encerramento ter estado previsto para o próximo domingo, dia 6 de janeiro.

Na sequência da renegociação do acordo entre o Estado e o colecionador e empresário José Berardo, que prolongou a instalação do museu por mais seis anos, renováveis, as entradas, gratuitas desde a inauguração, em 2007, passaram a ser pagas a partir de 1 de maio de 2017, mantendo o sábado como dia de entrada livre. Em novembro de 2016, o Governo e o colecionador José Berardo assinaram uma adenda ao acordo firmado em 2006 para a criação do museu, cujo acordo terminava ao fim de dez anos.

No documento, ambas as partes concordaram em manter o museu no CCB por mais seis anos renováveis, alterando algumas normas, nomeadamente o pagamento das entradas, o apoio financeiro definido bienalmente e a atualização dos espaços ocupados pelo museu, que aumentaram desde 2006.

O museu abriu em junho de 2007, com um acervo inicial de 862 obras da coleção de arte de José Berardo, cedidas em regime de comodato (empréstimo) ao Estado até 2016, avaliadas em 316 milhões de euros pela Christie’s, em 2006. Desde 1 de maio de 2017 que as entradas passaram a custar cinco euros, com descontos para jovens, seniores e visitantes com mobilidade reduzida, mantendo-se a entrada gratuita aos sábados.

O Museu Coleção Berardo ocupava o 65.º lugar na lista dos cem museus mais visitados do mundo em 2016, com 1.006.145 visitantes nesse ano, segundo o The Art Newspaper, publicação internacional especializada em arte contemporânea.

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Fitch prevê crescimento moderado da economia do Brasil até 2020

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2019

Agência de notação financeira prevê um crescimento económico acima de 2% até 2020. Alerta que o ambiente económico externo pode ser um desafio.

A Fitch prevê um crescimento económico anual do Brasil moderado, acima de 2%, até 2020, segundo informação divulgada esta quinta-feira pela agência de notação financeira.

“O maior potencial para mais crescimento [do Brasil] dependerá de fatores externos e da agenda económica do recém-empossado Presidente Jair Bolsonaro. A Fitch prevê que o PIB [Produto Interno Bruto] real cresça 2,2% e 2,7% em 2019 e 2020, respetivamente”, diz um comunicado divulgado por aquela agência.

A Fitch frisou que Bolsonaro continuou a defender uma agenda geralmente favorável aos negócios após ser eleito e que o seu programa económico inclui a consolidação fiscal, a reforma do sistema de pagamento de pensões, a simplificação do código tributário, privatizações e a independência formal do Banco Central do país.

“Dito isso, permanecem incertezas significativas sobre as políticas específicas que a Bolsonaro irá adotar como parte dessa agenda de liberalização do mercado. Os desafios do Congresso para a consolidação fiscal e a reforma do sistema de pagamento de pensões provavelmente também significarão desafios de implementação e os riscos do futuro”, frisou a Fitch.

Sobre articulações políticas do Governo brasileiro, a agência de notação destacou que, apesar do partido de Bolsonaro (PSL – Partido Social Liberal), ter obtido ganhos substanciais no Congresso brasileiro nas eleições gerais, a legislatura permanecerá altamente fragmentada.

“Bolsonaro exigirá apoio significativo de outros partidos para aprovar a legislação, enquanto a reforma da sistema de pensões provavelmente exigirá uma emenda constitucional ou 60% de apoio para aprovação no Congresso”, acrescentou.

A Fitch voltou a frisar que as reformas estruturais também serão necessárias para aumentar a taxa de crescimento potencial do Brasil.

“O baixo crescimento tem sido um factor que contribui para o agravamento da dinâmica fiscal. Melhorar o clima de negócios, liberalizar a economia, reduzir a participação do Estado através da racionalização da burocracia, privatizações e maior investimento em infraestrutura serão necessários para a recuperação do crescimento potencial do Brasil”, lê-se no comunicado.

“A queda nas taxas de investimento nos últimos anos e o atraso no crescimento da produtividade prejudicaram o crescimento potencial do Brasil. A velocidade e o escopo de impulsionar reformas microeconómicas para aumentar o investimento e o crescimento são incertos”, lê-se no mesmo documento da agência.

A Fitch concluiu destacando que há potencial para o crescimento brasileiro, mas alerta que o ambiente económico externo pode ser um desafio.

“O aperto das condições de financiamento externo, a volatilidade dos preços das ‘commodities’, a desaceleração da China e uma recuperação demorada e lenta na Argentina são os maiores riscos externos que o Brasil pode enfrentar em 2019”, diz a Fitch.

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No último mês do programa, BCE comprou 332 milhões em dívida portuguesa

O programa de compra de ativos chegou ao fim, em 2018, e o reinvestimento dos montantes dos atingem o prazo começou esta quarta-feira. O BCE poderá beneficiar Portugal nesta nova fase.

O Banco Central Europeu (BCE) fechou o programa de compra de ativos com 2,1 biliões de euros, dos quais 36,84 mil milhões de euros em dívida portuguesa. Depois de ter comprado 206 milhões em novembro, no último mês do ano aumentou o valor investido em obrigações nacionais para 332 milhões de euros, segundo dados divulgados pela instituição liderada por Mario Draghi, esta quinta-feira.

As compras líquidas terminaram a 19 de dezembro, a antecipar a baixa liquidez na altura do Natal e Réveillon, pondo fim a três anos de um programa de Quantitative Easing (QE), que foi visto como uma salvação para os países da moeda única. A compra de dívida foi vista como uma das principais razões para que os Estados — especialmente os mais penalizados pela crise — tenham conseguido custos de financiamento comportáveis.

Na última reunião do BCE de 2018, Mario Draghi deu os primeiros pormenores sobre o curso da política monetária da Zona Euro, este ano. O banco central começou a uma nova fase com o reinvestimento dos juros e dos montantes dos títulos que atingem o prazo, a partir de dia 2 de janeiro. Em 2019, o montante a reinvestir deverá atingir os 212 mil milhões de euros, sendo que não há data para o fim desta estratégia.

Também não se sabe ao certo quanto é que a instituição liderada por Mario Draghi irá comprar em dívida de cada país. No entanto, irá manter a chave de capital (que determina o peso de cada país no total do programa de compra de ativos consoante a parte respetiva dos Estados Membros no total da população e PIB da União Europeia) como linha mestra.

A chave de capital foi atualizada no início de dezembro e Portugal foi um dos 12 países que viu o rácio a cair. Assim, o tem menor margem para comprar dívida portuguesa: 1,6367% atualmente, em comparação com os 1,7434% até ao final do ano passado.

Por outro lado, Mario Draghi explicou na última reunião que há espaço para ajustamentos já que não é obrigatório que o reinvestimento aconteça no mesmo país de origem dos ativos inicialmente comprados. Os analistas interpretaram que o BCE poderá aproveitar para corrigir as proporções de dívida, privilegiando países que detém menores quantidades de obrigações, como é o caso de Portugal, mas também Irlanda ou Chipre.

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Bolsonaro avança com privatização de infraestruturas no valor de 1.640 milhões

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2019

Jair Bolsonaro anunciou um plano de privatização na área das infraestruturas de transportes, prevendo que renda investimentos iniciais no valor de 7.000 milhões de reais (1.640 milhões de euros).

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, anunciou esta quinta-feira um plano de privatização na área das infraestruturas de transportes, prevendo que renda investimentos iniciais no valor de 7.000 milhões de reais (1.640 milhões de euros).

“Rapidamente atrairemos investimentos iniciais em torno de 7.000 milhões de reais, com concessões de ferrovia, 12 aeroportos e 4 terminais portuários. Com a confiança do investidor sob condições favoráveis à população resgataremos o desenvolvimento inicial da infraestrutura do Brasil”, escreveu Bolsonaro na rede social Twitter.

A transferência dos investimentos em infraestrutura para o setor privado, que Bolsonaro pretende incluir no seu primeiro programa de concessão, começou a ser analisada pelo Governo do ex-Presidente Michel Temer, que já havia desenvolvido estudos para estes projetos. As concessões serão analisadas numa reunião com 22 ministros que Bolsonaro convocou para esta quinta-feira. Segundo informações do Palácio do Planalto, essa reunião foi convocada para analisar os planos que o Governo anunciará nos seus primeiros dias.

O assunto já foi abordado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que, no seu discurso de posse, na última quarta-feira, disse que vai tomar medidas para desbloquear investimentos no setor.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também comentou no seu primeiro discurso no cargo, que as privatizações e concessões serão um dos “pilares” do programa económico liberal que pretende implementar. Paulo Guedes, que recebeu apoio total de Bolsonaro para comandar a economia brasileira, é um defensor da redução do tamanho do Estado e de um ajuste fiscal severo pautado na contenção de gastos e privatização de todas as empresas que não são essenciais para o setor público.

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Risco ao negócio: Empresários temem mecanismos financeiros

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2019

Os empresários consideram que a falha dos mecanismos financeiros pode ser o maior risco para os negócios na próxima década.

Os empresários portugueses apontam a falha dos mecanismos financeiros como principal risco aos negócios nos próximos dez anos, de acordo com um estudo do Fórum Económico Mundial.

O relatório, elaborado em parceria com a Zurich e a Marsh & McLennan Companies, revelou que os empresários portugueses consultados “afirmam que a falha dos mecanismos financeiros é o principal risco para o desenvolvimento das suas atividades nos próximos dez anos”, segundo uma nota divulgada esta quinta-feira.

Em Portugal, os empresários realçaram ainda as possíveis falhas de governação do Estado, as bolhas de ativos, os fenómenos climáticos extremos e os choques provocados pelos preços da energia como potenciais riscos para a próxima década.

O mesmo comunicado deu conta de que, a nível mundial, “o principal risco identificado é o desemprego/subemprego”, bem como as falhas de governação dos Estados e os choques provocados pelos preços da energia, que foram também identificados pelos portugueses.

O estudo revela ainda que a cibersegurança é a “principal preocupação dos decisores empresariais das grandes economias mundiais – EUA, China, Japão, Alemanha e Reino Unido”.

Por outro lado, as crises fiscais e a falha dos mecanismos financeiros, a nível global, são “riscos que caíram na lista de importância dos inquiridos”, dez anos depois a crise financeira global, ainda que continuem a motivar preocupação, assegura a mesma nota.

“Destaque ainda para o facto de as questões ambientais não constarem dos dez principais riscos apontados ao nível mundial – a explicação pode ser preocupante já que os decisores empresariais inquiridos só consideram esta possibilidade num horizonte posterior aos dez anos em análise neste relatório”, alertou o estudo.

Este relatório, chamado ‘Riscos Regionais dos Negócios 2018′ foi elaborado a partir da consulta de 12.000 decisores empresariais, de 130 países.

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Apple a derrapar 8% empurra Wall Street de volta ao vermelho

As ações da Apple estão a ser fortemente penalizadas depois de a tecnológica ter revisto em baixa as estimativas de vendas, o que se justifica com o abrandamento da economia chinesa.

As bolsas norte-americanas voltaram, esta quinta-feira, a abrir em queda, depois da ligeira recuperação conseguida na última sessão. Isto num dia em que a Apple está a perder mais de 8%, depois de ter revisto em baixa as estimativas de vendas, num novo sinal de que a economia chinesa está a abrandar.

O índice de referência S&P 500 abriu a cair 0,73%, para os 2.491,96 pontos. Já o industrial Dow Jones está a desvalorizar 0,94%, para os 23.125,99 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq é o mais pressionado, ao recuar 1,15%, para os 6.589,12 pontos.

Este movimento acontece numa altura em que as ações da Apple estão a ser fortemente penalizadas pela revisão em baixa das estimativas de vendas — algo que não acontecia há quase duas décadas. A justificar esta revisão está a procura por parte da China, mais baixa do que o esperado, o que, por sua vez, é explicado pelo abrandamento da economia chinesa.

A gigante tecnológica perde 8,74%, para os 144,25 dólares por ação, está, assim, prestes a baixar da fasquia dos 700 mil milhões de dólares de capitalização bolsista, podendo ser ultrapassada pela Alphabet (a casa mãe da Google) em valor de mercado.

A desaceleração económica da China já tem vindo a penalizar o desempenho dos mercados acionistas há vários dias. Na última sessão, Wall Street abriu com fortes quedas, seguindo a tendência da bolsas asiáticas e europeias, depois de as autoridades chinesas terem divulgado os dados da produção industrial relativos a dezembro, que se situou nos níveis mais baixos desde fevereiro de 2016. O setor está a registar uma contração pela primeira vez em mais de dois anos.

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