PS avisa que será inflexível em defesa da sustentabilidade económica do país

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2019

O presidente do Grupo Parlamentar do PS, Carlos César, garante que "a seu tempo, certamente, cada setor verá satisfeito o essencial daquilo que hoje pede".

O presidente do Grupo Parlamentar do PS afirmou esta quinta-feira compreender as reivindicações de vários setores profissionais, mas pediu “paciência” em relação ao caminho a seguir, advertindo que haverá inflexibilidade no objetivo de garantir a sustentabilidade dos “avanços”.

Esta posição foi transmitida aos jornalistas por Carlos César no final da reunião semanal da bancada socialista, depois de questionado sobre a perspetiva de um início do ano marcado pela conflitualidade social em Portugal, com protestos de setores profissionais como os estivadores, os enfermeiros ou os professores.

Na perspetiva do líder parlamentar do PS, tendo em conta “os progressos que têm sido alcançados” nos últimos três anos, há atualmente “uma expectativa geral de melhoria” das condições de vida.

“Percebe-se a aspiração de vários setores em progredirem mais rapidamente nas suas remunerações ou estatuto profissional. Percebemos essas aspirações. Só que somos inflexíveis em outro plano: Queremos que todos os avanços que vamos conseguindo sejam sustentáveis e estejam consolidados“, advertiu o presidente da bancada socialista.

Nesse sentido, segundo Carlos César, o PS recusa que “se vá depressa demais, ou ir para além das possibilidades que o Estado hoje tem”. “Portanto, a todos o que pedimos é paciência, porque o caminho que temos feito é de melhoria geral. A seu tempo, certamente, cada setor verá satisfeito o essencial daquilo que hoje pede”, acrescentou.

Carlos César foi ainda confrontado com posições assumidas pelo bispo auxiliar de Braga, D. Nuno Almeida, segundo as quais o ano eleitoral de 2019, em Portugal, é uma oportunidade para exercer uma “cidadania atenta, ativa e criativa”, criticando depois o “lixo da corrupção”.

O presidente da bancada socialista, no entanto, disse desconhecer essas afirmações proferidas pelo bispo auxiliar de Braga, fazendo apenas um breve comentário: “Não direi a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. “Mas, desconhecendo as afirmações que estão em causa, não farei também mais nenhum comentário”, respondeu Carlos César.

Já no que respeita aos avisos deixados pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante a sua mensagem de Ano Novo, em relação à necessidade de credibilizar as instituições democráticas, havendo um maior cuidado na escolha dos candidatos de cada partido em atos eleitorais, o líder da bancada socialista defendeu que “o PS tem sempre todo o cuidado” nesse aspeto.

“Sendo certo que devemos escolher os melhores, a escolha é sempre em última instância dos portugueses. Essa escolha deve ser consciente, e os portugueses no seu voto definirão quem desejam que os represente e atribuirão a legitimidade que entendem adequada a cada força política e a cada candidato”, advogou o líder parlamentar do PS.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Conselho de Ministros aprova regulamentação para uso de drones

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2019

De acordo com o Governo, foram definidas “regras claras de operação” na proposta de lei aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros.

O Governo aprovou esta quinta-feira o enquadramento legal que regula o uso de aeronaves não tripuladas (drones) e estabelece as regras de uso no espaço aéreo nacional. A decisão foi anunciada após a reunião do Conselho de Ministros.

Segundo o texto divulgado, face ao “fácil acesso” a drones “impunha-se a criação de um quadro normativo de fácil entendimento que determinasse as regras de operação no espaço público, sem inibir o potencial desenvolvimento de atividades económicas, de inovação e de atração de investimento”.

Assim, segundo o Governo, foram definidas “regras claras de operação” na proposta de lei aprovada esta quinta-feira.

O texto também “consagra a adoção de mecanismos de prevenção que mitiguem o risco associado ao uso destes equipamentos, assim como a capacitação das entidades com competência de fiscalização, de forma a garantir um controlo eficaz sempre que a operação de drones possa constituir uma ameaça para a segurança pública ou para o património natural protegido”.

A aviação civil reportou, entre janeiro e setembro de 2018, 43 incidentes com drones, segundo a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), 27 dos quais no verão, o que representa mais de 60% das ocorrências naquele período. Em 2017, a ANAC registou 37 incidentes com drones (36 pela aviação civil e um por um avião militar) e instaurou 17 processos contraordenacionais e apresentou nove denúncias junto do Ministério Público.

Em 2013 e 2014 o regulador do setor da aviação não teve relatos deste tipo de incidentes, enquanto em 2015 a ANAC recebeu reportes de cinco ocorrências, número que mais do que triplicou para 17 em 2016.

O regulamento da ANAC, em vigor desde 13 de janeiro de 2017, proíbe o voo de drones (veículo aéreo não tripulado) a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e de descolagem dos aeroportos.

Em 28 de julho passado entrou em vigor o decreto-lei n.º 58/2018, que torna obrigatórios o registo destes aparelhos com mais de 250 gramas, a contratualização de um seguro de responsabilidade civil para drones acima dos 900 gramas e estipula “um quadro sancionatório aplicável a quem violar estas obrigações, de forma a dissuadir e censurar adequada e proporcionalmente condutas de risco que podem colocar em causa a segurança de todos”.

O documento estabelece que a violação das regras no uso dos drones pode ser punida com multa entre 300 e 7.500 euros, além da inibição temporária ou apreensão dos aparelhos.

O regulador nacional da aviação salienta que o diploma do Governo “vem complementar” o regulamento da ANAC n.º 1093/2016, “dado que este regulamento estabelece apenas as condições de utilização do espaço aéreo (regra do ar para pilotos de drones)”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Malparado continua a encolher. Mas banca ainda tem 30 mil milhões para “limpar”

Os bancos prosseguem os esforços de "limpeza" de balanços, com os setor a tentar desfazer-se dos créditos. Desde o máximo, os bancos já se libertaram de 19,2 mil milhões, diz o Banco de Portugal.

O malparado é um fardo pesado para a banca portuguesa. Está mais leve, continuando a reduzir-se paulatinamente trimestre após trimestre, mostram os dados do Banco de Portugal. Mas mesmo depois de os bancos se terem libertado de 19,2 mil milhões de euros destes créditos em incumprimento desde o pico, continua a faltar solução para empréstimos avaliados em 30 mil milhões.

“No terceiro trimestre de 2018, o rácio de NPL (non-performing loans, malparado em português) diminuiu 0,4 pontos percentuais, para 11,3%, beneficiando da redução do stock de empréstimos non-performing em 1,3 mil milhões de euros (4%)”, revelam os dados do sistema bancário português do Banco de Portugal. “A redução deste rácio foi mais expressiva no segmento dos particulares”, salienta.

Mantém-se, assim, a tendência de redução destes créditos em incumprimento no balanço dos bancos nacionais, elevando-se o total de redução de NPL face ao máximo histórico, observado em junho de 2016, para um valor de 19,2 mil milhões de euros. O rácio de NPL diminuiu 6,6 pontos percentuais face ao recorde.

O Banco de Portugal salienta que esta quebra de 19,2 mil milhões reflete “uma redução de 38% do stock total de NPL”. Ou seja, apesar da diminuição expressiva, num período de pouco mais de dois anos, os bancos ainda não chegaram a “meio caminho” do objetivo, estando a faltar “limpar” cerca de 30 mil milhões.

A fasquia dos 20 mil milhões de euros de malparado que desapareceu do balanço dos bancos deverá ter sido atingida no final do ano passado. Praticamente todos os bancos estão a envidar esforços nesse sentido, sendo que o Novo Banco dará um forte contributo para esse total, isto porque realizou a venda de uma carteira de malparado avaliada em 2.150 milhões de euros.

Menos provisões, “rentabilidade aumenta significativamente”

Perante a quebra do malparado, mas também do aumento dos rácios de cobertura desses créditos, os bancos têm vindo a reduzir as provisões que realizam. E essa movimentação está a puxar pela rentabilidade do setor. “Nos primeiros três trimestres de 2018, a rendibilidade do sistema bancário aumentou significativamente“, diz o Banco de Portugal, salientando que “a rendibilidade dos capitais próprios cresceu 3,9 pontos percentuais e a rendibilidade do ativo (ROA) aumentou 0,4 pontos”.

"Nos primeiros três trimestres de 2018, a rendibilidade do sistema bancário aumentou significativamente.”

Banco de Portugal

“A evolução positiva da rendibilidade nos primeiros três trimestres de 2018 face ao período homólogo, refletiu, principalmente, uma diminuição do fluxo de provisões e imparidades (-644 milhões de euros, -32%) e, em menor grau, uma redução dos custos operacionais (-398 milhões, -9%)”, acrescenta o supervisor do setor, liderado por Carlos Costa.

A redução dos custos com imparidades e provisões contribuiu em cerca de 22 pontos base para o aumento do ROA em termos homólogos, tendo a redução dos custos operacionais contribuído em 14 pontos base”, nota, acrescentando que “o contributo da margem financeira para o ROA manteve-se relativamente estável face ao período homólogo, tal como o contributo das comissões líquidas”.

(Notícia atualizada às 13h40 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Professores disponíveis para aceitar solução igual à da Madeira: recuperação integral do tempo em sete anos

Os professores vão propor que o tempo integral de serviço seja recuperado em sete anos, de forma a não comprometer as contas públicas. Para Mário Nogueira, a solução é suficientemente "criativa".

Os professores do continente estão disponíveis para aceitar a recuperação integral do tempo em que tiveram as carreiras congeladas, mas de forma faseada ao longo de um período de sete anos — isto é, uma solução semelhante à que vai ser implementada na Madeira. A garantia foi dada por Mário Nogueira, dirigente da Fenprof, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

Numa crítica ao ministro das Finanças, que deu uma entrevista esta quarta-feira à RTP, Mário Nogueira afirmou que “os professores não estão a exigir a recuperação [do tempo congelado] em três anos”. “Temos uma proposta que vai no sentido de o tempo de serviço no continente poder ser recuperado nos termos em que vai ser recuperado na Região Autónoma da Madeira, ou seja, em sete anos”, afirmou o líder sindical.

Temos uma proposta que vai no sentido de o tempo de serviço no continente poder ser recuperado nos termos em que vai ser recuperado na Região Autónoma da Madeira, ou seja, em sete anos.

Mário Nogueira

Dirigente da Fenprof

“A nossa proposta, que vamos hoje [quinta-feira] entregar, é uma proposta que, entre outros aspetos, é criativa também, porque não vai apenas ao encontro da recuperação do tempo de serviço para carreira, mas também admite que [o tempo] possa ser usado por opção dos docentes para efeitos de aposentação”, sublinhou ainda o dirigente da Fenprof, numa resposta ao veto do Presidente da República ao diploma do Governo, que pretendia recuperar apenas dois anos, nove meses e 18 dias quando o tempo integral foi de nove anos, quatro meses e dois dias.

Mário Nogueira deu o exemplo de um professor que tenha 60 anos de idade e 40 anos de descontos. “Se se aposentar, terá um corte na sua remuneração de 53%. Esse tempo [em que a carreira esteve congelada] pode ser usado para esse efeito [de alívio do corte], e há muitos colegas que estão de acordo com isso”, garantiu o dirigente sindical. Na visão de Mário Nogueira, se assim for, o Estado não terá despesa extra.

“Isto não traz despesa ao Estado. Pelo contrário. O Ministério da Educação passará até a ter uma despesa menor, porque poderá substituir os professores do topo por professores mais novos”, afirmou. Os professores esperam agora concluir a negociação ainda neste mês de janeiro: “Esperamos que este mês de janeiro seja mais do que suficiente para fechar esta negociação”, concluiu o líder sindical.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo dá crédito fiscal à Faurecia, Molaflex e Volvalis

Conselho de Ministros aprova três novos contratos de investimento que atribuem créditos fiscais às empresas em contrapartida pelo investimento realizado e os postos de trabalho criados.

O Governo aprovou esta quinta-feira em Conselho de Ministros mais três contratos de investimento com a Faurecia, Molaflex Colchões e Volvalis que implicam a concessão de incentivos fiscais a estas empresas em virtude do investimento feito e os postos de trabalho criados.

A Volvalis, Isolamentos Minerais, tem um projeto de investimento de 16 milhões de euros, e que prevê a criação de 65 novos postos de trabalho até 2020. Já a Molaflex Colchões prevê um investimento de 8,4 milhões de euros e antecipa a criação de 100 novos postos de trabalho até 2021.

Finalmente, a Faurecia, Sistemas de Escape Portugal, viu aprovado um aditamento ao contrato fiscal, que prorroga o projeto de investimento, de 41,5 milhões de euros, por 12 meses, revela o comunicado do Conselho de Ministros desta quinta-feira.

Mas, o comunicado do Conselho de Ministros não revela os montantes do crédito fiscal concedido a estas empresas.

Estes contratos, seguem-se ao crédito fiscal de 17 milhões de euros que a Navigator recebeu, a 20 de dezembro, pelo aumento da capacidade de produção da fábrica da figueira da Foz.

Mas, ainda em outubro, o Conselho de Ministros também aprovou quatro novos contratos de investimento que se propunham criar 377 novos postos de trabalho. Somincor, Luso Finsa, TMG e Sociedade Coficab Portugal foram as quatro empresas que receberam incentivos fiscais do Estado, entre outros apoios, para realizar um investimento de 390 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vara contorna sistema e tem direito a cela individual

Defesa de Armando Vara pediu para ex-ministro cumprir pena na cadeia de Évora, onde Sócrates esteve em preventiva. Vara fica em cela individual, apesar do critério ser o da antiguidade.

O critério para atribuição de celas individuais aos cerca de 40 reclusos que estão, atualmente, na prisão de Évora, é o da antiguidade. Mas, quando der entrada nesse mesmo estabelecimento prisional para cumprir cinco anos de prisão, Armando Vara será desde logo instalado numa cela individual, segundo avança o Correio da Manhã.

O ex-ministro socialista, condenado a prisão efetiva por tráfico de influência no âmbito do processo Face Oculta, ainda não tem data para entrar na prisão. Isto porque, só amanhã, com a reabertura do ano judicial, é que o processo será avaliado para emissão dos vários mandados de detenção pendentes. Contactado pelo ECO, o advogado de Armando Vara, Tiago Rodrigues Bastos, não quis revelar informação relativa à data previsível de entrada do ex-ministro.

O ex-ministro ficará sozinho na cela 8, no rés- do -chão, já lavada e fechada desde o dia 18 de dezembro, numa prisão que está sobrelotada, já que só tem capacidade para 35 presos e conta com 40. Por isso muitos têm de partilhar cela, em beliches. O critério para a atribuição das celas individuais é o da antiguidade, mas o antigo governante ficará sozinho, não cumprindo sequer o habitual período de adaptação numa camarata com cinco reclusos.

Após terem sido negados os pedidos de recurso à decisão tomada em setembro de 2014 pelo Tribunal de Aveiro, o ex-ministro está prestes a cumprir a pena. A sentença transitou em julgado no dia 11 de dezembro e Armando Vara disse, em entrevista à TVI, disse nessa semana que irá entregar-se à Justiça, assim que seja possível.

Estou inocente e transporto comigo uma enorme revolta. É um enorme erro judicial e vou lutar, pelo menos, para que não aconteça a outros”, disse o ex-ministro. “O erro está no facto de os juízes se terem deixado influenciar por uma poderosa máquina do Ministério Público e pressão dos órgãos de comunicação social foram fazendo ao longo deste processo todo. No dia em que me tornei arguido, fui condenado. Fui condenado sem provas”, disse.

Alegou que o Ministério Público “tem uma agenda política clara” que no limite “pode contribuir para o fim da democracia”, para a qual “o juiz Carlos Alexandre é uma peça essencial”. A justificação do político para acusar o Ministério Público de condicionar o poder é que basta à instituição “insinuar” que alguém está a ser investigado para que não possa exercer um cargo político. Acrescentou que recebeu um pedido de ajuda em nome do juiz Carlos Alexandre, mas não especificou a que é que se referia ou de quem veio esse pedido.

O processo “Face Oculta”, que começou a ser julgado há seis anos no Tribunal de Aveiro, está relacionado com uma alegada rede de corrupção que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho nos negócios com empresas do setor do Estado e privadas. Na primeira instância, dos 36 arguidos, 34 pessoas singulares e duas empresas, 11 foram condenados a penas de prisão efetiva, entre os quais se incluem Armando Vara e José Penedos. Os restantes receberam penas suspensas, condicionadas ao pagamento de quantias entre os três e os 25 mil euros a instituições de solidariedade social.

A pena mais gravosa (17 anos e meio de prisão, em cúmulo jurídico) foi aplicada a Manuel Godinho, que foi condenado por 49 crimes de associação criminosa, corrupção, tráfico de influência, furto qualificado, burla, falsificação e perturbação de arrematação pública, resultando em 87 anos e 10 meses a soma das penas parcelares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão dá luz verde à aquisição da cadeia de cafés Costa pela Coca-Cola

A Comissão Europeia avaliou o negócio e concluiu que este não suscita qualquer problema de concorrência. Assim sendo, a Coca-Cola vai mesmo entrar no mercado das bebidas quentes.

A Coca-Cola vai mesmo juntar ao seu portefólio um negócio de café. A Comissão Europeia aprovou a aquisição da cadeia de cafés londrina Costa pela americana Coca-Cola. A notícia sobre este negócio foi avançada no último dia do passado mês de agosto e, passados pouco mais de quatro meses, já há luz verde para a operação.

“A Comissão concluiu que a aquisição proposta não suscitaria problemas de concorrência, uma vez que as empresas não vendem os mesmos produtos e as ligações entre as suas atividades são limitadas”, pode ler-se no comunicado da Comissão Europeia.

O negócio deverá alcançar os 5,1 mil milhões de dólares, segundo avançaram vários meios de comunicação internacionais.

Atualmente, a cadeia de cafés Costa tem mais de 2.400 cafés no Reino Unido e cerca de 1.400 fora do seu país de origem, em 31 mercados. Além do negócio das coffee shops, a Costa conta também com 8.237 vending machines espalhadas por todo o mundo.

Na altura em que o interesse da Coca-Cola nas bebidas quentes foi noticiado, James Quincey, presidente e CEO da empresa americana, disse que este acordo traria novas capacidades e conhecimento ao café. “O nosso sistema pode criar oportunidades de crescimento para a marca Costa no mundo inteiro. As bebidas quentes são um dos poucos segmentos em que a Coca-Cola ainda não tem uma marca global”, afirmou.

Agora, com a aprovação da Comissão Europeia, confirma-se: a Coca-Cola vai mesmo entrar no mercado das bebidas quentes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Confiança dos consumidores em mínimos de março de 2017

As famílias estão menos confiantes e as empresas também. O indicador de confiança dos consumidores caiu nos últimos dois meses do ano, batendo mínimos de março de 2017, de acordo com os dados do INE.

Os consumidores estão menos confiantes. Nos últimos dois meses do ano, o indicador de confiança dos consumidores manteve a tendência de queda, tocando mínimos de março de 2017. Ao mesmo tempo, o indicador de clima económico também observou uma diminuição, dois desempenhos que refletem o contributo negativo do saldo das perspetivas relativas à evolução da situação económica do país.

O indicador de confiança dos consumidores caiu para -1,8 pontos em novembro e -2,2 pontos em dezembro. Dois números que acompanham a tendência de queda que se verifica desde junho, de acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Olhando para os meses anteriores, este indicador está nos níveis mais baixos desde março de 2017, mês em que se fixou nos -3,4 pontos. Recorde-se que, em maio, a confiança dos consumidores atingiu os 3,3 pontos, o valor máximo da série iniciada em novembro de 1997.

Esta diminuição reflete o “contributo negativo do saldo das perspetivas relativas à evolução da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e da poupança”, explica o INE.

Ao mesmo tempo, assistiu-se a uma quebra no indicador de clima económico — que representa os indicadores de confiança dos empresários de vários setores da economia — em novembro e dezembro, observando-se uma diminuição para 2,3 e 2,2 pontos, respetivamente. Esta quebra acontece “após ter estabilizado no mês anterior”, diz o INE.

“No mês de referência, os indicadores de confiança diminuíram no comércio e nos serviços, tendo aumentado na indústria transformadora e na construção e obras públicas”, destaca o INE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Preço das casas continua a subir. Valor médio do metro quadrado supera os 2.000 euros

  • Guilherme Monteiro
  • 3 Janeiro 2019

Todas as regiões do país ficaram mais caras para comprar casa nos últimos meses do ano. Lisboa, Porto e Funchal são as cidades em que as casas têm o preço médio do metro quadrado mais elevado.

Comprar casa em Portugal está a ficar cada vez mais caro. É isso que se percebe nos dados da avaliação bancária, mas também nos valores do metro quadrado do Instituto Nacional de Estatística (INE).E o Idealista confirma a tendência, apontando para um aumento de 6,6% nos últimos três meses do ano passado. O valor médio no país superou os 2.000 euros.

Enquanto no mesmo período do ano anterior o valor médio do metro quadrado estava em 1.690 euros, no terceiro trimestre esse valor chegava já aos 1.969 euros. E acabou 2018 nos 2.101 euros, refere o Idealista que baseia estes valores naanálise a 69.977 anúncios que se encontravam na base de dados do seu site no dia 26 de dezembro de 2018.

Nos últimos três meses do ano passado, todas as regiões do país ficaram mais caras para comprar casa, salienta a plataforma, destacando a região Norte, que registou a maior subida de de 9,2%. São, no entanto, as regiões de Lisboa (2.847 euros por metro quadrado), seguida do Algarve (2.064 euros), que continuam a pesar mais na carteira. Do lado oposto, está o Centro do país (1.083 euros), o Alentejo (1.166 euros) e o arquipélago da Madeira (1.597 euros).

Quanto a distritos, é o Porto a registar a maior subida trimestral com 7,5%, seguido de Braga (7,1%) e de Coimbra (6,2%). Apenas os distritos do interior de Vila Real (-1,3%), Guarda (-1%) e Castelo Branco (-0,4%) registaram uma quebra nos preços.

Já no que toca às cidades, destaque para Braga que registou o maior crescimento trimestral dos preços das casas: 12,8%. No entanto, segundo o Idealista, as casas mais caras continuam a ser em Lisboa, Porto e Funchal onde o preço por metro por metro quadrado varia entre os 1.823 da cidade madeirense e os 4.306 euros da capital. Entre outubro e dezembro, Guarda, Castelo e Santarém eram as mais económicas para comprar casa com o metro quadrado a variar entre os 651 euros e os 766 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apple afunda e arrasta tecnológicas europeias para mínimos de dois anos

Os títulos da empresa liderada por Tim Cook cotados na Alemanha afundam 7% e há fornecedores a desvalorizem 18%. O setor tecnológico na Europa não resiste ao sentimento.

A Apple reviu em baixa as estimativas de vendas pela primeira vez em quase duas décadas, devido a uma procura na China mais baixa que o esperado causada, em parte, pela desaceleração da economia global. As ações da empresa liderada por Tim Cook afundaram na última sessão em Wall Street e, cotados na bolsa alemã, derrapam esta quinta-feira, arrastando todo o setor tecnológico na Europa.

O CEO da dona do iPhone explicou, numa carta dirigida aos investidores e divulgada após o fecho da bolsa de Nova Iorque, que espera receitas de 84 mil milhões de dólares nos três primeiros meses do novo ano fiscal (ou seja, entre outubro e dezembro). O montante representa uma quebra face à anterior estimativa, que apontava para um intervalo entre os 89 mil milhões e os 93 mil milhões de dólares.

“Apesar de anteciparmos alguns desafios nos principais mercados emergentes, não fomos capazes de ver a magnitude da desaceleração económica, particularmente na China. A maior parte da nossa redução de receita esperada ocorreu na China em relação ao iPhone, Mac e iPad”, escreveu Cook.

Na negociação após o fecho do mercado, as ações da Apple afundaram 8,5%. Na bolsa da Alemanha, os títulos caem 7,7% para 145,47 dólares por ação. Em reação, o setor tecnológico na Europa perde 3,7% para mínimos desde fevereiro de 2017.

Os fornecedores da Apple estão a ser especialmente penalizados. O produtor de sensores óticos para telemóveis, AMS AG, tomba 18,3% em Zurique, enquanto o produtor de componentes energéticos Dialog Semiconductor desvaloriza 9,7%. O coreano que desenvolve memórias SK Hynix caiu 4,8% e a Samsung, que faz chips para a Apple, recuou 3%. Nos EUA, os futuros de Wall Street não auguram uma sessão positiva, com o Nasdaq a tombar 2,6%.

A Apple deverá apresentar os dados em fevereiro. Os analistas do Bankinter consideram que o corte de estimativas de vendas, devido à menor procura da China, “agravou os receios de uma desaceleração global, quando estamos apenas a uma semana da retoma das negociações entre China e EUA”, mas sublinham que “já era esperado, se tivermos em conta os vários sinais que já apontavam nesta direção”, numa nota publicada esta quinta-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tomás Correia e Carlos Tavares juntos no apoio ao próximo chairman do Banco Montepio

Associação Mutualista e Banco Montepio desmentem tensões em torno de João Ermida, sendo nome consensual entre Tomás Correia e Carlos Tavares para o cargo de chairman do banco.

A Associação Mutualista Montepio Geral e o Banco Montepio desmentem tensões em torno de João Ermida, sendo este um nome consensual entre Tomás Correia e Carlos Tavares para desempenhar funções de presidente do conselho de administração do banco. E reforçam, num comunicado conjunto, que João Ermida ainda se encontra à espera de aval do Banco de Portugal para tomar posse.

O Diário de Notícias refere esta quinta-feira que Tomás Correia e Carlos Tavares não se entendem quanto ao nome de João Ermida para o cargo de chairman do banco detido pela mutualista. O jornal adianta que o mal-estar entre ambos se deve ao facto de João Ermida ter sido sócio de António Godinho, que concorreu contra Tomás Correia nas últimas eleições.

Mas tanto a AMMG como o Banco Montepio desmentem eventuais divergências em torno do nome de João Ermida para o cargo que é atualmente ocupado por Carlos Tavares — acumula funções de CEO e com as de chairman do banco até dia 21 de janeiro.

“Tendo em conta o prazo adicional concedido pelo Banco de Portugal para acumulação das funções de presidente do conselho de administração e de presidente da comissão executiva pelo atual titular, a Associação Mutualista, através do seu presidente, desenvolveu iniciativas, em articulação com o presidente do banco, para encontrar e propor um nome para aquela função com respeito pelo prazo referido”, começam por dizer mutualista e banco num comunicado conjunto emitido esta quinta-feira.

E acrescentam: “Na sequência destas iniciativas, o presidente da AMMG endereçou convite a João Ermida e, atendendo ao período eleitoral na instituição, foi adotado o procedimento de pedido de autorização prévia à respetiva nomeação. Tal pedido foi, como dispõe a regulamentação, devidamente instruído pelo banco – incluindo o parecer favorável da Comissão de Auditoria – e submetido formalmente ao Banco de Portugal com o conhecimento da AMMG”.

No mesmo comunicado, as duas partes adiantam que decorre neste momento o processo de avaliação prévia de João Ermida junto do supervisor. “Como é lógico, nenhuma opinião do supervisor foi ou será emitida antes do final deste processo”, sublinham. O Diário de Notícias refere que há a expectativa de que nome de João Ermida vai ser chumbado pelo Banco de Portugal.

Por fim, AMMG e Banco Montepio “lamentam que, com intuitos que se desconhecem, sejam postas a circular notícias que põem em causa a idoneidade e honorabilidade de diversas pessoas envolvidas, invocando fontes não identificadas e certamente não autorizadas”.

(Notícia atualizada às 11h29)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.