Comprador do banco da CGD no Brasil terá de pagar “caução” de 2 milhões de euros

A entidade escolhida para comprar o Banco Caixa Geral - Brasil terá de pagar uma "prestação pecuniária inicial", no valor de pouco mais de dois milhões de euros.

O Governo já tem selecionados três investidores para a compra do Banco Caixa Geral – Brasil, que deverão apresentar as propostas vinculativas até 25 de novembro. O escolhido passará a ser dono desta subsidiária da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas terá de pagar uma caução inicial de dez milhões de reais, refere uma portaria publicada esta quarta-feira em Diário da República.

“Determina que o proponente selecionado para a aquisição das ações representativas de até 100% do capital social do Banco Caixa Geral – Brasil deve efetuar o pagamento de uma prestação pecuniária inicial”, refere a portaria, que fixa esse montante em dez milhões de reais (2,2 milhões de euros).

O pagamento deste valor deve acontecer “até ao momento da celebração dos instrumentos jurídicos relativos à venda direta”, para que os investidores que apresentaram propostas “possam adotar atempadamente as diligências necessárias”.

O prazo para a apresentação de propostas vinculativas termina às 17h00 do dia 25 de novembro e, de acordo com a informação da resolução do Conselho de Ministros, houve 132 investidores a quem a CGD propôs fazerem propostas indicativas. Contudo, foram recebidas apenas três intenções de aquisição indicativas, pelo que foi sobre estas que o Conselho de Ministros deliberou.

A empresa de investimentos brasileira Artesia Gestão de Recursos, o Banco ABC Brasil (detido pelo Arab Banking Corporation, com sede no Bahrein) e o Banco Luso Brasileiro (detido parcialmente pelo grupo Amorim) foram os três investidores selecionados pelo Governo.

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Hong Kong luta contra a especulação imobiliária. Vai construir casas em terrenos de privados

Hong Kong vai pôr em prática várias medidas para da resposta à falta de habitação. Construir em terrenos privados e facilitar as hipotecas para quem compra a primeira casa são algumas delas.

É um dos países que mais sofre com a especulação imobiliária, apresentando uma reduzida oferta a preços bastante elevados. Para dar resposta a este problema, o Governo de Hong Kong tem lançado várias medidas, como a criação de ilhas artificiais, mas não só. O Executivo quer ir além disso e vai mesmo envolver os proprietários privados.

A chefe do executivo, Carrie Lam, anunciou um pacote de novas medidas para combater a dificuldade do acesso à habitação, entre elas a apropriação de terrenos de proprietários privados para a construção de habitações públicas, avança o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês). A ideia é “apreender” 700 hectares de terrenos a longo prazo, compensando os proprietários.

Mas também estão pensadas medidas para quem vai comprar a primeira casa. O Governo vai facilitar as exigências pedidas no crédito à habitação para quem está a comprar a primeira habitação com recurso a financiamento bancário. Aqui, os bancos vão poder emprestar até 90% do valor da casa até um máximo de um milhão de dólares, o dobro dos 500 mil dólares definidos anteriormente.

Estas medidas para tentar travar a especulação imobiliária juntam-se a uma outra já conhecida, a de construir a maior ilha artificial do mundo, num investimento de 70 mil milhões de euros. O objetivo é ganhar 1.000 hectares ao mar perto de Lantau, a maior ilha de Hong Kong, onde se situa o aeroporto internacional.

De acordo com uma análise do UBS sobre as bolhas imobiliárias em todo o mundo, Hong Kong está entre as cidades com maior risco. O preço médio das casas aumentou para quase 21 vezes mais o rendimento das famílias.

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Grupo francês Banijay paga dois mil milhões de euros pela produtora de “Casa dos Segredos”, “The Voice” e “Black Mirror”

O grupo francês Banijay está a ultimar a compra da Endemol Shine por um valor a rondar os dois mil milhões de euros. Compra dará origem à maior produtora mundial independente.

Os franceses da Banijay estão perto de fechar um acordo para comprar a Endemol Shine, a produtora que criou programas de TV como o reality show “Casa dos Segredos” e o concurso musical “The Voice”. A operação poderá custar cerca de dois mil milhões de euros à empresa francesa que produz “Temptation Island”, de acordo com a imprensa internacional.

A Endemol Shine é a maior produtora do mundo. Foi responsável por alguns programas de televisão mais vistos em todo o mundo e já tem um pé no mundo do streaming, tendo criado a série “Black Mirror” para a Netflix. Mas vê-se a braços com uma dívida elevada e está desde meados do ano passado à procura de um comprador.

Avançando, a compra pela Banijay dará origem à maior produtora audiovisual independente em todo o mundo, com receitas anuais a rondarem os três mil milhões de euros, acima das da britânica ITV, segundo cálculos feitos pela Reuters.

Atualmente, a Endemol Shine é detida em conjunto pela Walt Disney e pelo fundo Apollo Global Management. Por sua vez, a Banijay, fundada por Stephane Courbit, é detida pela holding Lov Gorup and DeA Communications. Esta, por sua vez, é controlada pelo grupo italiano De Agostini e também pela Vivendi, que detém uma pequena participação.

Desde o arranque do processo de venda da Endemol, os acionistas vendedores receberam múltiplas propostas para adquirir a produtora. Uma delas partiu do grupo RTL, que acabou por decidir abandonar o negócio no passado mês de agosto.

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Mais de um milhão de pessoas teve contacto com “fake news” no Facebook durante legislativas

  • Lusa
  • 23 Outubro 2019

No mês anterior à campanha eleitoral para as legislativas, mais de um milhão de pessoas teve acesso a "fake news" no Facebook. Políticos e corrupção foram os principais temas.

O MediaLab do ISCTE, que monitorizou a “propaganda e desinformação nas redes sociais”, estima que mais de um milhão de portugueses tiveram contacto com “fake news” no mês anterior às legislativas, segundo um estudo universitário.

“É a ponta do icebergue da desinformação, um problema grave”, afirmou Gustavo Cardoso, sociólogo e professor de media e sociedade, que participou no projeto que teve o apoio do Democracy Reporting International, uma ONG com sede em Berlim. Num país “com seis milhões de portugueses com perfis no Facebook”, e “a partir de 80 exemplos” de grupos e páginas pessoais associadas à divulgação de desinformação, houve, “no mínimo, um milhão de pessoas a serem tocadas pela desinformação” no mês que antecedeu as eleições.

O MediaLab do ISCTE escolheu 47 páginas pessoais e 39 grupos de Facebook e dois “viveiros” de páginas com conteúdo político para fazer a sua análise, no mês anterior às eleições, entre 6 de setembro e 5 de outubro.

A equipa identificou mais de 6.500 posts no Facebook com conteúdo de desinformação ou “fake news” produzidas pelo “viveiro” das páginas pessoais, que tiveram, naquele mês, mais de 1,1 milhões de interações, pessoas que ou puseram um like”, comentaram ou partilharam uma determinada publicação que a equipa considera desinformação, em graus diferentes de classificação.

No caso dos grupos abertos, em que várias pessoas escrevem livremente, o estudo aponta para a existência de mais de 45 mil publicações, com mais de dois milhões de interações (fazer like, comentário e partilha), entre setembro e outubro. Nas duas semanas de campanha eleitoral, as interações foram mais de um milhão, entre as páginas e os grupos no Facebook.

E dois terços do conteúdo dos dois “viveiros” são “potencialmente desinformativos”, afirmou Inês Narciso, investigadora do ISCTE, que deu exemplos de publicações no Facebook entre as várias categorias de etiquetas, como “acusações não fundamentadas”, “factos imprecisos”, “spin de imagem”, “factos incorretos” ou ainda com “uso descontextualizado de fontes fidedignas”, entre 18 utilizadas no estudo. O estudo da MediaLab concluiu que as “acusações não fundamentadas” foram os casos mais numerosos.

O pico das interações nos “viveiros” do Facebook analisados foi atingido a 4 de outubro, dia em que o primeiro-ministro e líder do PS se exaltou com um idoso no Terreiro do Paço, em Lisboa, depois de este ter dito a António Costa que estava de férias quando se deram os grandes incêndios de Pedrógão Grande (Leiria), em junho de 2017 — uma “fake news“.

Ao contrário de outros países europeus onde a desinformação anda associada a notícias sobre imigrantes e imigração, os temas mais abordados em Portugal, tanto nas páginas pessoais ou grupos, foram os políticos e a corrupção. A equipa pegou em vários conteúdos, analisou-os, fez “fact checking” e apresentou alguns exemplos de páginas com nomes como “O País do Mete Nojo”, “Lesados do Estado”, “A Culpa é do Passos” ou ainda “Burlados do Continente”.

Como o da página de Mário Gonçalves, um “contribuinte farto de pagar a boa vida de corruptos e mafiosos”, que, com base em “factos imprecisos”, escreveu na sua conta no Facebook: “Novo Banco perdoa 25 milhões à Malo Clinic! Os ricos safam-se sempre!”. Ou ainda a publicação do Tugaleaks que usa um “título impreciso”: “Escândalo! Magistrados reformam-se com o valor bruto do último salário”.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 23 Outubro 2019

Um diplomata norte-americano, sob juramento, acusou Trump de pressionar a Ucrânia com a suspensão de ajuda financeira. Nota ainda para a ida do líder do Facebook ao Congresso.

O cerco começa a apertar para Donald Trump. Pela primeira vez desde o arranque do processo de impeachment, uma das figuras ouvidas sob juramento relacionou a suspensão do pagamento de uma ajuda financeira à Ucrânia com a pressão para que o país investigasse um rival político de Trump. Na atualidade internacional, os olhos estão ainda postos no presidente do Facebook, que vai ser questionado no Congresso por causa da Libra.

The New York Times

Diplomata acusa Trump de pressionar Ucrânia

O diplomata norte-americano na Ucrânia, William B. Taylor Jr., testemunhou contra Donald Trump no caso de tentativa de pressionar a Ucrânia. William referiu que o presidente dos EUA tentou condicionar as relações dos EUA com a Ucrânia, com a promessa de que Washington investigaria publicamente o ex-vice-presidente Joseph R. Biden Jr. É o primeiro testemunho sob juramento a relacionar a suspensão da ajuda financeira ao país com uma tentativa de pressão ao novo presidente ucraniano.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

The Wall Street Journal

Presidente da Nike vai deixar o cargo em 2020

O histórico presidente executivo da Nike, Mark Parker, anunciou que vai deixar o cargo no próximo ano, mantendo-se chairman executivo. A decisão vai abrir uma nova página na empresa: ficou definido que John Donahoe, 59 anos, membro da administração da empresa e antigo líder do eBay, vai ser o novo presidente executivo da marca.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago/conteúdo em inglês).

Financial Times

Hong Kong quer combater a especulação. Vai usar terrenos privados para construir casas

Hong Kong decidiu adotar medidas para combater a forte especulação imobiliária, num território onde o acesso à habitação é bastante escasso. A chefe do executivo, Carrie Lam, anunciou, entre outras coisas, que vai tomar posse de terrenos de proprietários privados para construir habitações públicas, e ainda facilitar as exigências das hipotecas aos cidadãos que comprem casa pela primeira vez.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

G1

Filho de Bolsonaro desiste de ser embaixador do Brasil nos EUA

O deputado Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, anunciou a sua desistência ao cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Um dia antes, o pai tinha referido que preferia que Eduardo Bolsonaro continuasse no Brasil para “pacificar” o próprio partido (PSL), que atravessa uma crise interna.

Leia a notícia completa no G1 (acesso livre/conteúdo em português).

The New York Times

Zuckerberg vai admitir que é complicado confiar no Facebook

O presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, regressa hoje ao Congresso dos EUA para ser interrogado acerca da Libra, a criptomoeda global que a empresa quer lançar em 2020. No discurso de abertura, o gestor deverá admitir que o Facebook tem “problemas de confiança” por parte do público, depois das sucessivas falhas na proteção dos dados dos utilizadores. “Acredito que [a Libra] é algo que tem de ser construído, mas compreendo que não sejamos o mensageiro ideal, neste momento. Sei que algumas pessoas têm dúvidas de que possam confiar em nós para criar um sistema de pagamentos que proteja os consumidores”, lê-se no discurso escrito que deverá ser lido pelo gestor na Comissão dos Serviços Financeiros na Câmara dos Representantes.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

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Portugal Fashion regressa ao Porto com uma novidade. É permitida a venda ao público

A 45.ª edição conta com o showroom Brand Up, que inclui propostas de vestuário, calçado, joalharia, ourivesaria, acessórios e produtos lifestyle. É a primeira vez que é permitida venda ao público. 

A Alfândega do Porto, a Casa de Serralves e a Tipografia do Conto abrem, esta quarta-feira, as portas para receber as coleções de autores de alguns dos principais criadores portugueses. Entre 23 e 26 de outubro será possível ver 30 desfiles de criadores portugueses e jovens designers internacionais.

Nomes conceituados no mundo da moda como Diogo Miranda, Estelita Mendonça, Carla Ponte, Miguel Vieira, Alexandra Moura, Fly London, Inês Torcato, Luís Buchinho, Maria Gambina, Hugo Costa, Marques’ Almeida, Katty Xiomara e Sophia Kah vão apresentar as suas propostas na 45.º edição do Portugal Fashion primavera / verão 2020.

E enquanto os modelos desfilam na passerelle, em paralelo realiza-se o showroom Brand Up, que inclui propostas de vestuário, calçado, joalharia, ourivesaria, acessórios, marroquinaria e produtos lifestyle. É a primeira vez que é permitida a venda ao público.

“O Portugal Fashion começou por ter um showroom profissional muito destinado a complementar aquilo que são as apresentações de moda e os desfiles. Esse showroom foi crescendo, começou a despertar um interesse cada vez maior, começou a funcionar como uma mostra pública e, neste momento, transformou-se num mercado que acaba por ser uma montra daquilo que o Portugal Fashion é enquanto agregador de um conjunto de parcerias com outras associações e entidades que a fileira da moda consegue abarcar”, explica ao ECO, Mónica Neto, project leader do Portugal Fashion.

A moda em Portugal pode ajudar a posicionar o país, a atrair mais talento, mais turismo e mais negócio. 

Mónica Neto

Project leader do Portugal Fashion

Nesta edição são esperados cerca de 40 mil visitantes de várias nacionalidades. “Os eventos de outubro e março são grandes âncoras de promoção não só a nível nacional como internacional, são momentos chave que mostram aquilo que fazemos“, destaca Mónica Neto.

A project leader do Portugal Fashion considera que a moda enquanto setor de atividade é “fulcral para o desenvolvimento económico do país” uma vez que “envolve muitos colaboradores e muitos criativos”.

“A moda pode ser uma forma muito interessante de Portugal se posicionar internacionalmente não só como um país que tem indústria, mas também como um país que é capaz de criar e desenvolver com criatividade”, acrescenta a responsável. Mónica Neto reconhece que o facto de o Portugal Fashion participar em semanas de moda internacionais como tem acontecido nos últimos tempos é uma forma “de ombrear nomes que são conhecidos pelo design e pelo valor acrescentado e não só pela indústria”.

Entre 2015 e 2017, o Portugal Fashion recebeu oito milhões de euros do Compete e entre o ano passado e este ano recebeu, até ao momento, mais cinco milhões de euros, de acordo com Mónica Neto.

O Portugal Fashion é um projeto da responsabilidade da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), financiado pelo Portugal 2020 e desenvolvido em parceria com a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), a Moda Lisboa, a Associação Portuguesa de Calçado (Apicapps), entre outros.

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Brexit pesa nas bolsas europeias. Lisboa recua

Com o Brexit no "limbo", os investidores preferem afastar-se do risco. As bolsas europeias recuam, Lisboa também. "Pesos pesados" destacam-se nas quedas.

A Europa volta a sentir o peso da indefinição do Brexit. Com a saída do Reino Unido da União Europeia no “limbo”, os investidores preferem afastar-se dos ativos de risco, levando à queda das bolsas da região. Lisboa não escapa ao sentimento negativo, com o índice nacional a ser penalizado pelas quedas dos principais títulos.

Depois de a legislação sobre o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia ter sido aprovada na primeira votação, o calendário previsto para a aprovação desta legislação foi chumbado. Não é claro agora quando voltará à discussão a lei do Brexit, criando-se uma situação que cria indefinição nos mercados.

O Stoxx 600 recua 0,4%, assim como o DAX, da Alemanha. Em Espanha, o IBEX-35 cede 0,5%, já o francês CAC-40 apresenta uma queda de 0,7%. Num dia em que o FSTE, do Reino Unido, cai 0,1%, Lisboa segue a perder 0,25% para cotar nos 5.003,36 pontos, com apenas três cotadas em alta. A maioria dos “pesos pesados” cai.

A EDP e a EDP Renováveis destacam-se nas quedas, recuando 0,62% e 0,9%, respetivamente, enquanto a Galp Energia, que já esteve a perder mais de 1%, valoriza ligeiros 0,11% para 13,72 euros, ainda a reagir ao plano estratégico que prevê um crescimento dos dividendos em 10% ao ano.

Nota negativa também para os títulos da pasta e papel, bem como para a Jerónimo Martins que cede 0,44% para cotar nos 14,71 euros. A Sonae, por seu lado, soma 0,39% para os 90,15 cêntimos.

O BCP impede uma queda mais expressiva da bolsa ao apresentar uma subida de 0,25% para 19,87 cêntimos. O banco liderado por Miguel Maya volta, assim, aos ganhos, depois da desvalorização registada na última sessão.

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Concurso de expansão do Metro novamente adiado

  • ECO
  • 23 Outubro 2019

O concurso para a linha circular do metro de Lisboa foi adiado pela segunda vez. Desta vez, os interessados têm até 18 de dezembro para apresentarem propostas.

O concurso para a construção da linha circular do metro de Lisboa foi novamente adiado. Lançado em janeiro, este é já o segundo adiamento observado este ano, desta vez devido a “imperativos legais impostos pelo Código dos Contratos Públicos”.

A primeira data limite estava definida para 11 de agosto, acabando por ser estendida para 30 de novembro e, agora, os interessados têm até 18 de dezembro para apresentar as propostas para a expansão da linha entre o Rato e o Cais do Sodré. De acordo com uma fonte do Metropolitano de Lisboa ao Jornal de Negócios (acesso pago), “um concurso desta dimensão e complexidade reveste alguma imprevisibilidade”.

A mesma fonte justificou este adiamento com “imperativos legais impostos pelo Código dos Contratos Públicos (CCP) e inerentes à tramitação do próprio concurso”, como “retificações e correções das múltiplas peças que integram o processo de procedimento”.

Sobre a possibilidade de haver um terceiro adiamento, a mesma fonte diz não ser possível de prever essa situação, dado que caso ocorra alguma situação que obrigue a isso, o Metropolitano de Lisboa terá de o fazer.

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Hoje nas notícias: Metro de Lisboa, SNS e Revolut

  • ECO
  • 23 Outubro 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O concurso da linha circular do metro de Lisboa, que vai unir o Rato ao Cais do Sodré, foi novamente adiado, desta vez até 18 de dezembro. Ainda nas notícias, destaque para o aumento exponencial que a Revolut tem no país, o que já está a levar o Banco de Portugal a emitir alertas.

Concurso da linha circular do Metro adiado novamente

O prazo para a entrega de propostas para a expansão do Metro de Lisboa entre o Cais do Sodré e o Rato foi novamente adiado, desta vez para 18 de dezembro. O concurso foi lançado em janeiro deste ano e já foi adiado duas vezes. Segundo fonte do Metropolitano de Lisboa, “um concurso desta dimensão e complexidade reveste alguma imprevisibilidade” e este novo adiamento deveu-se a “imperativos legais impostos pelos Código dos Contratos Públicos e inerentes à tramitação do próprio concurso”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Futuro secretário de Estado faturou milhões com contratos no público

Nos últimos dez anos, a Produções Fictícias (PF), empresa detida por Nuno Artur Silva, nomeado secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, faturou vários milhões de euros através da celebração de contratos com entidades públicas. Só entre 2012 e 2014, foram assinados 14 contratos com a RTP para a produção de programas de cariz humorísticos, no total de 5,3 milhões de euros. Fora da área dos media, Artur Silva “vendeu” mais de 100 mil euros à EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa, à Anacom e ao IEFP.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Saúde e Defesa falham acordo para reduzir listas de espera do SNS

O Ministério da Saúde e o da Defesa falharam um acordo celebrado para tentar reduzir as imensas listas de espera do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Apesar do protocolo assinado ter mais de um ano, nenhum doente foi operado. Agora, o Estado está a responsabilizar o Hospital das Forças Armadas pelo insucesso da medida.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Revolut já tem mais de 300 mil clientes. BdP alerta para concorrência

A atividade da Revolut em Portugal cresceu de forma bastante expressiva até outubro, contando atualmente com 312.000 utilizadores no mercado nacional, contra os 98.000 observados no final do ano passado. Estes números surpreendem quando comparados com Espanha, um país com mais de 40 milhões de habitantes, onde a Revolut tem apenas 390.000 utilizadores. Na ótica do Banco de Portugal, Carlos Costa destaca que “o modelo de negócio bancário (…) sofrerá inevitavelmente alterações profundas”, avisando que “os bancos terão de ser flexíveis e rápidos na (re)ação face aos requisitos do cliente e do mercado”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Inspetora do SEF detida por corrupção, mas ministros e MP ignoraram alertas

Esta terça-feira, a inspetora do SEF, Sónia Francisco, foi detida por suspeitas de corrupção, numa operação que desmantelou uma rede de auxílio à imigração ilegal. Esta já tinha sido identificada em 2017 num inquérito interno com outros sete funcionários, contudo, não chegaram a haver punições e ninguém deu importância às suspeitas: o SEF arquivou o caso, o Ministério Público não investigou e os ministros ignoraram os alertas de corrupção.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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Depois da Nos, clientes da Vodafone também estiveram sem internet

O dia desta terça-feira não foi animador para o setor das telecomunicações em Portugal. Depois das falhas na Nos, também a Vodafone registou problemas no acesso à internet.

Esta terça-feira não foi um dia exemplar para o setor das telecomunicações em Portugal. Depois de os clientes da Nos terem ficado praticamente três horas sem comunicações móveis durante o período do almoço, foi a vez de os clientes da Vodafone enfrentarem problemas no acesso à internet durante várias horas após o jantar.

“Uma avaria de software de rede causou constrangimentos no serviço de internet móvel e fixa da Vodafone na noite de 22 de outubro, que se fizeram sentir por todo o país. A situação teve início às 21h15 e ficou resolvida às 00h30. A Vodafone identificou imediatamente a causa do problema e ativou todos os meios para repor a situação dentro do mais curto espaço de tempo possível”, disse ao ECO fonte oficial da empresa. A operadora não deu mais detalhes sobre a causa do problema.

O portal Down Detector, que monitoriza a atividade de vários serviços em todo o mundo, mostra um aumento súbito no número de queixas dos utilizadores acerca dos serviços de internet fixa e móvel da Vodafone por volta das 22h00, que se estendeu até meio da madrugada. À meia noite, desta quarta-feira, ainda havia quem se queixasse de problemas: “Incrível, quatro horas sem internet”, escreveu um utilizador.

Quanto à Nos, a empresa resolveu o problema técnico por volta das 15h00. Ao final do dia, depois de efetuadas diligências, a empresa comunicou que a falha técnica se deveu a uma “anomalia simultânea de dois sistemas de processamento de tráfego”. Uma falha que a operadora considerou ter “uma probabilidade absolutamente ínfima”.

(Notícia atualizada às 9h54 com declaração oficial da Vodafone)

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Hospital de Évora fez pagamentos indevidos a médicos

  • Lusa
  • 23 Outubro 2019

Auditoria do Tribunal de Contas (TdC) revela que o Hospital do Espírito Santo de Évora nomeou administradores que não reuniam os requisitos legais. E também efetuou pagamentos indevidos a médicos.

O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) nomeou administradores que não reuniam os requisitos legais e regulamentares para o cargo e efetuou eventuais pagamentos indevidos a médicos com funções de chefia, revelou o Tribunal de Contas.

Estas são as principais conclusões de uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) à nomeação e atribuição de remunerações acessórias e suplementos a pessoal dirigente no HESE, no período entre 2015 e 2018, cujo relatório, datado de setembro, foi enviado hoje à agência Lusa.

Segundo a entidade fiscalizadora das contas públicas, foram nomeados dois técnicos superiores para o cargo de administrador hospitalar no Gabinete de Planeamento e Controlo de Gestão (GPCG), que, “mesmo habilitados, não detêm a condição para o exercício do cargo”.

A estrutura orgânica deste gabinete “prevê que a coordenação seja assegurada por um trabalhador da carreira de técnico superior”, refere o TdC, indicando que, “apesar de diplomados em administração hospitalar, os nomeados não ingressaram na carreira”.

“A nomeação dos técnicos superiores para o exercício do cargo de administrador hospitalar implicou uma valorização remuneratória”, mas os trabalhadores “mantiveram as funções que já desempenhavam e, maioritariamente, as tarefas que executavam”, indica.

Nesse sentido, o tribunal considera que, “não se enquadrando nas normas legais aplicáveis, nem na estrutura orgânica do serviço”, as nomeações tiveram “como finalidade, tão somente, a valorização remuneratória” dos trabalhadores.

A nomeação, sublinha a entidade, implicou uma “valorização remuneratória mensal de cerca de 53%”, traduzindo-se num “aumento dos encargos com remunerações de 64.517,44 euros”, o que configura “um eventual pagamento indevido”.

O TdC revela ter analisado também o pagamento de suplementos remuneratórios a profissionais da carreira médica que exerceram funções de direção, chefia ou coordenação no HESE, entre os anos de 2015 e 2018.

De acordo com o tribunal, “o HESE pagou os referidos suplementos remuneratórios em 14 vezes por ano, contrariando o estipulado” na lei, a qual “determina que os suplementos remuneratórios são devidos e pagos em 12 vezes por ano”.

“Entre os anos de 2015 e 2018, o HESE pagou aos 47 profissionais médicos que exerceram funções de direção, chefia ou coordenação suplementos remuneratórios além do estipulado legalmente, no valor global de 85.994,17 euros”, precisa.

Outra das conclusões que consta no relatório é o facto de “as nomeações, em comissão de serviço, de pessoal da carreira de assistente técnico para lugares de chefia intermédia de 2.º grau” não terem sido “precedidas de procedimentos prévios de seleção”.

Na parte das recomendações, o TdC aconselha o Ministério da Saúde para que “o procedimento concursal para a carreira de administração hospitalar seja precedido de avaliação das necessidades funcionais e de uma análise custo-benefício” para “salvaguardar a economia e a eficiência funcional das unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde”.

O tribunal pede também que a tutela assegure “o cumprimento do quadro legal vigente relativo ao pagamento de suplementos remuneratórios a médicos que exercem funções de direção, chefia ou coordenação”.

Ao Conselho de Administração do HESE, a entidade fiscalizadora recomenda que deve “garantir a transparência e a igualdade de oportunidades no recrutamento e nomeação de cargos dirigentes e providenciar pela cessação da comissão de serviço dos técnicos superiores nomeados administradores hospitalares sem reunir os requisitos legais e regulamentares para o exercício do cargo”.

O hospital, conclui, deve também “acionar os mecanismos legais para restituição dos dois meses por ano de suplementos remuneratórios pagos ilegalmente aos profissionais médicos que exerceram funções de direção, chefia ou coordenação”.

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Votos contados. PS ganhou legislativas com 36,35%

  • Lusa
  • 23 Outubro 2019

Comissão Nacional de Eleições (CNE) fez publicar em Diário da República o mapa oficial com os resultados das eleições. PS foi o partido mais votado, com 1.903.687 votos.

O PS venceu as eleições legislativas de 06 de outubro com 1.903.687 votos, correspondentes a 36,35% do total, de acordo com o mapa oficial hoje publicado em Diário da República, que manteve a distribuição de mandatos já divulgada.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) fez publicar hoje em Diário da República o mapa oficial com os resultados das eleições e a relação dos deputados eleitos para a Assembleia da República, depois de o Tribunal Constitucional (TC) ter indeferido os recursos apresentados por PSD e Aliança sobre os votos dos dois círculos da emigração.

Este mapa inclui os votos e percentagens das 21 forças políticas que concorreram às legislativas nos 22 círculos eleitorais, apresentando as percentagens face ao número de votos expressos, excluindo brancos e nulos, ao contrário dos resultados divulgados pelo Ministério da Administração Interna na internet.

O PS foi o partido mais votado com 1.903.687 votos, correspondentes a 36,35% do total – segundo o cálculo da agência Lusa, que engloba os votos expressos, brancos e nulos que, somados, são 5.237.484 – e a 38,20% dos votos expressos, elegendo 108 deputados.

O PSD ficou em segundo lugar, com 1.454.283 votos, 27,77% do total, e 29,19% dos votos expressos, elegendo 79 deputados.

O universo eleitoral era de 10.777.258 e votaram 5.237.484 eleitores, tendo-se registado uma taxa de abstenção recorde de 51,40%. O número de votos em branco foi 131.302, 2,51%, e os votos nulos foram 123.573, 2,36%.

Em terceiro lugar, ficou o BE, com 498.549 votos, 9,52% do total, 10,01% dos votos expressos, e 19 deputados, seguindo-se, em quarto lugar, a coligação CDU, formada por PCP e PEV, com 332.018 votos, 6,34% do total, 6,66% dos votos expressos, e 12 deputados.

O CDS-PP é a quinta força política, com 221.094 votos, 4,22% do total, 4,44% dos votos expressos, e cinco deputados, e a sexta força política é o PAN, com 173.931 votos, 3,32% do total, 3,49% dos votos expressos, e quatro deputados.

Ainda nos partidos com assento parlamentar, o Chega teve 67.502 votos, 1,29% do total, 1,35% dos votos expressos, seguindo-se a Iniciativa Liberal, com 67.443 votos, 1,29% do total, 1,35% dos votos expressos, e o Livre, com 56.940, 1,09% do total, 1,14% dos votos expressos. Cada um elegeu um deputado.

O PCTP/MRPP teve 36.006 votos, 0,72%, o R.I.R. alcançou 35.169 votos, 0,71%, o PNR 16.992 votos, 0,34%, o MPT 12.888, 0,26%, o Nós, Cidadãos! 12.346 votos, 0,25%, o PDR 11.674 votos, 0,23%, o PURP 11.457, 0,23%, o JPP 10.552 votos, 0,21%, o PPM 8.389 votos, 0,17%, o PTP 8.271 votos, 0,17%, e o MAS 3.243, 0,07% – referindo-se estas percentagens aos votos expressos.

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