Prudential concretiza cisão da M&G plc

  • ECO Seguros
  • 22 Outubro 2019

A maior seguradora do Reino Unido concretizou a anunciada cisão com a gestora de investimentos M&G, esta e a Prudential estarão cotadas em bolsa.

A Prudential plc, considerada a maior seguradora do Reino Unido, anunciou a conclusão do processo de cisão da M&G plc, cujas ações foram admitidas na bolsa de Londres. Esta operação tinha sido anunciada em março do ano passado, tendo resultado na criação de duas empresas cotadas em bolsa.

Os acionistas mantiveram as suas ações na Prudential e receberam também ações da M&G, refere o comunicado da Prudential.

Paul Manduca, chairman da Prudential, afirmou que a administração acredita que a cisão “vai ajudar as duas empresas a estarem mais alinhadas com os interesses dos seus clientes e acionistas”.

Com 20 milhões de clientes em todo o mundo a Prudential plc é a maior companhia de seguros do Reino Unido e está cotada em Londres, Hong Kong, Singapura e Nova Iorque. A M&G é uma empresa gestora de investimentos.

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TC chumba reclamação do PSD sobre votos dos emigrantes

O Tribunal Constitucional rejeitou o pedido do PSD para que fossem considerados os mais de 35 mil votos nulos dos emigrantes como abstenção. Mapa eleitoral final é aprovado esta terça-feira.

O Tribunal Constitucional chumbou o pedido do PSD para que fossem considerados os mais de 35 mil votos nulos dos emigrantes como abstenção, avança o Público. Mapa eleitoral final vai, assim, ser aprovado pela Comissão Nacional de Eleições, abrindo a porta ao arranque dos trabalhos no Parlamento e à tomada de posse do novo Governo de António Costa.

De acordo com fonte do gabinete do presidente da Assembleia da República, citada pelo Público, o Tribunal Constitucional já terá informado Eduardo Ferro Rodrigues da decisão. A Comissão Nacional de Eleições vai aprovar o mapa eleitoral esta terça-feira e é expectável que os resultados eleitorais finais sejam publicados ainda hoje em Diário da República.

Em causa estão 35.331 votos dos emigrantes, cujos envelopes chegaram sem a identificação do eleitor e, por isso, foram considerados nulos (22,33%). O partido de Rui Rio queria que os votos fossem considerados como abstenção e não como nulos.

O presidente da Assembleia da República deverá apresentar também esta terça-feira, na conferência de líderes marcada para as 19h, a proposta para que a verificação de mandatos ocorra na sexta-feira, com a tomada de posse dos novos deputados. Caso essa situação se verifique, o novo Governo deverá tomar posse no sábado.

Apesar de o número de eleitores emigrantes portugueses a votar nas legislativas de 6 de outubro ter atingido os 158.252, a taxa de abstenção subiu ligeiramente, situando-se em 89,2% face aos 88,3% do sufrágio anterior. Nos círculos eleitorais fora de Portugal, tanto o PS como o PSD elegeram dois deputados cada.

(Notícia atualizada)

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Boris Johnson ameaça retirar votação do Brexit e convocar eleições antecipadas

Se o Parlamento não aprovar três dias para votar passagem à lei do acordo do Brexit, Boris Johnson retira a proposta e avança com eleições antes do Natal... se a UE adiar Brexit por três meses.

Num sinal de que o processo de saída do Reino Unido da União Europeia se pode voltar a arrastar por mais um conjunto de meses, o Governo britânico avisou os deputados que se não aprovarem esta terça-feira o calendário de aprovação da passagem a lei do acordo do Brexit alcançado em Bruxelas, vai retirar a votação do acordo e quer eleições antecipadas.

Se um acordo para o Brexit parecia praticamente impossível na semana passada em Bruxelas, agora começa a parecer-se com o obstáculo mais fácil de ultrapassar. O Parlamento britânico está reunido esta tarde para discutir e fazer a primeira votação da passagem a lei do acordo alcançado entre o Governo britânico e a União Europeia sobre a forma como se irá processar o Brexit, mas as votações podem não chegar a acontecer.

No sábado, os deputados acabaram por não votar o acordo, depois de ser aprovada uma emenda que estabelecia que esse acordo só poderia ser votado depois de o Governo fazer aprovar no Parlamento legislação interna para aplicar esse mesmo acordo. Isso obrigou o primeiro-ministro britânico a pedir um adiamento da data do Brexit — 31 de outubro –, algo que rejeitou sempre fazer.

"Não vou permitir, de forma alguma, meses disto. Se o Parlamento impedir que o Brexit se concretize e, ao invés, conseguir levar a sua adiante e adiar tudo até janeiro ou mais tarde, em nenhuma circunstância o Governo pode continuar com isto. E, com muita pena, tenho de dizer que a proposta de lei terá de ser retirada e que teremos de avançar para eleições legislativas.”

Boris Johnson

Primeiro-ministro do Reino Unido

Agora, o Governo disse aos deputados que se não aprovarem hoje uma calendarização que prevê a votação desta proposta de lei nos próximos três dias, então irá retirar a proposta de lei da votação, e exigirá eleições antecipadas. Isto, claro, se os governos da União Europeia aceitarem adiar a data do Brexit em pelo menos três meses, algo que ainda não aconteceu.

O próprio primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, confirmou esta intenção no debate que se realiza esta terça-feira no Parlamento. “Não vou permitir, de forma alguma, meses disto. Se o Parlamento impedir que o Brexit se concretize e, ao invés, conseguir levar a sua adiante e adiar tudo até janeiro ou mais tarde, em nenhuma circunstância o Governo pode continuar com isto. E, com muita pena, tenho de dizer que a proposta de lei terá de ser retirada e que teremos de avançar para eleições legislativas”, disse Boris Johnson.

No entanto, a estratégia do primeiro-ministro britânico depende da decisão dos líderes da União Europeia. Donald Tusk recebeu o pedido de adiamento no sábado e disse que está a consultar os líderes da União Europeia, mas ainda não deu uma resposta sobre o que poderá acontecer. Boris Johnson precisará de um adiamento de pelo menos três meses para avançar com eleições antes do Natal, como sugeriu.

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Banca quer mudar regras para cobrar juros nos depósitos dos clientes institucionais

Em Portugal, não é permitido aplicar juros negativos nos depósitos bancários. Mas a banca portuguesa quer mudar as regras para poder passar estes encargos para os grandes clientes institucionais.

Os bancos portugueses querem mudanças na lei para poderem cobrar taxas de juros negativas nos depósitos bancários dos grandes clientes institucionais. O BCP adianta mesmo que está a falar com o Banco de Portugal neste âmbito.

O que acontece atualmente é que, por causa da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), o excesso de liquidez das instituições financeiras que fica depositado na conta do banco central é penalizado com uma taxa negativa que pode ir até -0,5%. E quem paga a fatura é o banco. Ao contrário de outros países, em Portugal é proibido aplicar taxas negativas nos depósitos. “Qualquer que seja o modo de determinação da taxa de remuneração de um depósito, esta não pode, em quaisquer circunstâncias, ser negativa”, determina o Banco de Portugal.

Esta terça-feira, os presidentes dos principais bancos portugueses vieram exigir uma harmonização da lei europeia. Sublinham que não querem passar os encargos dos juros negativos do BCE para as famílias nem para as PME. Querem antes ter o poder de cobrar juros negativos aos clientes institucionais estrangeiros que deixam o dinheiro depositado cá porque nos seus países de origem serão penalizados com a taxa negativa.

“Não percebo porque é que em Portugal – e não estou a falar de particulares nem das PME, obviamente – não podemos nós cobrar taxas de juro aos clientes”, atirou Miguel Maya, presidente do BCP, na conferência “Banca do Futuro”, organizada pelo Jornal de Negócios.

“Não posso ter depósitos de institucionais estrangeiros pelos quais não posso cobrar porque eles, nos seus países, se depositarem nos bancos, os bancos cobram-nos. (…) Tenho centenas de milhões depositados por clientes que não são clientes de relação e não tenho capacidade de poder cobrar. Isto é level playing field“, sublinhou. O BCP foi dos primeiros bancos a anunciar uma comissão pelos depósitos deste tipo de investidores, como fundos e seguros de pensões, como o ECO revelou em primeira mão.

"Não percebo porque é que em Portugal – e não estou a falar de particulares nem das PME, obviamente – não podemos nós cobrar taxas de juro aos clientes.”

Miguel Maya

Presidente do BCP

Mais tarde, à margem do evento, Miguel Maya repetiu a ideia e disse estar em conversações com os reguladores no âmbito deste tema. “Não estamos a falar de maneira nenhuma de passar os juros negativos para os depositantes, que já estão a ser penalizadíssimos pelas baixas taxas de juro da poupança. O que estamos a falar é que há grandes operadores que andavam afastados de Portugal porque os bancos portugueses não tinham rating e agora depositam nos bancos portugueses, nomeadamente no BCP, porque nos seus países de origem se depositarem pagam e quando vêm a Portugal depositam e não pagam”. “Estamos a falar com os reguladores para que isso seja tido em consideração quando fazem a regulação“, revelou o presidente do BCP.

“O problema é mesmo como o Miguel Maya coloca”, completou depois o presidente do Novo Banco, António Ramalho. “O sistema devia ser idêntico a toda a Europa. (…) Deve-se seguir o mesmo modelo em toda a Europa se a política monetária é idêntica em toda a Europa”, afirmou.

Da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo lembrou também que está fora de questão “cobrar qualquer comissão a clientes do retalho, está fora de questão também a empresas” por causa da taxa de juro negativa do BCE. “Agora, quando estamos a falar de instituições financeiras, porque é que um depósito de uma instituição financeira ou porque é que o depósito de uma multinacional, que apenas põe o dinheiro onde tem maior remuneração”, não pode se pode cobrar?, questionou Paulo Macedo. “Aí devia haver uma legislação idêntica, uma vez que a parte dos particulares está protegida”, referiu o presidente da Caixa.

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Tratamento para Alzheimer leva Biogen a disparar 36%. Wall Street avança

Farmacêutica anunciou que vai colocar à aprovação da FDA um novo tratamento para a doença de Alzheimer e destaca-se em forte alta no Nasdaq. A Harley-Davidson e a Procter & Gamble também valorizam.

Wall Street regista ganhos ligeiros, com os investidores dos EUA focados na época de resultados. As contas da McDonald’s defraudaram as expectativas, mas as grandes novidades vêm do setor farmacêutico. A Biogen anunciou que vai submeter à aprovação da Food and Drug Administration (FDA) norte-americana um novo tratamento para a doença de Alzheimer e as ações dispararam 35,8% para 303,53 dólares no Nasdaq.

O índice tecnológico abriu assim a ganhar 0,31% para 8.188,43 pontos. Já o financeiro S&P 500 avança 0,14% para 3.010,94 pontos e o industrial Dow Jones, onde negoceia a McDonald’s, avança 0,06% para 26.844,74 pontos.

Os resultados trimestrais da dona de restaurantes de fast food ficaram abaixo das estimativas de Wall Street pela primeira vez em dois anos devido ao forte investimento no segmento de entregas. As ações da McDonald’s cedem 3,14% para 202,62 dólares.

A empresa interrompeu uma série de resultados que tem animado os investidores nos Estados Unidos desde a semana passada. Em sentido contrário, a Harley-Davidson e a Procter & Gamble seguem em forte alta após apresentarem contas: valorizam 6,93% e 3,82%, respetivamente.

“Tem sido uma época de resultados bastante positiva, mas alerto sempre que quem anuncia mais cedo é, tendencialmente, melhor que os do fim, portanto os números poderão diminuir ao longo da época”, afirmou Randy Frederick, vice presidente de trading e derivados na Charles Schwab, em declarações à Reuters.

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Brexit: Parlamento Europeu aprova medidas para atenuar efeitos de eventual saída sem acordo

  • Lusa
  • 22 Outubro 2019

As medidas aprovadas pelo PE garantem, por exemplo, a conectividade do transporte de mercadorias e de passageiros e a conectividade aérea.

O Parlamento Europeu aprovou esta terça-feira propostas legislativas que visam atenuar os efeitos de um Brexit desordenado, garantindo que os britânicos continuam a ser elegíveis para programas de financiamento desde que Londres contribua para o orçamento de 2020.

As medidas aprovadas esta terça-feira pelos eurodeputados em Estrasburgo – que não serão aplicáveis caso seja aprovado o Acordo de Saída até 31 de outubro – destinam-se a assegurar, por exemplo, que os beneficiários britânicos, como investigadores, agricultores e estudantes Erasmus, continuem a ser elegíveis para participar em programas no âmbito do orçamento da UE até ao final do atual quadro financeiro (2014-2020), desde que o país assuma o compromisso de contribuir para o orçamento comunitário do próximo ano.

Outras medidas visam garantir a conectividade do transporte de mercadorias e de passageiros e a conectividade aérea, e estabelecer um quadro para que os pescadores da UE e do Reino Unido mantenham o acesso às águas da outra parte em 2020.

Há ainda medidas para assegurar que o Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização esteja disponíveis para apoiar, “sob certas condições”, os trabalhadores por conta de outrem que sejam despedidos ou os trabalhadores independentes cuja atividade cesse “devido a perturbações económicas causadas por uma saída sem acordo”.

Ainda durante a sessão plenária que decorre em Estrasburgo, os eurodeputados vão votar, na quinta-feira, uma outra proposta para alargar o âmbito de aplicação do Fundo de Solidariedade da UE, com a definição de “catástrofes de grandes proporções” a passar a abranger não apenas catástrofes naturais, como também “situações em que são impostos a um Estado-membro sérios encargos financeiros em consequência direta” de um ‘Brexit’ desordenado.

O Reino Unido deverá abandonar o bloco europeu na próxima semana, em 31 de outubro, mas o governo britânico liderado por Boris Johnson ainda não conseguiu fazer ‘passar’ na Câmara dos Comuns o Acordo de Saída revisto que celebrou com a UE na passada quinta-feira, e que os 27 já endossaram entretanto durante o último Conselho Europeu, aumentando as dúvidas sobre se, como e quando os britânicos deixam a União.

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Anacom aprova descida de 10% nos preços das ligações entre continente e ilhas

  • Lusa
  • 22 Outubro 2019

A Anacom deu "luz verde", esta terça-feira, a uma descida de 10% dos preços máximos dos circuitos que ligam o continente aos Açores e à Madeira. Essas ligações são disponibilizadas pela Meo.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) aprovou uma descida de 10% dos preços máximos dos circuitos CAM, que ligam o continente aos Açores e à Madeira e que são disponibilizados pela Meo, de acordo com um comunicado enviado hoje.

Assim, o regulador decidiu “uma descida dos preços máximos dos circuitos entre o continente e as regiões autónomas dos Açores e da Madeira (circuitos CAM) em 10% e dos circuitos entre as várias ilhas dos Açores (circuitos inter-ilhas) em 4%”, informa a mesma nota.

Estes circuitos, de cabos submarinos, permitem uma ligação entre as ilhas e o continente, com banda larga suficiente para as comunicações modernas. A Anacom explica ainda que a redução “incide nos preços dos circuitos disponibilizados pela Meo a outros operadores e prestadores de serviços de comunicações eletrónicas no âmbito da oferta de referência de capacidade Ethernet (ORCE)”.

Além disso, de acordo com a Anacom, a decisão está relacionada com a necessidade de “se verificar o cumprimento da obrigação (a que a Meo está sujeita) de orientação dos preços para os custos, tendo em vista reforçar a melhoria das condições de concorrência no mercado”, o que irá beneficiar “os operadores e prestadores de serviços alternativos à Meo, que necessitam de alugar essas ligações para desenvolver a sua atividade”, garantiu o regulador.

A Anacom acredita que a descida dos preços irá criar condições para que “outros operadores prestem serviços nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, para que haja uma melhor cobertura das várias ilhas”, bem como para o “aparecimento de mais e melhores ofertas retalhistas, a preços mais competitivos, em benefício dos consumidores”, lê-se na mesma nota.

“No que respeita aos preços dos circuitos tradicionais, a Anacom decidiu no mesmo projeto de decisão manter os preços atualmente em vigor”, anunciou a entidade. O sentido provável de decisão do regulador será agora submetido a audiência prévia e consulta pública durante 20 dias úteis, entrando os novos preços em vigor quando for definitivamente aprovada.

Já no ano passado a Anacom impôs uma decida de 10% nestes preços, que foi alvo de críticas por parte da Altice, dona da Meo.

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SoftBank resgata WeWork e afasta polémico fundador da empresa

A administração da WeWork aceitou o pacote de resgate do SoftBank, de forma a evitar a falência da startup. Avaliação da empresa cai para oito mil milhões de dólares (há meses, valia 47 mil milhões).

O Conselho de Administração da WeWork aceitou a proposta de resgate financeiro feita pelo SoftBank, o que significa que o grupo japonês vai assumir o controlo da conhecida startup de aluguer de espaços de coworking. A notícia está a ser avançada pelo The Wall Street Journal (acesso pago).

Mediante este acordo, o fundador, Adam Neumann, é afastado do board da WeWork e o SoftBank aceita comprar a maior parte das ações da empresa que são detidas pelo controverso gestor, no valor de cerca de mil milhões de dólares. O grupo japonês também vai comprar ações detidas pelos funcionários da WeWork no valor de cerca de dois mil milhões de dólares.

Esta operação vai cortar a avaliação da WeWork para os oito mil milhões de dólares, poucos meses depois de a empresa ter sido avaliada em 47 mil milhões de dólares. Deverá ser anunciada oficialmente esta terça-feira, ou nos próximos dias, dado que os detalhes do acordo ainda estão a ser fechados.

Adam Neumann, fundador da WeWork.Noam Galai/Getty Images for TechCrunch

A WeWork corre o risco de ficar sem capital nas próximas semanas, numa altura em que surgem notícias de que está a adiar alguns despedimentos por não ter liquidez para pagar as devidas indemnizações. O SoftBank já detinha um terço da empresa, fazendo da WeWork um dos piores investimentos da História do grupo japonês, que é liderado por Masayoshi Son.

Ao abrigo deste resgate, o SoftBank aceitou também fazer um empréstimo de 500 milhões de dólares a Adam Neumann com o intuito de ajudar o gestor a pagar a dívida que este contraiu junto do banco JPMorgan. Vai ainda pagar-lhe 185 milhões de dólares em honorários relativos à prestação de serviços de consultoria. Contas feitas, o fundador da empresa, que tem sido apontado como um dos principais responsáveis deste desfecho, leva para casa cerca de 1,7 mil milhões de dólares com este resgate.

De acordo com o The Wall Street Journal, apesar do afastamento da administração, Neumann vai manter uma ligação à empresa. Permanecerá como observador do board e também como acionista.

Queda vertiginosa

A espiral de crise em torno da companhia começou quando o prospeto da oferta para a entrada na bolsa revelou sérias dúvidas em relação à estabilidade financeira da empresa e alguns problemas ao nível de governação.

Um dos que fez correr mais tinta foi o facto de a WeWork, cuja holding mudou recentemente de nome para The We Company, ter adquirido os direitos de utilização da marca “We” a uma empresa controlada pelo próprio CEO, Adam Neumann, por uma soma milionária. Mais tarde, a imprensa internacional revelou pormenores da liderança pouco ortodoxa do fundador, referindo um episódio de transporte ilegal de canábis num jato privado, entre outras coisas.

Recentemente, a WeWork esteve prestes a entrar em bolsa.Ajay Suresh via Wikimedia Commons

Depois de falhar a entrada em bolsa (IPO), a avaliação da WeWork caiu a pique e o fundador viu-se obrigado a apresentar a demissão, tendo ficado com um cargo não executivo mas continuando a ter influência significativa nos destinos da startup.

No entanto, as tentativas da nova administração de reduzir largamente os custos, através de vendas de ativos e despedimentos, não foram suficientes para inverter a tendência. A empresa continua em sérias dificuldades financeiras e a preparar despedimentos e, eventualmente, vendas de ativos.

Este resgate significa que o multimilionário Masayoshi Son e líder do grupo SoftBank está disposto a injetar ainda mais capital na empresa para evitar uma nódoa maior no portefólio. A proposta dos japoneses foi escolhida pela administração da empresa em detrimento de outra que estava a ser preparada pelo próprio banco JPMorgan, o mesmo que trabalhou com a startup no IPO falhado.

No início deste mês, Masayoshi Son admitiu, numa entrevista à revista Nikkei Business, estar “embaraçado e impaciente” com alguns dos negócios levados a cabo pelo SoftBank. A empresa foi responsável pela criação do Vision Fund, um fundo de investimento em tecnologia de 100 mil milhões de dólares, sendo uma boa parte do capital controlado pelo fundo soberano da Arábia Saudita.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h23)

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Miguel Maya tem três pedidos para o novo Governo

Estabilidade política, previsibilidade nos impostos e mudança nas contribuições para o Fundo de Resolução. São estes os três pedidos do presidente do BCP, Miguel Maya, para o Governo e o Parlamento.

Miguel Maya não costuma fazer comentários sobre a vida política do país. Mas o presidente do BCP abriu esta terça-feira uma exceção para fazer três pedidos ao novo Governo e também aos partidos da oposição: estabilidade política, previsibilidade nos impostos e mudanças nas regras de contribuição para o Fundo de Resolução nacional.

“Como sabem, não faço comentário político mas hoje tenho vontade de fazer três pedidos ao Governo e à oposição”, começou por dizer Miguel Maya na conferência “Banca do Futuro”, organizada pelo Jornal de Negócios, e que decorreu esta manhã em Lisboa.

O primeiro é estabilidade. É muito importante a estabilidade. Nós, o setor financeiro, beneficiámos muito da estabilidade destes últimos anos e, portanto, precisamos de mais quatro anos de grande estabilidade”, referiu o presidente do BCP.

Depois, Miguel Maya pediu ao Executivo previsibilidade porque é essencial para o investimento. “Em teoria económica o tema da previsibilidade é essencial para a gestão de expectativas e para a gestão do investimento. É muito importante que haja previsibilidade sobre o sistema fiscal, de tudo o que tenha a ver com o enquadramento normativo, isto é, as regras têm de ser conhecidas para dar confiança às pessoas para poderem investir”.

É muito importante que haja previsibilidade sobre o sistema fiscal, de tudo o que tenha a ver com o enquadramento normativo, isto é, as regras têm de ser conhecidas para dar confiança às pessoas para poderem investir.

Miguel Maya

Presidente do BCP

Em terceiro lugar, o presidente do BCP pediu ao Governo e à Assembleia da República uma alteração às regras de contribuição para o Fundo de Resolução nacional, considerando o atual esquema “desajustado”. No seu entender, é preciso “encontrar uma solução para o tema dos 47 milhões de euros que o BCP paga todos os anos para o Fundo de Resolução nacional”.

A solução não pode passar por endossar essa responsabilidade para os contribuintes. Isso é claríssimo para mim. Agora este fardo tem de ser suportado por todos os operadores que fazem transações financeiras sobre clientes portugueses, estejam eles sediados em Berlim ou em França, Espanha ou Portugal”, afirmou Miguel Maya.

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Caixa espera aumentos de 2% nas comissões este ano

Paulo Macedo desvaloriza as críticas a apontar para um disparo das comissões bancárias na Caixa, dizendo antecipar, para este ano, uma subida de 2% na globalidade desses encargos.

Paulo Macedo, presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), desvaloriza as críticas a apontar para um disparo das comissões bancárias no banco público. O CEO do banco público antecipa ainda para este ano um aumento de “2% ou pouco mais” neste tipo de encargos, lembrando que para a maioria dos clientes as comissões mantêm-se inalteradas.

“A Caixa mantém para o ano que vem mais de 90% das suas comissões inalteradas. A Caixa mantém no MB Way mais de dois milhões de pessoas isentas, a Caixa mantém mais de 350 mil reformados totalmente isentos”, começou por explicar Paulo Macedo aos jornalistas à margem da conferência “Banca do Futuro”, organizada nesta terça-feira pelo Jornal de Negócios.

Neste contexto, Paulo Macedo contabilizou ainda que o banco público “até ao semestre teve cerca de menos de 1% de aumento das suas comissões globais” e disse ainda esperar que “até ao final do ano esse valor possa oscilar entre 2% ou pouco mais”.

Relativamente às críticas que a CGD tem sido alvo devido ao aumento das comissões bancárias prevista para o próximo ano, Paulo Macedo lembra que “nunca os custos financeiros, quer para os particulares quer para as empresas, foram tão baixos“.

“Não é uma questão subjetiva. Os custos financeiros para as empresas não só estão mais baixos porque as empresas estão menos endividadas, mas sobretudo porque o fazem a taxas muitíssimo mais reduzidas do que no passado”, contextualiza. Paulo Macedo defende o mesmo no que respeita às famílias. “Independentemente das que não estão isentes ficarem sujeitas a comissões pelos serviços que recebem, o que as pessoas sabem é que nunca quem tem uma casa e um crédito a um banco, pagou tão pouco como hoje”, considera, lembrando o atual cenário de taxas de juro historicamente baixa na Europa.

E para Paulo Macedo não está em causa uma situação conjuntural no que respeita aos juros. “Quando estamos a falar de taxas mais baixas a cinco anos não estamos a falar propriamente de uma conjuntura”, concluiu.

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Paulo Maló sai do grupo no fim do mês. Novos donos não temem concorrência

O fundador da Maló Clinic vai deixar o grupo no final de outubro e sem deixar preocupados os novos donos. "Vivemos bem com a concorrência", dizem os administradores.

Já era conhecido que o fundador da Maló Clinic iria abandonar o grupo, mas a data da sua saída foi agora confirmada pelos novos donos. Paulo Maló deixará oficialmente a empresa no final deste mês. Confrontada com uma possível concorrência nos mercados internacionais, a Atena Equity Partners desvaloriza. Está confiante no crescimento do negócio, suportado pelo novo investimento, isto depois de um PER que aconteceu antes que “fosse tarde demais”.

“Paulo Maló não vai seguir connosco. Sai no fim deste mês”, anunciou esta terça-feira João Rodrigo Santos, presidente do conselho de administração da Malóc Clinic e partner da Atena, num encontro com jornalistas. Para o médico dentário, Paulo Maló “passava muito pouco tempo em Portugal nos últimos anos” e “tem obrigações internacionais que pouco têm a ver com a Maló Clinic”.

Além disso, explicou, o fundador do grupo de medicina dentária tratou menos de 0,5% dos cerca de 27.000 clientes que passaram pela Maló Clinic no ano passado. “Esta é a realidade do ponto de vista dos pacientes”, disse.

Questionado pelos jornalistas se a Atena teme uma possível concorrência de Paulo Maló no mercado internacional, João Rodrigo Santos não se mostrou preocupado. “Temos concorrência há anos. A própria Maló forma potenciais concorrentes. A nossa filosofia nunca foi de combater, vivemos bem com a concorrência. É bom e faz-nos ser melhores”, sublinhou.

Falando sobre o Processo Especial de Revitalização (PER) no qual a Maló Clinic está inserida, devido à dívida de quase 30 milhões de euros que tem junto de vários credores, João Rodrigo Santos referiu que “toda esta dívida acumulada se deve a um processo de internacionalização que não foi bem conseguido”.

Acrescentou ainda que o PER foi sugerido, entre outros, pelo Novo Banco — um dos credores –, e que, segundo a instituição bancária, foi a melhor alternativa. “A Maló estava a ser atacada por vários credores internacionais. Enquanto aqui [Portugal] ainda se consegue discutir com os credores nacionais para tentar uma solução mais suave, os credores internacionais estavam pura e simplesmente a ameaçar. Mais cedo ou mais tarde haveria necessidade de proteger a empresa e fazer um PER. Acreditámos que era melhor protegê-la desde logo antes que fosse tarde demais“.

Os novos donos da Maló Clinic têm em curso um plano de investimento de quatro milhões de euros, mas disponíveis estão outros 15 milhões, anunciaram esta terça-feira os administradores.

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Portugueses gostam de carros elétricos. Mais de metade quer comprar um

Quase nove em cada dez portugueses têm uma atitude positiva em relação aos carros elétricos, sendo que 51% dos condutores dizem querem comprar um veículo elétrico quando trocarem de automóvel.

Carros há muitos, com motores para todos os gostos. Se até há bem pouco tempo os diesel eram a “paixão” dos portugueses, nos últimos anos a preferência tem recaído nos a gasolina, mas muito nos híbridos. Os elétricos têm boa cotação junto dos consumidores. Tanta que mais de metade admite que na próxima troca de automóvel poderá optar por um destes veículos com zero emissões. O problema continua a ser, contudo, o preço elevado.

Os condutores portugueses são os mais positivos em relação à mudança para carros elétricos, seguidos dos turcos e dos gregos. Segundo o ranking Mobilility Monitor 2019, da LeasePlan, empresa de comércio e aluguer de automóveis, em conjunto com a Ipsos, especializada em estudos de mercado, 87% dos portugueses têm uma atitude positiva quanto à mudança para veículos elétricos. Por outro lado, entre os 16 países em estudo, os luxemburgueses são os mais recetivos, sendo que apenas 25% dos inquiridos têm uma atitude positiva no que toca a este assunto.

Mais de metade dos portugueses (51%) afirmam que têm intenção de comprar um carro elétrico na compra do próximo veículo, apenas ultrapassados pela Turquia (57%) e pela Grécia (53%). Portugal está, deste modo, bem à frente de países, como os Estados Unidos da América (28%), Reino Unido (26%) e Dinamarca (22%).

Entre as razões apontadas para a aposta nos carros elétricos, a larga maioria dos entrevistados destaca as menores emissões de dióxido de carbono (70% dos portugueses) e os baixos custos de funcionamento (66%). Ainda assim, os portugueses revelam que o preço de compra (68%), as possibilidades de carregamento insuficientes (53%) e a autonomia (67%), como os maiores entraves à compra de veículos elétricos.

Estes fatores demonstram que apesar de existir uma maior procura e disponibilidade para adquirir veículos não poluentes, as infraestruturas destinadas ao carregamento destes veículos não acompanham a evolução. “Precisamos melhorar esta situação agora. A Comissão Europeia, juntamente com os governos nacionais e as autoridades locais, deve intensificar e agir de acordo com a procura dos cidadãos pela mobilidade de zero emissões, investindo numa infraestrutura de carregamento pan-europeia abrangente”, sublinha o CEO da LeasePlan, Tex Gunning, em comunicado.

Para Tex Gunning apenas “através de ações coletivas, decisivas e oportunas” será possível combater as alterações climáticas e a qualidade do ar das cidades.

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