Christine Lagarde sai hoje do FMI para suceder a Mario Draghi no BCE

  • Lusa
  • 12 Setembro 2019

Christine Lagarde assumirá a presidência do BCE a 1 de novembro próximo, para um mandato de oito anos. líder do FMI vai substituir Mario Dragh e torna-se na primeira mulher à frente da instituição.

Christine Lagarde termina esta quinta-feira oficialmente o seu percurso no Fundo Monetário Internacional (FMI), que liderou nos últimos oito anos, para assumir a presidência do Banco Central Europeu (BCE), sucedendo a Mario Draghi, em 1 de novembro.

Christine Lagarde será a primeira mulher a assumir a presidência do BCE, depois de ter sido também a primeira mulher na liderança do FMI.

Lagarde diz o adeus oficial à instituição com sede em Washington, nos Estados Unidos, da qual foi líder nos últimos oito anos, para partir rumo à autoridade monetária da zona euro, que teve o italiano Mario Draghi como presidente, também nos últimos oito anos.

Foi em 16 de julho que Lagarde apresentou a demissão do cargo de diretora-geral do FMI, com efeito a 12 de setembro, e o Conselho Executivo aceitou o pedido, elogiando a sua “excecional” administração e liderança “inovadora e visionária”.

Naquele dia, na sua conta no Twitter, Christine Lagarde indicou que foi “um privilégio servir” os 189 países membros do Fundo.

No início de julho, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) tinham chegado a acordo sobre as nomeações para os cargos institucionais de topo, designando Christine Lagarde para a presidência do BCE, sucedendo ao atual presidente, Mario Draghi, cujo mandato termina em 31 de outubro.

Christine Lagarde tornou-se, em 2011, na primeira mulher a liderar o FMI, depois da liderança de Dominique Strauss-Kahn, outro antigo ministro francês que se demitiu após ser alvo de acusações de agressão sexual contra uma empregada de um hotel nova-iorquino.

Agora, a antiga ministra francesa será novamente pioneira, tornando-se na primeira mulher a liderar o BCE. Por enquanto, o banco central da zona euro tem apenas duas mulheres entre os 25 membros do seu órgão máximo, o Conselho de Governadores.

Antes de Mario Draghi, o BCE teve como presidente o francês Jean-Claude Trichet e o holandês Wim Duisenberg, que foi o primeiro presidente da instituição.

Presença inconfundível, com um discurso acutilante e um estilo aplaudido como distinto, elegante e chique, Lagarde nasceu há 63 anos em Paris e licenciou-se em Direito, tendo uma pós-graduação em Ciência Política.

Começou a exercer advocacia em 1981, contratada pelo escritório internacional de advogados Baker & McKenzie, no qual trabalhou como especialista em questões laborais, de concorrência e fusões e aquisições.

Com o tempo, Christine Lagarde foi subindo na hierarquia da Baker & McKenzie, já nos Estados Unidos, e entrou em 1995 no Conselho Executivo, tornando-se, quatro anos depois, sua presidente, e a primeira mulher a ocupar a direção da firma.

Em junho de 2005 deixou a empresa para fazer parte do governo de Nicolas Sarkozy.

Foi nomeada em 2005 para a pasta do Comércio e, dois anos depois, Nicolas Sarkozy escolheu-a para assumir a tutela da Economia e Finanças. Em 2009, o Financial Times considerou-a a melhor ministra das Finanças na Europa.

Como ministra francesa das Finanças, presidiu ao Ecofin no segundo semestre de 2008 e depois ao G20 durante a presidência francesa, em 2011.

Quando terminou o seu primeiro mandato de cinco anos no FMI, após ter atuado na primeira linha de gestão da crise da dívida na zona euro, foi reeleita por consenso para um segundo mandato, em julho de 2016, sem que qualquer outro candidato se tivesse apresentado.

Lagarde é divorciada e mãe de dois filhos.

Os economistas ouvidos pela Lusa, no início de julho, consideraram que Christine Lagarde reúne as características necessárias para suceder a Mario Draghi e ser bem sucedida como presidente do BCE, apesar de terem manifestado alguma surpresa na escolha.

Os especialistas consideraram também que Lagarde vai herdar do ainda presidente do BCE, Mario Draghi, uma situação difícil, mas menos desafiante do que aquela que este enfrentou com a crise do euro.

Em 4 de setembro, na audição perante a comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, Lagarde elogiou o trabalho do seu antecessor no BCE, Mario Draghi, e garantiu que seguirá “os mesmos princípios”.

A ex-diretora-geral do FMI disse que “os desafios que justificam a política atual do BCE não desapareceram”, pelo que pretende seguir uma política acomodatícia”, com “agilidade”, para estimular a economia.

No entanto, Lagarde frisou que a política monetária não pode substituir as políticas orçamentais, nem ser sobrecarregada por estas, e disse esperar nunca ter de fazer um anúncio como o de Draghi em 2012, quando o ainda líder do BCE anunciou que a instituição faria “o que fosse preciso para preservar o euro”.

A comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu deu nesse dia parecer favorável à nomeação da francesa Lagarde para a presidência do BCE, numa votação não vinculativa.

O parecer será votado pelo Parlamento Europeu na sessão de ‘rentrée’ a ter lugar em Estrasburgo, França, na próxima semana (entre os dias 16 e 19). Christine Lagarde assumirá a presidência do BCE em 1 de novembro próximo, para um mandato de oito anos.

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ADSE vai exigir relatório médico para justificar excesso de análises

  • ECO e Lusa
  • 12 Setembro 2019

De acordo com a nova tabela da ADSE, passa a estar vedada mais do que uma intervenção cirúrgica por dia paga pelo subsistema de saúde dos funcionários públicos.

O Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da ADSE reúne-se esta quinta-feira, para analisar a proposta do conselho diretivo sobre as novas tabelas de preços para prestadores do regime convencionado. Para controlar os excessos, mas também os abusos, a nova tabela para o regime convencionado prevê que “sempre que se verifique a realização de um número significativo de análises clínicas, de forma repetida, num determinado período, a ADSE pode exigir um relatório médico justificativo da sua necessidade clínica“, avança a TSF que consultou a proposta.

O presidente do CGS, João Proença, disse ao ECO e à Lusa que “será ainda uma análise preliminar”, e que não está prevista a emissão de um parecer por parte do conselho, na sequência da reunião desta quinta-feira, até porque, se trata de um documento provisório. Em causa está um documento de trabalho para a revisão das tabelas de preços no regime convencionado que, em agosto, o Conselho Diretivo da ADSE remeteu ao CGS.

De acordo com a nova tabela, passa a estar vedada mais do que uma intervenção cirúrgica por dia paga pelo subsistema de saúde dos funcionários públicos, especifica ainda a TSF.

O documento preliminar, a que a Lusa também teve acesso, mantém os preços suportados pela ADSE junto dos prestadores privados que integram a rede de convencionados e o copagamento a cargo dos beneficiários em grande parte dos atos, produtos e serviços médicos, mas procede também a vários ajustamentos. Apresenta, além disso, uma proposta de tabela com preços fechados junto dos prestadores convencionados, tal como estava previsto.

No entanto, numa primeira análise feita pelo secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, a nova tabela favorece os beneficiários da ADSE. “Em princípio, do projeto de proposta que está em cima da mesa, globalmente, os beneficiários poderão vir a pagar menos, havendo uma maior disciplina em relação aos preços dos prestadores de serviços de saúde e, simultaneamente, uma melhoria no que diz respeito ao pagamento do lado dos beneficiários”, concluiu à TSF, José Abraão, admitindo, contudo, que é difícil encontrar uma média ou isolar um cuidado de saúde em particular porque as tabelas incluem milhares de preços.

As negociações em torno das novas tabelas do regime convencionado têm-se arrastado, sendo que o documento provisório que foi enviado ao CGS não inclui ainda uma proposta de revisão de preços das consultas nem da comparticipação do subsistema de saúde quando os beneficiários recorrem ao regime livre.

Na reunião desta quinta-feira, os membros do CGS vão ainda analisar questões relacionadas com o reembolso do regime livre, bem como a situação financeira, as regularizações e a preparação do orçamento para 2020.

Deverá ainda ser abordado na reunião o financiamento dos novos medicamentos de oncologia, já que a ADSE enviou uma comunicação aos hospitais privados, no final de agosto, com o objetivo de “clarificar” as regras, noticiou na quarta-feira o jornal Público.

Nessa comunicação, a ADSE sublinha que “só comparticipa os medicamentos prescritos por entidades legalmente autorizadas, e que possuam Autorização de Introdução no Mercado (AIM) ou Autorização de Utilização Excecional (AUE) sem AIM. “Assim, quando um medicamento não possuiu AIM, é da responsabilidade do prestador solicitar a Autorização de Utilização Excecional (AUE) sem AIM ao Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde”, continua o instituto liderado por Sofia Portela.

A faturação à ADSE dos medicamentos nestas condições tem de vir acompanhada do documento do Infarmed para que o financiamento possa ser efetuado, lê-se na comunicação aos prestadores privados.

A ADSE salienta que “só pode comparticipar medicamentos para os quais exista decisão de financiamento pelo SNS [Serviço Nacional de Saúde], no âmbito do sistema nacional de avaliação das tecnologias de saúde (SINATS)”. “Quando um medicamento não tem decisão de financiamento pelo SNS mas tem decisão favorável no Programa de Acesso Precoce a Medicamentos (PAP), (…) a ADSE financia o medicamento”, caso contrário, não o fará, esclarece.

Por outro lado, em situações excecionais pode ser dada autorização de financiamento pela ADSE, “em casos imperiosos para a saúde do doente, designadamente quando o mesmo corra risco imediato de vida ou de sofrer complicações graves”. Porém, nestes casos, é necessário que o prestador solicite à ADSE uma autorização prévia através da plataforma na ADSE Direta, disponível desde 2 de setembro. A partir de 16 de setembro o pedido torna-se obrigatório.

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Cinquenta anos depois, Jumbo desaparece. A partir de hoje é Auchan

Esta quinta-feira, todas as lojas Jumbo espalhadas pelo país vão adotar a insígnia Auchan. A alteração de nome, juntamente com novas aberturas, implica um investimento de 90 milhões de euros no país.

A tendência não é propriamente desconhecida no setor do retalho, que, nos últimos anos, tem vindo a despedir-se de algumas marcas. Primeiro foi a Feira Nova, que foi transformada em Pingo Doce e, depois do grupo Jerónimo Martins, foi o grupo Sonae que tomou uma decisão parecida, com as lojas Modelo a passarem a assumir todas a insígnia Continente. Agora, é a vez do Jumbo dar lugar à Auchan.

Após cinco décadas, a marca Jumbo — conhecida pelas letras verdes e o elefante vermelho que segura um trevo de quatro folhas na sua tromba — vai desaparecer, sendo substituída pela marca Auchan. As cores são semelhantes, mas o elefante dá, agora, lugar ao pássaro. Com a marca Jumbo, desaparecem também as insígnias Jumbo Box e Pão de Açúcar.

Apostando numa marca “global e mais forte”, a Auchan faz, assim, desaparecer as marcas Jumbo e Pão de Açúcar, num investimento adicional em Portugal que ascende aos 90 milhões de euros. Este montante está dividido pelos processos de lançamento da marca e, também, pela abertura de novas lojas, como é o caso da loja de Paço de Arcos e das novas lojas My Auchan.

“Nos últimos dez anos, investimos cerca de 400 milhões de euros em Portugal. Reconhecemos as nossas equipas e distribuímos cerca de 95 milhões de euros (…) Agora, após 50 anos, decidimos que era altura de fazer uma mudança. Estamos a construir para os próximos 50 anos”, afirma Pedro Cid, CEO da Auchan Retail Portugal, durante um encontro com jornalistas.

E mudar o nome, os logótipos e as publicidades não são a principal alteração. O que realmente vai mudar é o conceito. “Estamos a mudar a marca para construir de dentro para fora. É uma marca mais centrada no cliente, nos nossos parceiros e na comunidade”, refere.

A proximidade e o foco na experiência de cada cliente traduzem-se naquilo que é o movimento “Bom, são e local”. “Bom porque pensámos na experiência de comprar adaptada a cada cliente”, são porque “queremos ajudar os nossos clientes a serem mais saudáveis” e local porque, “apesar de ser uma empresa francesa, 88% das compras são, neste momento, com produtores nacionais”, explica Pedro Cid, acrescentando que a Auchan trabalha, atualmente, com mais de 160 produtores locais.

Auchan quer pôr os clientes a degustar café

Uma das principais mudanças que o grupo de retalho vai implementar em alguns dos seus hipermercados — e que no Auchan do Alegro de Alfragide já está disponível — é a academia do café. Neste espaço, que é dentro da própria loja, os clientes poder degustar vários tipos de café antes de fazerem a compra. Além disso, podem optar por comprar cápsulas avulso.

E, se não perceberem muito sobre café, os clientes podem aproveitar uma ida ao hipermercado para fazer um workshop. Depois de dois anos, a Academia Auchan vai, agora, “dentro de dez dias”, ser apresentada a colaboradores e clientes. “O objetivo é conseguirmos, não só dar formação às nossas equipas, como fazer workshops com os clientes”, explica Pedro Cid, acrescentando que ali será possível aprender, por exemplo, a ler rótulos.

Os números da passagem de Jumbo a Auchan

Entre o “bolo” total de 90 milhões de euros de investimento, só na loja Jumbo do Alegro de Alfragide, a passagem a Auchan e a construção do movimento “Bom, são e local”, com um aumento da oferta, envolveram um investimento de cerca de 7,5 milhões de euros. “A loja de Alfragide teve renovação e reforço”, afirma o CEO da Auchan Retail Portugal, acrescendo que, para alterar a marca, o custo não ultrapassa os três ou quatro milhões de euros.

Na lista de projetos está a remodelação da loja das Amoreiras — “uma loja histórica” que representa um investimento de cerca de três milhões de euros –, a futura loja de Paço de Arcos — a primeira a abrir sob a insígnia Auchan e que tem um custo estimado de 15,5 milhões de euros — e a loja de Cascais — que assume um investimento de cerca de 18 milhões de euros e deverá abrir no final de 2021.

A Mercadona tem um modelo interessante, com custos reduzidos (…) Mas é mais um formato físico. O que vai trazer de novo? Não sei…

Pedro Cid

CEO da Auchan Retail Portugal

Para já, a estratégia está focada em Lisboa. “Quando tivermos Lisboa coberta, pensamos noutras cidades”, avançou Pedro Cid, admitindo que o Porto faz, também, parte dos planos da Auchan. “Não consigo dizer se é em 2020 ou 2021”, acrescentou. Questionado sobre a recente entrada da Mercadona em Portugal, mais propriamente no norte do país, o CEO da Auchan Retail Portugal afirma que a região do Porto apresenta um mercado extremamente concorrencial e, com a entrada de um novo player, “está ainda mais agressivo”.

Admitindo que o modelo da Mercadona é “muito interessante”, Pedro Cid considera que “é mais um formato físico”. “O que traz de novo? Não sei…”, questiona-se. “O nosso projeto não te nada a ver com a Mercadona. Zero”, remata.

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5 coisas que vão marcar o dia

BCE pode anunciar novo plano de estímulos no dia em que Lagarde sai do FMI para assumir o leme da política monetária do euro a partir de novembro. Mas educação e transportes também marcam agenda.

O conselho de governadores do Banco Central Europeu irá anunciar se avança com um plano de estímulos para tentar novo relançamento da economia da Zona Euro. Nem de propósito, e no dia em que o BCE poderá delinear um novo plano de ataque para os próximos anos, a sua futura líder liberta-se do FMI para tomar as rédeas da política monetária do euro a partir de novembro.

Já em Portugal, prossegue a pré-campanha para as Legislativas. A Fenprof reúne ao final da tarde a maioria dos partidos com assento parlamentar para debater a educação e Rui Rio e Jerónimo de Sousa estarão frente-a-frente em mais um debate televisivo já à noite. Contudo, e ainda de manhã, o INE dará a conhecer a evolução da procura nos transportes no segundo trimestre — ou seja, aquando da redução significativa do preço dos passes promovida pela Geringonça.

Reunião de política monetária do BCE

A esperança que o Banco Central Europeu avance com um mega plano de estímulos poderá ser confirmada esta quinta-feira, data de nova reunião de política monetária do BCE. A autoridade monetária estará a ponderar num novo esforço para impulsionar a economia e a inflação da Zona Euro, que dá cada vez mais sinais de travagem a fundo. Segundo escreveu a Reuters no início do mês, o BCE estará inclinado para um corte da taxa de juro, devendo os seus responsáveis sinalizar o compromisso de manter os juros em mínimos durante mais algum tempo e de se preparar uma compensação ao setor financeiro pelos efeitos colaterais dos juros negativos.

Christine Lagarde abandona FMI

Christine Lagarde abandona esta quinta-feira o cargo de diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) para assumir, a partir de 1 de novembro, a presidência do Banco Central Europeu (BCE). A francesa será a primeira mulher ao leme da política monetária da zona euro e liderou o FMI desde 2011, cargo onde será substituída pela búlgara Kristalina Georgieva.

Fenprof com os partidos para debater a Educação

O Auditório da Escola Secundária Camões, em Lisboa, recebe a partir das 17 horas um debate promovido pela Fenprof onde (quase) todos os partidos com representação parlamentar poderão apresentar o que defendem para o setor nos próximos quatro anos. David Justino (PSD), Odete João (PS), Joana Mortágua (BE), Ana Mesquita (PCP), Mariana Silva (PEV) e Rui Prudêncio (PAN) tomarão a palavra ao longo do debate, que será moderado pela jornalista Ana Kotowicz. O CDS-PP informou a organização que não estará no debate por não ter responsáveis disponíveis para o mesmo.

Rui Rio e Jerónimo de Sousa em debate

Com as legislativas já a menos de um mês de distância, esta quinta-feira é a vez de Rui Rio (PSD) e Jerónimo de Sousa (PCP) se sentarem para um frente-a-frente. Os dois partidos, apesar de muito afastados ideologicamente, apresentam alguns pontos de convergência naquilo que defendem nos seus programas para o setor das infraestruturas e dos transportes — a exceção que confirma a regra. Tanto PSD como CDU defendem a recuperação do projeto da Alta Velocidade ferroviária e o regresso à “solução Alcochete” como solução para o novo aeroporto de Lisboa.

INE divulga evolução do setor dos transportes

O Instituto Nacional de Estatística divulga ainda esta manhã a evolução registada nos transportes portugueses ao longo do segundo trimestre de 2019, período já abrangido pela “revolução tarifária” com que o Governo avançou no início de abril, pelo que o novo “raio-x” feito pela autoridade estatística permitirá perceber em maior pormenor o real impacto do Programa de Apoio à Redução Tarifária. Os dados incluem também a evolução da procura nos aeroportos e a evolução do tráfego de mercadorias em Portugal entre abril e junho.

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A última batalha de Mario Draghi. Vem aí um tiro de bazuca ou pólvora seca?

Ao fim de quase oito anos a combater os falcões, Draghi tem mais oposição à decisão anunciada de avançar com mais estímulos. Depois de vencer a guerra, poderá perder a última batalha?

A pouco mais de mês e meio de abandonar a presidência do Banco Central Europeu, Mario Draghi enfrenta uma resistência inédita que pode deitar por terra as promessas de estímulos adicionais feitas em junho em Sintra. O italiano ganhou a guerra contra Jens Weidmann durante praticamente todo seu mandato, mas numa das suas últimas batalhas, a bazuca de Mario Draghi poderá, pela primeira vez, acabar a disparar pólvora seca.

“Na ausência de melhorias, de tal forma que o regresso sustentado da inflação para a nossa meta é ameaçado, serão necessários estímulos adicionais“, anunciou Mario Draghi a 18 de junho durante o Fórum do BCE em Sintra.

Um mês depois, na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Governadores do BCE, Mario Draghi reforçou o aviso. “As perspetivas económicas estão cada vez piores”, disse, explicando que o Conselho de Governadores concordou de forma unânime que há mais riscos e que uma recuperação económica no segundo semestre do ano “é cada vez menos provável”. Neste cenário, “se as perspetivas para a inflação a médio prazo continuarem aquém do nosso objetivo, o Conselho de Governadores está determinado a agir”. Questionado sobre o que seria feito, o italiano disse que “nenhum instrumento está absolutamente excluído”.

Mas a intenção de Mario Draghi (e não só) está a esbarrar numa oposição alargada pouco comum durante o seu mandato. Depois de um período mais comedido nas críticas — quando estava na corrida à sucessão de Mario Draghi –, o presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, voltou a expressar reservas sobre a estratégia, e tem do seu lado os governadores do Banco da Holanda, da Estónia e também da Áustria.

“A questão é se são necessárias novas medidas tendo em conta as perspetivas para a inflação, especialmente se aumentarem os efeitos colaterais e a eficiência diminuir. (…) Sou especialmente cauteloso no que diz respeito à compra de dívida soberana”, disse Jens Weidmann, numa entrevista a 25 de agosto ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.

"A questão é se são necessárias novas medidas tendo em conta as perspetivas para a inflação, especialmente se os efeitos colaterais aumentarem e a eficiência diminuir. (…) Sou especialmente cauteloso no que diz respeito à compra de dívida soberana”

Jens Weidmann

Governador do Banco da Alemanha

Klaas Knot, governador do Banco da Holanda, defende o fim do programa de compra de ativos do BCE desde, pelo menos, janeiro de 2018, e voltou a não fugir à mensagem: “Se os riscos de deflação ressurgirem, então o programa de compra de ativos será um instrumento apropriado para ativar, mas não há necessidade [de o fazer nesta altura] da leitura que faço das perspetivas da inflação”, disse numa entrevista dada a um jornal holandês no final de agosto.

O governador do Banco da Áustria, Robert Holzmann, também demonstrou ceticismo em relação às sugestões de Mario Draghi: “Serei mais critico em relação a mais propostas para maiores estímulos monetários”.

"Serei mais critico em relação a mais propostas para maiores estímulos monetários.”

Robert Holzmann

Governador do Banco da Áustria

Durante grande parte do seu mandato, Mario Draghi teve de lidar com a oposição da ala mais conservadora de governadores dos bancos centrais do euro, oposição essa liderada por Jens Weidmann. Mesmo com essa oposição, o italiano conseguiu convencer os governadores a avançar com várias medidas de estímulo monetário, como cortes nos juros praticados pelo BCE nos empréstimos aos bancos, taxas de juros negativas nos depósitos, empréstimos de longo prazo aos bancos e vários programas de compra de ativos.

No entanto, numa altura em que o seu mandato se aproxima do fim, a relação de forças está a mudar, e Mario Draghi pode ter ganho um opositor de peso aos seus planos: o governador do Banco de França, François Villeroy de Galhau.

Numa entrevista ao jornal suíço L’Agefi, publicada no início deste mês, François Villeroy de Galhay questionou a necessidade de avançar já com mais compras de dívida e defendeu que as medidas que estão em prática estão a funcionar.

“A compra de ativos vai continuar a ser um instrumento essencial da política monetária. Está a funcionar de forma robusta: o BCE detém no seu balanço quase 2,6 biliões de euros [de ativos] e vai manter este nível elevado durante vários anos. (…) Temos a opção de aumentar as compras a qualquer momento. Será que é necessário fazê-lo agora? É algo que tem de ser discutido”, disse.

"Temos a opção de aumentar as compras a qualquer momento. Será que é necessário fazê-lo agora? É algo que tem de ser discutido.”

François Villeroy de Galhau

Governador do Banco de França

Para o francês, a prioridade deve ser ancorar de forma mais clara quais são as expectativas para a inflação da parte do BCE, sugerindo uma clarificação do ‘forward guidance’ — a orientação dada sobre a evolução no tempo das taxas de juro diretoras — para as taxas de juro de curto prazo.

A oposição a Mario Draghi não vem apenas dos governadores. Também na sua própria comissão executiva há quem esteja contra. Sabine Lautenschläger, um dos quatros membros da comissão executiva além do presidente e do vice-presidente, defendeu que “é demasiado cedo para um grande pacote [de estímulos]“.

“Ainda estou convencida que o Programa de Compra de Ativos é um último recurso, e deve ser usado apenas se houver risco de deflação. E não há qualquer sinal de risco de deflação”, disse.

"É demasiado cedo para um grande pacote [de estímulos]. (…) Ainda estou convencida que o Programa de Compra de Ativos é um último recurso, e deve ser usado apenas se houver risco de deflação. E não há qualquer sinal de risco de deflação.”

Sabine Lautenschläger

Membro da comissão executiva do BCE

Já é tempo de agir?

A guerra comercial entre Estados Unidos e China, União Europeia, Canadá, México e vários países asiáticos, como a Coreia do Sul e o Japão, já está a ter consequências nas principais economias mundiais. A economia europeia cresceu apenas 0,2% no segundo trimestre do ano, com a Alemanha e o Reino Unido em contração e, com a data do Brexit a aproximar-se — e a possibilidade de um acordo cada vez mais longe –, a incerteza tem aumentado sobre o futuro próximo do bloco europeu.

A este crescimento anémico junta-se a diminuição da taxa de inflação que, apesar de todas as medidas colocadas em prática pelo BCE, caiu para 1% em julho e agosto. Com as perspetivas económicas na zona euro mais negras e a inflação cada vez mais longe do objetivo de perto, mas abaixo, de 2% estabelecido no mandato do BCE, Mario Draghi decidiu que era hora de recarregar a bazuca e fez uso do peso que as suas palavras ainda têm no mercado.

Se em outros momentos, bastou Mario Draghi dizer que o BCE estava disponível e preparado para agir — como foi o caso quando criou o OMT, um instrumento nunca usado mas que permitiu reduzir as taxas de juro –, a situação não é tão clara agora.

Stefan Gerlach, economista-chefe do banco suíço EFG e antigo vice-governador do Banco da Irlanda, defendeu numa coluna publicada no Project Syndicate que “a eficácia de quaisquer estímulos adicionais é questionável” porque as taxas de juro já não podem descer muito mais e é difícil conseguir fazer descer ainda mais a taxas de juro de longo prazo, num cenário em que muitos dos países da Zona Euro já não se conseguem financiar a taxas de juro negativas.

“Infelizmente, o BCE está numa situação complicada. Alimentou de tal forma as expectativas de mais estímulos que as taxas de juro das obrigações de longo prazo vão aumentar se não avançar com algum estímulo a 12 de setembro. Mas o BCE faria melhor se não avançasse com compras de dívida em grande escala. Nesta altura, qualquer pacote de estímulos significativo parece prematuro”, defendeu.

O economista indiano Ahsoka Mody, antigo diretor-adjunto do Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional e chefe de missão para a Alemanha, Irlanda, Suíça e Hungria, também acredita que os riscos associados a mais estímulos são maiores do que os benefícios que poderiam ser retirados da implementação de novas medidas.

O antigo responsável do FMI argumenta que “Mario Draghi arrisca-se a agravar os problemas da Zona Euro” nas semanas finais do seu mandato, uma vez que tem uma margem muito reduzida para cortar nas taxas de juro, o que teria um impacto muito limitado na economia, mas colocaria uma pressão ainda maior sobre os bancos europeus.

Com as taxas de juro dos depósitos em terreno negativo e a economia a desacelerar na Zona Euro, os ativos dos bancos têm perdido valor e os seus lucros já são muito baixos, argumenta. Mais estímulos só colocariam ainda mais pressão sobre a banca europeia, defende.

Os responsáveis do BCE e do FMI têm insistido que a política monetária não pode ser a única a agir quando a economia se encontra em dificuldades e, numa altura em que as taxas de juro da dívida pública estão em terreno negativo, os países poderiam estimular a economia investindo mais. Mas os orçamentos dos vários países que agora começam a ser discutidos não parecem trazer grandes mudanças, especialmente na Alemanha, o país com maior margem orçamental. Apesar de estar em contração e das necessidades de investimento identificadas, o Governo alemão prometeu mais investimento, mas em dose comedida e sem abdicar de um orçamento equilibrado, mesmo depois da pressão francesa.

As armas à disposição de Draghi

Mario Draghi abandona a presidência do BCE no final de outubro. Até lá tem apenas duas reuniões para agir, a desta quinta-feira e a última no dia 24 de outubro, antes de Christine Lagarde assumir as rédeas da instituição. A oposição a grandes mudanças já nesta reunião é grande. Os quatro governadores que se insurgiram publicamente contra novos estímulos representam quase 40% da chave de capital do BCE.

Mas o italiano está longe de estar de mãos atadas. A sua palavra ainda tem muito peso dentro do Conselho de Governadores do BCE e nos mercados, e tem pelo menos dois aliados declarados em torno do plano de voltar a agir: os governadores do Banco da Finlândia e do Banco de Espanha.

Mario Draghi pode também forçar uma votação, algo pouco comum num Conselho de Governadores que toma sempre as suas decisões por unanimidade, mesmo sabendo-se da oposição habitual de algumas fações. Nesse cenário, o presidente do BCE teria a vantagem de, ao abrigo do sistema de votação rotativo, o governador do Banco de França ser um dos que não tem poder de voto nesta reunião, apesar de continuar a participar.

Entre as armas à disposição de Draghi estão um novo corte na taxa de juro dos depósitos (atualmente em -0,4%) com algumas medidas para mitigar o impacto nos bancos, mudar a composição do cabaz de dívida que pode comprar, aumentar o nível das compras e ainda definir um limite temporal para o Forward Guidance (a orientação dada ao mercado sobre a evolução das taxas de juro).

Mario Draghi pode ainda adiar qualquer decisão para as próximas reuniões, fazendo depender as novas medidas da evolução dos indicadores económicos — tal como fez a Reserva Federal na sua reunião de julho, e deixar a decisão para Christine Lagarde. Seja qual for a decisão, o mercado vai reagir às palavras de Mario Draghi. Resta saber se com entusiasmo ou deceção.

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14 bancos, 11 anos de cartel. Gestores escapam à coima milionária da Concorrência

Foram condenados 14 bancos por práticas restritivas da concorrência que ocorreram durante 11 anos. Apesar da dimensão do caso, nenhum responsável foi condenado pela Autoridade da Concorrência.

Margarida Matos Rosa lidera a Autoridade da Concorrência.Tiago Petinga/Lusa 15 novembro, 2016

Entre maio de 2002 e março de 2013, 14 bancos, trocando informação sensível entre si, concertaram “preços” dos produtos de crédito, num esquema anticoncorrencial que lesou famílias e empresas, concluiu a Autoridade da Concorrência, que aplicou uma multa de 225 milhões de euros. Apesar de as práticas terem ocorrido durante mais de uma década, envolvendo os principais bancos do sistema e que dominam o mercado dos empréstimos para compra de casa, ao consumo ou às empresas, nenhum responsável foi condenado pela Autoridade da Concorrência.

A Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander Totta, BPI e Banco Montepio foram os principais bancos visados pelo regulador da concorrência, que anunciou esta segunda-feira coimas no valor de 225 milhões de euros a 14 instituições financeiras pela prática de cartel.

Não há, no entanto, condenações individuais, como aconteceu noutros casos de menor dimensão e que foram decididos recentemente pela Autoridade da Concorrência (como nos seguros ou das construtoras, casos em que administradores e diretores também foram condenados), ainda que o processo do cartel da banca tenha investigado e inquirido os colaboradores das instituições condenadas — que, de resto, vieram a ser cruciais na decisão final que está a ser contestada pelos bancos.

A Autoridade da Concorrência concluiu pela não responsabilização de pessoas singulares titulares de cargos de direção ou administração“, respondeu ao ECO a entidade, depois de questionada sobre se as investigações envolveram algum diretor ou membro de administração de bancos e por que razão não há condenações individuais num processo desta magnitude.

"A Autoridade da Concorrência concluiu pela não responsabilização de pessoas singulares titulares de cargos de direção ou administração.”

Fonte oficial da Autoridade da Concorrência

Tendo existido condenações de responsáveis que atualmente ocupam cargos de topo, o caso do cartel da banca poderia ter de levar o Banco de Portugal a intervir. O ECO contactou o supervisor bancário (que está a par do caso) para perceber as implicações do processo, mas não obteve uma resposta em tempo útil.

Durante 11 anos, cada banco facultou aos demais informação sensível sobre as suas ofertas comerciais, indicando, por exemplo, os spreads a aplicar num futuro próximo no crédito à habitação ou os valores do crédito concedido no mês anterior. Assim, cada um “sabia, com particular detalhe, rigor e atualidade, as características da oferta dos outros bancos, o que desencorajava os bancos visados de oferecerem melhores condições aos clientes, eliminando a pressão concorrencial, benéfica para os consumidores”, detalhou a Autoridade da Concorrência.

Foi com base em várias centenas de e-mails trocados pelos responsáveis dos bancos, entre outra documentação apreendida, que o regulador chegou à conclusão “inequívoca” de que houve “concertação” de preços nos produtos de crédito, isto depois de uma das instituições envolvidas (o Barclays) ter denunciado o esquema no final de 2013 — mais tarde, o Banco Montepio também admitiu as práticas, colaborando com o regulador.

A investigação da Autoridade da Concorrência envolveu todo o tipo de diligências: buscas nas instalações dos bancos e apreensão de documentos, incluindo correio eletrónico, pedidos de informação às instituições financeiras e ao Banco de Portugal e ainda inquéritos aos “colaboradores dos bancos em causa”.

O próprio regulador liderado por Margarida Matos Rosa reconheceu que está “perante um caso de elevada complexidade e dimensão”, uma vez que envolveu 15 instituições financeiras numa fase inicial e muita informação, — incluindo mais de 90 mil ficheiros, designadamente em suporte informático –, boa parte dela classificada como confidencial pelos bancos.

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Costa vs André Silva: do olival intensivo do Alentejo à “família muito independente” do primeiro-ministro

O debate entre os líderes do PS e do PAN centrou-se no ambiente, nomeadamente na descarbonização. O olival no Alentejo e as centrais a carvão foram dos pontos mais acesos na discussão.

No caminho para as eleições legislativas de outubro, chegou a vez de António Costa defrontar André Silva. Tal como no último debate que envolveu o líder do PAN, os temas centraram-se no ambiente, com foco na descarbonização, apesar de também se falar da Europa. André Silva acusou os socialistas de serem pouco ambiciosos, enquanto Costa apontou que as divergências entre os partidos começam no exagero do PAN.

O “olival intensivo” na região do Alentejo foi dos pontos mais acesos da discussão, transmitida na SIC. Enquanto Costa defende que é apenas 1,5% da região, André Silva pinta uma situação mais dramática.

Já no final do debate houve espaço para uma pergunta hipotética a cada um, sendo que o líder do PAN teve de responder pela medida que prevê a reconciliação no caso de crimes violentos, ao que André Silva respondeu que é uma proposta que visa fazer o que já se faz lá fora.

Já ao primeiro-ministro foi colocado o cenário de o seu filho, que está a caminho de se tornar presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, ser convidado para um trabalho por um membro do Governo. A isto, Costa deixou a garantia de que “nenhum membro do Governo convidaria o meu filho e ele não vinha trabalhar para o Governo”.

Deixou ainda o reparo de que o irmão, Ricardo Costa, é diretor do grupo onde tomou lugar o debate, e não perdeu a independência, aproveitando assim para sublinhar que na sua família são “todos muito independentes”.

1. “Bom aluno” da Europa

António Costa

“Não estamos aqui para receber lições da Europa. Devemos respeitar as regras.”

Bom aluno? “Portugal deve estar em pé de igualdade e não para receber lições de ninguém.”

“Se tivermos saldos primários positivos, se tivermos uma trajetória de redução de défice, isso dá-nos margem numa crise que possa vir a acontecer.”

André Silva

“Somos europeístas mas não temos que ir mais além.”

“Expressão de bom aluno… PS pretende, e bem, reduzir a dívida face ao PIB, cuidar dos serviços públicos e ter excedente. Nós preferimos apontar para défice de 0,5% que nos permite uma margem de mil milhões para investimento público.”

2. Descarbonização

António Costa

“Portugal foi o primeiro da EU a assumir o compromisso da neutralidade carbónica em 2050.”

“Temos de compatibilizar os bons resultados a nível ambiental com a compatibilização da economia.”

“Meta relativamente à produção é duplicar energia produzida até 2030, eólica e solar. Fechar até 2023 a central do Pego e 2025 a de Sines. Pode ser que consigamos antecipar.”

“O que não podemos é correr o risco de comprometer perante portugueses fechar uma central sem ter uma alternativa segura, para a economia e os cidadãos.”

André Silva

“O PS é pouco ambicioso no Roteiro da Descarbonização, na parte da agricultura, na questão da redução de efetivos bovinos.”

“Na energia, o que o PAN defende é que até 2021 consigamos fechar o Pego e Sines e em 2023 a central de Sines. Centrais de gás conseguem suprir as necessidades das centrais de carvão. A REN garante isso.”

“É perfeitamente possível encerrarmos centrais em 2023 porque os leilões de energia solar permitem ter folga.”

3. Emergência climática

António Costa

“Não se resolve com uma resolução proclamatória. Emergência efetiva temos assumido e temos aplicado.”

“Não há divisão entre nós… [entre Costa e André Silva] Há, de ritmo.”

André Silva

“É importante haver essa resolução. Ambiente não tem sido prioridade para os outros partidos. Só quando está o PAN.”

“Portugal está muito atrasado na reciclagem. PS nunca nos acompanhou nas taxas dos resíduos aterrados. É preciso dar sinal para que sejam cada vez mais reciclados.”

4. Olival no Alentejo

André Silva

“PS está a transformar Alentejo num olival intensivo, com um gasto de água que não é sustentável perante as alterações climáticas.”

“PS não está a aproveitar recursos. Está a colocar em risco os recursos.”

António Costa

“Alentejo tem três milhões de hectares. Olival são 170 mil hectares. E a parte relativa ao olival intensivo é 1,5% da área do Alentejo. Não podemos ter um regime económico de predador, mas não podemos deixar de ter um regime que gere riqueza para o país.”

“No Alqueva havia excesso de concentração de olival. Suspendemos os apoios.”

“Convergimos em muitas matérias… Divergência começa no ponto do exagero. Quando vai ao 1,5% do olival intensivo…”

5. Elisa Ferreira e a pasta na Comissão

António Costa

“É útil para Portugal ter um comissário que trate dos assuntos que interessam a Portugal.”

“[Elisa] saberá exercer o cargo com a independência necessária”.

“Elisa vai gerir o fundo para a transição energética.”

André Silva

“Expectativa moderada. É competente, mas nestas questões há sempre condicionamentos.”

“Espero que Elisa Ferreira vá mais além que defender os interesse de Portugal.”

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Altice lamenta que Anacom desvie atenções dos seus erros e incapacidades no 5G

  • Lusa
  • 11 Setembro 2019

Dona da Meo afirma que a decisão Anacom de atrasar o 5G é "completamente unilateral e grave". Ataca também o “atraso já visível” no processo de migração da TDT.

A Altice Portugal lamenta que o regulador das comunicações desvie as “atenções” dos seus erros e “incapacidades no processo de implementação do 5G” (quinta geração móvel) e reiterou a gravidade do calendário proposto.

“A Altice Portugal reafirma a gravidade do calendário proposto pela Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações] e da colocação da Região Autónoma dos Açores e da Madeira em último lugar na migração da faixa dos 700 Mhz [megahertz] da TDT [televisão digital terrestre], face à grande probabilidade de tal calendário não poder ser cumprido, prejudicando a implementação da rede 5G no território”, disse, em comunicado, a dona da Meo.

Neste sentido, a empresa lamentou que o regulador, “para desviar atenções dos seus próprios erros e incapacidades no processo de implementação do 5G, produza afirmações falsas”, notando que não é verdade que a Altice Portugal tenha sido consultada sobre qualquer questão relativa às regiões autónomas.

“Esta decisão é da Anacom e completamente unilateral e grave, porque, para além de discriminatória negativamente para os arquipélagos, prejudica-os no processo de implementação técnica e comercial desta rede”, vincou.

"Para desviar atenções dos seus próprios erros e incapacidades no processo de implementação do 5G, [Altice lamenta que a Anacom] produza afirmações falsas.”

Fonte oficial da Altice

Para a Altice, prova disso é o “atraso já visível” no processo de migração da TDT face ao calendário definido pelo regulador, “acrescido do facto das regiões autónomas terem sido injustificadamente remetidas para o fundo da lista”.

A empresa sublinhou que essa discriminação “é inconcebível”, tendo em conta o combate à insularidade, “praticada pelo Estado e pelas empresas há mais de três décadas”.

A dona da Meo referiu ainda que sempre entendeu “eficiente e dignificante” para os seus projetos iniciar pilotos ou ensaios nos arquipélagos, de que é exemplo o ‘Disaster Recovery’ ao nível dos cabos submarinos nas regiões autónomas.

“É do conhecimento público que a responsabilidade de elaboração do calendário de implementação do projeto, com seis meses de desfasamento entre regiões do continente e os arquipélagos, é exclusivamente da Anacom (…). Os arquipélagos portugueses vão ficar mais atrasados na migração da TDT e na implementação da rede 5G, fator este que os prejudicará economicamente”, lê-se no documento.

A Altice Portugal lembrou ainda que, por diversas vezes, alertou a Anacom sobre o calendário, defendendo que este é impraticável.

“Neste contexto vago e de incertezas, a manutenção da data de 01 de julho para a disponibilização do 5G na faixa dos 700 Mhz está objetivamente em causa, com consequências nefastas para a economia nacional, bem como para a credibilidade das instituições e do próprio país. Lembramos que, no atual momento, países da União Europeia como Espanha, Itália, França, Alemanha e Inglaterra viram já concluídos os seus processos de atribuição de frequências, alguns destes já com ofertas comerciais públicas”, concluiu a empresa.

Também a Anacom esclareceu, face a críticas por parte da Altice, que “o processo necessário ao desenvolvimento do 5G está a decorrer conforme o programado e de acordo com as determinações europeias”.

Em comunicado, o regulador explicou que as declarações da dona da Meo “sobre o desenvolvimento do 5G em Portugal e a libertação da faixa dos 700 MHz atualmente afeta à TDT, bem como a existência de qualquer implicação para as regiões autónomas do calendário previsto para a respetiva migração, proferidas ontem [terça-feira] na Madeira, justificam o presente esclarecimento”.

O regulador veio recordar que antes de avançar com o processo de libertação da faixa de 700 MHz levou a cabo uma consulta pública, no ano passado.

A Anacom disse ainda que “esta pretensão não foi acolhida” por si, sendo que, o organismo “entendeu dar cumprimento à meta definida em termos europeus, tendo consagrado no Roteiro Nacional para a faixa dos 700 MHz, aprovado pelo Governo, por despacho do secretário de Estado das Infraestruturas, o objetivo de assegurar o processo de atribuição deste espectro até 30 de junho de 2020”.

O regulador recordou ainda que, “na sequência das reuniões técnicas com a Altice”, foi aprovado, dia 21 de agosto, o sentido provável de decisão relativo às alterações da rede de TDT, “no contexto da libertação da faixa dos 700 MHz, em consulta pública até ao próximo dia 19 de setembro”.

Quanto ao planeamento da migração, a entidade garantiu que “a Altice manifestou a sua preferência por inverter a ordem de realização dos trabalhos no continente, nomeadamente devido a questões climatéricas”, e que, por isso, os trabalhos começarão no sul e terminam no norte do país. Só depois irão passar às regiões autónomas.

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BE questiona “como é possível” BdP “nunca ter visto nada” de concertação entre bancos

  • Lusa
  • 11 Setembro 2019

Os bloquistas questionam ainda "como é possível" a Caixa Geral de Depósitos "ter entrado num esquema destes de assalto do país".

A coordenadora do BE questionou esta quarta-feira “como é possível” o Banco de Portugal (BdP) “nunca ter visto nada” e a Caixa Geral de Depósitos ter entrado na concertação de informação sensível no crédito à habitação.

“Perguntamos como é que é possível a supervisão [BdP] nunca ter visto nada e a Caixa Geral de Depósitos ter entrado num esquema destes de assalto do país”, disse Catarina Martins, em Beja, numa sessão de apresentação dos candidatos do BE por este círculo às eleições legislativas de 6 de outubro.

A Autoridade da Concorrência anunciou na segunda-feira que condenou 14 bancos ao pagamento de coimas no valor global de 225 milhões de euros por prática concertada de informação sensível no crédito ao longo de mais de 10 anos, entre 2002 e 2013.

“Neste esquema, cada banco facultava aos demais, informação sensível sobre as suas ofertas comerciais, indicando, por exemplo, os ‘spreads’ ‘ [margem de lucro do banco] a aplicar num futuro próximo no crédito à habitação ou os valores do crédito concedido no mês anterior, dados que, de outro modo, não seriam acessíveis aos concorrentes”, informou o regulador da concorrência.

A Caixa Geral de Depósitos é o banco condenado à coima mais elevada, de 82 milhões de euros, seguindo-se o BCP, condenado a pagar 60 milhões de euros.

“É de tal forma a impunidade da banca que, depois de uma crise financeira que nos fizeram pagar tantas e tantas vezes os desmandos, ficámos agora a saber que [14 bancos] andaram a fazer um conluio durante uma década para cobrar mais nos créditos ao consumo, à habitação e às empresas”, afirmou.

Segundo Catarina Martins, “além do que receberam a mais dos contribuintes, do Orçamento do Estado, [os bancos] ainda andaram a assaltar os seus clientes com um conluio que incluiu toda a gente, até o banco público [Caixa Geral de Depósitos]”.

“Quando vemos que está tudo errado, a solução é mudar as regras”, considerou, defendendo que o país não pode “mais ter uma supervisão bancária que é um banqueiro entre banqueiros” e “um banco público que se comporta como as piores práticas dos bancos privados”.

“Precisamos, sim, de ter uma supervisão nova, forte, que defenda o país e o interesse de quem aqui vive, e precisamos de ter uma banca pública com critérios claros de interesse público, de investimento na economia, de defesa do emprego, de defesa de Portugal”, sublinhou. Catarina Martins vincou que é preciso mais investimentos em várias áreas em Portugal, como a saúde e as acessibilidades, mas “tantas vezes” dizem que não pode ser.

“Temos recursos, sim, o que temos de nos perguntar é para onde é que eles vão e nós achamos que o sistema financeiro já recebeu demais, está na altura de investir nas pessoas, no país”, argumentou, garantindo: “No BE, não nos esquecemos nunca dos 25 mil milhões de euros, dados do Banco de Portugal, que foram entregues ao sistema financeiro, aos bancos, que continuam a sangrar a nossa economia”.

Para a coordenadora do Bloco, há que garantir que os “17 mil milhões de euros” que “estão ainda nos bancos todos” e “não foram pagos” são “transformados em capital público nesses bancos”. “Quem paga manda e se [Estado e contribuintes] pagamos os bancos, temos de ter o controlo público”, acrescentou.

Acertar as contas é isto: uma supervisão do sistema financeiro que seja eficaz, o controlo público em todos os bancos que têm dinheiro do Estado, e uma Caixa Geral de Depósitos e uma estratégia para a banca pública que sejam transparentes e em nome da economia e do emprego”, insistiu Catarina Martins, concluindo: “Se acertarmos as contas, não faltará no que é necessário”.

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Accenture investe na ´fábrica digital’

  • ECO
  • 11 Setembro 2019

A Accenture está apostada em criar um novo tipo de serviço à digitalização da indústria e por isso avançou para a o investimento num centro de inovação em Bilbao, uma 'fábrica digital'.

A Accenture abriu um novo centro para a Península Ibérica em Bilbao, dedicado à Indústria X.0, isto é, à reinvenção digital da indústria. É mais um centro de desenvolvimento e inovação da companhia liderada em Portugal por José Gonçalves com uma equipa da ordem dos 150 pessoas para a transformação dos processos produtivos da indústria como a engenharia, a produção e a experiência de utilização. Uma visão holística da transformação digital, como afirma Aidan Quilligan, um dos líderes da Accenture neste negócio.

Na verdade, o centro em Bilbao é uma ‘fábrica digital’, na qual a Accenture quer trabalhar com os clientes industriais na mudança de operação e do próprio negócio. Expressões como ‘smart”, design e ‘reinvention’ são comuns nesta “fábrica” de três mil metros quadrados. Neste contexto, o centro em Bilbao aposta em áreas com a inteligência industrial, a cibersegurança industrial e as operações agile, entre outras.

A operação da Accenture em Bilbao está, claro, integrada com os outros centros de inovação e desenvolvimento da Indústria X em França, Alemanha, Itália e Estados Unidos.

 

 

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Marcelo diz que Elisa Ferreira “tem rede de contactos e influência” que vai ser importante para Portugal

Para o Presidente da República, a comissária escolhida por Portugal, Elisa Ferreira, "tem muito prestígio no meio europeu". E salienta a importância da pasta da Coesão e da Reforma.

O Presidente da República está confiante no trabalho que a comissária designada por Portugal para o futuro executivo comunitário, Elisa Ferreira, vai desenvolver, nomeadamente pelos contactos que esta foi juntando durante o seu tempo na Europa. Apelidou ainda de “importante” a pasta que calhou à Comissária, a de Coesão e Reformas.

Não é uma novata, tem uma rede de contactos e de influência e isso vai ser importante para Portugal e para a Europa“, apontou Marcelo Rebelo de Sousa, referindo-se a Elisa Ferreira, em declarações transmitidas nas televisões. “A comissária conhece muito bem o ambiente europeu, viveu lá muitos anos, tem muito prestígio no meio europeu”, completou.

Quanto à pasta de Elisa Ferreira, o Presidente da República reiterou que é “importante para Portugal”. “Reúne a ideia de coesão, que defendemos desde sempre mas em que éramos suspeitos de defender a pensar nos fundos, por isso sempre se pensou que não viria parar a Portugal“, confessou.

Assegurada a responsabilidade pelos fundos de coesão, reformas estruturais e pela implementação do futuro instrumento orçamental para a zona euro, Marcelo congratulou o facto que faz com que “Portugal finalmente tenha um papel a desempenhar em matéria de coesão de fundos“. É “positivo para o país”, reiterou ainda.

(Notícia atualizada às 20h00)

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Fidelidade incita pais a acompanhar filhos à primeira aula

  • ECO Seguros
  • 11 Setembro 2019

Os colaboradores da Fidelidade estão dispensados para acompanhar os filhos na manhã ou na tarde do primeiro dia de aulas. O apoio à família é uma das principais políticas da seguradora.

A Fidelidade está a proporcionar a todos os colaboradores, com filhos até aos 10 anos de idade, a dispensa da manhã ou da tarde do primeiro dia de aulas – uma medida que integra uma lista de benefícios proporcionados pela companhia. O apoio à família estende-se também a outras áreas como são os casos dos Prémios de Mérito, o Financiamento aos Livros Escolares e outras formas de apoio à família que passam pela promoção dos tempos livres e acesso a um conjunto de vantagens na aquisição de seguros da companhia.

Para Joana Queiroz Ribeiro, Diretora de pessoas e organização da Fidelidade, “valorizamos muito o bem-estar dos colaboradores e das suas famílias e destaco aqueles com filhos em idade escolar. Trabalhamos continuamente para conseguir a preservação de um correto equilíbrio entre a vida profissional e familiar de cada um dos nossos colaboradores”.

Os prémios de mérito da Fidelidade distinguem filhos de colaboradores que se destaquem nas provas finais do 9º ano e nos exames do 12º ano atribuindo, a alunos com média de 5 no 9º ano, um prémio de mérito de 500 euros, e a alunos com média igual ou superior a 16 valores, nos exames nacionais do 12º ano, um Prémio de Mérito no valor de mil euros. No seguimento desta medida, só em 2018, a Fidelidade distinguiu 30 filhos de colaboradores com o prémio de mérito.

O financiamento para aquisição de livros escolares é ainda concedido a colaboradores que cumpram os requisitos definidos até ao máximo de 300 euros por filho. No último ano letivo, este benefício chegou a cerca de 22 colaboradores, num total de 8.700 euros.

No seguimento desta política de apoio aos seus colaboradores, a Fidelidade atribui um apoio entre 40 e 110 euros por ano a quem tenha filhos em idade escolar até ao ensino superior. Em 2018, o valor atribuído foi de 82.940 euros a cerca de 650 colaboradores, destinados a apoio a mais de 950 dependentes.

Cada colaborador da Fidelidade tem ainda direito a sete horas por mês para assistência pessoal por doença familiar ou do próprio, a 14 horas por ano para ausência por motivos particulares e a um subsídio de Lar de 30,40 euros por mês e por colaboradores casados ou em união de facto e com filhos a cargo.

A Fidelidade garante ainda aos seus colaboradores o Seguro de Vida Renda Educação, que em caso de falecimento do funcionário assegura o pagamento de uma renda anual de 2.500 euros aos descendentes que frequentem um estabelecimento de ensino, até aos 18 anos de idade.

No final de 2018 a Fidelidade contava com 3299 colaboradores na área seguradora.

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