Deputados aprovam contratos de muito curta duração até 35 dias em todos os setores

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

As alterações ao Código do Trabalho propostas pelo Governo e pelos vários partidos foram votadas esta tarde no âmbito no grupo de trabalho. As votações continuam na quarta-feira.

O alargamento dos contratos de muito curta duração de 15 para 35 dias e a generalização a todos os setores foram esta quinta-feira aprovados no Parlamento com os votos favoráveis do PS e do PSD e a abstenção do CDS-PP.

As alterações ao Código do Trabalho propostas pelo Governo e pelos vários partidos foram votadas esta tarde no âmbito no grupo de trabalho parlamentar de revisão da lei laboral e as votações continuam na quarta-feira. O objetivo é que a votação final global aconteça até 19 de julho, último plenário antes das férias parlamentares.

De acordo com a norma aprovada, o contrato de trabalho de muito curta duração para “fazer face a acréscimo excecional e substancial da atividade de empresa”, pode durar até 35 dias, “nomeadamente” no setor agrícola ou do turismo em atividade sazonal e não está sujeito a forma escrita, cabendo ao empregador “comunicar a sua celebração ao serviço competente da segurança social”.

Na prática, a norma permite alargar os contratos de muito curta duração a todos os setores, como admitiu o deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro durante as votações.

Esta medida, que mereceu votos contra do PCP e do BE, estava prevista no acordo de Concertação Social assinado em maio de 2018 entre o Governo, as confederações patronais e a UGT.

Já a proposta do PS que previa a possibilidade de contratos de muito curta duração “em atividade sazonal agrícola ou do turismo, bem como em setores correlacionados” foi chumbada com o voto contra de todos os partidos à exceção dos socialistas. O deputado do CDS-PP António Carlos Monteiro considerou que a proposta dos socialistas iria “fragilizar” o que está no acordo de Concertação Social, enquanto a deputada do PSD Clara Marques Mendes sublinhou que “não respeita o acordo”.

Por sua vez, Tiago Barbosa Ribeiro defendeu que a proposta dos socialistas tinha como objetivo restringir a dois setores – ao agrícola e ao do turismo – os contratos de muito curta duração, pelo que estranhou o chumbo da mesma. “Com a proposta o PS quer manter nos dois setores [os contratos de muito curta duração] sem ter perspetiva de alargamento a outros setores de atividade”, reforçou Tiago Barbosa Ribeiro.

Para a deputada do PCP Rita Rato, os contratos de muito curta duração “são uma aberração”, pelo que mereceram o voto contra dos comunistas. Também José Soeiro, do BE, defendeu que esta é “uma norma regressiva, uma janela de precarização que é aberta” e foi uma das medidas, além do alargamento do período experimental, que levou os bloquistas a votarem contra a proposta do Governo na generalidade.

Tiago Barbosa Ribeiro defendeu, por outro lado, que “os contratos de muito curta duração têm como alternativa a informalidade”. A proposta do Governo que altera o Código do Trabalho foi aprovada na generalidade, há um ano, com os votos favoráveis do PS, a abstenção do PSD, CDS-PP e PAN, e a rejeição do BE, PCP e PEV.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alívio na guerra comercial entre os EUA e a China anima Wall Street

As duas maiores economias do mundo estão a ultimar um acordo de tréguas provisórias na guerra comercial. Por agora, os investidores aguardam o encontro entre os presidentes norte-americano e chinês.

Wall Street respirou de alívio. As bolsas norte-americanas terminaram a sessão em alta, com os investidores esperançosos de que haja progressos nas negociações comerciais. Esta quinta-feira, as atenções estiveram voltadas para a notícia que deu conta que a China e os Estados Unidos da América (EUA) estão prestes a estabelecer tréguas provisórias.

O acordo de tréguas prevê o adiamento de mais taxas alfandegárias por parte dos Estados Unidos. Isto acontece numa altura em que os líderes dos dois países estão prestes a reunir-se, durante a cimeira do G20, em Osaka. Desse encontro, os investidores esperam que saiam progressos nas negociações comercias.

À agência Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês), Chuck Carlson, chefe executivo Horizon Investment Services, disse que parece que o mercado está a antever que vai acontecer algo “positivo” na cimeira do G20.

Esta quarta-feira, Donald Trump contribuiu para o clima otimista que se sente em Wall Street, ao afirmar que seria possível alcançar um acordo comercial com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, no final desta semana.

Neste cenário, o S&P fechou a sessão a somar 0,39%, enquanto o industrial Dow Jones valorizou 0,04% e o tecnológico Nasdaq avançou 0,73%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seguro de saúde para bombeiros de Paços de Ferreira

  • ECO Seguros
  • 27 Junho 2019

O PSD local propõe pagamento de seguros de saúde e de viaturas aos bombeiros e socorristas.

Os vereadores eleitos pelo PSD de Paços de Ferreira propuseram que a respetiva Câmara Municipal passe a atribuir um subsídio anual com vista a apoiar as associações de bombeiros voluntários do concelho – Freamunde e Paços de Ferreira.

Há ainda o objetivo de apoiar a Cruz Vermelha de Frazão a suportar os custos com seguros referentes aos veículos e às instalações utilizadas para os fins associados à proteção civil municipal, refere o site Verdadeiro Olhar.

O partido defende também a atribuição de um seguro de saúde a todos os bombeiros voluntários e socorristas do concelho.

O PSD sustenta que o concelho tem de apoiar “os custos suportados pelas instituições em causa no que diz respeito a pagamento com seguros obrigatórios decorrentes da sua atividade”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Obrigatoriedade nos seguros é dinâmica

  • ECO Seguros
  • 27 Junho 2019

Dois especialistas brasileiros em seguros chamam a atenção para a necessidade de vincular a obrigatoriedade de um seguro às exigências da economia.

Assim como as normas técnicas, também a obrigatoriedade de alguns seguros se pode afastar do ‘estado da arte’. “Muitas vezes, há seguros obrigatórios que podem perder todo o seu sentido de proteção social em função dos avanços tecnológicos. E a recíproca também é verdadeira. Seguros que não são previstos como de contratação obrigatória pela lei revelam-se compulsivos por força da sua exigência concreta pela sociedade”, escrevem Ernesto Tzirulnik e Júlia Normande Lin no diário brasileiro Estado de S. Paulo. O primeiro é presidente do Instituto Brasileiro de Direito do Seguro, a segunda, é uma advogada especialista em Direito do Seguro .

Os autores do texto lembram que as empresas não conseguem hoje permanecer em bolsa se não segurarem o seu património, e, não o conseguindo segurar, correm o risco de sair da lista de empresas cotadas ou serem chamadas a honrar antecipadamente os contratos de financiamento de longo prazo “quando a celebração dos negócios tenha sido condicionada à continuidade do seguro dos interesses patrimoniais (ativos e responsabilidades) expostos a riscos”.

Quem não tem acesso a seguros pode ver bloqueados muito negócios, como é o caso, entre outros, “das participações em processos de compra de bens e serviços públicos e privados e das parcerias público-privadas (PPPs)”.

Os articulistas concluem que “a diferença, portanto, entre os seguros que se impõem na vida social e os seguros instituídos formalmente como obrigatórios pelo legislador, não é ontológica. Quando se fala em riscos que ameaçam atividades da mais alta relevância para o desenvolvimento económico e social de uma nação, em especial, a ténue distância entre os seguros lembrados pelo legislador e aqueles que se revelam impostergáveis não pode deixar de ser distinguida”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hiscox lança calculadora de exposição cibernética

  • ECO Seguros
  • 27 Junho 2019

Os primeiros resultados deram um risco entre 934 milhões de dólares a uma empresa de saúde americana e 134 mil euros numa fábrica europeia. A ferramenta é gratuita e aplicável a empresas nacionais.

A seguradora especializada Hiscox lançou a Cyber Exposure Calculator, uma calculadora de exposição cibernética desenvolvida para ajudar as empresas a estimar o possível impacto financeiro que poderão sofrer se forem vítimas de um ataque cibernético.

A ferramenta é gratuita e permite às empresas obter uma visão exclusiva da sua possível exposição cibernética e do valor dos dados que possuem ao simplesmente selecionar o país, setor e receita. Esta ferramenta também fornece insights sobre os tipos de ataques cibernéticos que as empresas podem enfrentar.

Laura Tavares, responsável pela subscrição de Riscos Cibernéticos da Innovarisk, empresa que representa a Hiscox em Portugal e que é também Lloyd’s Coverholder, adianta que “o lançamento desta calculadora vem ajudar o tecido empresarial a compreender e tomar consciência, de forma simples, interativa e com dados reais, de quais as principais implicações financeiras que se seguem a um ataque cibernético” acrescentando que “deve ser vista como um veículo de aprendizagem, um primeiro passo na mitigação de riscos em constante evolução como os cibernéticos.”

Laura Tavares, responsável pela subscrição de Riscos Cibernéticos da Innovarisk, empresa que representa a Hiscox

A Hiscox que tem mais de 3.300 funcionários em 14 países e Clientes em todo o mundo e está vocacionada para profissionais individuais e empresas, bem como para patrimónios elevados, trabalhou com várias consultoras para desenvolver a calculadora de exposição cibernética. Esta é sustentada por um modelo “Value at Risk” que se baseia em dados de sinistros, dados de ameaças, relatórios do setor, dados de benchmarking, informações sobre segurança cibernética e experiência no mundo real.

A calculadora mostra que as perdas resultantes de crimes cibernéticos podem variar amplamente de acordo com a localização, a indústria e a receita da empresa; com custos a partir de 931 milhões de dólares para uma grande empresa do setor da saúde dos EUA, 4 milhões de libras para uma empresa média de transporte no Reino Unido, ou 134 mil euros para uma pequena empresa de produção da Europa.

Gareth Wharton, CEO da Hiscox Cyber e Diretor do Hiscox CyberClear Centre, acrescenta que a sua utilidade está em que “a maioria das organizações depende atualmente de dados para operar, mas é tradicionalmente muito difícil quantificar o valor desses dados”.

O Grupo Hiscox, tem sede nas Bermudas e conjuga negócios expostos a riscos elevados e empresas locais menos voláteis. Internacionalmente subscreve grandes empresas e resseguro através das divisões Hiscox London Market e Hiscox Re. A empresa está em momento de transição, depois de Richard Watson, há 33 anos na empresa e Chief Underwriting Officer se ter reformado, não estando ainda nomeado o seu sucessor.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lançado o livro Diretiva de Distribuição de Seguros Anotada

  • ECO Seguros
  • 27 Junho 2019

Uma lei atípica, que suscita dúvidas e afeta 90% das vendas de seguros, a começar pelas dos mediadores, tem a sua primeira versão anotada coordenada por investigadores de Direito de Coimbra e Lisboa

Foi lançado o livro “Lei da Distribuição dos Seguros Anotada”, obra coordenada por Pedro Romano Martinez e Filipe Albuquerque Matos, no que é o juntar esforços, ao mais alto nível de investigadores no Direito dos Seguros, das Faculdades de Direito de Coimbra e de Lisboa.

A APS – Associação Portuguesa de Seguradores apoiou o lançamento da obra tendo, no seu lançamento José Galamba de Oliveira, presidente da APS, referido o processo legislativo como “muito longo e em que a maioria das observações solicitadas não foram acolhidas no diploma”.

Foi na sede da APS que se deu o lançamento da obra com a presença e intervenção dos coordenadores, de José Galamba e Oliveira e de Paula Mendes, da editora Almedina, que publicou a obra.

 

 

Coleção: Legislação Anotada; Ano de Edição: 2019; ISBN: 9789724079554 Número de Páginas: 552; Preço 61,11€; Acesso: Livrarias Almedina ou online em https://bit.ly/2XtEiKL

 

As intervenções saudaram a união de esforços conjuntos das duas Faculdades de Direito na investigação do diploma e alguma rapidez na sua execução.

Já a lei e o processo legislativo foram referenciados como atípicos, “suscitam dúvidas”. Disseram os intervenientes que o diploma entrou em vigor antes de ser publicado, com os períodos transitórios quase esgotados, a regulamentação ainda não saiu, a transposição foi acrítica e ainda contou com “inovações” portuguesas que podem dar problemas no futuro.

Lê-se na sinopse da obra que “a distribuição de seguros – tradicionalmente designada mediação, tem um papel relevante na “comercialização” dos contratos de seguro, porquanto diversamente do que ocorre noutras áreas jurídicas, não é usual o cliente (tomador do seguro/segurado) dirigir-se ao segurador para celebrar um contrato de seguro”, lê-se no texto. A situação é séria, concluiu Pedro Martinez, por 90% das vendas de seguros estarem abrangidas pela nova lei e seus regulamentos.

A Diretiva (UE) 2016/97, conhecida DDS ou Diretiva de Distribuição de Seguros, foi uma regra da União Europeia dirigida a todos os Estados membros. Transposta pela Lei nº 7/2019, que revogou o regime da mediação de seguros (DL nº 144/2006), estabeleceu novas exigências aos intermediários de seguros, foram prescritas mais competências para a autoridade de supervisão de seguros e fixadas penalizações agravadas em caso de incumprimento.

Dizem os autores que “surgem soluções novas, que podem suscitar dúvidas, até porque algumas das previsões legais carecem de subsequente regulamentação” acrescentando que “a presente anotação, agora publicada, ainda que com opiniões nem sempre convergentes, pretende elucidar dúvidas e suscitar perplexidades do novo regime.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ex-ministro Manuel Pinho de novo arguido no caso EDP

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

O tribunal declarou nulo o despacho do juiz Ivo Rosa que retirou o estatuto de arguido no processo EDP ao ex-ministro da Economia Manuel Pinho e a Miguel Barreto, ex-diretor-geral da Energia.

O Tribunal da Relação de Lisboa declarou nulo o despacho do juiz Ivo Rosa que retirou o estatuto de arguido no processo EDP ao ex-ministro da Economia Manuel Pinho e a Miguel Barreto, ex-diretor-geral da Energia.

Segundo o acórdão do Tribunal Relação de Lisboa (TRL), que coloca de novo Manuel Pinho e Miguel Barreto como arguidos na investigação no chamado caso das rendas da EDP, o despacho de Ivo Rosa é nulo por duas razões, a primeira das quais porque “a competência para apreciar nulidades/irregularidades ocorridas em fase de inquérito pertence ao Ministério Público”.

O TRL refere a propósito que caso Manuel Pinho e Miguel Barreto não se conformasse com a decisão tomada pelo Ministério Público (MP) de os validar como arguidos podiam, “em momento próprio, requerer instrução para discutir essas questões ou suscitá-las perante o juiz de julgamento”.

O TRL fundamenta ainda que no caso concreto, ainda em fase de inquérito, o antigo ministro da Economia e o ex-diretor-geral da Energia e Geologia podiam ter suscitado intervenção hierárquica, o que “não fizeram, antes apresentando requerimento” dirigido ao juiz de instrução criminal Ivo Rosa.

O TRL nota contudo que a intervenção do juiz Ivo Rosa poder-se-ia, apesar de tudo, justificar caso estivesse em causa a defesa de direitos, liberdades e garantias constitucionalmente protegidos, mas realça que não foi esse o caso “porquanto com a prestação de termo de identidade e residência (TIR), o arguido fica obrigado a comunicar a nova residência ou lugar onde possa ser encontrado, o que é diferente de ficar impedido de mudar de residência, não representando qualquer limitação no direito ou liberdade de se deslocar”.

Manuel Pinho e Miguel Barreto foram constituídos arguidos pela Polícia Judiciária no verão de 2017, tendo-lhe sido aplicado a medida de coação de TIR, o que veio a ser validado pelo MP.

Logo de imediato, os arguidos invocaram nulidades resultantes de não lhes ter sido possibilitado prestarem declarações e por não lhes terem sido dados a conhecer todos os factos e provas existentes no processo que lhes dissessem respeito.

Requereram então a intervenção do juiz de instrução Ivo Rosa, o qual considerou ter havido “irregularidade no ato de constituição como arguido de Miguel Barreto e Manuel Pinho, pelo que decidiu que ficava, desse modo, sem efeito o estatuto de arguido, declarando também a “ilegalidade e extinção do TIR”.

Na altura, Ivo Rosa entendeu que a sua intervenção se justificava por estarem em causa direitos, liberdades e garantias, designadamente por defender que o TIR contém consequências, na medida em que constitui uma medida restritiva do direito à liberdade e do direito de deslocação, consagrados na Constituição.

Em julho de 2017, o antigo ministro da Economia do Governo socialista chefiado por José Sócrates viu-se envolvido no processo que investiga os negócios no setor da Energia, tendo Pinho garantido, num artigo então assinado no jornal Público, que não foi favorecido pela empresa, pedindo que a investigação fosse levada até “às últimas consequências”, declarando-se disponível para prestar os esclarecimentos necessários.

O inquérito em investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) investiga os procedimentos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC).

O inquérito tem vários arguidos, entre os quais os presidentes da EDP e da EDP Renováveis, António Mexia e João Manso Neto, respetivamente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aumento do período experimental aprovado. Bloco ameaça levar medida ao Tribunal Constitucional

  • ECO e Lusa
  • 27 Junho 2019

O período experimental de jovens à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração vai passar de 90 para 180 dias. Bloco diz que "é a expressão máxima da contradição do Governo".

O PS, o PSD e o CDS viabilizaram, esta quinta-feira, em grupo de trabalho, o aumento do período experimental de jovens à procura do primeiro emprego e de desempregados de longa duração, de 90 para 180 dias. A medida foi aprovada mesmo com os votos contra do PCP e do BE. Os bloquistas, que deixaram fortes críticas, querem levar a medida ao Tribunal Constitucional.

O alargamento do período experimental — durante o qual os trabalhadores contratados sem termo podem ser dispensados sem justificação ou compensação — constava do acordo de concertação social e prevê que, quando está em causa a contratação de trabalhadores à procura de primeiro emprego e de desempregados de longa duração, o período experimental deve ser de 180 dias, em vez dos 90 previsto na lei em vigor.

José Soeiro, deputado do BE, disse que esta medida “é a expressão máxima da contradição do Governo e do PS nesta reforma laboral”. Além disso, o deputado referiu que o Bloco está disponível para pedir ao Tribunal Constitucional que analise a norma. “Sendo esta norma aprovada ficaremos com a obrigação de suscitarmos se esta norma é conforme aos preceitos constitucionais”, afirmou.

O PCP, apesar de não se ter comprometido com o envio para o Constitucional, deixou, também, fortes críticas à medida. Os comunistas consideram que esta é uma norma “grave” e que tem “profundo impacto nas condições de trabalho”. “Não bate com o objetivo de combater a precariedade”, rematou a deputada Rita Rato.

Em 2008, altura em que Vieira da Silva também era ministro do Trabalho, o Governo tentou generalizar o período experimental de 180 dias, mas Cavaco Silva pediu a fiscalização preventiva da norma, que acabou mesmo por ser declarada institucional. Contudo, agora, o alargamento é apenas para os jovens à procura do primeiro emprego e para os desempregados de longa duração.

A votação decorreu durante a reunião do grupo de trabalho que está a discutir as alterações à lei laboral no Parlamento, onde foi chumbada as chamadas “normas anti-abuso” propostas pelo PS.

(Notícia atualizada às 20h35)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal arresta casas de Joe Berardo

  • ECO
  • 27 Junho 2019

O tribunal arrestou dois apartamentos de Joe Berardo em Lisboa, no valor de quatro milhões de euros, avança a SIC. O arresto foi feito a pedido da Caixa Geral de Depósitos.

O tribunal arrestou dois apartamentos de Joe Berardo, em Lisboa, no valor de quatro milhões de euros, avança a SIC. O arresto foi feito a pedido da Caixa Geral de Depósitos (CGD), a quem o comendador deve mais de 300 milhões de euros.

Em causa está um apartamento na Lapa, avaliado em 1,5 milhões de euros, e que está no nome em nome da Atram, uma sociedade imobiliária criada por Joe Berardo. É também esta empresa que detém outro apartamento na Avenida Infante Santo, um T5 avaliado em 2,5 milhões de euros. O Correio da Manhã já tinha avançado que a Atram é presidida pelo próprio comendador, embora não seja acionista direto da sociedade.

De acordo com a SIC, os dois imóveis foram arrestados pelo Tribunal da Comarca de Lisboa para pagar as dívidas de Joe Berardo à CGD. Adiantou ainda que o tribunal usou um mecanismo legal pouco usual para avançar com o arresto, recorrendo à figura da desconsideração da personalidade jurídica coletiva para provar que os dois imóveis são efetivamente propriedade de Joe Berardo.

O tribunal fez a prova com base em documentos e testemunhos, como moradores dos prédios que garantiram a presença diária do comendador nos apartamentos. E considerou que Berardo transferiu o seu património para outras empresas com o objetivo de não pagar as dívidas.

O acórdão do tribunal tem 15 dias, acrescenta a SIC, adiantando que o comendador ainda não foi notificado desta decisão.

De acordo com o relatório da EY, duas sociedades de Berardo, a Fundação Berardo e a Metalgest, deviam à Caixa 320 milhões de euros no final de 2015.

No passado dia 20 de abril, CGD, BCP e Novo Banco entregaram uma ação executiva no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa para cobrar dívidas de Joe Berardo de quase 1.000 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 20h29)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ana Catarina Mendes vai ser a diretora de campanha do PS nas eleições legislativas

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

Ana Catarina Mendes será coadjuvada por dois diretores operacionais: Duarte Cordeiro e Hugo Pires.

A secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, vai ser a diretora de campanha nas próximas eleições legislativas, cargo que resulta de uma escolha direta do líder do partido, António Costa.

Nestas funções, segundo fonte oficial do PS, Ana Catarina Mendes será coadjuvada por dois diretores operacionais: Duarte Cordeiro, líder da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) e atual secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares; e Hugo Pires, secretário nacional para a Organização e deputado eleito pelo círculo de Braga.

Ana Catarina Mendes foi já coordenadora nacional da campanha dos socialistas nas eleições autárquicas de 2017, funções que agora se prepara para repetir. Nas recentes eleições europeias, o diretor de campanha do PS foi o presidente da Câmara de Mangualde, João Azevedo.

Em relação às eleições de 06 de outubro próximo, o PS vai aprovar uma linha de orientação no sentido de que a campanha eleitoral tenha uma componente ecológica mais acentuada.

Entre outras medidas, os socialistas tencionam reduzir o número de viaturas em caravana na sua digressão nacional e pretendem usar sempre materiais recicláveis nos objetivos de propaganda – neste último caso, repetindo o que já foi posto em prática nas últimas europeias.

A Comissão Nacional do PS reúne-se esta quinta-feira, em Lisboa, para aprovar os critérios e as metodologias de escolha dos seus candidatos a deputados, processo que ficará concluído em 23 de julho com a aprovação das listas concorrentes em cada círculo eleitoral.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gestores da TAP subscrevem obrigações no valor global de 110 mil euros

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

Companhia aérea realizou emissão de obrigações no valor de 200 milhões de euros. Administradores da empresa subscreveram 110 obrigações.

Um conjunto de sete gestores da TAP, onde se inclui o presidente da Comissão Executiva, Antonoaldo Neves, subscreveu, no total, 110 obrigações da companhia aérea no valor de 110 mil euros, foi comunicado esta quinta-feira ao mercado.

De acordo com a informação remetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o presidente da Comissão Executiva da TAP e vogal do Conselho de Administração, Antonoaldo Neves, subscreveu 20 obrigações, perfazendo um total de 20 mil euros, enquanto Carlos Paneiro, gestor sénior dos mercados América do Norte e Central, comprou 10 obrigações no valor de 10 mil euros.

Por sua vez, o diretor de operações de voo da Portugalia, Rui Catarino, investiu cinco mil euros em cinco obrigações e o vogal do Conselho de Administração da TAP Diogo Lacerda Machado subscreveu a mesma quantia.

Jorge Duarte leite, gestor sénior ‘Quality’ e ‘Safety’, por seu turno, investiu num volume de 30 obrigações, equivalente a um montante de 30 mil euros.

Já Mário Lobato de Faria, ‘Chief Technical Officer’, e Joana Machado, administradora Cateringpor, subscreveram 20 obrigações cada, o equivalente ao montante de 20 mil euros cada.

No total, estes dirigentes adquiriram 110 obrigações no valor de 110.000 euros.

Em 19 de junho, foi anunciado que mais de seis mil investidores subscreveram as obrigações da TAP, uma operação no valor de 200 milhões de euros, em que a procura superou a oferta em 1,55 vezes.

No segmento geral a procura atingiu 162,5 milhões de euros e o montante final atribuído foi de 105 milhões de euros com o número total de investidores a atingir os 6.092, dos quais 35 profissionais.

Os 105 milhões de euros correspondem a 52,5% da emissão obrigacionista, enquanto 95 milhões (47%) foram atribuídos ao segmento profissionais e contrapartes elegíveis, cuja distribuição geográfica foi de 54% para investidores portugueses e 46% para internacionais.

Os resultados da Oferta Pública de Subscrição de Obrigações foram apresentados na Euronext, em Lisboa.

O período de subscrição das obrigações da TAP decorreu entre 03 e 18 de junho e arrancou com um valor total de 50 milhões de euros, mas em 13 de junho a transportadora aérea decidiu multiplicar por quatro o número e valor de obrigações a emitir para 200 milhões de euros.

O valor nominal unitário das obrigações é de 1.000 euros com maturidade em 23 de junho de 2023, com uma taxa de juro fixa bruta de 4,375%.

O grupo TAP registou, em 2018, um prejuízo de 118 milhões de euros, valor que compara com um lucro de 21,2 milhões de euros registado no ano anterior, anunciou a transportadora em março.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Entrada da EMEL nos Olivais vai ser alvo de referendo

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

A presidente da Junta de Freguesia dos Olivais diz que, para já, não há data para a realização do referendo, pois as decisões tomadas na assembleia de quarta-feira ainda não chegaram ao Executivo.

A Assembleia de Freguesia dos Olivais, em Lisboa, aprovou uma proposta dos moradores para a realização de um referendo local sobre a entrada da EMEL (Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa) na freguesia, foi esta quinta-feira anunciado.

Em declarações à agência Lusa, Rui Almeida, membro da comissão instaladora da Associação de Moradores dos Olivais, disse que é assim cumprida uma promessa antiga da presidente da Junta, que, em 2013, tinha prometido ouvir os moradores.

“[A autarca] tinha prometido que iria auscultar a população para a resolução de um referendo local, o que não aconteceu. Os cidadãos estão cientes dos seus direitos. Se ela não o fizer, fazemos nós”, afirmou, explicando que “o referendo é um referendo relativamente à vontade que as pessoas possam expressar quanto à entrada da EMEL” nos Olivais.

De acordo com a presidente da Junta de Freguesia dos Olivais, Rute Lima (PS), ainda não há data para a realização do referendo, uma vez que as decisões tomadas na assembleia de quarta-feira ainda não chegaram ao Executivo. “Ainda é prematuro. A sessão foi ontem [quarta-feira]”, disse a autarca, indicando que só após a receção dos documentos é que a Junta de Freguesia irá “encetar os procedimentos legais para dar cumprimento às deliberações” da assembleia.

Na quarta-feira decorreu na Escola Secundária Eça de Queirós, nos Olivais, uma Assembleia de Freguesia extraordinária, a pedido dos cidadãos, para discutirem a entrada da EMEL naquela freguesia, que tem sido muito contestada pelos residentes.

De acordo com Rute Lima, as propostas que foram apresentadas pelos moradores estão em sintonia, no que respeita à regulação do estacionamento na freguesia, com o que tem sido o entendimento entre o Executivo, a Câmara Municipal de Lisboa e a EMEL. A autarca lembrou ainda que, no passado, houve várias reuniões com os cidadãos e as entidades, que gerem todo o processo, nas quais foram apresentados contributos sobre a forma atual de estacionamento e de implementação de novos espaços.

“Algumas centenas de moradores participaram nas reuniões e deram os seus contributos de abono daquela que é a forma atual do estacionamento como de implementação”, salientou Rute Lima, reconhecendo que “é um processo que precisa de ser afinado, melhorado, na salvaguarda de alguns direitos dos cidadãos”.

A presidente da Junta de Freguesia anotou também que grande parte da área dos Olivais não será taxada, a não ser que os moradores queiram. “Aquilo que eu transmiti ontem [quarta-feira], como presidente da junta, foi que este é um processo dinâmico e está a ser monitorizado dia-a-dia”, precisou, alertando os moradores que “grande parte da freguesia ainda não está taxada, e não estará, a menos que o entendam”.

No entanto, Rui Almeida lamentou que os resultados de uma consulta pública realizada sobre a entrada da EMEL nos Olivais não tenham sido divulgados. “[Os resultados] não foram respeitados. Oitenta por cento dos respondentes não considerou possível ou desejável que a EMEL viesse para a freguesia e, ainda assim, a câmara, a presidente da junta e a EMEL entendem que deve operar na freguesia”, realçou à Lusa, acrescentando que “espera há cerca de dois meses” para poder consultar os documentos.

Segundo Rui Almeida, a reunião extraordinária não contou com as presenças da Câmara de Lisboa e da EMEL, considerando estas ausências como uma falta de respeito para com os cidadãos. “[A Câmara Municipal e a EMEL] não respeitaram o movimento de cidadãos, nós fazemos este entendimento”, assinalou, adiantando que todas as propostas apresentadas foram aprovadas por maioria.

A medida de introdução de estacionamento tarifado na freguesia dos Olivais foi anunciada em maio de 2018 pela junta de freguesia e pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), tal como aconteceu noutras freguesias do concelho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.