Fatura da Sorte sai em Lisboa, Viana do Castelo e Aveiro

A Fatura da Sorte andou à roda e, desta vez, saiu mais "robusta" a três contribuintes residentes em Lisboa, Viana do Castelo e Aveiro. Em Vila de Rei saíram os habituais 35 mil euros.

A prenda de verão da Autoridade Tributária (AT) já tem remetente e vai diretamente para os distritos de Lisboa, Viana do Castelo e Aveiro. As faturas com número de identificação fiscal (NIF) andaram esta quinta-feira às voltas na tômbola para o primeiro sorteio extraordinário da Fatura da Sorte de 2019, para além do habitual sorteio semanal.

Os prémios mais “robustos”, de 50 mil euros em Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC), saíram em Lisboa, Viana do Castelo e Aveiro. Os contemplados têm os cupões número 2 517 561 016, 470 336 066 e 2 502 591 924, respetivamente.

Já o sorteio regular, de 35 mil euros, também em CTPC, contemplou o contribuinte com o cupão número 2 852 029 511, residente em Vila de Rei.

O sorteio para apurar os cupões vencedores foi emitido na RTP 1, durante a tarde desta quinta-feira, mas os números dos cupões sorteados podem ser consultados no Portal das Finanças. Já os contemplados serão notificados por carta registada, remetida para o domicílio fiscal, ou por email.

Apenas quem pede fatura com NIF, ajudando no combate à fuga ao fisco, fica habilitado a ganhar. E tudo conta. Basta que no momento da compra, nem que seja de um simples café, solicite a fatura do mesmo com o seu número de contribuinte.

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Portugal 2020 injetou, por semana, 50 milhões de euros na economia

O ministro do Planeamento defende que é necessário "retirar lições" da aplicação dos fundos de modo a adaptar a estratégia para afetar recursos aos domínios certo.

A cada semana da atual legislatura (180 semanas), o Portugal 2020 injetou 50 milhões de euros na economia. A contabilização foi feita pelo ministro do Planeamento no encerramento da Mostra Portugal 2020. Uma iniciativa que pretendeu demonstrar os casos concretos em que os fundos europeus são usados, da multinacional Bosch, aos Passadiços do Paiva ou pelos autocarros da Carris.

Apesar da importância que os fundos têm para o desempenho da economia nacional — que o Governo espera que cresça 1,9% este ano — Nelson Souza deixou um alerta: “É necessário retirar lições devidas, para adaptar a estratégia e afetar os recursos aos domínios certos para que Portugal possa continuara a convergir com a Europa”. Um recado que surge no contexto da negociação do próximo quadro comunitário de Apoio para 2021-2027, mas também depois de um exercício de reprogramação em que o Executivo tentou alterar algumas das opções estratégicas tomadas pelo Governo anterior, nomeadamente reduzindo o montante de verbas dedicadas aos instrumentos financeiros.

Nelson Souza reiterou a garantia que as autoridades nacionais não desistirão de lutar nas negociações em curso, “até ao fim, até à ultima noite, por cada milhão e cada euro”. Isto porque a proposta da Comissão que está sobre a mesa implica um corte de 7% nas verbas da Coesão para Portugal e um corte de 15% nas verbas do segundo pilar da Política Agrícola Comum (ainda que no primeiro pilar, o das ajudas diretas aos agricultores, não haja cortes).

O ministro do Planeamento defende que Portugal tem “a razão do seu lado” tendo em conta a capacidade de execução de Portugal. Nelson Souza reiterou que o Portugal 2020 já conta com uma execução de 40% e que já foram feitos pagamentos de 10 mil milhões de euros aos beneficiários dos fundos. “Um número que impressiona, não só pelo número em si, mas pela diversidade dos beneficiários”, acrescentou.

Ainda sobre as negociações do Portugal 2030, Nelson Souza assegura que Portugal vai fazer valer a sua posição, “nos momentos certos e oportunos”. O responsável já tinha explicado que as negociações estão numa espécie de congelador e que só haverá evoluções com a nova Comissão Europeia.

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Diretora-geral do Fisco sobre operações Stop: “Todos observámos uma desproporção de meios”

A diretora-geral do Fisco admitiu no Parlamento que houve uma desproporção de meios nas execuções fiscais em operações stop, mas diz que a direção da AT e o Governo não sabiam.

A diretora-geral da Autoridade Tributária, Helena Borges, admitiu esta quinta-feira houve “uma desproporção de meios” nas operações Stop realizadas pela Autoridade Tributária e pela Guarda Nacional Republicana (GNR), mas pediu tempo para analisar as razões que levaram à Direção de Finanças do Porto a fazer estas ações, garantindo que esta era uma operação de cobrança coerciva a contribuintes incumpridores previamente identificados. Helena Borges disse ainda que a tutela não tinha conhecimento, porque as ações não integraram o plano nacional da Autoridade Tributária.

“Eu também sou cidadã, também observei aquelas imagens, e também não senti a organização” que dirige, disse a responsável máxima do Fisco. “Todos observámos uma desproporção de meios”, adiantou ainda a responsável, chamada ao Parlamento para responder às questões dos deputados sobre as operações stop levadas a cabo pelo fisco e que causaram a primeira baixa com a demissão do diretor de Finanças do Porto.

Helena Borges quis deixar claro que, na sua opinião, o tipo de atuação levada a cabo não se justifica. “Ações deste tipo, com esta disposição no terreno e com estas características, não creio que se justifiquem”. No entanto, sobre responsabilidades, a diretora-geral da AT foi menos concreta.

Segundo Helena Borges, estas ações foram planeadas e incluídas num plano da Direção de Finanças do Porto que é apenas um documento de trabalho, para organizar as equipas e as ações no Porto, e que não é submetido à AT, logo a própria não tinha conhecimento.

Como tal, este plano, que não é um documento obrigatório de acordo com diretora-geral da AT, também não incluiu o plano central da Autoridade Tributária, por isso também não foi dado conhecimento à tutela.

“Esta ação não integrou o plano central da Autoridade Tributária, porque não seria algo que queríamos escalar a nível nacional, e ao não integrar o plano nacional da Autoridade Tributária não foi submetida à aprovação da tutela”, disse a responsável máxima.

Sobre os responsáveis por estas operações, Helena Borges pediu também para não se tirarem conclusões definitivas sobre o caso, porque a lei dá a poder à Autoridade Tributária para poder fazer ações mais musculadas, e envolver as forças de segurança, no caso de contribuintes que são incumpridores repetidos.

“Pode ter havido naquela ação algum desalinhamento em relação a orientação estratégica que temos vindo a seguir, que aposta cada vez mais no apoio ao cumprimento”, disse a responsável. “É importante não retirar conclusões definitivas”, acrescentou.

A responsável máxima do Fisco disse, no entanto, que esta operação era uma operação de cobrança coerciva. Ou seja, a Direção de Finanças do Porto identificou um conjunto de contribuintes com dívidas ao Fisco e em repetido incumprimento que eram donos de viaturas e seriam esses os alvos, e não verificar na altura que contribuintes poderiam ter ou não dívidas ao Fisco, e caso tivessem veriam as suas viaturas apreendidas.

Questionada pelos deputados se só esses contribuintes previamente identificados foram parados pelas autoridades e viram as suas viaturas apreendidas, Helena Borges recusou-se a responder inicialmente, pedindo mais tempo para que essa investigação seja feita, mas depois deixou garantias que ninguém foi parado aleatoriamente. “Todas as indicações que temos é que a paragem não foi aleatória”.

Entre a investigação que está a ser feita, disse Helena Borges, está quem terá alertado a comunicação social, nomeadamente as televisões que filmaram as ações.

Fiscalização nos casamentos? “Não abordamos ninguém no momento da festa, isso seria impróprio”

Depois de várias notícias sobre o plano de ações da Direção de Finanças do Porto, os deputados questionaram Helena Borges sobre a realização de ações de inspeção semelhantes às observadas nas estradas do Porto, mas em casamentos, algo que a diretora-geral da Autoridade Tributária garantiu que não acontece.

“Não se realizaram ações nenhumas. Não há um CAE [classificação das atividades económicas] para casamentos. Há um CAE para eventos. Este é um setor conhecido como um setor de riscos. É um setor que tem de ser fiscalizado“, disse Helena Borges, garantindo ainda assim que “não havia nenhuma intenção, nem os planos de trabalho previam nenhuma operação que pudesse ser considerada intrusiva” neste tipo de eventos.

Helena Borges disse que a designação de ‘casamentos’ só existia no plano da Direção de Finanças do Porto, e que a AT vai “redesenhar a metodologia”, mas que este o setor dos eventos, onde se incluem os casamentos, é um setor que tem de ser fiscalizado, com respeito pelas garantias dos contribuintes, porque a Autoridade de Tributária tem que justificar todas as suas ações e o porquê de não fiscalizar setores de atividade económica, como este. “Temos que nos explicar por tudo o que fazemos, e por tudo o que não fazemos”, disse, depois de dizer que o Fisco é alvo de dezenas de auditorias pela Inspeção-Geral de Finanças.

Ainda assim, quis deixar a garantia: “nós não realizamos ações de casamento aos celebrantes, aos noivos. São às empresas. Não é no momento das celebrações, nós não fazemos ações destas. Não abordamos ninguém no momento da festa, isso seria impróprio”, disse a responsável.

“A única maneira de não cometer erros é não fazermos nada”

“Não estou aqui a julgar o diretor de Finanças do Porto”. A diretora-geral da Autoridade Tributária admitiu que foram cometidos erros, mas defendeu, tanto quanto possível, o diretor de Finanças do Porto, que se demitiu na sequência da realização destas operações, pedindo sempre tempo para que a investigação a estes casos seja concluída antes de atribuir culpas.

A responsável máxima do Fisco diz que o episódio “é muito injusto com muita gente da Direção de Finanças do Porto” e que “hoje é fácil olhar para trás e dizer que foi cometido um erro”, mas diz que conta com os funcionários dessa Direção e que “a única maneira de não cometer erros é não fazermos nada”.

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Depois de anunciada a integração da EMEF, trabalhadores da CP querem fusão com ex-Refer

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

No dia em que o Governo anunciou a reintegração da EMEF na CP, os trabalhadores da empresa de transportes vêm lembrar que é preciso dar atenção à infraestrutura e podem o regresso da ex-Refer.

A Comissão de Trabalhadores (CT) da CP – Comboios de Portugal pediu esta quinta-feira mais medidas, que abranjam também a infraestrutura, depois de o Governo ter anunciado um plano de investimentos do Governo na operadora e na EMEF.

Em comunicado, a estrutura diz que “a batalha da reintegração da EMEF” (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário) “está a ser ganha”. No entanto, “para ganharmos a guerra, falta ainda a empresa de infraestruturas ferroviárias, a ex-REFER” (e atual Infraestruturas de Portugal), salienta a CT.

O plano de investimento de 45 milhões de euros para recuperar “material circulante encostado” e contratar 187 trabalhadores para a CP e a EMEF foi anunciado pelo ministro das Infraestruturas e Habitação.

Pedro Nuno Santos revelou ainda que o executivo pretende “iniciar o processo de fusão” entre a empresa pública de transporte por caminhos-de-ferro e a empresa de manutenção do material circulante para “otimização dos recursos e melhor articulação”.

A CT realça que “o regresso da EMEF à CP resulta de dezenas de anos de luta dos trabalhadores ferroviários que continuam a lutar pelo investimento no caminho-de-ferro e admissão de mais trabalhadores. Só assim a empresa pública CP está em condições para satisfazer com fiabilidade, a mobilidade e a obrigatoriedade do serviço público aos utentes”, lê-se no mesmo comunicado.

A CT “vê com agrado a decisão” de hoje, mas lamenta “que ela tenha sido em final de legislatura”.

“Não é vergonha para o governo de António Costa reconhecer que a política adotada pelo Partido Socialista para o sistema ferroviário em Portugal, é errada”, escreve a CT, que garante não aceitar que a CP e “o serviço público ferroviário, sejam geridos de acordo com os calendários e conveniências eleitorais dos partidos”.

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A tarde num minuto

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Bloco compara socialistas à Carochinha: “Quem quer casar com o PS” na Lei de Bases da Saúde?

O PS lançou um apelo aos deputados no Parlamento, questionando se estavam disponíveis a aprovar a Lei de Bases da Saúde pondo a "partidarite" de lado.

O debate tinha como tema “As dificuldades no acesso dos cidadãos à saúde”, mas a discussão, proposta pelo PSD, acabou por se se centrar na polémica Lei de Bases da Saúde. O PS desafiou, esta quinta-feira, os restantes partidos a aprovar a Lei de Bases, pondo de lado a “partidarite”, um pedido que levou o Bloco de Esquerda a comparar a proposta a um pedido da Carochinha.

Nas declarações iniciais, o social-democrata Ricardo Baptista Leite, que será o ponta de lança nas esperadas negociações entre o PSD e o PS, fez um retrato negativo da saúde em Portugal, dizendo que “não há memória de tantas greves e tamanha tensão social no setor da saúde”. O deputado acrescentou ainda que “nunca os privados fizeram tanto dinheiro com a saúde em Portugal”, já que perante as listas de espera os doentes “recorrem aos privados”.

Em resposta, António Sales, do PS, acusou os sociais-democratas de “olhar para o copo meio vazio” e de não “esconder a colagem às medidas do PS relativamente à área da saúde”. Mesmo assim, questionou os deputados se “estão disponíveis para pôr partidarite de lado”, um apelo já feito pelo líder parlamentar, Carlos César, paraaprovar a Lei de Bases que todos reconhecemos que é melhor que a atual”.

Para o Bloco de Esquerda, “esta intervenção fez do PS a Carochinha, que está à janela a perguntar quem quer casar comigo”. “Está a perguntar diretamente ao PSD se quer casar com Carochinha”, apontou o deputado Moisés Ferreira. “O PS efetivamente por causa das parcerias público-privadas (PPP) decidiu voltar à sua janela e fazer-se novamente Carochinha, mas lançar a cantiga apenas a PSD”, notou, referindo-se à discordância entre os partidos de Esquerda e o PS sobre a existência de PPP na saúde.

António Sales esclareceu que “o repto não foi lançado para o PSD, foi para a câmara para consensos parlamentares”. “Não queremos namorados nem casar com ninguém”, reiterou o socialista, apesar de admitir que é necessário “ter noção da realidade e das limitações”.

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Ford ainda desconhece impacto dos despedimentos em Portugal

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

A Ford anunciou esta quinta-feira que vai cortar 12.000 postos de trabalho na Europa, resultado do seu processo de reestruturação que tem em vista aumentar os lucros e agilizar as operações.

O impacto para Portugal do despedimento de 12.000 trabalhadores da Ford na Europa, até 2020, ainda não está estimado, garantiu à Lusa fonte da empresa, sublinhando que a fabricante apenas tem 13 funcionários em Portugal.

“Não há ainda informação precisa que se possa adiantar sobre o impacto […] em cada país, com exceção da Alemanha onde se prevê a redução de aproximadamente 5.000 postos de trabalho, no Reino Unido de cerca de 3.100, na Rússia de 2.200 e nos restantes países europeus de cerca de 1.600”, disse fonte oficial da Ford Lusitana.

A Ford anunciou esta quinta-feira que vai cortar 12.000 postos de trabalho na Europa, resultado do seu processo de reestruturação que tem em vista aumentar os lucros e agilizar as operações. Do total, oito mil correspondem a empregados fabris, dois mil a funcionários de escritório do quadro da empresa e os restantes dois mil a colaboradores de agências da Ford em toda a Europa.

De acordo com a mesma fonte, a Ford Lusitana “foi alvo de uma reorganização ibérica há cerca de quatro anos”, contando agora com apenas 13 pessoas.

Citada pela Associated Press, a Ford Europa indicou que a maioria dos postos vai ser suprimida, através de programas voluntários, até ao final de 2020. “Separar funcionários e encerrar fábricas é a decisão mais difícil que tomámos”, afirmou o presidente da Ford Europa, Stuart Rowley. O responsável da fabricante automobilística garantiu ainda que a empresa está a “disponibilizar apoio para minimizar o impacto” desta reestruturação.

Deste plano faz igualmente parte o encerramento de seis fábricas na Europa, entre as quais, em Bridgent, no País de Gales, França e três na Rússia.

A Ford Europa sublinhou ainda que estas alterações têm em vista tornar o negócio mais lucrativo, prevendo “melhorar significativamente” os seus resultados financeiros. Em 20 de maio, o grupo automóvel já tinha indicado que ia reduzir, até ao final de agosto, sete mil empregos a nível mundial, para conseguir economizar e adaptar-se ao declínio de vendas de alguns modelos, em particular nos Estados Unidos.

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Mestrado em gestão da Nova SBE é o 34.º melhor do mundo

O mestrado em gestão da Nova SBE voltou a repetir o feito de 2017. Está na lista do The Economist como um dos melhores mestrados de gestão do mundo. É o único curso português do ranking.

O ranking internacional do The Economist para 2019 volta a contar com uma business school portuguesa. O mestrado em gestão da Nova Schoolof Business & Economics (Nova SBE) foi eleito o 34.ºmelhor do mundo e é o único a representar Portugal na lista.

A lista “avalia a performance dos mestrados em gestão das diferentes business schools do mundo de acordo com critérios de excelência do ensino, empregabilidade, reach e diversidade de recrutadores, línguas de ensino, entre muitos outros”, explica a Nova SBE em comunicado.

Esta não é a primeira vez que a escola de gestão está nas bocas do mundo. Em 2017, a Nova SBE ocupou, igualmente, a 34.ª posição da lista do The Economist com o seu “Master in International Management”, continuando “a assumir-se como a única business school de origem portuguesa a subir ao pódio no que diz respeito às melhores instituições de gestão ao nível mundial”.

“A Nova SBE e, estou certo que toda a sua comunidade, orgulha-se hoje deste resultado. A posição que ocupamos mostra que estamos no caminho certo, no de consolidação da nossa estratégia de internacionalização”, afirma Daniel Traça, dean da Nova SBE, citado em comunicado.

Para Rita Campos e Cunha, associate dean, pre-experience studies da Nova SBE, este mestrado tem como objetivo “preparar os líderes do futuro: com motivação para aprenderem sempre, com qualidades éticas e preocupação com as pessoas e os seus problemas reais”.

O curso foi criado em 2010 e destina-se a alunos nacionais e internacionais de qualquer área que pretendam ter formação em gestão. “É por este motivo que os programas incluem disciplinas centrais da área de gestão, mas também áreas de especialidade, cadeiras optativas e módulos de desenvolvimento profissional”, explica a universidade.

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Prova dos 9: “O SNS é melhor hoje do que em 2015”, como diz Mário Centeno?

O ministro das Finanças diz que não duvida que o SNS está melhor do que quando o Governo tomou posse. Mas será mesmo assim? O ECO falou com dois economistas da Saúde para testar a frase de Centeno.

O ministro das Finanças defendeu esta segunda-feira que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está melhor agora do que no início da legislatura. A declaração de Mário Centeno, feita numa entrevista à TVI, surge numa altura em que o Governo está debaixo de fogo com críticas à gestão do serviço público de saúde. Recentemente têm surgido notícias que dão conta de falhas na prestação de serviços públicos por parte do Estado, nomeadamente na Saúde. Quando faltam quatro meses para as legislativas, o encerramento rotativo de maternidades em Lisboa no verão, avançado pelo Público, obrigou o Governo a vir a terreiro tentar passar a mensagem de que o setor está melhor do que o anterior Executivo o deixou. Mas será que é mesmo assim?

A afirmação

“O SNS é melhor hoje do que em 2015. Não tenho nenhuma dúvida sobre isso.”

Os factos

muitos indicadores na área da Saúde que podem ser observados quando se quer ver se o setor está melhor ou pior. E são de vários tipos: financeiros, que medem por exemplo a eficiência do setor, de atividade, de acesso ao SNS, e até indicadores de saúde que não são afetados apenas pela política de saúde de um Governo, como é o caso dos indicadores de longevidade.

O ECO falou com Miguel Gouveia e Pedro Pita Barros, dois economistas especialistas na área da Saúde. O primeiro é professor da Universidade Católica e o segundo dá aulas na Universidade Nova.

O quadro seguinte resume um conjunto de indicadores de vários tipos que permitem fazer um raio-x ao SNS, comparando 2015 com a informação mais recente para cada um deles. No quadro estão alguns indicadores que o Governo refere quando argumenta que o SNS está melhor, outros para os quais os especialistas contactados chamam a atenção e ainda outros publicados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) no seu relatório anual e que podem dar leituras relevantes.

Ao nível do número de médicos e enfermeiros há um aumento dos recursos humanos, mas alguns indicadores de atividade mostram problemas. O número de utentes em lista de espera cresceu e as dívidas a fornecedores aumentaram apesar dos reforços de capital nos hospitais.

Há outro binómio que vale a pena observar. O número de médicos e enfermeiros foi reforçado — este é aliás um dos indicadores mais vezes referido pelo Governo. No entanto, as horas extraordinárias necessárias para prestar este serviço cresceram entre 2015 e 2017. Um indicador que evidencia as consequências da redução do horário de trabalho.

Prova dos 9

“O que se está a passar é consequência de vários anos de falta de investimento”, refere o professor da Católica. Miguel Gouveia acrescenta que “não está mal que se gaste mais com os profissionais de saúde mas devia haver também mais aposta nos equipamentos, tecnologia e infraestruturas”. E lembra que apesar de tudo, e mesmo durante a passagem da troika por Portugal, a saúde da população apesar do seu envelhecimento, “tem vindo a melhorar”.

Porém, para este especialista, a crise foi “uma oportunidade perdida” porque não se aproveitou para fazer reformas estruturais. Gouveia defende que no caso do encerramento rotativo das maternidades no verão em Lisboa era preferível “reformar e fechar um dos serviços”, mas reconhece que esta escolha teria “custos políticos”.

No caso do encerramento rotativo das maternidades no verão em Lisboa era preferível reformar e fechar um dos serviços, mas esta escolha teria custos políticos.

Miguel Gouveia

Professor na Universidade Católica

“Em termos de atividade global o SNS tem feito mais”, garante Pedro Pita Barros, mas em termos financeiros “está claramente em dificuldades, nomeadamente nos hospitais, onde se torna cada vez mais complicado perceber o que é resultado de “asfixia financeira” e o que resulta de “qualidade de gestão””.

O professor da Nova SBE também refere a falta de investimento como um fator que corre pior, bem como de condições de trabalho para os profissionais do SNS (que não apenas as relacionadas com salários).

Ao contrário de Gouveia, Pita Barros não vê que a “rotação de atendimentos entre hospitais numa zona geográfica, no caso Lisboa, tenha que ser obrigatoriamente má” e argumenta que era importante perceber se esta política já foi adotada no passado e que resultados de desempenho gerou.

Em termos de atividade global o SNS tem feito mais, mas em termos financeiros está claramente em dificuldades, nomeadamente nos hospitais, onde se torna cada vez mais complicado perceber o que é resultado de “asfixia financeira” e o que resulta de “qualidade de gestão”.

Pedro Pita Barros

Professor na Universidade Nova

Isto significa que, se por um lado há melhorias no SNS ao nível dos indicadores de atividade (consultas e atendimentos, por exemplo) e de aumento de recursos, por outro há indicadores que revelam um quadro pior (mais utentes na lista de espera, mais horas extraordinárias e pagamentos em atraso superiores).

Assim, tudo depende dos indicadores para onde se olha quando se tenta ver se o SNS está melhor ou pior. Certo é que há espaço para melhorar o serviço público prestado aos cidadãos.

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Escolas perdem 25 mil alunos num ano mas há menos chumbos

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

O número de alunos nas escolas portuguesas, desde o pré-escolar até ao secundário, voltou a diminuir no ano passado, mantendo a tendência de há vários anos em resultado da redução demográfica.

As escolas perderam quase 25 mil alunos no ano letivo de 2017/2018, mas o sucesso escolar aumentou em todos os anos de ensino, segundo o relatório Estatísticas da Educação 2017/18 divulgado esta quinta-feira.

O número de alunos nas escolas portuguesas, desde o pré-escolar até ao secundário, voltou a diminuir no ano passado, mantendo-se uma tendência que se regista há vários anos em resultado da redução demográfica.

Assim, no passado ano letivo, as escolas receberam cerca de 1,63 milhões alunos, ou seja, menos 25 mil estudantes que no ano anterior, segundo os dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), que revelam maior sucesso académico.

Entre 2015 e 2018, as taxas de alunos do ensino básico que passaram de ano subiram de 92,1% para 94,9% e, entre os estudantes do secundário, houve um aumento de 83,4% para 86,1%.

O relatório Estatísticas da Educação 2017/18 revela uma evolução positiva de Portugal que se “aproxima dos países da Europa com quem nos queremos comparar”, sublinhou o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, em declarações à Lusa.

Durante aqueles quatro anos, as taxas de conclusão de ciclo também progrediram de forma continuada, de 89,3% para 93,5% no básico e de 70,1% para 75,5% no secundário.

A melhoria dos resultados académicos também se registou nos anos em que habitualmente há mais chumbos: a taxa de retenção entre os alunos do 2.º, 7.º e 10.º anos reduziu mais de 10% no ano passado quando comparado com o ano anterior, segundo dados do Ministério da Educação.

Muitos destes alunos que agora fazem parte desta nova estatística positiva são alunos que vêm de meios socioeconomicamente desfavoráveis“, sublinhou o ministro, defendendo que este é o resultado de um “conjunto de estratégias”, criadas a pensar nestes anos letivos em concreto, mas também focado em todos os jovens que habitualmente têm mais problemas.

"Muitos destes alunos que agora fazem parte desta nova estatística positiva são alunos que vêm de meios socioeconomicamente desfavoráveis.”

Tiago Brandão Rodrigues

Ministro da Educação

Entre as medidas, Tiago Brandão Rodrigues lembrou o Programa Nacional de Promoção de Sucesso Escolar, o Apoio Tutorial Específico para alunos que já chumbaram, ou a redução do número de alunos por turma.

“A nova geração de políticas públicas tem tido atenção às famílias e alunos socialmente mais fragilizadas”, garantiu o ministro, lembrando o reforço da Ação Social e Escolar, a Autonomia e Flexibilidade Curricular ou a Educação Inclusiva.

Os dados conhecidos são também o resultado do trabalho de professores e funcionários não docentes assim como do empenho das famílias e dos próprios alunos, salientou.

“Esta redução do lastro histórico de um insucesso escolar massivo, que sabemos que é socialmente seletivo e muito associado à reprodução de ciclos de pobreza, tem de ser um desígnio nacional e este aumento das taxas de conclusão são algo muito importante para a sociedade portuguesa”, defendeu.

É que, apesar das melhorias hoje conhecidas, a tutela reconhece que ainda há um caminho a percorrer, uma vez que existe ainda um número “expressivo” de alunos sem aproveitamento escolar.

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Alemã BASF vai cortar seis mil postos de trabalho até 2021

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

A fabricante de produtos químicos alemã BASF delineou uma reestruturação que vai permitir economizar cerca de 300 milhões de euros e reorganizar a estrutura da empresa.

A alemã BASF, fabricante de produtos químicos, anunciou que vai suprimir 6.000 postos de trabalho até 2021, no âmbito do processo que denominou “realinhamento organizacional”, que vai permitir uma poupança de quase 300 milhões de euros.

Citada pela Associated Press, a BASF indicou, em comunicado, que esta reestruturação vai permitir economizar cerca de 300 milhões de euros (340 milhões de dólares) e reorganizar a estrutura da empresa.

A fabricante alemã, presente em Portugal, pretende assim ter sedes corporativas de menor dimensão e um papel mais forte nas operações regionais. De acordo com os últimos dados disponíveis, reportados a 2018, a empresa tem 122.400 funcionários, 75.000 dos quais na Europa.

A BASF tem sede em Ludwingshafen, na Alemanha, e fabrica produtos químicos para a indústria dos plásticos, materiais industriais, pigmentos, ingredientes para ração animal e produtos químicos agrícolas. A Lusa tentou contactar a BASF para saber quais as implicações deste processo para Portugal, mas, até ao momento, não obteve resposta.

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Summer schools de economia? Estas universidades ainda têm oito cursos com candidaturas abertas

Estão na reta final, mas o ISCTE, a Católica Porto Business School e a Nova SBE ainda têm vagas abertas para as suas escolas de verão. Há cursos de marketing, gestão financeira e gestão desportiva.

O verão já chegou e, com ele, termina mais um ano letivo. Os estudantes têm agora cerca de três meses para fazer tudo aquilo que não conseguiram durante o período de aulas. Alguns escolhem descansar ao máximo, apanhar sol na praia e passar as noites nos festivais de verão, outros pensam em encontrar um trabalho que os ocupe durante estes meses, mas há também quem opte por manter a rotina e continue a frequentar a faculdade.

Para estes, que querem continuar a apostar na sua formação, independentemente da estação do ano, há várias possibilidades. Ainda que alguns cursos já estejam esgotados, ou já tenha terminado o prazo de candidatura, há universidades que ainda estão a aceitar inscrições às summer schools. Se esta for a sua opção, saiba quais as possibilidades ainda em aberto:

ISCTE Business School

A escola de verão do ISCTE oferece cursos com a duração de três semanas, entre o início de junho e meados de agosto. Neste momento, e ainda que alguns já tenham atingido o número máximo de alunos, há seis cursos com as candidaturas abertas. É o caso dos cursos em international financial management, fixed income markets e energy and environmental economics. Começam todos no dia 1 de julho e terminam a 20 de julho, sendo que os dois primeiros são durante o horário da manhã e o último no horário da tarde.

Posteriormente, a 22 de julho, começam novas formações. Ainda há vagas para os cursos em innovationandcreativityin marketing, international business, ambos no horário da manhã, e entrepreneurial marketing, este no horário da tarde.

Católica Porto Business School

As aulas da summer school da Católica Porto Business School têm início a 22 de julho e terminam no dia 2 de agosto. As candidaturas ainda estão abertas, mas apenas para um dos cursos. De acordo com a instituição, ainda se aceitam candidaturas para o curso em marketing trends. No final destas duas semanas de formação, os alunos têm um certificado com a atribuição de 4ECTS.

Nova School of Business and Economics

Já a Nova School of Business and Economics (Nova SBE) ainda tem vagas para a summer school que organizou, pelo segundo ano consecutivo, em conjunto com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O curso, que aborda a gestão e organização de um evento futebolístico, tem início no dia 22 de julho e termina a 2 de agosto.

A summer school da Nova SBE “permitirá aos seus participantes vivenciar e compreender as tarefas de gestão necessárias à organização de um mega evento futebolístico – a Supertaça de 2019”, lê no site da universidade.FPF e Nova SBE

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