Avaliação das casas bate novo máximo. Está em 1.265 euros

A avaliação feita pelos bancos às casas no momento da concessão de financiamento às famílias voltou a aumentar em maio, batendo um novo recorde. O valor do metro quadrado sobe há 26 meses.

A avaliação feita pelos bancos às casas no momento da concessão de financiamento às famílias voltou a aumentar em maio, atingindo um novo recorde. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor do metro quadrado subiu pelo 26.º mês consecutivo, tocando nos 1.265 euros.

Entre abril e maio assistiu-se a um aumento de nove euros (0,7%) no valor da avaliação bancária, sendo que se a comparação for feita com maio do ano passado, verifica-se que o valor médio das avaliações cresceu 7,6%.

Avaliação bancária para a concessão de crédito bate novo recorde

Valores médios de avaliação bancária de habitação | Maio, 2019 | Fonte: INE

O maior aumento face a abril observou-se nos apartamentos, com o valor médio destas habitações a subiu dez euros para os 1.343 euros por metros quadrado, subindo seis euros (para uma média de 1.137 euros) nas moradias. Olhando para os valores em termos homólogos, verifica-se que os apartamentos estão 9% mais caros, enquanto a avaliação das moradias regista um agravamento de 5,9%.

Em maio, a nível regional, a maior subida para o conjunto da habitação registou-se na Região Autónoma dos Açores (1,8%), enquanto a descida mais acentuada observou-se na Região Autónoma da Madeira (-2,1%), depois de ter registado a maior subida em abril. Em termos homólogos, a maior subida verificou-se no Algarve (11,3%) e a menor na Região Autónoma dos Açores (3,1%).

Algarve lidera, Lisboa em segundo

No topo de tabela, com o valor médio de avaliação bancária mais elevado está a região do Algarve (1.655 euros por metro quadrado), à frente da Área Metropolitana de Lisboa com um montante médio de 1.539 euros por metro quadrado. Em terceiro aparece a Região Autónoma da Madeira com uma média de 1.333 euros por metro quadrado.

Já no que diz respeito aos valores médios mais baixos, no último lugar da tabela aparecem as regiões da Beira Baixa, com um valor médio de 876 euros por metro quadrado e a da Beira Baixa, com 874 euros por metro quadrado.

Avaliação bancária por regiões | Maio, 2019 | INE

(Notícia atualizada às 11h50 com mais informação)

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DGEG já recebeu 400 candidaturas para projetos de energia solar, sem contar com os leilões

Governo assegura que grandes projetos vão pagar os necessários investimentos para aumento de capacidade da rede, o que "desonerará os consumidores" e não terá impacto nas tarifas.

A procura para a produção de energia solar está a ser alvo de um súbito aquecimento. Só em junho, chegaram à Direção-geral de Energia e Geologia (DGEG) mais de 400 pedidos de atribuição de reserva de capacidade, totalizando um potencial de 16,5 gigawatt (GW) de produção energética. Estes são projetos que concorrem por capacidade de ligação à rede à margem dos leilões que o Executivo tem atualmente em curso — que irão distribuir 1400 MW de capacidade em julho — pelo que terão de investir fundos próprios para assegurar ligações à rede elétrica.

Além da aposta em centrais de média e grande dimensão — entre 10 a 200 megawatts (MW) — atribuídas por via dos leilões de potência solar, o Governo também decidiu permitir que outros interessados possam propor os seus próprios projetos, desde que os mesmos passem por investimentos diretos dos privados no reforço da rede, conforme explicou João Galamba, secretário de Estado da Energia, em meados de junho.

Questionado sobre a evolução destes pedidos, o Ministério do Ambiente e Transição Energética (MATE) avançou ao ECO que “o total de pedidos de reserva de capacidade entrados a partir de 4/06 e até 20/6 são em número de 400 com uma potência de ligação total de 16,5 GW”. Este total, todavia, já foi superado, assumiu a tutela, já que “existem pedidos entrados entre 21 e junho e o dia de hoje, via online, que não estão ainda contabilizados na totalidade”.

Apesar do elevado número de pedidos, a grande maioria destes dizem respeito a projetos de dimensão reduzida para aproveitamento solar. De acordo com a tutela, dos mais de 400 pedidos que deram entrada na DGEG, apenas 55 pedidos preveem investimentos em potências iguais ou superiores a 50 MW. Só estes 55 pedidos por capacidade de ligação totalizam um nível de produção potencial de 9,3 GW — ou seja, uma média de 170 MW por pedido.

“No que se refere a projetos com potência de ligação igual ou superior a 50 MVA, a DGEG registou 55 pedidos com um total de 9,3 GW”, referiu fonte oficial do ministério, salientando todavia que “neste momento ainda não é possível saber quantos pedidos vão ter reserva de capacidade, dado que ainda não foram recebidas respostas dos operadores de rede”.

A tutela explicou ainda que “neste caso estamos a falar de projetos que estão à luz da possibilidade de os interessados (promotores) poderem assegurar as infraestruturas de rede de que carecem, assumindo os encargos daí decorrentes e criando a capacidade no sistema para os projetos renováveis”. Esta é uma das razões para o MATE acreditar que a aceleração da procura por mais centrais solares não irá resultar numa subida nas tarifas finais dos consumidores — à conta de uma eventual obrigação da Rede Elétrica Nacional em reforçar investimentos para acompanhar o crescimento.

“A possibilidade de grandes projetos pagarem eles próprios os investimentos necessários na rede é um facto que desonerará os consumidores, já que são os promotores a assumir todo o investimento e não a REN”, explicou a tutela ao ECO.

Prazo para leilões prorrogado até 7 de julho

Portugal apresenta atualmente uma capacidade renovável de aproximadamente 6 GW de eólicas e 7 GW de hídricas, contando com menos de 1 GW de fonte solar, razão pela qual esta forma de geração de energia está no centro das políticas energéticas atuais. O objetivo passa por reforçar o leque renovável, retirando pressão sobre as fontes hídricas — chamadas muitas vezes a compensar índices menos intensivos de produção eólica.

Os avanços tecnológicos dos últimos anos reduziram os custos associados à energia solar, tendo o Governo decidido recentemente substituir a atribuição de licenças por sorteio por um mecanismo de leilões, pois o primeiro, além de excessivamente moroso, apenas previa licenças a preços de mercado o que, em contexto de muita procura como se verifica atualmente, não permitia maximizar os ganhos para os consumidores.

Assim, e através dos leilões, o MATE acredita que será possível concessionar estas centrais sem que tal acarrete custos para os contribuintes, devendo mesmo resultar em ganhos para estes — ao contrário do que aconteceu com a anterior vaga de atribuição de renováveis, que obrigou a subsidiação dos investimentos privados.

A primeira sequência destes leilões, que procura colocar um total de produção de 1.400 MW dividido em várias parcelas, está atualmente em curso, com várias entidades nacionais e internacionais a manifestarem interesse nos mesmos, tendo o Governo decidido na semana passada prolongar o prazo de apresentação de candidaturas até 7 de julho — inicialmente previsto correr até 30 de junho.

Neste primeiro leilão — e possivelmente nos próximos –, são poucos os lotes com uma capacidade superior a 200 MW, pelo que todos os interessados em projetos de maior dimensão devem avançar com pedidos diretos de atribuição de reserva de capacidade junto da DGEG. Além disso, há igualmente regras no procedimento para impedir que uma só entidade fique com mais de 50% da capacidade total a concurso e uma quota de mercado superior a 40%.

Ir avançando e calibrando

Com um forte crescimento na procura pela produção de energia de fonte solar, o plano do Executivo para esta fonte passa por ir ajustando a atribuição de licenças por diferentes vias à evolução do mercado. Dependendo de como evoluírem estes projetos, mas também da produção que for sendo gerada pelos sistemas de autoprodução e de produção descentralizada, o Governo ajustará as necessidades de produção a atribuir através de futuros leilões de energia solar.

A nossa estratégia é diversificada, sem colocar todos os ovos no mesmo saco. Apostamos em centrais de média e grande dimensão por via dos leilões, ou seja, entre dez MW e 200 MW, que é o tipo de projetos que poderão entrar no leilão, mas permitimos que à margem do leilão, e através de pedidos submetidos através da DGEG, investimentos diretos no reforço da rede”, explicou João Galamba, secretário de Estado da Energia, em meados de junho.

Estes “pedidos diretos”, que até meados deste mês já superavam os 400, contarão igualmente para as metas definidas pelo Governo. “Sim, estão todas interligadas. Temos a atribuição de licenças e pontos de rede via leilão e a revisão da legislação de autoconsumo e produção descentralizada e esta terceira via. Dependendo de como andem as outras duas, teremos de fazer mais ou menos leilões”, explicou Galamba.

“O objetivo é ter oito ou nove gigawatts em 2027 de energia solar e temos vários instrumentos para atingir a meta”, sublinhou o secretário de Estado na altura.

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Voo Pequim-Lisboa está de regresso (mas não é direto)

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

A Capital Airlines, da HNA, retoma a ligação entre a China e Portugal, mas o voo passará a contar com uma paragem técnica em Xi'an, no noroeste da China.

A Capital Airlines vai retomar, no final de agosto, o voo entre Pequim e Lisboa, com uma paragem técnica em Xi’an, no noroeste da China, confirmou a companhia aérea chinesa à Lusa.

Segundo fonte da empresa, a Administração da Aviação Civil da China já autorizou o voo, que arranca a 30 de agosto e vai substituir a ligação direta, entre Hangzhou, costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim, suspenso em outubro passado.

O voo vai ter três frequências por semana e ficará a cargo dos aviões Airbus A330, com capacidade máxima para 440 passageiros.

O pedido original às autoridades chinesas, feito no ano passado pela Capital Airlines, referia apenas dois voos por semana, com partida em Xi’an e chegada em Lisboa, excluindo Pequim da rota, uma decisão criticada pelas autoridades portuguesas.

Na altura, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, considerou a ligação a Pequim “muito importante”.

“Não temos nada a objetar, evidentemente, a que haja outras ligações aéreas, e quanto mais melhor, mas a ligação Pequim – Lisboa é muito importante, e esses foram os termos da iniciativa em que resultou o lançamento do voo”, lembrou.

“O seu potencial para o turismo e desenvolvimento das relações entre os povos [português e chinês] são evidentes, e ajudará muito às relações comerciais e de investimento”, acrescentou.

No primeiro ano que voou para Portugal, a Capital Airlines transportou mais de 80 mil passageiros, segundo dados da empresa. A taxa média de ocupação do voo fixou-se nos 80%, nos meses mais fracos, enquanto na época alta superou os 95%.

A Capital Airlines é detida em parte pelo grupo chinês HNA, que enfrenta uma grave crise de liquidez, depois de ter fechado 2017 com uma dívida de 598 mil milhões de yuan (cerca de 77 mil milhões de euros).

Em dezembro passado, no entanto, o outro acionista do grupo, a firma estatal Beijing Tourism Group, aumentou a sua participação na companhia aérea, através de uma injeção de capital e aquisição de parte das ações detidas pela HNA.

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Revista de imprensa internacional

Bolsonaro está debaixo de fogo após a detenção em Espanha de um membro da sua comitiva Presidencial, que transportava 39 quilos de droga. Esta e outras notícias marcam a atualidade internacional.

Os economistas estão a antecipar um corte dos juros pelo BCE já em setembro, que deverá ser sinalizado no final do mês que vem. Nos EUA, o regulador da aviação civil encontrou um novo potencial problema no Boeing 737 Max, cujo regresso ao mercado voltou a ser adiado. No Brasil, Bolsonaro está envolto em polémica após um escândalo de narcotráfico que envolve um oficial da Força Aérea, membro da comitiva Presidencial. Estas e outras notícias estão a marcar a atualidade internacional.

Bloomberg

BCE deverá sinalizar em julho corte nos juros em setembro

Mario Draghi reconheceu que se as perspetivas económicas não melhorarem, serão necessários mais estímulos do banco central. Agora, os economistas preveem que o BCE mude a linguagem no mês que vem, sinalizando após a reunião de 25 de julho uma eventual descida dos juros já em setembro, nomeadamente uma queda de dez pontos base, para os -0,5%, numa altura em que a taxa diretora já se encontra em mínimos. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Financial Times

Regulador encontra novo problema no software do Boeing 737 Max

A autoridade norte-americana da aviação civil encontrou uma nova potencial falha no software do Boeing 737 Max, o modelo que esteve envolvido recentemente em dois acidentes que resultaram na morte de centenas de passageiros. Os testes da Administração Federal da Aviação (FFA) às correções desenvolvidas pela Boeing mostraram que continuam a existir dúvidas em relação à fiabilidade do sistema, um resultado que deverá, uma vez mais, o regresso do avião da Boeing. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Expansión

CaixaBank e Sabadell devolvem 18,4 mil milhões ao BCE

O setor bancário europeu já anunciou a intenção de pagar 25,9 mil milhões de euros das distintas linhas de crédito do BCE no âmbito dos estímulos do quantitative easing. Desse valor, 71% diz respeito a bancos espanhóis e a janela de oportunidade expira esta quinta-feira. Só o CaixaBank e o Sabadell deverão devolver 18,4 mil milhões de euros à entidade liderada por Mario Draghi. Leia a notícia completa no Expansión (acesso gratuito, conteúdo em espanhol).

The Wall Street Journal

Bruxelas avança com injunção contra a Broadcom

A Comissão Europeia abriu uma investigação formal à gigante norte-americana Broadcom por alegadas práticas anticoncorrenciais e decidiu avançar com uma injunção contra a empresa, um instrumento judicial que impede automaticamente a companhia de continuar as práticas que estão a ser investigadas. Este mecanismo foi criado em 2003 e nunca tinha sido usado até agora. Em causa estão suspeitas de práticas como a definição de valores mínimos para as encomendas e obrigatoriedade de exclusividade nos contratos com a Broadcom, que produz componentes usados nos modems de internet e nas boxes de TV. A injunção surge numa altura em que a Comissão tem sido criticada pela lentidão dos processos. Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago).

CNN

Membro da comitiva de Bolsonaro apanhado com 39 quilos de droga

Um oficial da Força Aérea brasileira, que fazia parte da comitiva do controverso Presidente Jair Bolsonaro, foi detido em Sevilha (Espanha), depois de ter sido apanhado com 39 quilos de cocaína. A informação foi confirmada pelo Ministério da Defesa brasileiro. Bolsonaro viajava noutro avião e recorreu ao Twitter para pedir “a condenação” do sargento na Justiça. Apesar de Bolsonaro negar a relação com o oficial que foi detido, o caso representa mais um imbróglio para o novo Presidente brasileiro, que venceu as eleições com a bandeira do combate à criminalidade, nomeadamente o tráfico de droga. Leia a notícia completa na CNN (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Governo quer carros elétricos nas frotas das empresas públicas, mas tem de haver redução de custos

Executivo quer promover a aquisição e a locação de veículos de zero emissões por parte de setor empresarial do Estado, mas é necessário demonstrar a redução de encargos com esta opção.

O Governo quer que o setor empresarial do Estado também contribua para o objetivo da descarbonização das frotas. Assim, as empresas públicas vão poder comprar ou fazer aluguer de longa duração veículos veículos de zero emissões para a sua frota operacional, mas isso tem de estar previsto no seu plano de atividades e no orçamento. Além disso é necessário demonstrar que esta opção resulta numa redução de encargos com a frota automóvel.

“As empresas do setor empresarial do Estado podem adquirir ou locar veículos para a sua frota operacional, constituída pelo conjunto de veículos que se destinam a satisfazer as necessidades de transporte, específicas e diferenciadas, diretamente relacionadas com a missão e atividade principal das empresas, que sejam imprescindíveis à atividade da empresa, desde que estejam previstos nos respetivos planos de atividades e orçamento”, pode ler-se na resolução do Conselho de Ministro publicada esta quinta-feira em Diário da República.

Esta autorização estende-se também aos veículos destinados “a satisfazer as necessidades de transporte normais, para uso de representação, pessoal ou relacionadas com atividades de apoio ou suporte das empresas”.

Mas, seja qual for a utilização a dar aos carros é sempre necessário que demonstrar que os encargos com a compra ou aluguer estão incluídos nos respetivos planos de atividades e orçamento das empresas — salvo exceções que têm de ser devidamente autorizadas pelo Ministério das Finanças — e provar que haverá uma redução de encargos com a frota automóvel resultante do contrato a celebrar.

Além disso, as empresas também são obrigadas a dar informação detalhada no que respeita à comparação de encargos de uma nova aquisição com os veículos a abater e demonstrar “a vantagem económica da aquisição” em relação à contratação em regime de aluguer operacional de veículos.

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CMVM está atenta à transferência de João Félix

  • ECO
  • 27 Junho 2019

O Benfica poderá ter de prestar mais esclarecimentos financeiros ao mercado sobre a transferência de João Félix. A CMVM está atenta ao negócio.

Tal como o Fisco, também a CMVM está a apertar a malha aos negócios no futebol — mais concretamente ao negócio entre o Atlético de Madrid e o Benfica para a transferência do jovem jogador João Félix. De acordo com o Correio da Manhã (acesso condicionado), a “polícia” da bolsa está “a acompanhar de perto a evolução” deste dossiê. E o Benfica, para além de ter comunicado a operação esta quarta-feira, vai ter de prestar mais esclarecimentos à entidade liderada por Gabriela Figueiredo Dias.

Em causa está a complexidade da operação, uma vez que o Atlético de Madrid vai pagar 126 milhões por João Félix, a prestações, mas o Benfica só recebe 120 milhões, e a pronto. De acordo com o matutino, os espanhóis vão recorrer a um crédito bancário de 70 milhões de euros e a outra tranche em cash para pagar ao Benfica, sendo que os seis milhões acima do valor da cláusula de rescisão no contrato de João Félix incluem 1,2 milhões que serão transferidos para o FC Porto, como recompensa pela formação do jogador, ao abrigo do mecanismo de solidariedade.

Esta quarta-feira, o Benfica comunicou à CMVM que “o Club Atlético de Madrid, SAD apresentou uma proposta para a aquisição a título definitivo dos direitos desportivos do jogador João Félix Sequeira por um montante de € 126.000.000 (cento e vinte seis milhões de euros), a qual se encontra a ser analisada”. O montante inclui “o custo financeiro indexado ao pagamento a prestações previsto nesta proposta”, fazendo com que o “o valor líquido a receber do Atlético de Madrid na data da transferência dos direitos desportivos” seja de 120 milhões de euros, lê-se no comunicado.

O futebol passa, assim, a estar na mira das autoridades portuguesas. Isto depois de, no final da semana passada, o Jornal Económico ter revelado que a Autoridade Tributária e Aduaneira vai reforçar a inspeção aos negócios de futebol, entre outros.

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PS e PSD arriscavam transformar PGR na “Rainha de Inglaterra”

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

A ex-procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, disse que as propostas chumbadas do PS e do PSD punham em causa a autonomia do MP e transformariam a PGR na "Rainha de Inglaterra".

A ex-procuradora-geral da República (PGR) Joana Marques Vidal reconheceu esta quarta-feira que, caso as propostas parlamentares de alteração do Estatuto do Ministério Público fossem aprovadas, o PGR seria transformado, finalmente, na “Rainha de Inglaterra”.

Recuperando, com ironia, uma imagem utilizada por Pinto Monteiro (seu antecessor) para justificar a alegada falta de poderes do PGR, Joana Marques Vidal precisou aos jornalistas no final da conferência Como Combater a Corrupção sem Autonomia que essa comparação tinha a ver com as alterações ao Estatuto do MP apresentadas pelos grupos parlamentares e não com a proposta do Governo, com a qual em linhas gerais concorda.

Numa sessão realizada em Lisboa, em que criticou as propostas avançadas pelo PSD e PS, Joana Marques Vidal adiantou que caso todas as alterações fossem efetivamente levadas à letra da lei, estariam a retirar o poder ao PGR de propor a nomeação dos cargos dirigentes dos departamentos de investigação criminal, incluindo do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que trata dos processos ligados à corrupção e restante criminalidade económico-financeira mais grave e complexa.

A ex-PGR alertou que tais propostas levariam a uma transferência de competências nessa matéria do PGR para o Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), “confundindo competências que tem que ser necessariamente separadas”. Joana Marques Vidal falava pouco antes das propostas de alteração à composição do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) feitas pelo PS e pelo PSD terem sido chumbadas em sede de comissão parlamentar, sendo aprovada a proposta do Governo.

No entender de Joana Marques Vidal, o PGR tem de continuar a ser o responsável pela direção da atividade funcional e hierárquica do Ministério Público (MP) e o CSMP responsável pela avaliação de mérito, pelo poder disciplinar e pela gestão de quadros (colocação de magistrados mediante regras).

“Qualquer proposta que altere este equilíbrio de poderes e confunda as competências de certa forma põe em causa um modelo que é um modelo de equilíbrio de poderes”, declarou Joana Marques Vidal, notando que as propostas parlamentares levariam a um “desequilíbrio”, afetando o funcionamento interno do MP.

A ex-PGR acrescentou que “mais grave do que isso” seria o facto de tais propostas parlamentares permitirem a “possibilidade de uma eventual interferência do poder político naquilo que é a gestão processual e a atividade do MP, pondo em causa a autonomia [do MP]”, e, dessa forma, também a independência dos tribunais. Tudo somado, concluiu, poria em causa o “princípio da separação de poderes num Estado de Direito Democrático”.

Joana Marques Vidal admitiu, em contrapartida, que a proposta de aditamento que o PS apresentou na terça-feira terá resolvido na generalidade a questão do paralelismo entre a magistratura judicial e do MP, designadamente em matéria remuneratória, mas vincou que o paralelismo não se resume às questões salariais, pois tem também a ver com autonomia e independência.

A ex-PGR considerou que só a proposta do grupo parlamentar PCP assegura a autonomia financeira do MP, indo mais longe do que a própria proposta do Governo que prevê a autonomia financeira da Procuradoria-Geral da República.

Um dia após a divulgação do relatório do GRECO (Grupo de Estados contra a Corrupção) que coloca Portugal entre os países com menor taxa de implementação de medidas anticorrupção, Joana Marques Vidal aproveitou para lembrar que este órgão do Conselho da Europa recomenda há anos que seja atribuída autonomia financeira ao MP, tarefa ainda por realizar no caso português. “É preciso uma visão sistémica e integrada da autonomia do MP”, defendeu, na conferência, a ex-PGR.

No encontro esta quarta-feira, com a presença de centenas de magistrados do MP que estiveram em greve, intervieram ainda o diretor do DCIAP, Albano Pinto, e os jornalistas Eduardo Dâmaso e João Miguel Tavares. Albano Pinto, que iniciou funções há cinco meses no DCIAP, considerou que a proposta parlamentar do PS coloca em causa a autonomia do DCIAP, retirando-lhe capacidade operacional e controlo de meios humanos e técnicos.

“Se querem efetivamente combater a corrupção e o branqueamento de capitais, seria útil e importante atribuir ao DCIAP essa autonomia financeira”, enfatizou.

O diretor do DCIAP criticou também o artigo da proposta do PS sobre “dever de colaboração” que impõe que o MP para aceder a documentação e a informações de entidades públicas tenha que justificar o motivo, o que na prática levaria a que se soubesse o que estava a ser investigado e contra quem.

“O MP não requisita documentos por requisitar, fá-lo em nome da lei”, vincou num debate em que o jornalista Eduardo Dâmaso apontou a falta gritante de meios humanos na Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária, uma polícia cuja colaboração é fundamental para o MP na investigação da corrupção e da grande criminalidade económico-financeira.

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Benfica sobe 2,6% com negócio de João Félix. Bolsa de Lisboa segue em alta

O clube dos encarnados anunciou esta quarta-feira que a proposta pelo jogador de 19 anos foi oficializada e as ações reagem em alta. Por todo o mercado acionista português, o sentimento é positivo.

O maior negócio de sempre do futebol português está prestes a acontecer. O Atlético de Madrid fez uma proposta ao Benfica de 120 milhões de euros pelo jogador João Félix, que está a ser analisada pelo clube. Enquanto não há decisão, os investidores aplaudiram a proposta e as ações encarnadas valorizam 2,64% para 3,11 euros na abertura da bolsa de Lisboa.

O Benfica é a cotada que mais sobe no PSI-Geral, enquanto o índice de referência nacional, o PSI-20, abriu a ganhar 0,18% para 5.088,53 pontos. O setor do papel e pasta de papel está a impulsionar, com a Semapa a disparar 1,14% para 12,48 euros por ação, a Navigator a somar 1,03% para 3,34 euros e a Altri a ganhar 0,83% para 6,08 euros.

Em sentido contrário, a energia trava os ganhos. A EDP Renováveis perde 0,67% para 8,92 euros e a EDP cede 0,36% para 3,32 euros. Já a Galp Energia perde 0,59% para 13,41 euros, a reagir às correções no preço do petróleo, numa altura em que o brent cede 0,66% em Londres para 66,05 dólares por barril e o crude WTI perde 0,62% para 59,01 dólares em Nova Iorque.

Apesar destas perdas, Lisboa está a acompanhar a tendência de ganhos das principais praças europeias e asiáticas. O sentimento positivo está a ser influenciado por uma notícia que os EUA e a China terão chegado a um acordo que estabelece tréguas na guerra comercial antes do encontro entre os Presidentes Xi Jinping e Donald Trump, este fim de semana à margem da cimeira do G20.

O índice pan-europeu Stoxx 600 abriu a ganhar 0,1%, enquanto o alemão DAX sobe 0,5%, o francês CAC 40 avança 0,1%, o italiano FTSE MIB soma 0,39% e o britânico FTSE 100 ganha 0,1%. O espanhol IBEX 35 abriu flat.

O regresso do apetite dos investidores por ativos de risco levou a uma desaceleração na procura por dívida. Os juros das obrigações soberanas na Zona Euro segue, assim, em ligeira alta. A yield das Bunds alemãs a dez anos sobem 2,5 pontos para -0,278%, enquanto a yield dos títulos portugueses com a mesma maturidade avança dois pontos para 0,497%.

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Enfermeiros voltam à greve a partir de terça-feira

  • Lusa
  • 27 Junho 2019

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) anunciou uma greve geral de enfermeiros a partir da próxima terça-feira.

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) anunciou uma greve geral a partir de terça-feira, considerando que, apesar da abertura da tutela, os maiores problemas do setor continuam por resolver. Depois de se ter reunido com a ministra da Saúde na quarta-feira, o Sindepor apelou a todos os enfermeiros, bem como das restantes estruturas sindicais, para que apoiem esta paralisação, que vai decorrer entre os dias 2 e 5 de julho.

Na reunião com a ministra Marta Temido foram debatidos o estabelecimento da nova quota de 620 enfermeiros especialistas em 2019, nos locais onde se verifique carência destes profissionais, a aplicação em julho da nova carreira aprovada em maio, a avaliação de desempenho e a negociação no Acordo Coletivo de Trabalho.

Quanto à quota de 25% para a carreira de especialistas, o sindicato manifestou-se preocupado e disse ter recebido da tutela a garantia de este ser “apenas um número de referência” e que as situações terão de ser avaliadas “caso a caso”, com abertura do Governo para “ajustes pontuais”.

O Sindepor manifestou-se também insatisfeito com a nova carreira e apresentou ainda as suas preocupações com a transição destes profissionais. Quanto a esta matéria, a estrutura sindical diz que a tutela garantiu o “respeito pelo despacho de 2018 de descongelamento das carreiras antes da inclusão na atual”. Outra das reivindicações do sindicato tem que ver com o descongelamento dos Contratos de Trabalho em funções Públicas (CTFP) que transitaram em 2011, 2012 e 2013.

O sindicato considera a situação atual injusta, diz que não entende o facto de enfermeiros que estavam “corretamente posicionados” estarem agora “a ser obrigados a ver as suas corretas progressões anuladas” e anunciou que pretende avançar para um processo judicial.

O tratamento igualitário necessário para os CTFP e os Contratos individuais de Trabalho (CIT), “à semelhança do acordo realizado na Madeira e nos Açores que se encontra em fase final de negociação”, foi outra das matérias abordadas pelo Sindepor, assim como o processo de avaliação de desempenho pelo SIADAP, de que o sindicato discorda, designadamente pela forma como está a ser aplicado.

Após a reunião, apesar de reconhecer ter notado “alguma abertura da tutela” em resolver “determinadas situações”, o Sindepor considerou que os problemas maiores se mantinham e, por isso, avançou para uma greve na próxima semana.

No início de junho, o Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) admitiu hoje que estes profissionais pudessem avançar para a greve em julho devido ao impasse nas negociações sobre o acordo coletivo de trabalho dos enfermeiros.

A greve da próxima semana convocada pelo Sindepor vai coincidir com a paralisação dos médicos agendada para os dias 2 e 3 de julho.

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Deco exige mais fiscalização às empresas de trotinetas

  • ECO
  • 27 Junho 2019

A Associação de Defesa do Consumidor enviou cartas ao IMT a denunciar problemas e a pedir mais regulamentação às empresas de trotinetas elétricas.

A Deco pediu mais regulamentação e fiscalização à atividade de aluguer de trotinetas em Lisboa, depois de ter detetado falhas que, em alguns casos, desresponsabilizam operadores em detrimento dos utilizadores.

“A fiscalização falhou” por parte do Instituto da Mobilidade e dos Transportes e da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, a quem a Deco já enviou cartas a alertar para as “falhas bastante graves” que encontrou, disse à agência Lusa Paulo Fonseca, coordenador do departamento jurídico da associação.

A Deco defendeu que “há mais a fazer” e que “é fundamental criar regulamentação local, como o Porto já propôs, com regras de partilha do espaço público” na capital. Para a Associação para a Defesa do Consumidor, o número de trotinetas deve ser “regulamentado em função do espaço disponível e das necessidades dos cidadãos”, assim como os operadores “obrigados a repor veículos” sempre que criem obstáculos à passagem de cidadãos ou de outros veículos.

Por se tratar de um meio suave de transporte, com vantagens ambientais, as trotinetas, sugeriu, devem localizar-se em locais onde haja ligações a outros transportes públicos e os custos associados à sua utilização incluídos nos passes únicos, que entraram em vigor em abril na Área Metropolitana de Lisboa.

A Deco analisou as plataformas eletrónicas dos nove operadores de aluguer de trotinetas da cidade de Lisboa e concluiu que “a grande maioria tinha falhas bastante graves em termos de informação” relacionadas com o cumprimento da legislação. Paulo Fonseca deu como exemplos a falta de informação sobre o seguro de acidentes pessoais e de responsabilidade civil, de contacto telefónico das operadoras ou de meios de pagamento.

A associação de defesa do consumidor detetou também problemas na relação contratual entre operadores e consumidores, cujos termos, em alguns casos, estavam disponíveis apenas em inglês. “Os operadores faziam um mero copy/paste de condições gerais existentes nos Estados Unidos da América, sem as adaptar à realidade portuguesa, ou se desresponsabilizavam dos riscos e perigos, imputando-os aos condutores”, exemplificou.

A Deco reuniu-se com todos os operadores que, por sua vez, ou resolveram ou se comprometeram a resolver as falhas detetadas, sendo o “balanço é positivo”.

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Hoje nas notícias: Benfica, Fisco, TAP e Siresp

  • ECO
  • 27 Junho 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A proposta do Atlético de Madrid para comprar o jogador João Félix ao Benfica é a notícia do dia e o supervisor dos mercados financeiros está a acompanhar a transação. O Governo vai rever os prémios de produtividade que os trabalhadores do Fisco e está a negociar a ajuda da Igreja para o alojamento de universitários. Ainda nas manchetes dos jornais, o presidente da TAP, Antonoalvo Neves, adiou uma audição no Parlamento para reunir com a Airbus, enquanto as melhorias na rede SIRESP poderão custar ao Estado entre 20 milhões e 25 milhões de euros aos cofres públicos.

Supervisor da bolsa vigia negócio de João Félix

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) está a acompanhar a transferência do jogador de futebol João Félix do Benfica. O clube encarnado anunciou ao mercado, esta quarta-feira à noite, que o Atlético de Madrid fez uma proposta de 126 milhões de euros pelo passe do jogador de 19 anos. O pagamento seria feito a prestações, mas o Benfica exige 120 milhões de euros a pronto e diz que está a “analisar” a proposta. Esta poderá vir a ser o maior negócio de sempre do futebol português e o quarto maior a nível mundial. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso livre).

Governo quer rever bónus dos trabalhadores do Fisco

O Governo vai rever os prémios de produtividade que os trabalhadores do Fisco recebem e que é pago com uma parte da cobrança coerciva arrecadada. No entanto, o Executivo garante que os trabalhadores da Autoridade Tributária — que estão em greve — não vão perder remuneração. Esta proposta de alteração dos suplementos de produtividade surge na revisão de carreiras que o Governo e a Autoridade Tributária apresentaram aos sindicatos. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

“Reunião inadiável” leva TAP a cancelar ida ao Parlamento

O presidente da TAP, Antonoalvo Neves, tinha uma audiência marcada na Assembleia da República (que havia sido pedida pelo Bloco de Esquerda), mas acabou por desmarcar. A razão para o pedido de adiamento, até agora desconhecida, terá sido uma “reunião inadiável” com a Airbus. Este encontro entre a transportadora aérea e a fabricante aeronáutica surge depois de episódios de indisposição a bordo de voos operados nos novos A330Neo da TAP, situação sobre a qual a Airbus descartou quaisquer responsabilidades. Leia a notícia completa no I (link indisponível).

Melhorar o SIRESP pode custar mais 25 milhões de euros

Tornar a rede de comunicações de emergência do Estado numa rede mais moderna e segura pode custar entre 20 milhões e 25 milhões de euros aos cofres públicos, concluiu o grupo de trabalho que esteve a analisar o SIRESP para propor soluções para o futuro do sistema. A empresa vai passar para o controlo estatal no final deste ano, mas o atual contrato de fornecimento de serviços com a Altice e a Motorola só termina daqui a dois anos. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Igreja entra no mercado do alojamento universitário

Numa altura em que o Governo já tem em curso o Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES), que visa duplicar o número de camas a preços acessíveis para estudantes deslocados do ensino superior, a Igreja Católica poderá entrar nos planos. O Governo está a negociar com dioceses e seminários a possibilidade de acolherem estudantes já no próximo ano letivo e o Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, já se reuniu com os bispos do Porto, Aveiro e Lamego. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

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Melhorar SIRESP pode custar até 25 milhões de euros

  • ECO
  • 27 Junho 2019

O grupo de trabalho que analisou o SIRESP a pedido do Governo concluiu que a rede precisa de melhorias significativas. Implementar as recomendações pode custar até 25 milhões de euros.

Tornar a rede de comunicações de emergência do Estado numa rede mais moderna e segura pode custar entre 20 e 25 milhões de euros aos cofres públicos, concluiu o grupo de trabalho que esteve a analisar o SIRESP para propor soluções para o futuro do sistema. A empresa vai passar para o controlo estatal no final deste ano, mas o atual contrato de fornecimento de serviços com a Altice e a Motorola só termina daqui a dois anos.

O relatório, elaborado pelo Instituto de Telecomunicações a pedido do Governo, inclui 47 recomendações para o futuro desta rede, que entrou na agenda pública depois das falhas registadas durante o grande incêndio em Pedrógão Grande, que matou mais de 60 pessoas em 2017. Desde então, o Estado tem sido pressionado a garantir a qualidade e o pleno funcionamento da infraestrutura, mesmo em situações de catástrofe. A pressão levou o Governo a comprar a totalidade do capital da empresa, por sete milhões de euros.

Apesar de o Executivo reiterar que os portugueses “podem confiar” no SIRESP, o grupo de trabalho aponta que, tal como a rede está, não é segura, sobretudo “em situações extraordinárias”, noticia o Público (acesso condicionado). Em causa está o facto de ser constituída por estruturas “muito vulneráveis” e que não permitem atualizações muito significativas ao nível tecnológico no futuro pós-Altice e Motorola.

A segurança do SIRESP não está em conformidade com os requisitos, adotados a nível internacional,

Relatório do grupo de trabalho que analisou a rede SIRESP

O jornal cita mesmo o relatório do grupo de trabalho, que não deixa dúvidas quanto à necessidade de melhorias na rede de comunicações pública: “A segurança do SIRESP não está em conformidade com os requisitos, adotados a nível internacional, exigíveis a sistemas de radiocomunicações de proteção pública e recuperação de desastre, utilizados para o cumprimento de operações de proteção civil, de segurança interna ou de planeamento civil de emergência, em especial em situações extraordinárias”, lê-se no documento consultado pelo Público.

O grupo recomenda, entre outras coisas, a criação de uma rede de cabos de fibra ótica enterrados ou o uso de feixes hertzianos, que são ligações via ondas eletromagnéticas muito direcionadas ponto a ponto. Tudo somado, as melhorias sugeridas, que se traduzem em investimentos profundos na estrutura e infraestrutura, poderão custar ao Estado até 25 milhões de euros.

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