EDP sobe 2% e lidera ganhos em Lisboa

Elétrica tem em curso um aumento de capital de mil milhões de euros para financiar aquisição da espanhola Viesgo. Ações subiram pela terceira sessão consecutiva, mantendo a bolsa em terreno positivo.

A EDP subiu 2% esta sexta-feira e liderou os ganhos na bolsa de Lisboa. Foi a terceira sessão de ganhos para a elétrica portuguesa, que surge numa altura em que prepara uma operação de aumento de capital no valor de mil milhões de euros para financiar a aquisição da espanhola Viesgo.

O PSI-20, o principal índice português, subiu 0,26% para 4.479,77 pontos, com a EDP em grande destaque: valorizou 2,10% para 4,565 euros. A empresa liderada interinamente por Miguel Stilwell d’Andrade publicou esta quinta-feira o prospeto da operação: arranca dia 23, sendo que dia 20 de julho é o último em que as ações da empresa negoceiam em bolsa antes do destaque dos direitos.

EDP lidera ganhos em Lisboa

Quanto à EDP Renováveis, depois de ter fechado em máximos históricos na sessão anterior, fechou esta sexta-feira sem registar qualquer variação, mantendo-se assim nos 13,80 euros.

Foram sete cotadas que terminaram o dia em alta, com nota ainda para as ações dos CTT e do BCP: somaram 1,11% e 0,55, respetivamente.

Do lado negativo, os pesos pesados Jerónimo Martins e Galp fecharam em baixa de 0,40% e 0,48%.

Lisboa acompanhou os ganhos ligeiros verificados nas principais praças europeias. Apenas o índice francês CAC-40 cedeu cerca de 0,40%. O Euro Stoxx 600 somou cerca de 0,14%, enquanto as bolsas Madrid, Milão e Frankfurt registaram ganhos entre 0,2% e 0,6%.

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Fim das limitações nos transportes públicos? “Não vejo motivo para alterar o que está definido”, diz ministra da Saúde

A ministra reitera é necessário ter "a maior das cautelas na apreciação de quaisquer alternativas".

Depois de Pedro Nuno Santos indicar que seria equacionada a possibilidade de acabar com as limitações à lotação dos transportes públicos, Marta Temido reiterou que não via “motivo para alterar o que está definido”. Apesar de admitir que as “recomendações das autoridades de saúde têm um caráter evolutivo”, a ministra reitera é necessário ter “a maior das cautelas na apreciação de quaisquer alternativas”, na conferência de imprensa sobre a situação da pandemia.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação justificou a possibilidade com a ausência de relação entre o uso de autocarros, comboios ou metro e surtos de Covid-19. Questionada sobre as declarações de Pedro Nuno Santos, a ministra da Saúde admitiu que “há estudos que dizem que não há causalidade direta entre o uso de transportes públicos e o contágio”, mas apelou à cautela.

Marta Temido apontou que as autoridades têm sido “muito cuidadosas” com a concentração de pessoas em espaços fechados, “porque aumenta a exposição ao risco”. “Sendo o transporte público um espaço onde se acumula um número significativo de pessoas num espaço fechado, naturalmente esse é um tema que suscita preocupação”, completou.

Para além disso, a ministra referiu que esta “é uma daquelas regras que outros países também estão a utilizar”, pelo que é necessário “ter tudo isso em análise numa eventual alteração das medidas”. Já Pedro Nuno Santos, em entrevista à TSF, sublinhou que Portugal é “dos poucos países da Europa onde há restrições à lotação dos transportes públicos”.

Sindicatos contra eventual fim do limite de lotação nos transportes

Sindicatos dos trabalhadores dos transportes públicos manifestaram-se esta sexta-feira contra um eventual fim do limite de lotação, admitido pelo Governo, e defenderam um reforço da oferta, assim como o fim do ‘lay-off’ de alguns operadores privados.

Questionados pela agência Lusa, os sindicatos reagiram desta forma a declarações do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que em entrevista à TSF admitiu acabar com o limite de lotação nos transportes públicos, atualmente em 2/3 da sua capacidade.

“Espero que essa intenção não se concretize. Temos a certeza de que um dos veículos do vírus é a sobrelotação dos transportes”, afirmou à Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

A sindicalista que representa sobretudo os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa considera que “não faz sentido proibir ajuntamentos e achar depois que o vírus é seletivo e que não entra dentro dos transportes públicos”. “Aquilo que existe é uma dificuldade do Governo em admitir que tem dificuldade em obrigar os operadores privados a reporem a oferta a 100%”, apontou.

No mesmo sentido, o sindicalista Manuel Leal, que representa os trabalhadores da Carris, alerta para a “oferta reduzida” que existe nos transportes públicos, defendendo o seu reforço, bem como o fim do ‘lay-off’ de algumas empresas.

“É particularmente grave a situação que se vive, em que temos uma oferta de transportes muito reduzida. Para nós, são ilegais as situações de ‘lay-off’ que se verificam, quando o Governo devia garantir o distanciamento social entre os passageiros”, sublinhou.

Na entrevista que deu à TSF, o ministro Pedro Nuno Santos afirmou que “é impossível controlar se os limites estão a ser respeitados” e afirma que “transportes públicos não são o maior problema no contágio da covid-19”.

(Notícia atualizada às 16h55)

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PSD recua em proposta que pretendia debater estado de sítio ou emergência em 41 minutos

  • Lusa
  • 17 Julho 2020

Proposta de alteração ao regimento do parlamento para que a autorização do estado de sítio ou de emergência fosse debatida em apenas 41 minutos foi retirada após críticas da maioria dos partidos.

O PSD recuou esta sexta-feira, depois de críticas da maioria dos partidos, numa proposta de alteração ao regimento do parlamento para que a autorização do estado de sítio ou de emergência fosse debatida em apenas 41 minutos.

Este foi um dos pontos que mais discussão gerou na reunião de hoje do grupo de trabalho que está a debater as propostas de alteração ao regimento da Assembleia da República, e que deixou para terça-feira de manhã a análise das propostas de PS e PSD alteração do atual modelo de debates quinzenais com o primeiro-ministro, que promete ser o tema mais polémico.

O atual regimento prevê que o debate sobre o estado de sítio ou de emergência “não pode exceder um dia” e estabelece tempos de uma hora para a intervenção do Governo e 30 minutos para cada grupo parlamentar.

O PSD sugeria que o executivo passasse a ter 10 minutos, os dois maiores grupos parlamentares cinco minutos, os terceiro e quarto partidos quatro minutos, os restantes grupos parlamentares três minutos e os deputados únicos representantes de partido dois cada um, o que totalizaria, com a atual composição da Assembleia da República, 41 minutos de debate.

“Esta proposta não faz nenhum sentido e é até um absurdo. Que decisão mais grave pode tomar o parlamento senão autorizar o estado de sítio e de emergência?”, questionou o líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, considerando a proposta “uma falta de consideração” pelo parlamento.

O deputado recordou que, quando foi decretado o recente estado de emergência devido à covid-19, os partidos acordaram num debate curto apenas por se tratar de uma pandemia, mas manifestou-se totalmente contra que tal ficasse expresso no regimento.

O deputado do PCP António Filipe admitiu uma alteração ao que prevê o regimento – dizendo que a norma atual é muito ‘vintage’, pelos tempos excessivos -, mas mais flexível, e também o deputado do BE José Manuel Pureza se insurgiu contra a proposta do PSD.

Também a líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real, considerou “manifestamente imprudente” esta limitação, enquanto André Ventura considerou a declaração do estado de emergência “uma das matérias mais gravosas” sobre as quais o parlamento pode decidir.

Pelo PSD, a deputada Catarina Rocha Ferreira assegurou que a intenção do PSD “não é reduzir a democracia, mas encontrar consensos”.

“Não prescindimos do princípio da proporcionalidade, mas admitimos uma solução em que se remeta para uma grelha a definir pela conferência de líderes”, afirmou.

A mesma solução poderá vir a ser adotada quanto a outras propostas sociais-democratas que detalhavam os tempos de intervenções das bancadas e deputados em vários tipos de debates em plenário ou em comissão, diferenciando-os em função da representatividade de cada partido.

“Talvez, em nome do consenso alargado, o regimento possa apenas refletir que deve ser a conferência de líderes a definir os tempos por legislatura”, sugeriu o deputado do PS e coordenador do grupo de trabalho, Pedro Delgado Alves, avisando, contudo, que esta opção não garante tempos mínimos de intervenção às menores forças políticas.

Algumas bancadas fizeram já uma apreciação global negativa do processo de revisão em curso do regimento, com Telmo Correia a criticar o que diz ser uma valorização global dos tempos de intervenção do “bloco central”, referindo-se a PS e PSD.

“A anterior revisão consagrou uma série de direitos, mais debates, mais fiscalização. O que está aqui proposto globalmente – e PS e PSD assumirão essa responsabilidade – é um espírito de retrocesso em relação à democracia e a democracia é mais importante que a proporcionalidade”, acusou, considerando “um mistério” porque é que o maior partido da oposição tomou a dianteira neste processo.

Também José Manuel Pureza considerou tratar-se de “uma escolha política de PS e PSD” e deixou uma ironia: “Estas declarações de fidelidade absoluta do PS e do PSD ao princípio da proporcionalidade fica para memória futura quando se discutir daqui a algum tempo a lei eleitoral”.

Também Inês Sousa Real falou em “retrocesso” para qualificar o atual processo, enquanto o deputado único Cotrim Figueiredo alertou para o perigo de o futuro regimento ser pouco flexível e ficar “rapidamente datado”.

“É novamente um regimento desincentivador da existência de deputados não inscritos”, lamentou a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira, acusando PS e PSD de “tentativa de hegemonia”.

Pedro Delgado Alves salientou que o parlamento tem convivido com “uma desproporcionalidade que vai muito para além do razoável”, já que um grupo parlamentar com dois deputados tem, na maioria dos debates, o mesmo tempo de uma bancada com 108.

“Não podemos fazer tábua rasa de um princípio da Constituição, o princípio da proporcionalidade”, defendeu Catarina Rocha Ferreira, o que levou Telmo Correia a ironizar que o parlamento tem vivido todos estes anos na inconstitucionalidade.

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Jorge Jesus vai treinar o Benfica nas próximas três épocas, avançam a TVI e RTP

O técnico de 65 anos decidiu abandonar o Flamengo para abraçar um novo projeto no Benfica. Esta será a segunda passagem de Jorge Jesus pelo emblema da Luz.

Após cinco anos, Jorge Jesus deverá estar de volta ao Benfica. A TVI e a RTP avançam, esta sexta-feira, que o técnico português chegou a acordo com o emblema da luz para as próximas três épocas.

De acordo com o canal público, o treinador de 65 anos passará a auferir quatro milhões de euros líquidos por época – 12 milhões no conjunto das três temporadas – e, além disso, convenceu o emblema encarnado a “abrir mão” de uma das suas principais exigências: trazer toda a sua equipa técnica para a capital portuguesa. Uma decisão que terá sido fundamental para convencer Jorge Jesus a trocar o Flamengo pelo Benfica este verão.

Porém, a TVI adianta ainda que o clube presidido por Luís Filipe Vieira terá de pagar a rescisão de contrato do treinador português com o Flamengo, que se situa nos dois milhões de euros. Esta situação deve-se ao facto do emblema carioca ter renovado o vínculo de Jorge Jesus no início do mês passado.

Confirmando-se esta mudança do Brasil para Portugal, o treinador regressa às ‘águias’ para preencher o lugar deixado por Bruno Lage, que não conseguiu aguentar os consecutivos maus resultados e os protestos dos adeptos benfiquistas.

Desde a sua chegada em junho de 2019, Jorge Jesus conquistou um total de seis títulos ao serviço dos ‘rubros-negros’ em apenas 13 meses. O técnico venceu o Campeonato Brasileiro, Supertaça do Brasil, Taça Libertadores, Supertaça Sul-americana, a Taça Guanabara e, mais recentemente, o Campeonato Carioca.

De recordar que o timoneiro português saiu do Benfica no verão de 2015 para assinar com o rival da segunda circular, o Sporting. Durante a sua estadia em Alvalade, Jorge Jesus juntou ao seu palmarés uma Supertaça Cândido Oliveira e uma Taça da Liga. Em 2018, o técnico rumou ao estrangeiro pela primeira vez para comandar o Al Hilal, que atua na Liga Saudita.

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Microsoft vai eliminar 1.000 postos de trabalho

A gigante tecnológica fechou o ano fiscal e, de acordo com fontes da empresa, está a fazer uma reavaliação do negócio. Despedimentos poderão acontecer após decisão de fechar lojas físicas.

A Microsoft prepara-se para cortar cerca de mil postos de trabalho. A decisão foi tomada na transição para o ano fiscal de 2021, que começou a 1 de julho, avança o Business Insider (acesso pago, conteúdo em inglês). O jornal aponta fontes da empresa, que referem que a necessidade de “reavaliar o negócio”.

No final de março, a Microsoft empregava 156.439 pessoas, por isso os cortes agora anunciados representam um impacto equivalente a 0,64% na força de trabalho. A tecnológica não revelou em que países ou departamentos vão decorrer estes cortes. O ECO/Pessoas contactou a Microsoft em Portugal para perceber se o país estaria abrangido, mas a empresa não comentou a notícia.

Recentemente, a Microsoft também reduziu dezenas de postos de trabalho no portal de notícias MSN, devido à transição para um algoritmo de inteligência artificial para gerar conteúdo.

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Além dos despedimentos, o final de junho, a empresa já tinha anunciado uma outra “mudança estratégica”. Decidiu encerrar todas as 83 lojas físicas da marca a nível global. A única exceção serão quatro “lojas” que se manterão de portas abertas, mas mesmo estas serão alvo de remodelação e deixarão de vender produtos.

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Mais três mortes e 312 novos de Covid-19. 75% na região de Lisboa e Vale do Tejo

Foram identificados 312 novos casos de contágio pelo coronavírus em Portugal nas últimas 24 horas. Número total de pessoas infetadas sobe para 48.077.

Portugal registou 312 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 48.077 o número de infetados desde o início da pandemia. Trata-se de uma taxa de crescimento diária de 0,65%. Nas últimas 24 horas morreram mais três pessoas com a doença, de acordo com a última atualização ao boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS). A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a concentrar o maior número de novas infeções, com 75,6% do total.

Até ao momento morreram 1.682 pessoas com a doença e contam-se 32.790 casos de recuperação, mais 314 que no balanço anterior. Há ainda 1.735 pessoas a aguardar resultados laboratoriais e mais de 35 mil sob vigilância das autoridades de saúde.

Do número total de infetados, a maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que apenas 447 estão internados (menos 29 do que ontem), dos quais 67 se encontram nos cuidados intensivos (menos cinco do que no balanço anterior).

Boletim epidemiológico de 17 de julho

Lisboa é a região com mais casos registados até ao momento (23.806 casos de infeção e 555 mortes), à frente do Norte (18.293 casos e 827 mortes), do Centro (4.340 casos e 251 mortes), do Algarve (764 casos e 15 mortes) e do Alentejo (623 casos e 19 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 152 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 99 pessoas infetadas.

(Notícia atualizada às 16h40)

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Wall Street em alta à espera de mais estímulos à economia

As bolsas norte-americanas recuperam das perdas na sessão anterior. A queda de 6% da gigante de streaming Netflix trava ganhos maiores.

As bolsas norte-americanas arrancam a última sessão da semana numa nota positiva, recuperando das perdas registadas, apesar de os ganhos serem pouco expressivos. Expectativas de estímulos para apoiar a economia na recuperação da pandemia impulsionam o sentimento dos investidores em Wall Street.

Os investidores esperam mais apoio orçamental à medida que se aproxima o fim do programa de benefícios adicionais de desemprego, que expirar a 31 de julho. O Congresso dos EUA vai voltar a debater na próxima segunda-feira o próximo programa de resposta à pandemia de coronavírus.

O índice de referência, o S&P 500, avança 0,27% para 3.224,26 pontos. Igual tendência está a ser registada pelo industrial Dow Jones, que ganha 0,18% para 26.783,40 pontos, e pelo tecnológico Nasdaq, que sobe 0,27% para 10.501,70 pontos.

Do lado positivo, a BlackRock, que sobe 1,77% para 577,00 dólares depois de apresentar resultados que ficaram acima das expectativas dos analistas. A maior gestora de ativos do mundo registou uma subida de 21% nos lucros do segundo trimestre, face ao mesmo período do ano anterior.

Em sentido contrário, a pesar encontra-se a Netflix. A plataforma de streaming apresentou resultados trimestrais abaixo do esperado e as previsões para o trimestre seguinte não são animadoras, apontando para uma desaceleração acima das expectativas. Os títulos da Netflix recuam 6,71% para 491,99 dólares.

Também o Twitter continua em queda no seguimento do incidente de segurança desta semana, que teve como alvo cerca de 130 contas, incluindo figuras públicas como o ex-presidente Obama, Bill Gates, ex-vice-presidente Joe Biden e Elon Musk, CEO da Tesla. As ações da empresa dona da rede social caem 0,96% para 34,94 dólares.

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França adia reforma das pensões e subsídio de desemprego na origem de greves

  • Lusa
  • 17 Julho 2020

As negociações sobre as reformas em França vão prolongar-se pelo menos até ao final do ano, anunciou o primeiro-ministro francês. Além disso, França adiou ainda as reformas no subsídio de desemprego.

O novo primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou esta sexta-feira o adiamento até ao final do ano das reformas do sistema de pensões e de subsídio de desemprego, na origem de greves maciças, como pediam as organizações sindicais.

A reforma das pensões “vai manter-se”, disse Castex à saída de uma reunião com os parceiros sociais, acrescentando que as negociações se vão prolongar pelo menos até ao final do ano devido à crise económica provocada pela pandemia de covid-19.

Até agora, o objetivo do governo do Presidente Emmanuel Macron era finalizar as negociações no verão. A reforma proposta pelo executivo passa por aumentar a idade de reforma dos 62 para os 64, uma das medidas mais criticadas, e uniformizar os 42 sistemas de pensões diferentes que existem em França.

Nas atuais regras, os trabalhadores ferroviários, por exemplo, podem reformar-se mais cedo e outros trabalhadores, como os médicos ou os advogados, pagar contribuições mais baixas.

Quanto ao subsídio de desemprego, o executivo pretende limitar as condições de acesso a estas prestações, embora, esta sexta-feira , Jean Castex tenha assegurado que as alterações serão adaptadas “às presentes circunstâncias”.

As reformas, uma promessa central da campanha eleitoral de Macron em 2017, deram origem a semanas de greves e manifestações. Com a crise provocada pelo confinamento e quase paralisação económica aplicados para travar a propagação do vírus, as previsões apontam para uma contração de 11% da economia francesa em 2020 e um aumento da taxa de desemprego dos 8,1% de 2019 para pelo menos 11% em 2020.

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Programa UPSkill arranca com 500 vagas de emprego na áreas das TIC

A primeira edição do programa de formação profissional na área das tecnologias de informação vai arrancar com 13 empresas e 500 vagas de emprego. Quer formar 3.000 novos profissionais em três anos.

A primeira edição do UPSkill – Digital Skills & Jobs, um programa de formação profissional na área das tecnologias de informação (TIC) arrancou com 500 vagas de emprego na área das tecnologias de informação em 13 empresas. O objetivo é formar formar 3.000 novos profissionais em três anos.

O UPSkill destina-se a pessoas desempregadas com o ensino secundário ou o ensino superior, que pretendam obter qualificações na área das tecnologias digitais, através de uma formação intensiva de seis meses em áreas específicas como programação Java, Phyton, gestão de plataformas cloud ou programação low-code, seguidos de três meses de formação em contexto empresarial, com a possibilidade de contratação.

Durante a formação, os participantes têm direito a uma bolsa equivalente ao salário mínimo nacional. O programa terá início em setembro deste ano e, em março de 2021, os formandos integram os estágios em contexto empresarial. Os participantes serão inseridos em empresas com um salário mínimo de referência de 1.200 euros.

Este programa é resultado de um acordo assinado entre a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), durante a 3.ª conferência do INCoDe.2030, realizada em março deste ano e foi reconhecido como pelo Governo no Plano de Ação para a Transição Digital de Portugal. A parceria conta ainda, em Lisboa, com a Universidade Nova de Lisboa e com o ISCTE. A cerimónia de contratualização com estas organizações decorreu esta sexta-feira, 17 de julho, em Lisboa.

“O objetivo é, em três anos, ter três mil novos profissionais formados em TIC e com elevada empregabilidade, com garantia de emprego após processo de seleção nas empresas aderentes. Por isso, vai continuar aberto a todas as empresas que queiram aderir e participar ativamente nesta iniciativa nacional, que junta a vontade das pessoas e das empresas para apostar numa qualificação que vai fazer efetivamente a diferença no mercado. Desta forma, contribui para acelerar a tão necessária recuperação da economia, numa altura em que se tornou ainda mais evidente a importância da transformação digital das organizações”, lê-se o comunicado oficial.

A campanha de angariação de novas adesões decorrerá até setembro para qualquer empresa que necessite profissionais nas áreas digitais. No caso dos formandos, os candidatos devem ter o 12.º ano concluído e domínio da língua inglesa. As candidaturas podem ser submetidas no site oficial do programa.

Artigo corrigido dia 17 de julho de 2020 às 15h35

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Mais famílias estão a reembolsar os créditos da casa antes do tempo

Em 2019, foram realizados 104.304 reembolsos antecipados de crédito à habitação. Para além de terem sido os mais representativos, os reembolsos antecipados totais também foram os que mais cresceram.

Em pleno período de juros historicamente baixos, há mais famílias a antecipar o pagamento dos seus empréstimos da casa à banca. No ano passado, aumentou o número de reembolsos antecipados do crédito à habitação, apesar de o montante médio por reembolso ter diminuído.

Em 2019, foram realizados 104.304 reembolsos antecipados totais ou parciais em contratos de crédito à habitação, revela o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho divulgado pelo Banco de Portugal (BdP) esta quinta-feira. Este número permitiu a amortização de um capital total de 4,9 mil milhões de euros, correspondente a cerca de 5,5% do saldo em dívida da carteira da banca existente no final do ano passado.

O número de reembolsos antecipados cresceu assim 4,5% face ao número total verificado no ano anterior. Apesar do aumento dos reembolsos, o montante médio por reembolso pelo contrário diminuiu. Passou de uma média de 47.337 euros, em 2018, para 46.519 euros, em 2019. Ou seja, houve mais reembolsos, mas de quantias mais baixas em média.

Os dados do BdP indicam ainda que os reembolsos antecipados totais, para além de terem sido os mais representativos, cresceram também mais do que as devoluções parciais. Os portugueses efetuaram 77.266 reembolsos antecipados totais em contratos de crédito à habitação (mais 5,4% do que em 2018), aos quais correspondeu um montante reembolsado de 4,4 mil milhões de euros (mais 3,8% do que em 2018). “Esta evolução resultou numa diminuição do montante médio reembolsado, de 58.365 euros, em 2018, para 57.526 euros, em 2019”, explica a entidade liderada por Carlos Costa.

Mais detalhadamente, cerca de 29% dos reembolsos antecipados totais foram de quantias até 25 mil euros, enquanto mais de metade dos reembolsos (52,5%) não ultrapassaram os 50 mil euros. Já os reembolsos antecipados totais envolvendo montantes superiores a 100 mil euros representaram uma fatia de 15,7% do total.

No caso dos reembolsos parciais, o número total ascendeu a 27.038, um aumento de 2,1% face a 2018. Contudo, o montante de crédito reembolsado baixou para 407 milhões de euros (menos 8,3%, face a 2018), “o que resultou numa diminuição no montante médio por reembolso, de 16.781 euros, em 2018, para 15.067 euros, em 2019”, segundo o supervisor. Em 46,4% dos reembolsos antecipados parciais, o montante entregue não superou os 5.000 euros. Por outro lado, em 23,2% dos casos o montante reembolsado foi superior a 17.500 euros.

Renegociações de contratos de crédito disparam

Num período marcado pela “guerra de spreads” no crédito da casa, o relatório do BdP indica que a renegociação de contratos de crédito registou uma forte subida.

“O número de renegociações no crédito à habitação e o respetivo montante renegociado cresceram de forma expressiva em 2019, respetivamente 25,8% e 36,4%”, com a entidade liderada por Carlos Costa a esclarecer ainda que “na generalidade dos contratos renegociados, os mutuantes não se encontravam em situação de incumprimento”. Concretamente 86,9% do número total efetuado, sinalizando que na base dessas renegociações terá estado a busca por condições mais favoráveis para os créditos. Em 2019, o spread médio aplicado nos novos contratos de crédito à habitação de taxa variável foi de 1,32%, abaixo dos 1,51% que se verificou em 2018.

No ano passado, terão assim sido realizadas 29.849 renegociações em contratos de crédito à habitação (mais 25,8% do que no ano anterior), envolvendo 28.838 contratos de crédito (mais 25%). “O montante renegociado aumentou de forma mais acentuada (36,4%, face ao ano anterior), o que originou um aumento do montante médio por renegociação (de 85.922 euros, em 2018, para 93.183 euros, em 2019)”, segundo o BdP.

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Associação de hotelaria muda estatutos e equipara hostels a hotéis

  • Lusa
  • 17 Julho 2020

Desta forma, os hostels associados da AHP passam a ter, por exemplo, acesso integral aos serviços e vantagens da associação, bem como o direito de eleger e ser eleitos para os órgãos associativos.

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) alterou, em assembleia-geral, os seus estatutos, equiparando os hostels aos estabelecimentos hoteleiros, foi esta sexta-feira anunciado.

“A Associação da Hotelaria de Portugal aprovou, em assembleia-geral, uma alteração aos seus estatutos que prevê a inclusão dos ‘hostels’ na categoria de associados efetivos, em igualdade de circunstâncias com estabelecimentos”, indicou, em comunicado, a AHP.

Desta forma, os hostels associados da AHP passam a ter, por exemplo, acesso integral aos serviços e vantagens da associação, bem como o direito de eleger e ser eleitos para os órgãos associativos. Segundo a AHP, esta alteração está em linha com a necessidade de rever o regime jurídico dos empreendimentos turísticos “para que se possa incluir o alojamento local de caráter coletivo”.

Citado no mesmo documento, o presidente da AHP, Raul Martins, afirmou que este é “um momento muito importante para a AHP”, uma vez que já tinha vários hostels associados e desenvolvido ações dirigidas e em articulação com este tipo de oferta.

É também publicamente sabida a nossa defesa da marca hostels como devendo ser protegida. A qualidade dos hostels em Portugal é reconhecida internacionalmente, e a gestão profissionalizada e ágil que têm é um exemplo a seguir. É por isso totalmente justificado que aquilo que os distingue e diferencia mereça tutela legal”, acrescentou.

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Portugal quer emitir 1.250 milhões em dívida a seis e dez anos

O país vai voltar, na próxima quarta-feira, ao mercado de dívida para uma emissão de Obrigações do Tesouro.

Portugal vai voltar ao mercado de dívida de médio prazo, na próxima quarta-feira. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP anunciou que vai realizar um leilão duplo de Obrigações do Tesouro (OT) a seis e dez anos.

“O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 22 de julho pelas 10h30 dois leilões das OT com maturidade em 21 de julho de 2026 e 18 de outubro de 2030, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros“, anunciou.

O leilão acontece numa altura em que Portugal reforçou o financiamento no mercado para fazer face às necessidades geradas pela pandemia. Já fez três vendas sindicadas (contra apenas uma nos últimos anos) e tem acelerado a execução do programa de financiamento. Após, no início da pandemia, o mercado ter estado sob pressão, a rede de segurança do Banco Central Europeu acalmou os ânimos.

Ainda esta semana, a presidente do IGCP, Cristina Casalinho, afirmou que a reação rápida com um programa de emergência com 1,35 biliões de euros (a par da eliminação das restrições ao programa) que permitiu que os países se continuassem a financiar-se sem problemas.

No caso de Portugal, os juros da dívida a dez anos chegaram a disparar para 1,3% abril, mas já voltaram para níveis pré-pandemia, negociando esta sexta-feira em 0,432%. A última vez que o Tesouro se financiou com estas maturidades foi a 10 de junho. Na altura, emitiu 920 milhões de euros a dez anos, com uma taxa de 0,595% e uma procura 1,5 vezes acima à oferta. Já no caso dos títulos a seis anos, colocou 585 milhões de euros, com um juro de 0,137% e uma procura 2,08 vezes superior.

(Notícia atualizada às 13h30)

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