É o Ano do Rato na China. E isso é bom para os negócios

2020 é o Ano do Rato, na China, o primeiro signo do horóscopo, iniciando-se um novo ciclo. Oportunidade e renovação serão as palavras de ordem, mas não sem alguma incerteza.

Dia 25 de janeiro marca o início do Ano Novo chinês. É uma celebração importante para a segunda maior economia do mundo, que vê no simbolismo pistas para como se irá desenrolar 2020. É o Ano do Rato de metal, o que, segundo o horóscopo chinês, significa que será abundante em oportunidades e novos projetos, particularmente nos negócios, mas também trará alguma incerteza.

O rato é o primeiro signo do horóscopo chinês, o que significa que se inicia um novo ciclo de 12 anos. Para a potência, uma renovação do ciclo económico era bem-vinda, já que a economia chinesa tem vindo a abrandar. Cresceu 6,1%, em 2019, o ritmo mais baixo em 29 anos, reflexo de um débil crescimento do consumo interno mas especialmente de uma prolongada guerra comercial com os EUA.

Para lidar com esta tendência de abrandamento, a liderança chinesa está a encetar uma transição no modelo económico do país, visando uma maior preponderância do setor dos serviços e do consumo, em detrimento das exportações e construção de obras públicas. Com uma desaceleração mais acentuada do que o previsto, Pequim reduziu as restrições no acesso ao crédito e aumentou a despesa pública para evitar a destruição de empregos.

As tensões comerciais dos Estados Unidos são outro fator de incerteza para a segunda maior economia do mundo, mas também de oportunidade. Depois de vários avanços e recuos, foi finalmente assinada, a 15 de janeiro, a “Fase 1” do acordo comercial entre as duas potências. Ficou a promessa de uma segunda fase para 2021, sendo que ao longo deste ano deverão recomeçar as negociações.

O acordo parcial removeu algumas sanções económicas dos EUA, em troca de uma intensificação de compras de produtos agrícolas e energéticos norte-americanos por parte da China. O país compromete-se a comprar cerca de 200 mil milhões de euros em mercadorias dos EUA, ficando também obrigado a respeitar procedimentos de transferência forçada de tecnologia e de propriedade intelectual.

O arranque no novo ano não se mostra, no entanto, muito animador para a China, com o aparecimento do coronavírus. Este novo vírus, que provoca graves pneumonias, está a causar preocupações não só de saúde, mas também financeiras, já que pode afetar o consumo e a mobilidade das pessoas, particularmente com as celebrações do ano novo. Ainda assim, a expectativa dos analistas é que não tenha efeitos de longo prazo.

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