Rio pede partido “mais unido”. Sublinha relevância das autárquicas para o PSD

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2020

"Portugal precisa do PSD. Seja na oposição ou no Governo. É, por isso, que é nossa obrigação lutar por um partido mais moderno, mais capaz, mais unido", disse Rui Rio na abertura do 38º Congresso.

O líder social-democrata, Rui Rio, defendeu que o país precisa de um PSD “mais unido” e sublinhou que as autárquicas serão da “maior relevância” para o partido.

“Portugal precisa do PSD. Seja na oposição ou no Governo. É, por isso, que é nossa obrigação lutar por um partido mais moderno, mais capaz, mais unido, e acima de tudo verdadeiramente comprometido com a resolução dos reais problemas dos portugueses”, acentuou Rui Rio na sua primeira intervenção perante o 38.º Congresso Nacional dos sociais-democratas.

O líder social-democrata considerou que o mandato que agora inicia será seguramente marcado por um ato eleitoral da maior relevância para o PSD: as eleições autárquicas de 2021″.

Partido não é agência de empregos

No seu discurso de arranque no 38.º Congresso do PSD, Rui Rio voltou a alertar para os “sinais de degradação” que considera existirem no sistema partidário, apontando que Portugal não está imune a fenómenos que já aconteceram noutros países europeus.

“Um partido não pode ser uma agência de empregos políticos, em que as suas estruturas se movimentam em função dos lugares que os seus dirigentes alcançar. Os diferentes posicionamentos dentro de um partido têm de ser ditados por genuínas diferenças de opinião e não divergências fabricadas, que apenas pretendem combater quem não nos deu o lugar que a ambição reclamava”, avisou.

Para o líder do PSD, o caminho passará pela dinamização do Conselho Estratégico Nacional (CEN) — órgão que revitalizou no primeiro mandato — em todo o território nacional.

“O CEN terá de ser o embrião do contrato de confiança que o PSD, em tempo próprio, terá de estar capaz de assinar com os portugueses”, defendeu.

Para Rio, será “com a elevação intelectual da atividade partidária” que o PSD conseguirá conquistar os portugueses.

“Não é com a discussão de lugares, nem com permanentes atitudes de guerrilha na comunicação social. Essas apenas nos diminuem, nunca nos engrandecem”, considerou.

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Como foi a #StopTheBullshit? O balanço, contado pelos convidados

APG, EY, Microsoft, Volskwagen, Mercedes-Benz.io, Lusa, Nova SBE, Landing.jobs, Multicert e Randstad estiveram representadas nos painéis da 1ª conferência da Pessoas. Oiça o balanço dos convidados.

Mário Ceitil, presidente da Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas (APG), Pedro Oliveira, CEO e cofundador da Landing.jobs, Ana Rita Pereira, administradora do setor público da Microsoft, Alexandre Vaz, CEO da Mercedes-Benz.io e Ana Gaspar, embaixadora da Volskwagen Digital Solutions; Teresa Vicente, diretora de recursos humanos da Multicert, Pedro Camacho, jornalista e diretor de inovação e novos negócios da Agência Lusa, Marta Santos, da EY, Nuno Troni, diretor de recursos humanos da Randstad e João Duarte, professor da Nova SBE, foram os convidados da primeira conferência anual da revista Pessoas, Pessoas vs. Tecnologia: #StopTheBullshit, que decorreu esta quinta-feira no Heden Santa Apolónia, em Lisboa.

Em dois momentos, os representantes das empresas pensaram em conjunto o futuro do trabalho, revelaram de que forma estão a integrar a tecnologia nas suas organizações e lançaram um olhar para o futuro. No fim, todos chegaram à conclusão de que, a par dos avanços tecnológicos, as pessoas vão continuar a moldar o futuro do trabalho.

Oiça o balanço dos participantes dos dois painéis de debate da 1ª conferência anual da revista Pessoas.

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Wall Street em queda. Uber apanha boleia dos resultados

Os principais indices norte-americanos fecharam a sessão a cair, depois de quatro dias consecutivos de ganhos. Uber foi a estrela ao disparar quase 10%.

Os principais índices fecharam a semana em queda, acompanhando a tendência registada na generalidade dos mercados europeus. Wall Street foi penalizado pelos dados relativos à criação de emprego, bem como o alerta da Reserva Federal norte-americana sobre o impacto do coronavírus na maior economia do mundo.

O Departamento do Trabalho norte-americano reviu em baixa os números relativos ao mercado laboral dos Estados Unidos da América. Apesar de o emprego ter acelerado em janeiro, o relatório divulgado esta sexta-feira revela que a maior economia do mundo criou menos 5.140 postos de trabalho do que o que se tem registado nos meses anteriores.

Os dados aquém do esperado, reavivam os receios em torno do crescimento norte-americano. Além disso, a Reserva Federal alertou esta sexta-feira que o coronavírus pode ser um risco para a economia norte-americana, isto no mesmo dia em que a S&P veio cortar a previsão de crescimento para a segunda maior economia do mundo, a China, por causa do surto. Vê um crescimento de 5%.

Nesse contexto, o S&P 500 caiu 0,45% para 3.330,51 pontos, ao mesmo tempo o Dow Jones desvalorizou 0,93% para 29.106,65 pontos. Já o Nasdaq caiu 0,54% para 9.520,67 pontos, desempenho que não evitou, contudo, que o saldo na semana tivesse sido positivo.

Num dia que acabou por ser negativo para a generalidade das cotadas, com as do setor petrolífero a ressentirem-se da queda dos preços do petróleo num contexto de menor procura por causa do crescimento mais fraco, houve exceções pela positiva. Entre essas exceções esteve a Uber.

A plataforma de transporte registou uma valorização de quase 10% para 40,63 dólares, isto depois de ter apresentado resultados que superaram as expectativas do mercado. No quarto trimestre de 2019 as receitas atingiram os 4,07 mil milhões de euros, superando os 3,73 mil milhões antecipados pelos analistas.

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Ministério Público investiga desaparecimento de obras da coleção de arte do Estado

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2020

Documentação recebida a propósito do relatório de inventário que a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) fez à coleção de arte contemporânea do Ministério da Cultura "será objeto de análise".

Ministério Público recebeu esta sexta-feira, e irá analisar, o relatório sobre o desaparecimento de obras da coleção de arte contemporânea do Estado, disse à Lusa fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A documentação recebida será, agora, objeto de análise“, refere a PGR a propósito do relatório de inventário que a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) fez à coleção de arte contemporânea do Ministério da Cultura.

No passado domingo, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, tinha dito que iria remeter um relatório que dava conta da existência de várias dezenas de obras de arte com paradeiro desconhecido, e todos os anexos, à PGR “para que possa desenvolver as diligências”.

O número divulgado por Graça Fonseca resultou de um trabalho de revisão do inventário provisório, datado de 2011, daquela que é conhecida como Coleção SEC. O balanço dessa contabilização permitiu identificar 94 obras, entre pinturas, gravuras ou esculturas cujo destino está por apurar.

A dimensão do acervo da coleção de arte do Estado, cujo paradeiro está por identificar, será, contudo, maior do que a avançada recentemente pela ministra da Cultura. Em vez de 94, o número de obras desaparecidas será 112, avançou o Público (acesso condicionado).

A titular da pasta da Cultura tem deixado de fora 18 fotografias — entre elas estará uma das mais icónicas do século XX, a Migrant Mother, de Dorothea Lange — que deviam estar à guarda do Centro Português de Fotografia (CPF), mas cujo paradeiro é desconhecido.

O gabinete de Graça Fonseca justificou, no entanto, a não-inclusão destas 18 imagens alegando que não fazem parte da Coleção de Arte do Estado de 1997, mas antes da Coleção Nacional de Fotografia. Contudo, segundo documentos consultados pelo Público, os próprios serviços do Ministério da Cultura não estarão muito certos sobre como delimitar o primeiro destes acervos.

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Sabe como vai ser aplicada redução do IRS para rendas de longa duração? Fisco explica

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2020

A medida prevê que os rendimentos de rendas para habitação permanente beneficiem de uma redução da taxa do IRS em função da duração do contrato.

Os senhorios com contratos de arrendamento habitacional celebrados ou renovados por um período superior a dois anos vão este ano começar a beneficiar do esquema de redução de taxas de IRS que entrou em vigor em janeiro de 2019.

Em causa está uma medida fiscal que pretende dinamizar o mercado de arrendamento habitacional e travar a escalada de preços e que prevê que os rendimentos de rendas para habitação permanente beneficiem de uma redução da taxa do IRS – face à taxa autónoma de 28% – em função da duração do contrato, sendo esta tanto maior quando maior o prazo inicial ou da renovação, até ao limite de 14%.

Assim, a redução da taxa do IRS é de dois pontos percentuais nos contratos com duração igual ou superior a dois anos e inferior a cinco anos; de cinco pontos percentuais nos contratos entre os cinco e os 10 anos; e de 14 pontos percentuais para contratos entre 10 e 20 anos.

Nos contratos de duração ou renovação superior a 20 anos a taxa pode ser reduzida para 10%.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) publicou no portal das finanças um ofício-circulado onde esclarece algumas dúvidas que o novo regime suscitou e apresenta alguns casos práticos sobre a sua aplicação.

Contrato inicial de seis anos renovável por período de três anos

Neste caso, os rendimentos serão, durante o período inicial do contrato (seis anos), tributados à taxa de 23% (28% – 5%), e os obtidos no período de renovação serão tributados à taxa de 21% (23% – 2%), sendo que por cada renovação subsequente aplica-se a redução correspondente à respetiva vigência, até atingir a taxa de 14%, podendo esta ser ainda reduzida para 10%, caso a renovação seja por período igual ou superior a 20 anos.

Contrato inicial de quatro anos renovável por período de cinco anos

No período inicial do contrato (quatro anos) os rendimentos de rendas pagarão uma taxa de IRS de 26% (28% – 2%). Já os obtidos no período de renovação serão tributados à taxa de 21% (26% – 5%), até ao limite de 14%. Também aqui a taxa pode ainda ser reduzida para 10%, caso a renovação seja por período igual ou superior a 20 anos.

Contratos celebrados antes de 2019 e renováveis por mais de 10 anos

Para um contrato de arrendamento celebrado por 10 anos, cuja vigência terminou em 2019 e que foi ainda nesse ano objeto de renovação por igual período (10 anos), os rendimentos prediais respeitantes ao período da renovação serão tributados à taxa de 14% (28% – 14%). Já as renovações subsequentes por igual período ou por período inferior não determinarão qualquer alteração/redução da taxa, porque já está atingido o limite de 14%. A única exceção é se a renovação for por 20 ou mais anos, caso em que a taxa será 10% (28% – 18%).

Contratos celebrados antes de 2019 e renováveis por cinco anos

Neste caso os rendimentos respeitantes ao período de renovação serão tributados à taxa de 23% (28% – 5%) e por cada renovação subsequente aplica-se a redução correspondente à respetiva vigência, até atingir a taxa de 14% – podendo esta ser ainda reduzida para 10% caso a renovação seja por período igual ou superior a 20 anos).

Contratos celebrados antes de 2019 e renováveis por 20 anos

Nesta situação, os rendimentos respeitantes ao período de renovação serão tributados à taxa de 10% (28% – 18%), sendo que as renovações subsequentes por igual período ou por período inferior não determinarão qualquer alteração/redução da taxa, porque o limite já está atingido.

Contratos cujo início ou renovação não coincidem com o início do ano

Sempre que a renovação/duração do contrato não coincide com o início do ano civil haverá lugar ao fracionamento do rendimento anual.

Assim, para um contrato de arrendamento celebrado em 2016, com início em 01 de junho desse ano e fim em 31 de maio de 2019, e que neste ano é renovado por mais três anos, em 2019 os rendimentos do contrato serão tributados da seguinte forma: valor do rendimento respeitante ao período compreendido entre 01 de janeiro e 31 de maio x 28% + valor do rendimento respeitante ao período compreendido entre 01 de junho e 31 de dezembro x 26%.

Caso em 2022 o contrato venha a ser objeto de nova renovação por idêntico período, nesse ano os rendimentos do contrato serão tributados tendo em conta o valor do rendimento respeitante ao período compreendido entre 01 de janeiro e 31 de maio x 26% + o valor do rendimento respeitante ao período compreendido entre 01 de junho e 31 de dezembro x 24%.

Opção pelo englobamento durante a vigência do contrato

O regime da redução de taxas do IRS foi desenhado para quem sujeita as rendas à taxa autónoma de 28%. Assim, optando pelo englobamento num contrato celebrado em 2019 com a duração de, por exemplo, cinco anos, e em que o senhorio opte pelo englobamento em 2021, mas não nos restantes anos, o cálculo do imposto será feito da seguinte forma: nos anos de 2019, 2020, 2022 e 2023, os rendimentos deste contrato serão tributados à taxa especial de 23% e no ano de 2021 serão tributados por aplicação das taxas gerais do IRS.

Recorde-se que, para evitar utilizações abusivas do benefício fiscal, foi decidido que sempre que o contrato de arrendamento “cesse os seus efeitos antes de decorridos os prazos de duração dos mesmos ou das suas renovações, por motivo imputável ao senhorio, extingue-se o direito às reduções da taxa […] com efeitos desde o início do contrato ou renovação”.

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DGPC aponta falhas de protocolo, documentação e salvaguarda da coleção de arte pública

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2020

De acordo com o relatório, há 94 obras cujo paradeiro é desconhecido, às quais se juntam outras 18 obras de arte "cuja localização não é conhecida ou é necessário retificar com o Centro de Fotografia.

A ausência de protocolos de depósito, de registos documentais e de condições de salvaguarda são algumas das falhas apontadas pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) no inventário feito à coleção de arte contemporânea do Estado.

De acordo com o relatório da DGPC de inventário e análise à coleção de arte contemporânea do Ministério da Cultura – a denominada ‘Coleção SEC’ -, consultado esta sexta-feira pela agência Lusa, confirma-se a existência de 94 obras cujo paradeiro é desconhecido, às quais se juntam outras 18 obras de arte, “cuja localização não é conhecida ou é necessário retificar com o Centro Português de Fotografia [no Porto]”.

Ao longo de 60 páginas, sustentadas em mais de uma dezena de anexos de documentação, o relatório sublinha que “a existência de obras por localizar constituiu uma fragilidade da coleção” de arte, iniciada em 1976 e que está dispersa por vários organismos públicos, culturais e não culturais.

“O constante movimento de circulação de obras ao longo de mais de quatro décadas de existência da coleção, nem sempre [foi] acompanhado do indispensável registo documental e em sede de inventário”, lê-se no documento, validado pela diretora-geral do Património Cultural, Paula Silva.

As conclusões resultam de cerca de dois anos de inventariação e localização de todas as obras de arte da coleção, por um grupo de trabalho com técnicos e dirigentes da DGPC.

A contabilização de todas as obras é incoerente no documento consultado, sendo referido que “à presente data” a coleção é composta por 1.289 obras de arte (como desenho, cerâmica, gravura, fotografia e pintura). Numas páginas à frente, é explicitada a existência de 1.263 obras.

Esta é uma coleção que inclui obras de artistas como Helena Almeida, Julião Sarmento, José de Guimarães, Abel Manta, Júlio Pomar, Ilda David, Andy Warhol, Noronha da Costa, Robert Mapplethorpe e Sebastião Salgado.

O anterior documento oficial de inventário da coleção, de 2011, registava 170 obras cuja localização era desconhecida. Neste novo inventário, foram atualizados e expurgados registos, esclarecidas informações sobre o paradeiro de obras de arte, tendo-se chegado a 94 obras em parte incerta.

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, anunciou que remeteria o relatório para a Procuradoria-Geral da República.

No entanto, há outras 18 obras de arte – de fotografia -, que a DGPC não teve em conta no inventário, mas acaba por admitir desconhecer o paradeiro, porque não estão sob a sua alçada, embora sejam de cariz público, porque integram o acervo do Centro Português de Fotografia, integrante da Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas.

As obras eram parte da Coleção Nacional de Fotografia, que ficou em depósito, a partir de 1994, na Fundação de Serralves, no Porto. Quando a coleção foi restituída ao Estado em 1997, para integrar o então novo Centro Português de Fotografia, já não se sabia do rasto delas.

Entre as obras fotografia em causa, já reveladas pelo jornal Público, está uma fotografia de Dorothea Lange, outra de Carlos Afonso Dias e três de Sebastião Salgado.

Para a elaboração do relatório, a DGPC não considerou estas 18 obras no total da arte desaparecida, justificando que o Centro Português de Fotografia está sob a alçada de outra direção-geral, mas acaba por defender a “desincorporação do núcleo da Coleção Nacional de Fotografia” da coleção de arte do Estado.

A coleção de arte contemporânea do Ministério da Cultura está dispersa por vários organismos, como embaixadas, gabinetes oficiais, direções-regionais de Cultura, mas a maioria está na Fundação de Serralves (553 obras), Câmara Municipal de Aveiro (159) e Centro Cultural de Belém (37), em Lisboa.

A DGPC deixa vários alertas sobre a gestão desta coleção, nomeadamente a ausência de protocolos de depósito com alguns dos organismos, ainda que públicos, que têm obras de arte, como a Presidência da República, a Presidência do Conselho de Ministros e a Direção Regional de Cultura do Norte.

É proposta ainda uma revisão dos valores de seguros das obras de arte em depósito e uma atualização dos protocolos com a Fundação de Serralves e com o CCB sobre esta matéria.

São apontadas ainda falhas na forma como algumas obras de arte são conservadas, dando como exemplo duas que foram encontradas embaladas junto a casas de banho e em zona de arrumos na sede da Direção Regional de Cultura do Norte, em Vila Real.

As instalações “não apresentam as características adequadas e as condições necessárias à garantia de segurança e salvaguarda e preservação de bens culturais”, lê-se no documento.

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Afinal, a quem agradou este OE? E quem não gostou?

O Orçamento do Estado para 2020 foi aprovado no Parlamento, mas só teve o voto favorável do PS. Há quem tenha gostado da proposta, mas o documento também desagradou a alguns setores e empresas.

O Orçamento do Estado para 2020 foi aprovado no Parlamento, mas apenas teve o voto favorável do PS. A esquerda absteve-se e a direita votou contra. O documento final já tem mais medidas dos outros partidos, aprovadas na especialidade, mas ainda assim não foi o suficiente para garantir mais apoios nas bancadas da Assembleia da República.

Tal como no Parlamento, são mais aqueles que veem o documento com desagrado do que o seu contrário. Este OE “não agradou a ninguém, nem à esquerda, nem à direita”, disse o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, em declarações à Lusa. O aumento de 0,3% previsto para os trabalhadores do Estado é uma das maiores críticas do sindicato, ainda que o líder da UGT reconheça que a proposta de OE2020 tem alguns aspetos positivos.

A CGTP também não teceu elogios ao documento, com Arménio Carlos a reiterar que não contém “alterações significativas na área do trabalho e em áreas em que o Estado podia poupar para aumentar o investimento público e melhorar as condições de vida dos portugueses”.

Muitas das propostas de alteração apresentadas tinham como foco as forças de segurança. Mas nem todas foram aprovadas, e a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) lamentou que a atribuição do subsídio de risco aos polícias tivesse sido chumbada.

O foco durante o debate deste OE também esteve no IVA da eletricidade, que o PSD, Bloco e PCP queriam baixar para 6%. Depois de muitos avanços e recuos, acabou por se manter nos 23%, algo que a Deco Proteste viu com “desalento” e considera uma “injustiça”, em declarações à Lusa.

Outra medida que suscitou contestação foi a suspensão do projeto da linha circular do Metro de Lisboa. Depois de o Governo anunciar que vai suscitar a inconstitucionalidade do travão aprovado na Assembleia da República, Fernando Medina veio demonstrar a sua total oposição. “É uma decisão gravíssima para os interesses de todos aqueles que têm de utilizar os transportes públicos em Lisboa, os que vivem na cidade, os que vêm de fora para trabalhar”, afirmou.

A construtora Casais, que está num consórcio que concorreu à empreitada da linha circular do metro de Lisboa, criticou o travão. E diz mesmo que a suspensão é um “enorme prejuízo”, tanto para as empresas como para o país.

O travão aos vistos gold através da compra de imóveis em Lisboa e no Porto foi mais uma fonte de descontentamento. As imobiliárias alertam para os efeitos que a medida terá no setor. O presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) defendeu que os vistos gold são “muito importantes e fazem falta ao país”, referindo que o travão pode mesmo ditar o fim do programa, em declarações ao ECO.

O imobiliário fica descontente com a medida que restringe o investimento dos estrangeiros, isto ao mesmo tempo em que a aviação mostra preocupação com os apoios aos passageiros que voam para as ilhas portuguesas. O novo modelo de subsídio de mobilidade da Madeira prevê que os madeirenses paguem apenas o preço estipulado para as passagens aéreas de ida e volta – 86 euros para os residentes e 65 euros para os estudantes. Perante este modelo, a easyJet já ameaçou interromper a ligação aérea que faz entre Portugal Continental e a Madeira.

Um OE que enche (poucas) medidas

As manifestações de desagrado não surgiram apenas depois da aprovação oficial do OE. Quando foi conhecida a proposta do OE, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) chegou mesmo a convocar uma greve em janeiro em protesto contra o conteúdo desta proposta do Governo. Este OE “passa ao lado da Educação”, mantendo o setor “financeiramente estagnado, após uma década em que o financiamento público foi reduzido em 12%“, disse a Fenprof, na altura. Num balanço feito esta sexta-feira, o secretário-geral Mário Nogueira voltou a apontar várias questões que os professores desejavam ver incluídas no documento.

Se a generalidade dos professores critica este OE, algumas medidas animaram os docentes universitários. O Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESUP) salientou que foram aprovadas três propostas que defendiam, nomeadamente para a descativação das verbas para a Fundação de Ciência e Tecnologia e de reforço orçamental das instituições de Ensino Superior, em comunicado.

Na área da Saúde, o documento colheu também alguns elogios, depois de anúncios de reforço de verbas para o Sistema Nacional de Saúde e a contratação de funcionários. No entanto, a Federação Nacional dos Médicos considerou “insuficiente” o reforço previsto, nomeadamente porque o documento é “muito pouco claro” nas medidas que irá implementar, em comunicado.

Uma medida que foi bem recebida foi o aumento extra de 10 euros para as pensões mais baixas. A Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe!) vê a decisão como positiva, sendo que “minimiza a pobreza”, apesar de reiterar, em comunicado, que “não resolve a situação”, já que não chega a todas as pensões.

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Tribunal da Relação confirma arresto de imóveis de Berardo

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2020

O Tribunal da Relação de Lisboa indeferiu os recursos apresentados por Joe Berardo para travar a CGD no arresto dos apartamentos de luxo em Lisboa e do Monte Palace, no Funchal.

Joe Berardo perdeu um novo embate no tribunal contra a Caixa Geral de Depósitos (CGD). O Tribunal da Relação de Lisboa proferiu esta semana dois acórdãos em que chumba os recursos apresentados pelo empresário madeirense para travar o arresto de bens imobiliários, no âmbito da dívida de mais de 300 milhões de euros ao banco público, segundo avança o DN (acesso livre).

Os dois acórdãos foram proferidos esta quinta-feira e indeferem “liminarmente todos os argumentos” nos recursos que foram apresentados por Joe Berardo, pela Fundação José Berardo e pela Associação de Coleções, segundo o jornal.

Em causa estão dois apartamentos de luxo que possui na capital portuguesa avaliadas em quatro milhões de euros — T5 na Avenida Infante Santo, onde o empresário madeirense vive atualmente, bem como uma mansão na Lapa — e ainda o Monte Palace, no Funchal, avaliado em 40 milhões.

Os arrestos dos imóveis foram conhecidos em 2019, a pedido da CGD, instituição à qual Joe Berardo deve mais de 300 milhões de euros.

Num outro processo, Joe Berardo recorreu no final de janeiro para a Relação para tentar travar o arresto das suas obras de arte. Este arresto foi solicitado pela CGD, BCP e Novo Banco, bancos com os quais Berardo tem uma dívida conjunta superior a 962 milhões de euros.

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Economia digital e novos consumidores, qual é o futuro?

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2020

“A velocidade de mudança é enorme. O comportamento do consumidor do futuro alterou-se significativamente e é este comportamento que dita as tendências do futuro", destaca presidente da Norgarante.

Vivemos na era da híper conectividade e de transformação digital. Técnicas de produção, estratégias de negociação e relações com os clientes e fornecedores que mudam a um ritmo quase vertiginoso, colocando todos os dias às empresas novos desafios e novas oportunidades.

Para incrementar o conhecimento e apresentar novos caminhos às empresas na era digital, a Norgarante juntou um painel de oradores, especialistas nas temáticas da disrupção, economia digital e produtividade das empresas.

Assista aos melhores momentos da segunda conferência da Norgarante “Economia digital, a competitividade do futuro”, que decorreu em Braga.

http://videos.sapo.pt/HCrBk0jE8MZOU88LYhCb

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Sabe o que aconteceu nos mercados na 6ª feira? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 7 Fevereiro 2020

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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Paddy Cosgrave vai a Cabo Verde. Fundador do Web Summit vai conhecer estratégia tech do país

Fundador do Web Summit vai a Cabo Verde na próxima semana, a convite do primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva.

Paddy Cosgrave, CEO e cofundador da Web Summit, vai estar em Cabo Verde a convite do primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva. O irlandês estará no país africano para conhecer “o potencial cru do país, conhecer o talento local e ter uma amostra da ambição do Governo na criação de um hub que pode prestar serviços tecnológicos a todo o continente africano”, refere Pedro Lopes, secretário de Estado da Inovação de Cabo Verde citado em comunicado. Além disso, Paddy Cosgrave marcará presença no lançamento de iniciativas como a Bolsa Cabo Verde Digital e o programa Kode Verde.

A visita de Cosgrave ao país africano vem reforçar a aposta da organização em atrair cada vez mais empresas africanas para o evento, que se realiza em Lisboa desde 2016. Na edição de 2019, participaram na maior conferência de empreendedorismo e tecnologia do mundo 41 startups de países africanos, incluindo cinco angolanas e uma cabo-verdiana.

Cabo Verde lançou recentemente um conjunto de iniciativas enquadradas na estratégia Cabo Verde Digital, e que têm como objetivo implementar medidas que potenciem o desenvolvimento de soluções tecnológicas nas nove ilhas do arquipélago, criando as bases para um ecossistema de empreendedorismo no país.

Cabo Verde apresenta a 10 de fevereiro o Cabo Verde Digital Voucher, que vai apoiar 100 jovens e 50 startups com pocket money, mentoria e serviços de incubação apoiados por universidades e empresas tecnológicas. Além deste, o Governo cabo-verdiano apresenta a iniciativa Code for All/Kode Verde, um programa gratuito de ensino de linguagens de programação, e que resulta de uma parceria entre a Cabo Verde Digital e a portuguesa Academia de Código.

Pedro Lopes assegura ainda esperar que “a ousadia de construir um Cabo Verde Digital que quer fazer pontes entre continentes e que quer atrair talentos e empresas para que em conjunto com os jovens cabo-verdianos possam gerar ideias e concretizar soluções de futuro, no presente”.

Paddy Cosgrave deverá ficar em Cabo Verde até 12 de fevereiro para participar no CV Next, um evento marcado para a Ilha do Sal.

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Europa corrige após fortes subidas. Família EDP salva Lisboa

A bolsa nacional fechou a semana com ganhos ligeiros. EDP e EDP Renováveis "salvaram" a praça lisboeta, invertendo o sentimento das praças europeias.

A bolsa de Lisboa terminou a semana pintada de vermelho, mas conseguiu “escapar” às perdas sentidas na Europa. Apenas cinco das 18 cotadas fecharam a sessão em terreno positivo, mas a valorização expressiva da EDP e da EDP Renováveis levou a praça nacional a ganhos ligeiros.

O PSI-20 fechou a subir 0,05% para 5.289.93 pontos, acumulando um ganho semanal de 0,72%. A praça lisboeta contrariou, assim, a tendência sentida na Europa, num dia em que o Stoxx 600 desvalorizou 0,32% para 424,13 pontos, corrigindo os fortes ganhos dos últimos dias, perante uma a epidemia do coronavírus, cujo impacto está a gerar receios em torno da economia mundial.

Ainda assim, esta sessão coloca o ponto final numa semana de fortes valorizações nos ativos de risco, depois das quedas provocadas pelo vírus que já matou mais de meio milhar de pessoas, sobretudo na China. O principal índice europeu acumulou um ganho de 3,32%, registando a melhor semana desde novembro de 2018.

Na praça portuguesa, esta sexta-feira, 11 cotadas fecharam em terreno negativo, cinco no “verde” e duas mantiveram-se inalteradas. O grande destaque da sessão foi para o grupo EDP, que conseguiu segurar a praça lisboeta. A EDP Renováveis somou 2,67% para 12,30 euros, enquanto a EDP avançou 1,42% para 4,59 euros.

Em contraciclo, a Nos deslizou 1,51% para 4,57 euros por ação, no dia em que o Governo apresentou a estratégia nacional para a quinta geração de redes de comunicações.

Nota negativa ainda para os títulos da Mota-Engil. A empresa liderada por Gonçalo Moura Martins recuou 1,77% para 1,675 euros, liderando as quedas entre as cotadas do PSI-20.

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