Parlamento vai comprar máscaras e desinfetantes. Prevê criar “área de isolamento” para o coronavírus

Assembleia da República já elaborou o seu plano de contingência para o novo coronavírus. Vai comprar máscaras e reforçar os espaços com desinfetantes. E prevê criar área de isolamento.

A Assembleia da República já elaborou o seu plano de contingência para fazer face ao risco do coronavírus. Vai comprar máscaras, reforçar e dispersar pelos espaços com soluções antisséticas de base alcoólica, os chamados desinfetantes. Adicionalmente, vai preparar instalações adequadas para servirem de “área de isolamento”.

Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, já deu luz verde às medidas de contingência que visam gerir o risco de infeção e enfrentar eventuais casos de doença por Coronavírus SARS-CoV-2, agente causal da Covid-19, minimizando a sua transmissão e o seu impacto na Assembleia da República.

Como medidas de prevenção e monitorização, além da aquisição das máscaras e desinfetantes, a Assembleia da República vai identificar quais sãos os serviços essenciais ao funcionamento do Parlamento e identificar os funcionários que, pelas suas tarefas, poderão ter um maior risco de infeção pelo Covid-19, como por exemplo funcionários que realizam atividades de atendimento ao público.

Adicionalmente, vai adquirir kits para os profissionais de saúde do Gabinete Médico e de Enfermagem, composto por bata impermeável, máscara P2 ou P3, luvas e óculos com proteção lateral. Aos deputados e funcionários que viajem em missão oficial também serão dados kits de proteção.

Segundo o plano, o registo biométrico de assiduidade e pontualidade deixa temporariamente de ser feito através do reconhecimento de impressão digital, passando a efetuar-se através do reconhecimento de cartão personalizado de cada funcionário.

Quem tenha estado nos últimos 10 dias nos países mais problemáticos, como Itália, China, Coreia do Sul, Japão, independentemente de apresentarem sintomas sugestivos da doença, terá de contactar o gabinete médico do Parlamento ou ligar para a linha Saúde 24. A quem for recomendado pelas autoridades de saúde algum período de quarentena terá de informar a sua situação.

Como agir em caso de sintomas

O plano de contingência da Assembleia da República estabelece ainda os passos a seguir em caso de sinais e sintomas de Covid-19.

Qualquer deputado ou funcionário parlamentar deverá informar, preferencialmente por via telefónica, a Divisão de Recursos Humanos e Formação ou o chefe de gabinete, consoante o caso aplicável, e dirigir-se para a área de “isolamento”. Depois, a Divisão de Recursos Humanos e Formação/chefe de gabinete deve contactar, de imediato, o Gabinete Médico e de Enfermagem, que deve prestar assistência e informação e reportar o caso.

Quem acompanhar o doente deve colocar uma máscara cirúrgica e luvas descartáveis, além do cumprimento das precauções básicas de controlo de infeção quanto à higiene das mãos, após contacto com o doente. Deve ser assegurada a distância de segurança (superior a um metro) do doente.

O doente, já na área de isolamento, contacta o SNS 24 e deve colocar a máscara. Após a avaliação, o SNS 24 informará o cliente de uma de duas situações: não se tratando de um caso suspeito de Covid-19, define os procedimentos adequados à situação clínica do doente; se for um caso suspeito, o SNS 24 contacta a Linha de Apoio ao Médico, da Direção-Geral da Saúde (DGS), para validação da suspeição.

Se o caso suspeito for validado, a DGS ativa o INEM, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e a Autoridade de Saúde Regional, iniciando-se a investigação epidemiológica e a gestão de contactos. O doente deverá permanecer na área de isolamento (com máscara cirúrgica, desde que a sua condição clínica o permita), até à chegada da equipa do INEM, que assegura o transporte para o hospital de referência, onde serão colhidas as amostras biológicas para testes laboratoriais. A área de isolamento ficará interditada até á validação da descontaminação pela autoridade de saúde.

Quem manteve um contacto próximo com o doente terá de ser vigiado.

(Notícia atualizada às 18h55)

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