Disney suspende salários de 100 mil trabalhadores

Com os cortes salariais, a gigante do entretenimento poderá poupar cerca de 460 milhões de euros por mês. A rigidez das medidas pode colocar em risco a reputação, alerta o Financial Times.

Devido à pandemia de coronavírus e aos efeitos desta no seu negócio, a Disney viu-se forçada a encerrar os hotéis e parques temáticos que tem na Europa e nos EUA. Para controlar as despesas, a gigante do entretenimento vai deixar de pagar os salários a metade da sua força de trabalho, mais de 100.000 trabalhadores, a partir desta semana.

A mão-de-obra representa quase 45% de todos os custos operacionais da empresa, por isso a Disney deverá poupar cerca de 460 milhões de euros por mês, o equivalente a 500 milhões de dólares, avança o Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês). Quando comparadas com as de outras empresas, estas medidas parecem ser mais severas, o que pode pôr em risco a reputação da empresa, alerta o jornal.

Apesar dos cortes salariais, os mais de 100 mil trabalhadores em lay-off vão receber benefícios de saúde e poderão concorrer a um apoio do governo.

Rich Greenfield, especialista da empresa de Lightshed Partners citado pelo Financial Times, conta que as ações da Disney caíram um quarto desde o início da pandemia e considera que a empresa poderá ter de enfrentar uma “paragem muito prolongada”.

Bob Iger, executive chairman, e Bob Chapek, chief executive da Disney já abdicaram de milhares de euros dos seus salários. Nesta altura, a multinacional ainda não revelou o que pretende fazer este ano em relação aos dividendos da empresa, mas por agora ficará dependente de benefícios do Estado, ao contrário de empresas como L’Oréal e Total in France, que renunciaram a estes apoios para “demonstrar solidariedade para com os contribuintes”.

Um pouco por todo o mundo, as empresas estão a suspender a distribuição de dividendos para ajudar os trabalhadores a fazer face aos constrangimentos causados pela pandemia do coronavírus. Salários e apoios do Estado estão a permitir a milhares de trabalhadores fazer face à crise atual. Em Portugal, 2,3 milhões de trabalhadores estão já a viver com salários ou apoios do Estado.

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