Bolsas europeias sob pressão. Galp afunda 6,5% e arrasta Lisboa

Os ativos de risco estão novamente sob pressão nos mercados internacionais. Na bolsa de Lisboa, a Galp Energia derrapa 6,5% e pressiona o principal índice português.

Depois de um fim de semana prolongado, as bolsas europeias arrancam a semana com fortes desvalorizações, acompanhando a tendência negativa dos mercados asiáticos e as quedas acentuadas registadas no final da semana passada nos EUA. Praticamente todas as cotadas perdem valor, com o setor da energia a destacar-se nas descidas. A Galp Energia está a afundar 6,5% num cenário de recuo do valor do petróleo.

O Stoxx 600 cai 1,73%, numa altura em que o alemão DAX perde 3%, o francês CAC-40 recua 3,07% e o espanhol IBEX recua 2,72%. O português PSI-20 não escapa à pressão, registando uma queda de 2,65%, para 4.170,74 pontos, com apenas uma das 18 cotadas em terreno positivo. A pressionar a bolsa de Lisboa está, sobretudo, o setor energético.

Enquanto a EDP perde 1,95%, para 3,775 euros, a EDP Renováveis recua 0,36%, para 11,16 euros. Mas é a petrolífera Galp Energia que se destaca pela negativa. O grupo liderado por Carlos Nuno Gomes da Silva desvaloriza 6,51% para um patamar abaixo dos 10 euros por ação, com os títulos a cotarem nos 9,83 euros.

A queda das ações da Galp dá-se numa altura em que se acentua a desvalorização dos futuros do Brent. Os contratos para entrega em junho negoceiam a 25,88 dólares, uma queda de 2,12% face à cotação de fecho de sexta-feira. Em Nova Iorque, porém, a matéria-prima derrapa 6,47%, para 18,50 dólares o barril.

A pressionar a bolsa portuguesa está também o BCP. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya cedem 3,92%, para 9,8 cêntimos, enquanto as ações dos CTT perdem 3,26%, para 2,08 euros.

Estas quedas nos mercados internacionais traduzem os receios dos investidores quanto ao impacto da pandemia na economia mundial, mas também sinalizam os crescentes receios quanto a um regresso das tensões entre os EUA e China.

As sucessivas declarações de Trump, acusando a China de ter criado o novo coronavírus, que já provocou 245 mil mortes a nível mundial, têm levado a um crescendo na tensão entre os dois países, receando-se um retomar da guerra comercial num contexto já altamente recessivo.

(Notícia atualizada às 9h57 com queda de 6,5% nas ações da Galp)

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