Novas empresas caem para metade e insolvências aumentam em maio

  • Lusa
  • 5 Junho 2020

As insolvências aumentaram 15,96% em maio, face ao período homólogo do ano passado, ao passo que número de novas empresas caiu 54,1%, ou seja, menos 2.326, revela a análise da Crédito y Caución.

O número de novas empresas caiu 54,1% em maio, face a igual período de 2019, e as insolvências aumentaram 16%, segundo uma análise da Crédito y Caución, empresa especializada em seguros de crédito à exportação na Península Ibérica.

As insolvências aumentaram 15,96% em maio, face ao período homólogo do ano passado, com 603 empresas insolventes, sendo o valor acumulado 4,2% superior ao de 2019, com um total de 2.281 empresas insolventes.

Porto e Lisboa registaram os valores absolutos mais elevados, 572 e 472, respetivamente, seguindo-se Braga, com 266 insolvências e um aumento de 5,1% face ao período homólogo anterior.

Doze distritos tiveram aumentos nas insolvências, destacando-se as subidas de Angra do Heroísmo (+114,3%), Portalegre (+66,7%), Faro (+50,6%), Castelo Branco e Santarém (ambos com um aumento de 41,7%), Viana do Castelo (+33,3%), Beja (+25%), Évora (+20%).

Decréscimos registaram-se em dez distritos: Horta (-33,3%), Coimbra (-31,7%), Guarda (-31,3%), Bragança (-10%), Aveiro (-8,6%), Vila Real (-5,9%), Setúbal (-5,4%), Viseu (-3.9%), Madeira (-3,7%) e Leiria (-3,3%).

Os setores com maior diminuição nas insolvências foram a indústria extrativa (-33,3%), telecomunicações (-33,3%) e construção e obras públicas (-9,2%), e os com maior aumento foram as atividades de eletricidade, gás e água (33,3%), agricultura, caça e pesca (27,8%) e hotelaria e restauração (13,9%), e comércio a retalho (10,8%).

Menos 2.326 empresas foram constituídas em maio, passando de 4.298 em 2019 para 1.972 em 2020, em termos homólogos (-54,1%), e em termos acumulados regista-se uma diminuição de 37,4%, com menos 9.083 empresas do que em igual período de 2019.

O total de 2020 situa-se nas 15.226 constituições de empresas, segundo a análise da Crédito y Caución.

Lisboa registou o maior número de constituições, 4.901 novas empresas, mas menos 37,2% do que em 2019. O distrito do Porto registou a criação de 2.780 empresas, menos 37,3% do que no ano passado.

“Todos os distritos apresentam diminuições nas novas empresas constituídas”, lê-se no documento, sendo as maiores descidas em Aveiro (-58,7%), Setúbal (-41,5%), Leiria (-41,4%), Coimbra (-40,9%), Beja (-40,8%), Bragança (-40%), Évora (-39,3%), Madeira (-39%), Guarda (-38,6%), Angra do Heroísmo (-37%), Viana do Castelo (-37,6%), Braga (-36%), Horta (-35,9%), Vila Real (-35,6%), Viseu (-34,3%), Santarém (-32,4%), Ponta Delgada (-31,7%), Castelo Branco (-31,4%) e Portalegre (-11,4%).

Os setores com maior número de constituições são outros serviços, com 6.642 novas empresas, construção e obras públicas (1.722), hotelaria/restauração (1.500), comércio a retalho (1.243) e transportes (1.172).

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