Lemonade pede admissão à bolsa de Nova Iorque

  • ECO Seguros
  • 11 Junho 2020

A Lemonade, uma das insurtechs mais reconhecidas na transformação digital dos seguros, submeteu ao regulador da bolsa nova-iorquina papelada para realizar uma oferta pública de capital acionista.

A oferta pública de capital (IPO – Initial Public Offering) é o objeto de documentação (prospecto) enviada ao regulador do mercado de capitais dos EUA (SEC- Securities and Exchange Commission).

Numa carta anexa ao dossier que solicita o registo do IPO numa das bolsas nova-iorquinas, os cofundadores Daniel Schreiber e Shai Wininger afirmam: “Por mais transformadoras que tenham sido as revoluções anteriores do setor de seguros, há razões para acreditar que as de hoje serão ainda mais.”

Em 2018, a empresa contabilizou prejuízo de 108,5 milhões de dólares e, em 2019, duplicou as perdas. No entanto, exibindo crescimento assinalável na margem de negócio, as receitas da Lemonade triplicaram no mesmo período, passando de 21 milhões para perto de 64 milhões de dólares.

No prospeto de admissão ao mercado de cotações, a startup – que fontes do mercado estimam que poderá alcançar uma valorização bolsista de 2 000 milhões de dólares – avisa que não espera ter lucros no curto ou médio prazo e acrescenta que, por causa dos investimentos que continua a realizar, os prejuízos poderão mesmo crescer no curto prazo.

O IPO tem a participação dos bancos Goldman Sachs, Morgan Stanley e Barclays, alguns como book runners (subscritores líderes de sindicatos bancários em IPOs).

No ano passado, a Lemonade angariou 300 milhões de dólares numa ronda de financiamento liderada pelo japonês SoftBank Group, uma operação que incluiu a seguradora Allianz SE, a Alphabet (empresa-mãe da Google) e outras entidades como a General Catalyst, OurCrowd e Thrive Capital.

Presente em 28 estados da União norte-americana e também na Europa (Países Baixos, onde tem a base europeia, e na Alemanha), a empresa fundada em 2015-2016 por Daniel Schreiber e Shai Wininger prossegue uma política de devolução à sociedade, através da qual – depois de pagar os sinistros (e despesas) associadas a uma apólice – reverte a receita que sobra para instituições de caridade designadas pelo próprio tomador de seguro.

Com base na sua divisa Giveback, a insurtech distribuiu mais de 500 mil dólares a instituições de beneficência social em 2019. Na Europa, esta orientação depende da aprovação dos acionistas da empresa.

A insurtech suporta o seu desenvolvimento em soluções de inteligência artificial e big data e tornou-se conhecida por ter digitalizado todo o processo de seguro, substituindo corretores e papelada por algoritmos, garantindo também a disponibilização de apólices em apenas 90 segundos e o pagamento de sinistros em três minutos.

Em 2018, a Lemonade avisou que estava a tornar-se global. Com a implantação da base europeia nos Países Baixos (Lemonade Insurance NV), incluiu Portugal na lista dos mercados alvo.

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