Há 346 novos casos de coronavírus. 87% são em Lisboa e Vale do Tejo

As autoridades de saúde portuguesas encontraram 346 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, elevando para 37.036 o número acumulado de casos registados desde o início do surto em Portugal. Trata-se de um crescimento diário de 0,94%.

O número de recuperados da doença subiu em 183, para 22.852 no total, enquanto o número de óbitos aumentou para 1.520, mais três mortes do que no último balanço publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Duas das pessoas que morreram tinham mais de 80 anos, revelou a ministra da Saúde, Marta Temido, na conferência de imprensa diária.

Cerca de 87% do total de novos casos encontrados situam-se na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde o surto tem vindo a ganhar expressão nas últimas semanas, depois de ter estabilizado no resto do país. Esta zona, que é a mais densamente populada de Portugal, tem agora mais de 15 mil casos registados desde o início da pandemia, que ainda assim comparam com os pouco mais de 17 mil registados no Norte.

Boletim epidemiológico de 15 de junho

De acordo com o boletim epidemiológico publicado pela DGS, a esmagadora maioria dos casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus estão a ser medicamente acompanhados nas respetivas casas. Contudo, 431 pessoas estão internadas em enfermaria geral e 73 estão em unidades de cuidados intensivos, o que representa o número de casos de Covid-19 mais graves e que inspiram maiores cuidados médicos.

Os dados atualizados mostram, por fim, que 1.241 pessoas aguardam resultado do teste de diagnóstico ao Covid-19, enquanto 30.703 pessoas estão sob vigilância das autoridades de saúde por terem estado em contacto com pessoas entretanto diagnosticadas com o novo coronavírus. Desde 1 de janeiro de 2020 que a DGS já registou 351.057 casos suspeitos, enquanto 313.2780 acabaram por não se confirmar.

Conferências passam a ser feitas apenas três vezes por semana

Face à evolução epidemiológica do coronavírus em Portugal, as habituais conferências diárias do Ministério da Saúde e da Direção-Geral de Saúde vão passar a ser feitas mais espaçadamente no tempo.

O anúncio foi feito pela ministra da Saúde, esta segunda-feira, que adiantou que passarão a ocorrer conferências apenas três dias por semana: à segunda, quarta e sexta-feira. A governante adiantou que apesar da menor periodicidade destas conferências, o habitual boletim epidemiológico continuará a ser divulgado diariamente, com o reporte atualizado da evolução dos contágios.

Marta Temido disse ainda que posteriormente poderá ser considerada outra periodicidade, “quando também a situação de Lisboa e Vale do Tejo estiver ultrapassada”.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h55)