Costa admite despedimentos na reestruturação da TAP

António Costa aponta que a reestruturação na TAP vai implicar uma diminuição do número de rotas e aviões. Defende que é "prematuro" falar sobre a vida societária da companhia aérea.

O primeiro-ministro admite que o programa de reestruturação que será desenhado na TAP “terá consequências sobre emprego”. Já quanto a possível venda da companhia aérea a seguir, Costa aponta que é “prematuro” falar sobre a vida societária da TAP, reiterando que a prioridade é o plano de reestruturação.

“Há uma negociação a ter entre Portugal e a União Europeia sobre a dimensão desse plano de reestruturação. Esse programa vai ter de existir, e vai implicar diminuição do número de rotas, de aviões e isso terá consequências sobre emprego da TAP, não vale a pena estarmos aqui com ilusões. Em qualquer operação há dor”, disse Costa, em declarações transmitidas pelas televisões.

Questionado sobre o futuro da posição acionista do Estado na companhia aérea, o primeiro-ministro aponta que “é prematuro outras decisões neste momento sobre vida societária da TAP”. “O trabalho que agora importa é a renovação do conselho de administração”, adianta, bem como no “plano de reestruturação, para estabilizar a empresa”.

Quanto à opção do Estado por esta solução ao invés de avançar para a nacionalização, Costa defende que “é sempre melhor um acordo do que um contencioso”, reiterando que “ninguém teria vantagem em solução que implicava contencioso”. O primeiro-ministro acrescenta também que havia uma “visão comum” com Humberto Pedroso, apontando que a divergência que existia era com “o outro acionista privado”, referindo-se a David Neeleman.

O Governo anunciou esta quinta-feira ter alcançado um acordo com os acionistas privados da TAP, que passa por um aumento da posição pública na companhia aérea para os 72,5%. O acordo de ajuda à TAP implica o pagamento de 55 milhões de euros a David Neeleman para sair da companhia, e Humberto Pedrosa passará a deter diretamente 22,5% da companhia aérea.

Rio defende que TAP tem de ser privada

O presidente do PSD reiterou que “o plano tem de ser rigoroso e a TAP tem mesmo de ser salva”, em declarações também à saída da votação final global do Orçamento Suplementar. Rui Rio defendeu que a TAP deve ser privada, apontando assim que “na primeira oportunidade se possa vender a posição bem vendida”.

Rio aponta que este acordo para a TAP pressupõe um plano de negócios e um plano de reestruturação, garantindo que, “se esse plano não for credível ou devidamente sustentado”, estará contra a injeção, “porque significa que estamos a meter dinheiro para depois meter mais”. “A TAP ficaria uma espécie de Novo Banco”, rematou.

(Notícia atualizada às 14h25)

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