Jerónimo Martins sobe 3%. Lisboa escapa às perdas europeias

As principais bolsas europeias fecharam a sessão desta quarta-feira em terreno negativo, com os investidores pressionados com o aumento do número de casos de coronavírus em todo o mundo. Lisboa escapou à pressão vendedora, graças sobretudo ao desempenho da Jerónimo Martins. As ações da retalhista aceleraram mais de 3%.

Na terceira sessão de ganhos consecutiva, o PSI-20, o principal índice português, somou 0,55% para 4.476,47 pontos, com oito cotadas em alta e de onde se destacam os pesos pesados Jerónimo Martins, EDP, EDP Renováveis e Galp.

No caso da retalhista, a dona do Pingo Doce observou mesmo o melhor desempenho, com uma subida de 3,07% para 15,275 euros.

No grupo EDP, depois das notícias sobre a suspensão de António Mexia e João Manso Neto, a EDP Renováveis e a casa mãe EDP voltaram a apresentar ganhos: fecharam em alta de 1,82% e 0,66%. No setor da energia, nota ainda para a Galp: os títulos da petrolífera somaram 0,61% para 10,685 euros.

A travar maiores ganhos na praça portuguesa estiveram sobretudo a Ibersol (que afundou quase 9% num dia mau para o setor da restauração na Europa) e o BCP (caiu mais de 1%).

Dona do Pingo Doce sobe 3%

Apesar dos ganhos em Lisboa, o ambiente nos mercados europeus foi mais pessimista, refletindo o nervosismo dos investidores com o crescimento do número de infetados pelo novo coronavírus.

O índice de referência europeu, o Stoxx 600, cedeu 0,78% para 366,23 pontos. Noutros importantes índices, o francês CAC-40, o alemão DAX-30 e o espanhol IBEX-35 caíram mais de 1%. O FTSE-Mib perdeu cerca de 0,6%.

No plano empresarial, as ações do banco HSBC caíram mais de 3% depois de a Bloomberg ter adiantado que os assessores de Donald Trump estão a avaliar propostas para enfraquecer a paridade da moeda de Hong Kong, o que limitaria a capacidade dos bancos comprarem dólares.

A Nokia caiu mais de 8% depois das notícias de que poderá perder um importante cliente nos EUA, a Verizon.