BFA esclarece demissão de Domingues com garantia de que cumpre a lei

  • ECO
  • 17 Julho 2020

Banco angolano explica que foi elaborado um relatório em junho de 2020 que "concluiu essencialmente que o tema das operações suspeitas foi tratado em 2017 pela administração cessante do BFA".

Após a demissão de António Domingues, o BFA veio esclarecer esta sexta-feira que “administração do banco, no exercício das suas funções e responsabilidades, tem pautado a sua atuação em estrito cumprimento da regulamentação aplicável, nacional e internacionalmente, com particular realce ao nível do compliance e transparência”.

Em comunicado, o banco angolano explica todos os procedimentos tomados em relação às operações denunciadas por António Domingues, realizadas em 2017, e que levaram, de resto, o gestor português a abandonar o cargo de vice-presidente após se ter tomado conhecimento delas apenas três anos depois de terem sido detetadas.

Em causa está um depósito de 21,8 milhões de kwanzas, no dia 20 de julho de 2017, assinado por uma estudante de 23 anos de Viana, e um outro depósito de 250 mil dólares, na conta de Manuel Paulo da Cunha (Nito Cunha), antigo diretor do gabinete do ex-Presidente da República de Angola José Eduardo dos Santos, tendo ambos levantado suspeitas internas.

O banco explica que, além do relatório produzido na altura pela direção de auditoria e inspeção do banco, já em maio deste ano a administração “tomou conhecimento da mencionada informação” e “solicitou que fossem feitas as diligências necessárias e a elaboração de um relatório circunstancial a respeito do assunto“. “O relatório elaborado em junho de 2020 concluiu essencialmente que o tema foi efetivamente tratado no ano de 2017 pela administração cessante do BFA”, diz o banco angolano.

E, assim, na sequência das conclusões do segundo relatório elaborado em junho de 2020, o conselho de administração do BFA, em sessão realizada no dia 6 de julho de 2020, “deliberou pela não reabertura do citado processo”, acrescente a instituição no mesmo comunicado.

“Em resumo, as suspeitas que o BFA poderia deter sobre as questões levantadas em 2017, relativas ao branqueamento de capitais, ficaram ultrapassadas com a confirmação do cumprimento por parte do BFA dos procedimentos necessários para este tipo de operações”, remata o banco.

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