Cruz Vermelha vai vender ações de sociedade gestora do hospital à Santa Casa

  • Lusa
  • 23 Julho 2020

Francisco George diz que a proposta apresentada por si foi aprovada com “zero votos contra, quatro abstenções e 100 votos a favor”.

O presidente nacional da Cruz Vermelha Portuguesa foi mandatado pela assembleia-geral para vender as ações da sociedade que gere o hospital à Santa Casa da Misericórdia e assinar o contrato de arrendamento com a instituição.

A decisão foi tomada numa reunião da assembleia-geral da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) que tinha como ponto único da ordem de trabalhos a “discussão e aprovação da alienação da componente acionista da Cruz Vermelha Portuguesa na Sociedade de Gestão Hospital, S.A/HCVP”.

Em declarações à Lusa, o presidente da CVP, Francisco George, disse que a proposta apresentada por si foi aprovada com “zero votos contra, quatro abstenções e 100 votos a favor”.

“A aprovação da proposta vai no sentido de mandatar o presidente nacional para, em nome da Cruz Vermelha, assinar a alienação das ações da sociedade que gere o hospital, uma vez que o edifício, os equipamentos e o espaço urbano são da Cruz Vermelha e não fazem parte desta negociação”.

Segundo Francisco George, foi aprovado igualmente o presidente poder assinar “o contrato de arrendamento com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa num valor fixado pela assembleia em 45 mil euros por mês”.

“Trata-se, portanto, de uma decisão que vai no sentido de colocar na Santa Casa a responsabilidade de reforçar os capitais próprios da sociedade, com um valor estimado que oscila entre 12,5 e 16 milhões, e, por outro lado, da Santa Casa acordar com a Cruz Vermelha a exploração no que respeita ao contrato de arrendamento”, explicou.

Por outro lado, a venda das ações é feita ao preço estipulado com a Parpública, uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, diretamente detida pelo Estado, que tem natureza de sociedade gestora de participações sociais

Na reunião da assembleia-geral da Cruz Vermelha Portuguesa, que é composta pelos presidentes das 150 delegações da Rede Nacional da CVP, estiveram presentes 104 delegados.

O Hospital da Cruz Vermelha foi inaugurado em 01 de fevereiro de 1965, resultando do Hospital de Santo António da Convalescença ou Casa de Saúde de Benfica, mandada construir pela Cruz Vermelha Portuguesa para dar resposta na avaliação, diagnóstico e tratamento dos doentes com graves ferimentos sofridos na guerra colonial.

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