Sonae Capital com prejuízos de 14,4 milhões de euros no semestre

Os prejuízos acumulados pela Sonae Capital no primeiro semestre deste ano já superam os prejuízos de todo o ano de 2019. Contudo, a empresa diz ter "cash flow" suficiente para superar a crise.

A Sonae Capital registou um prejuízo de 14,4 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, sofrendo do impacto da crise pandémica, de acordo com o relatório enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta terça-feira. O resultado líquido negativo deste ano compara com o prejuízo de 2,89 milhões de euros registado no primeiro semestre de 2019.

“Tal como antecipávamos, o segundo trimestre do ano revelou-se extremamente desafiante para a Sonae Capital“, assume Miguel Gil Mata, CEO da Sonae Capital, explicando que os segmentos de fitness, hotelaria e da Tróia Operações estiveram suspensos “durante a maior parte do trimestre”. Além disso, “os segmentos de engenharia industrial e ativos imobiliários viram, e certamente continuarão a ver, a sua atividade afetada pelo clima de incerteza, à escala global”.

No primeiro trimestre deste ano, o prejuízo da empresa tinha sido de 5,4 milhões de euros. Em abril, a empresa decidiu cancelar o dividendo que ia distribuir aos acionistas por causa da pandemia. Em 2019, a empresa tinha registado um prejuízo de 12,3 milhões de euros no total do ano.

Apesar da retoma das atividades em junho, o CEO assume que “a retoma não será imediata e vai continuar a colocar-nos à prova, mas todo o nosso percurso ao longo dos últimos meses faz-me estar convicto de que esta pandemia será mais um dos desafios que a Sonae Capital irá superar no decurso da sua história”. No caso dos ginásios, o volume de negócios caiu 36% no primeiro semestre, em termos homólogos, com a pandemia a interromper “um ciclo de crescimento sustentado de praticamente 7 anos do segmento de fitness“.

Ao nível do volume de negócios total, a Sonae Capital conseguiu um aumento significativo, mas tal deve-se à integração da Futura Energía Inversiones, empresa espanhola adquirida no terceiro trimestre de 2019. A energia é, aliás, o segmento “mais resiliente” do portefólio da Sonae Capital, o qual “não registou impactos diretos materiais”. Parte do investimento bruto de 12,8 milhões de euros realizado no primeiro semestre deste ano deve-se à fase final do desenvolvimento da central de cogeração de Biomassa em Mangualde.

Apesar das dificuldades, a empresa diz ser capaz de enfrentar o futuro, nomeadamente por causa do reforço de liquidez da empresa. A 30 de junho, a Sonae Capital tinha 81,3 milhões de euros em cash e linhas de crédito disponíveis. Esta almofada permite prosseguir os “objetivos estratégicos e assegurar um nível de conforto suficiente para enfrentar cenários mais adversos”.

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