VidaCaixa apura quebra de 16% em prémios e coleta até junho

  • ECO Seguros
  • 4 Agosto 2020

A líder ibérica do setor segurador cresceu quase 16% no negócio de risco. Detido a 100% pela VidaCaixa, o BPI Vida e Pensões segue a equivaler 12,4% do volume de recursos geridos pelo grupo catalão.

A VidaCaixa, entidade que consolida todo o negócio de seguros Vida e pensões do grupo CaixaBank, apurou 321,4 milhões de lucro líquido no primeiro semestre de 2020, inferior em 8,5% face ao alcançado em igual período de 2019.

O volume de prémios e entradas caiu perto de 16%, face a igual período do exercício anterior, situando-se nos 4 485 milhões de euros. A evolução reflete o impacto da crise sanitária nas contas da instituição catalã, em particular devido ao impacto da pandemia sobre o tecido empresarial em abril e maio, mas também o efeito na captação de poupança (-19,8%), enquanto o negócio de risco cresceu “com normalidade” acima de 15,6%, indica a companhia.

Assumindo situação robusta para fazer frente à crise da Covid-19 com resiliência, “a solvência de VidaCaixa mantém-se em nível estável, graças a uma excelente gestão de ativos e passivos”, nota a entidade referindo que, no final de março (último dado disponível) “o rácio de capital em termos de Solvência II foi de 163%” sobre o requisito de capital.

BPI Vida e Pensões segue a pesar 12,4% do total de recursos sob gestão

A parte do BPI Vida e Pensões no total de recursos geridos pelo grupo CaixaVida manteve-se inalterada entre março e junho, sendo que, de uma e outra parte, registou-se acréscimo percentual idêntico de março para junho.

O volume total de recursos geridos pela CaixaVida, braço de seguros e previdência do grupo catalão CaixaBank (antigo LaCaixa), ascendeu a 92 497,4 milhões de euros no termo do primeiro semestre, evidenciando crescimento de 4,5% face ao período homólogo de 2019 e a avançar 3,3% face ao contabilizado nos primeiros três meses de 2020. No relatório semestral da CaixaVida indica-se que, dos recursos totais, “7 473,9 milhões eram BPI Vida e Pensões”, a corresponder a cerca de 12,37% do volume do grupo.

A seguradora espanhola detém a totalidade do capital do BPI Vida e Pensões. Revisitando os números relativos ao primeiro trimestre de 2020, a informação da instituição financeira reporta 89 407,6 milhões de euros em volume de recursos geridos, atribuindo cerca de 7 235 milhões à parte BPI Vida e Pensões (12,37% do total do grupo). Neste quadro, a progressão relativa, em termos sequenciais (do 1º para o 2º trimestre), foi também de 3,3% para os dois lados (VidaCaixa e BPI Vida-Pensões), mantendo-se inalterado o peso da parte portuguesa (cerca de 12,4% do volume total da CaixaVida) entre março e junho.

Igualmente inalterado, em números redondos, continuou o número de clientes servidos pelo grupo CaixaVida em Espanha e Portugal: 5,2 milhões, indica o relatório semestral do braço de seguros do grupo LaCaixa

Segundo dados da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) tratados por ECO Seguros, o negócio segurador do BPI subiu ao quarto lugar, em 2019, no ranking das companhias a operar em Portugal. Em 2019, o BPI Vida e Pensões foi a surpresa positiva em ano de baixa do ramo onde atua (seguros Vida e pensões), com 61% de aumento (em prémios face a 2018) e quase a duplicar a sua quota para 6,7% do mercado português.

Por seu lado, a VidaCaixa (segundo dados divulgados agora pela própria) mantém-se como líder ibérica nos rankings Vida e pensões, com 31,9% do total de prémios e 26% do total do património acumulado em planos de pensões. Neste segmento (pensões), a CaixaVida detém individualmente 25,3%, segurando a primeira posição do ranking, apesar da queda de 26% no volume de prémios em Espanha.

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