Governo vai lançar concurso de 40 milhões para projetos de energia renovável

  • Lusa
  • 14 Agosto 2020

A EN-H2 prevê que se atinja, até 2023, 1,5% a 2% de hidrogénio verde no consumo final de energia e dois a 2,5 gigawatt (GW) de capacidade instalada em eletrolisadores.

O Governo prevê lançar durante este ano um concurso no valor de 40 milhões de euros, para apoiar projetos de produção e distribuição de energia renovável, segundo a Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2), publicada em Diário da República.

“Durante 2020, está previsto a preparação e lançamento de um Aviso destinado a apoiar projetos de produção e distribuição de energia proveniente de fontes renováveis, que incluirá a componente do hidrogénio, que terá uma verba que deverá rondar os 40 milhões de euros”, lê-se no documento.

O Governo pretende ainda implementar uma Aliança Nacional para o Hidrogénio, que servirá como plataforma de debate para o setor energético, envolvendo os principais agentes dos vários setores, sejam públicos ou privados, para que seja assegurado o cumprimento das metas e compromissos nacionais previstos na EN-H2.

Assim, as metas a cumprir até 2030 incluem a criação de 50 a 100 postos de abastecimento de hidrogénio, 10% a 15% de injeção de hidrogénio verde nas redes de gás natural, 2% a 5% no consumo de energia do setor da indústria, 1% a 5% no consumo de energia do transporte rodoviário e 3% a 5% no consumo de energia do transporte marítimo doméstico.

A EN-H2 prevê ainda que se atinja, até 2023, 1,5% a 2% de hidrogénio verde no consumo final de energia e dois a 2,5 gigawatt (GW) de capacidade instalada em eletrolisadores.

Em particular no setor dos transportes, a ideia passa por promover o setor dos transportes, o hidrogénio e os combustíveis sintéticos produzidos a partir de hidrogénio, para que, em complemento com a eletricidade e os biocombustíveis avançados, sejam uma “solução para alcançar a descarbonização deste setor, em particular no transporte de mercadorias, com foco nos veículos pesados, na logística urbana e na ferrovia, e de transporte de passageiros, com foco nos autocarros e na ferrovia”, refere o documento.

No dia 30 de julho, o Conselho de Ministros aprovou a EN-H2, determinando que o hidrogénio deverá ter um preço semelhante ao que hoje acontece para o gás natural, como afirmou na ocasião o ministro do Ambiente e Ação Climática.

Em conferência de imprensa após o fim daquela reunião, João Pedro Matos Fernandes afirmou que “a consulta pública mostrou que a indústria química é o grande cliente do hidrogénio”, cuja estratégia prevê um investimento de cerca de sete mil milhões de euros, com a meta de aquele gás representar 5% do consumo final de energia em 2030.

O ministro afirmou também que todos os apoios públicos aplicáveis serão concedidos por “candidatura pública e concurso no âmbito do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) ou do programa que lhe suceda no próximo quadro comunitário de apoio”.

Os apoios ao longo do tempo servirão para “garantir que não há nenhum prejuízo para os clientes e que o hidrogénio terá um preço em tudo comparável ao gás natural”.

“Serão atribuídos com mecanismos de concorrência e baseados nos leilões semelhantes” ao que hoje acontece para a energia solar, acrescentou Matos Fernandes.

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Investimento em mega projeto de hidrogénio em Sines pode ultrapassar 1,5 mil milhões

  • Lusa
  • 14 Agosto 2020

O objetivo do Governo é instalar uma unidade industrial com uma capacidade total em eletrolisadores de, pelo menos, um gigawatt (GW) até 2030.

O investimento previsto no projeto industrial de produção de hidrogénio verde em Sines poderá ser superior a 1,5 mil milhões de euros, de acordo com a Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2), publicada em Diário da República.

Segundo o documento, trata-se do “projeto âncora de grandes dimensões à escala industrial de produção de hidrogénio verde, focado em alavancar a energia solar, mas também eólica, enquanto fatores de competitividade, tirando partido da localização estratégica de Sines”, cujo investimento base previsto “poderá ser superior a 1,5 mil milhões de euros”.

O objetivo do Governo, lê-se, é o de instalar uma unidade industrial com uma capacidade total em eletrolisadores de, pelo menos, um gigawatt (GW) até 2030.

A esperança do executivo é a de que este investimento permita “posicionar Sines, e Portugal, como um importante ‘hub’ de hidrogénio verde”.

Assim, faz ainda parte da estratégia nacional para o hidrogénio a continuação dos trabalhos para formalizar uma candidatura ao Projeto Importante de Interesse Europeu Comum (IPCEI, na sigla inglesa) Hidrogénio, “com o objetivo de apoiar o desenvolvimento da cadeia de valor industrial em torno do hidrogénio verde”.

Em junho, o Governo lançou um convite à manifestação de interesse no projeto de hidrogénio planeado para Sines, direcionado a “empresas ou entidades portuguesas ou europeias”, segundo o Ministério do Ambiente e Ação Climática.

Em comunicado enviado na altura, a tutela resumia um despacho publicado em Diário da República (DR) dando conta de que “o projeto de Sines, que é parte integrante da Estratégia Nacional para o Hidrogénio, tem suscitado um grande interesse por parte do setor empresarial português” e que, por isso, considerou “vantajoso iniciar um processo de manifestação de interesse, dando oportunidade de participação de vários projetos neste setor hidrogénio, desde que garantida a coerência estratégica nacional e europeia”.

“Esta auscultação do mercado e eventual complementaridade de projetos vai permitir robustecer a candidatura portuguesa ao IPCEI (Important Project of Common European interest) e incentivar sinergias a nível de ‘cluster’ industrial”, assegurava a tutela, destacando os efeitos na “inovação, PME [pequenas e médias empresas] ou reforço da capacidade de produção, potenciando a capacidade de exportação”.

O período de manifestação de interesse encerrou em 17 de julho.

No dia 30 de julho, o Conselho de Ministros aprovou a EN-H2 como fonte de energia, determinando que o hidrogénio deverá ter um preço semelhante ao que hoje acontece para o gás natural, como afirmou na ocasião o ministro do Ambiente e Ação Climática.

Em conferência de imprensa após o fim daquela reunião, João Pedro Matos Fernandes afirmou que “a consulta pública mostrou que a indústria química é o grande cliente do hidrogénio”, cuja estratégia prevê um investimento de cerca de sete mil milhões de euros, com a meta de aquele gás representar 5% do consumo final de energia em 2030.

O ministro afirmou também que todos os apoios públicos aplicáveis serão concedidos por “candidatura pública e concurso no âmbito do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) ou do programa que lhe suceda no próximo quadro comunitário de apoio”.

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40% das exportações evaporam-se na pandemia. É a maior queda desde (pelo menos) 1996

As exportações registaram uma quebra histórica de 40% no segundo trimestre, superando a descida das importações. A quase paralisação do turismo foi determinante para este desempenho.

Por causa da pandemia, as exportações de bens e serviços registaram uma redução de 39,6% no segundo trimestre, o que corresponde a menos 9,2 mil milhões de euros de vendas ao exterior, de acordo com os cálculos do ECO com base nos dados históricos do Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta queda, principalmente provocada pela quase paralisação do turismo, foi a maior desde (pelo menos) 1996, primeiro ano da série, representa o dobro da quebra da crise anterior e é possivelmente a maior da democracia.

A redução das vendas ao exterior, seja de bens seja de serviços como o turismo, foi responsável por 4,4 pontos percentuais da queda de 16,3% do PIB no segundo trimestre. Esse foi o contributo da procura externa líquida (exportações descontadas das importações) e é explicado por uma descida superior das exportações face às importações num momento em que a pandemia afetou todo o comércio internacional de bens e serviços.

O que explica a queda superior das vendas ao exterior, em relação às compras ao exterior? Segundo o INE, a forma como o vírus afetou as deslocações e o peso do turismo na estrutura das exportações: “Esta diferença de comportamentos é sobretudo consequência da forte contração da atividade turística na evolução das exportações de serviços“, explica o gabinete de estatísticas, destacando a “quase interrupção do turismo de não residentes”. Isto porque o vírus afetou mais as viagens de pessoas do que as de bens.

Exportações afundam 40% no segundo trimestre

Os números mostram isso mesmo: no segundo trimestre, as exportações de bens encolheram 30% enquanto o turismo continuou com quedas significativamente superiores a 50%, apesar da recuperação ligeira ditada pelos turistas residentes. As exportações de bens chegaram a ter quedas superiores a 30 e 40% em abril e maio, mas junho foi um mês de recuperação significativa. Já nos serviços as exportações recuperaram, mas muito menos.

Já no primeiro trimestre as exportações de bens e serviços tinham registado uma quebra de 4,9%, a maior desde o terceiro trimestre de 2009. Essa foi a primeira quebra após cerca de 40 trimestre consecutivos de crescimento das exportações em Portugal, sendo esta referida como uma das histórias de sucesso da recuperação económica da crise das dívidas soberanas. Na maior parte desse período, as exportações estiveram a crescer a um ritmo superior ao do PIB, ganhando “peso” na estrutura da economia portuguesa, mas agora essa tendência inverteu-se com as exportações a cair bastante mais do que o PIB.

Principais parceiros comerciais não dão ânimo

As contrações do PIB registadas pelos principais parceiros comerciais no segundo trimestre não dão ânimo às perspetivas para as exportações nacionais, que o Governo quer colocar nos 53% do PIB. Portugal registou a quarta maior quebra do PIB (-16,3%) entre abril e junho, ficando atrás de três importantes parceiros comerciais: Espanha (-22,1%), França (-19%) e Itália (-17,3%). Estes países são não só dos maiores clientes de bens, mas também importantes emissores de turistas para Portugal.

Com a mesma dimensão de gravidade está o Reino Unido, um dos principais parceiros comercias de Portugal apesar da gradual saída da UE: a economia britânica contraiu 21,7%, em termos homólogos, e 20,4% em cadeia. No caso dos EUA, outro mercado relevante para a economia portuguesa, a queda do PIB foi de 9,5% nas duas óticas.

Mas há exceções. Na União Europeia, há algumas notícias menos más, nomeadamente com a quebra da Alemanha abaixo da média europeia (-15% em termos homólogos): na maior economia da Zona Euro e da União Europeia, a recessão foi de 11,7%, em termos homólogos, e de 10,1% em cadeia. Nos países nórdicos, como a Finlândia, a Dinamarca e a Suécia, origem de muitos turistas em Portugal, as quebras do PIB foram ainda mais reduzidas.

Os dados do Eurostat relativos a junho mostram que dentro da Zona Euro as exportações intracomunitária estão a recuperar (face ao mês anterior) a um ritmo mais elevado do que o comércio extracomunitário, mostrando que as cadeias de valor europeu voltam a integrar-se. Ainda assim, os economistas da Oxford Economics alertam, num comentário sobre os dados do PIB da Zona Euro, que as trocas comerciais mantêm-se “subjugadas”. Mais recentemente, um índice que mede o transporte rodoviário de mercadorias na Alemanha perdeu algum dinamismo.

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Imposto sobre refrigerantes reduziu consumo e novos impostos poderiam ter o mesmo efeito

  • Lusa
  • 14 Agosto 2020

O imposto especial sobre as bebidas com maior teor de açúcar levou a uma redução do consumo, comportamento que seria adotado também com novos impostos semelhantes.

O imposto especial sobre as bebidas com maior teor de açúcar levou mais de 40% dos inquiridos a reduzir o seu consumo, comportamento que adotariam também com novos impostos semelhantes, concluiu um estudo da Universidade Católica divulgado esta sexta-feira.

Numa secção dedicada à perceção de políticas de promoção de hábitos alimentares saudáveis, os resultados do estudo demonstram que 41,1% dos participantes afirmam que reduziram o consumo de bebidas açucaradas depois da entrada em vigor do imposto especial sobre estas bebidas. Cerca de 10% deixaram de as consumir por completo e 36,8% dos participantes admitem ainda que refletem mais antes de as consumir.

“Os participantes concordam em geral com a aplicação de impostos especiais a alimentos com alto teor de açúcar, sal ou gordura”, lê-se no relatório, que explica que o nível de concordância foi medido numa escala de 1 a 7, em crescendo com o grau de concordância.

Refrigerantes (alto teor de açúcar adicionado e edulcorantes); batatas fritas de pacote (alto teor de sal); gelados (alto teor de açúcar); e enchidos (alto teor de gordura), são exemplos de alimentos em relação aos quais os participantes no estudo admitem concordar com novos impostos especiais, com níveis de concordância superiores a 4.

Num cenário em que novos impostos se concretizem, 41,3% dos participantes admitem que iriam reduzir o seu consumo (numa média calculada para as respostas para o que seriam as três novas taxas: açúcar, sal e gordura). Do total de inquiridos 35,5% admitem também que novas taxas levariam a uma maior reflexão pessoal sobre o seu consumo.

Sobre hábitos alimentares, os resultados mostram que o consumo de frutas e vegetais é a categoria que a grande maioria associa a uma dieta saudável e que está bastante enraizada a perceção de que o excesso de açúcar, sal e gordura prejudicam uma alimentação saudável.

Por ordem decrescente, as respostas mais dadas no inquérito sobre a perceção do que é uma dieta saudável referem “comer mais frutas e vegetais” (90,3%); “comer uma variedade de alimentos” (87,8%); “evitar alimentos com muito açúcar” (84,3%); “evitar alimentos com muita gordura” (77,2%); “ evitar comidas com aditivos” (75,4%); e “evitar o consumo de sal” (67,7%).

Reduzir hidratos de carbono, comer menos carne e mais peixe fazem parte da conceção de dieta saudável de metade dos participantes. Mais de 90% dos inquiridos considera o seu regime alimentar entre moderadamente a bastante saudável e 83,4% admite ter feito mudanças nos hábitos alimentares nos 12 meses anteriores ao inquérito. A mais mencionada foi uma maior ingestão de água, seguindo-se o menor consumo de álcool, de mais frutas e vegetais e de menos açúcar.

O estudo do Observatório da Sociedade Portuguesa da Universidade Católica dedicado a conhecer os hábitos alimentares dos portugueses foi aplicado entre novembro e dezembro de 2019 a 995 participantes, que responderam a um questionário online. A maioria dos participantes são mulheres (657). Os participantes têm idades compreendidas entre os 18 e os 73 anos e mais de 70% tem habilitações ao nível do ensino superior.

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Taxa de ocupação dos hotéis no Porto é inferior a 30%

  • Lusa
  • 14 Agosto 2020

A taxa de ocupação dos hotéis na Invicta situa-se nos 20% a 30%, mas ainda existem muitas unidades (10%) fechadas desde março e sem perspetiva de reabertura, alerta o presidente da APHORT.

A taxa de ocupação dos hotéis que retomaram a atividade na cidade do Porto situa-se nos 20% a 30%, mas há ainda muitas unidades (10%) fechadas desde março e sem perspetiva de reabertura, avançou esta sexta-feira fonte da associação APHORT.

“Dos muitos hotéis que a cidade do Porto tem, neste momento, acredito que 10% ainda permaneçam encerrados e os restantes [estão] a trabalhar com taxas de ocupação muito, muito baixas, entre 20% a 30%”, declarou esta sexta-feira o presidente da Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo (APHORT), Rodrigo Pinto Barros.

Em entrevista telefónica à agência Lusa, a propósito da crise no setor da hotelaria relacionado com a pandemia da Covid-19, o presidente da APHORT explicou que a quebra nas dormidas dos hotéis da cidade do Porto se deve, principalmente, à “falta do turismo internacional” e “há falta de grupos, que estão a cancelar quase diariamente as suas deslocações a Portugal”.

A Lusa confirmou a manutenção do encerramento no Hotel Inca, uma unidade hoteleira na zona de Cedofeita, que recebeu obras de reabilitação entre junho e dezembro de 2019 e que após o investimento viu-se obrigado a encerrar os 62 quartos desde o estado de emergência – em março -, mantendo apenas um funcionário a trabalhar para garantir a manutenção da maquinaria.

“Estamos fechados desde março e não tenho informações de quando poderemos reabrir”, lamentou o funcionário da manutenção do Hotel Inca.

No Hotel Teatro, nas proximidades da estação de comboios de São Bento, a história repete-se.

A unidade hoteleira com 74 quartos está encerrada desde março e, de momento, a administração não quer avançar com datas de reabertura, adiantou à Lusa Lito Fernandes, do Departamento de Vendas daquele grupo hoteleiro.

Segundo Lito Fernandes, o Porto vive muito do turismo de ‘city break’, em que as reservas são feitas a uma semana de decidirem viajar, e, dessa forma, é difícil ter perspetivas da retoma efetiva.

“As reservas dos hotéis de cidade são muito de ‘last minute’ (último minuto)” e, a acrescentar a isso, por causa da covid-19 as pessoas aguardam até à última hora para saber se podem viajar de avião”, explica, reconhecendo que há um “estigma” instalado para com as pessoas que viajam de avião em tempo de pandemia.

Apesar de muitas unidades hoteleiras permanecerem fechadas, a grande maioria dos hotéis da cidade do Porto reabriu. A abertura trouxe, contudo, uma ocupação dos quartos “muito baixa” e uma “perspetiva de negócio muito fraca, porque o ‘corporate’ (grupos de turistas) desapareceu, o que nesta altura é normal” e porque o “turismo de cidade desapareceu”, tornando o negócio “muito incipiente”, classificou o presidente da APHORT.

No Hotel Porto Bay Flores, um cinco estrelas localizado na Rua das Flores do mesmo grupo do Hotel Teatro, a taxa de ocupação média ronda os 55%, mas a perspetiva para valores mais positivos não existe, devido ao Porto ser o tal destino de ‘city break’, acrescenta Lito Fernandes.

No Mercure Hotel, na Praça da Batalha, que reabriu a atividade a 21 de julho, dos 147 quartos disponíveis apenas “20 estão ocupados” ao dia de hoje, principalmente com estrangeiros espanhóis e alguns com turistas nacionais, relata uma das funcionárias da receção daquela unidade hoteleira.

No NH Collection Porto Batalha, e segundo Vasco Cunha, diretor de Vendas, a taxa de ocupação ronda os 40% para o mês de agosto.

“Não fazemos futurologia tendo em conta a conjuntura atual [de covid-19]”, declarou, afirmando, todavia, que vão apostar no período do Natal “com promoções” e “pacotes especiais à semelhança de anos anteriores” e que vão continuar a apostar em “promoções de verão e ações de marketing para o mercado ibérico”.

Já no início deste mês, o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins, havia declarado que a pandemia de covid-19 havia invertido os números da procura turística na região Norte, com o interior a atrair este verão 80% dos turistas, com o turismo rural a ser o motor da nova dinâmica, e a cidade do Porto a registar 30% de taxa de ocupação.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o turismo interno permitiu uma queda da atividade turística “menos intensa” em junho Turismo recupera em junho com ajuda dos portugueses face a maio, tendo os hóspedes diminuído 82,0% em termos homólogos e as dormidas recuado 85,2%.

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Associação de marcas e restauração pede alargamento dos horários do comércio na AML

  • Lusa
  • 14 Agosto 2020

Para o presidente da associação, Miguel Pina Martins, “é necessário e urgente alargar os horários dos espaços comerciais e implementar todas as medidas de apoio ao comércio".

A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) apelou esta sexta-feira para o alargamento dos horários dos espaços comerciais da Área Metropolitana de Lisboa (AML), após o Governo ter determinado que a decisão está nas mãos dos presidentes de câmara.

A AMRR apela a que seja determinado o alargamento dos horários dos espaços comerciais (de rua e em centros comerciais) na AML”, lê-se num comunicado enviado às redações. Na quinta-feira, em reunião de Conselho de Ministros, o Governo decidiu que os horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais da AML poderão ser alterados por decisão dos presidentes dos municípios, deixando de vigorar a obrigatoriedade de abrirem às 10:00 e encerrarem às 20:00.

Neste sentido, a AMRR enviou uma carta aos dezoito presidentes das Câmaras Municipais da AML, apelando para o alargamento do horário daqueles espaços. O presidente da AMRR, Miguel Pina Martins, refere, em comunicado, que “é necessário e urgente alargar os horários dos espaços comerciais e implementar todas as medidas de apoio ao comércio para uma recuperação económica”.

“Os comerciantes têm enfrentado quebras abruptas das suas receitas e, apesar de toda a incerteza, continuam a investir na segurança dos seus clientes e a respeitar as normas e recomendações das autoridades”, acrescenta o responsável. A associação considera ainda que os espaços comerciais “têm-se revelado seguros e monitorizados” e sublinha que, após cerca de três meses de quebras de 100%, “a recuperação tem sido difícil, com reduções, face ao período homólogo, a rondar os 40% no período da reabertura”.

No seu mais recente Observatório, relativo ao mês de julho, a AMRR anunciou uma quebra de vendas de 36,8% face ao mesmo período do ano passado, tendo sido superior em 12 pontos percentuais em Lisboa ( quebra de 42,8%), face ao resto do país.

Segundo adiantou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no final da reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira, os horários que são agora praticados manter-se-ão em vigor até decisão dos presidentes das autarquias, que podem “fazer alterações aos horários de estabelecimentos comerciais, tanto relativas à hora de encerramento, como relativas à hora de abertura”.

“O que se define é: estabelecimentos comerciais – lojas, cafés, pastelarias, livrarias e mercearias – podem ter um horário de funcionamento alterado pelo presidente de câmara do respetivo município em função de um parecer das autoridades de saúde e das forças de segurança”, afirmou Mariana Vieira da Silva, referindo que “permanecem as mesmas” regras quanto ao funcionamento de restaurantes, assim como de discotecas e bares, que podem funcionar cumprindo as normas aplicadas a cafés e pastelarias.

Neste momento, na AML, que está em situação de contingência desde o início de julho devido à pandemia de covid-19, a generalidade dos estabelecimentos comerciais têm de encerrar às 20:00. Os hipermercados e supermercados podem permanecer abertos até às 22:00, mas não podem vender bebidas alcoólicas depois das 20:00, enquanto os restaurantes podem admitir clientes até à meia-noite, tendo de encerrar à 01:00.

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Aprovação do Governo de Bolsonaro sobe para 37% no Brasil

  • Lusa
  • 14 Agosto 2020

Instituto Datafolha concluiu que a aprovação no Brasil ao Governo de Bolsonaro subiu de 32% para 37% no final de junho.

O índice de aprovação do Governo do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, subiu para 37%, a maior percentagem desde que assumiu o poder em 2019, apesar da sua gestão questionada durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, 37% dos brasileiros qualificaram a gestão de Jair Bolsonaro como “ótima ou boa”, face aos 32% que pensaram assim no final de junho. Este é o melhor resultado obtido por Bolsonaro nas pesquisas Datafolha desde a sua chegada à Presidência do Brasil em 01 de janeiro de 2019.

O índice de rejeição do chefe de Estado, por sua vez, caiu 10 pontos, de 44% para 34%, enquanto outros 27% consideram que o desempenho do Governo brasileiro é “regular”.

Bolsonaro, que no passado criticou o resultado de outras pesquisas de opinião sobre a sua gestão, reagiu desta vez com ironia. “Certo, meia verdade ou ‘notícia falsa’? Bom dia a todos”, escreveu o chefe de Estado numa mensagem nas suas redes sociais juntamente com a imagem da capa do jornal Folha De S.Paulo, que publicou a pesquisa antecipadamente.

A sondagem foi feita a partir de entrevistas telefónicas com 2.065 pessoas, entre 11 e 12 de agosto, e tem margem de erro de dois pontos percentuais. De acordo com o Datafolha, o aumento da popularidade do Governo brasileiro coincide com uma moderação no tom adotado pelo presidente e com a distribuição de subsídios destinados às camadas mais pobres da sociedade para amenizar os efeitos das medidas de distanciamento social impostas para conter a proliferação da covid-19.

Jair Bolsonaro é um dos poucos líderes do mundo que nega constantemente o perigo do novo coronavírus. O chefe de Estado brasileiro subestimou a pandemia desde o início e desafiou as medidas de distanciamento social impostas por governadores e prefeitos do país em diversas oportunidades.

O presidente brasileiro foi infetado pelo novo coronavírus no início de julho e já recuperou da doença. O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 3,2 milhões de casos e 105.463 óbitos), depois dos Estados Unidos da América.

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PSI-20 recua penalizado pelo setor energético, mas ganha na semana

A bolsa nacional caiu pela segunda sessão consecutiva, mas a semana foi positiva para o PSI-20. Fora do índice principal, o destaque vai para a Cofina.

O PSI-20 fechou em terreno negativo nesta sexta-feira, acumulando duas sessões de perdas. A bolsa nacional foi arrastada pelo setor energético, pelos CTT e pela Ibersol, acompanhando assim as perdas registadas nas bolsas europeias.

O índice lisboeta perdeu 0,84% para os 4.441,52 pontos. Apesar da queda desta sessão, a bolsa nacional fechou a semana com uma valorização de 1,69%. O mesmo aconteceu ao Stoxx 600 — o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias –, que desvalorizou nesta sessão mas acumula a segunda semana consecutiva de ganhos.

Na Europa, o setor das viagens e lazer, nomeadamente as companhias áreas (como a British Airways, Easyjet, Air France KLM ou a IAG) e as operadoras turísticas (como a TUI), foi um dos que mais desceu por causa da decisão do Reino Unido de acrescentar mais países europeus à sua “lista negra”, obrigando os viajantes desses destinos (como a França e a Holanda) a uma quarentena obrigatória.

Além disso, os dados das vendas a retalho na China desiludiram os investidores, de acordo com a imprensa internacional, assim como as preocupações sobre um atraso nos estímulos orçamentais dos EUA face a discórdia entre os democratas, republicanos e Casa Branca.

Entre as quedas, as maiores foram as da Ibersol — as ações da cadeia de restauração desceram 2,51% para os 5,44 euros — e as dos CTT cujas ações desvalorizaram 2,04% para os 2,88 pontos. Em termos de setores, foi o energético a penalizar mais o índice nacional: a Galp Energia desceu 1,51% para os 9,52 euros, a EDP perdeu 1% para os 4,35 euros e a EDP Renováveis cedeu 1,87% para os 13,66 euros.

A evitar perdas mais significativas no PSI-20 esteve a Mota-Engil: os títulos da construtora subiram 3,94% para os 1,42 euros. A REN, a Pharol e a Altri também subiram, mas muito ligeiramente.

Fora do índice, o destaque vai para a Cofina que subiu 0,78% para os 26 cêntimos por título. A cotada do setor dos media acumula já um ganho de 18% desde que relançou a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Media Capital, negociando em máximos de 23 de julho.

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Lucros da SIMAB crescem 6,8% no semestre para 2,6 milhões de euros

  • Lusa
  • 14 Agosto 2020

A Sociedade Instaladora de Mercados Abastecedores (SIMAB) registou lucros de 2,6 milhões de euros no primeiro semestre, um crescimento de 6,8% em termos homólogos.

A Sociedade Instaladora de Mercados Abastecedores (SIMAB) encerrou o primeiro semestre com um resultado líquido consolidado de 2,6 milhões de euros, mais 6,8% face ao mesmo período de 2019.

A empresa do grupo Parpública (sociedade gestora de participações sociais do Estado português) apresentou, no final do primeiro semestre deste ano, um resultado líquido consolidado, antes de interesses minoritários, positivo em 2,6 milhões de euros, superior em 6,8% (mais 165,9 mil euros) àquele verificado no mesmo período do ano passado, anunciou em comunicado.

De acordo com a informação do grupo que gere as plataformas logísticas e mercados abastecedores de Lisboa, Braga, Évora e Faro, a SIMAB “encerrou o primeiro semestre de 2020 com diminuição da dívida, reforço do resultado líquido e dos seus capitais próprios”.

Também o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado ascendeu a 6,135 milhões de euros, ficando igualmente acima do registado no período homólogo de 2019, em 255,1 mil euros.

O grupo dá ainda conta do crescimento das margens operacionais positivas ao nível do EBITDA e do EBIT (lucros antes de juros e impostos), respetivamente, de 71% (mais 3,3 pontos percentuais) e 40% (mais 3,7 pontos), no período em análise.

Por sua vez, o EBIT consolidado ascendeu a 3,697 milhões de euros, mais 7,4% (255,4 mil euros) do que no período homólogo de 2019, ficando abaixo do Plano de Atividades e Orçamento do segundo trimestre de 2020 (PAO2T20), em cerca de 491,6 mil euros (menos 11,7%).

Os encargos financeiros consolidados ascenderam a 203,9 mil euros, valor que fica abaixo do registado no primeiro semestre de 2019 e do PAO2T20, respetivamente, em 47 mil euros (-18,7%) e 26,7 mil euros (-11,6%), o que traduz “a redução do passivo financeiro e a melhoria nas condições de pricing”, aponta a SIMAB.

“Há um reforço dos capitais próprios em 2,8 pontos percentuais, quando comparado com 31 de dezembro de 2019, por via dos resultados líquidos obtidos no período”, lê-se no comunicado, que refere também uma redução da dívida financeira líquida consolidada, no montante de 3,3 milhões de euros (-7,4%), face a 31 de dezembro de 2019, situando-se, no final de 2020, em cerca de 41,210 milhões de euros”.

Já no segundo trimestre de 2020, o fluxo de caixa operacional gerado pelo grupo ascendeu a 4,860 milhões de euros, adianta.

“O cash flow gerado, aliado às disponibilidades de tesouraria, permitiu fazer face às obrigações decorrentes do serviço da dívida, designadamente, a amortizações de capital de financiamentos de médio/longo prazo e programas de emissão de papel comercial, juros de financiamento e outros encargos, que ascenderam a 3,814 milhões de euros”, refere o grupo, na mesma nota.

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Turistas britânicos continuam a procurar Portugal, diz Luís Araújo

O presidente do Turismo de Portugal critica os critérios do Reino Unido para definir os corredores aéreos e diz que, mesmo com Portugal excluído, ainda há britânicos a passar férias cá.

O verão de 2020 está e vai ser marcado pelo reduzido número de turistas estrangeiros, dadas todas as restrições de viagens em vigor devido à pandemia. Essa é uma das maiores preocupações para o setor, mas o presidente do Turismo de Portugal diz que, antes disso, é importante voltar a dar confiança às pessoas para viajarem. Em conversa com o ECO para a rubrica “Dar a volta ao turismo”, Luís Araújo fala ainda na importância de recuperar a capacidade aérea, alertando que, no futuro, o turismo nacional tem de se preparar para uma concorrência “feroz” entre os vários destinos.

O “mercado interno é importante” para o turismo, reconhece Luís Araújo, embora saliente que o país vai “continuar a precisar do mercado externo”. Isto numa altura em que o número de turistas estrangeiros a vir para Portugal é bastante reduzido quando comparado aos demais anos, devido a todas as restrições de viagens que têm sido impostas pelos países. Exemplo disso é o Reino Unido, que deixou Portugal de fora da lista dos corredores aéreos. Com os critérios do Governo britânico o presidente do Turismo de Portugal não concorda, classificando-os de “pouco claros”. Ainda assim, diz, continua a haver turistas britânicos a vir passar férias em território nacional.

Para colmatar esta falta de turistas, foram várias as medidas já anunciadas pelo Turismo de Portugal e pelo próprio Governo, começando pelas linhas de crédito às empresas do setor. Até ao momento, revelou Luís Araújo, já foram dados “mais de 1.300 milhões de euros” em apoios às empresas do setor turístico, restando esperar pelo evoluir da situação pandémica para perceber se serão precisos mais reforços.

“Vacina não é a única solução para retomar confiança”

“Antes de faltarem turistas, falta confiança em viajar”, diz o Presidente do Turismo de Portugal, salientando a importância de recuperar essa confiança. Uma vez recuperada essa confiança — tanto do lado dos turistas como do lado das empresas — é necessário recuperar a capacidade aérea que o país tinha antes da pandemia e aí sim, é necessários que os turistas venham. “A vacina não é a única solução para retomarmos a confiança”, aponta.

Sobre a fórmula para recuperar essa confiança, Luís Araújo nota que, mesmo em tempos de pandemia, é possível “passar férias normalmente” e “ter a melhor experiência dentro do território nacional”, desde que com os devidos cuidados. Por enquanto tudo aponta que 2020 será um ano com quebras “significativas”, mas o responsável salienta que tudo está a ser feito para que a recuperação seja “o mais rápida possível”.

http://videos.sapo.pt/UvNhTIrg5T790HNzUJCM

Empresas já receberam mais de 1.300 milhões em apoios

Luís Araújo defende que as medidas adotadas desde o início para apoiar as empresas afetadas pela pandemia foram “muito eficazes”. E “não só aquelas [medidas] que foram preparadas especificamente para o setor do turismo”, diz o responsável. Foram criadas várias linhas de financiamento, que acabaram por ser reforçadas e, até ao momento, adiantou o presidente do Turismo de Portugal, já foram concedidos mais de 1.300 milhões de euros em apoios. Agora resta esperar pelo evoluir da situação, tendo em conta que há demasiados fatores que não podem ser controlados, nota.

Mas, no que está ao alcance do Governo e do Turismo de Portugal, diz, tudo está a ser feito. “Temos reuniões semanais com quase todas as companhias aéreas para avaliar esta evolução dentro do país”, diz Luís Araújo, referindo que “o facto de em agosto termos 55 a 60% da capacidade aérea já é extremamente positivo” e isso é um sinal positivo para as empresas. “O nosso grande objetivo é recuperar a capacidade aérea que tínhamos nos anos anteriores, o mais depressa possível”, acrescenta.

http://videos.sapo.pt/3IrD2kQ2vrgzyg4zF3iw

“Espero que a situação seja revertida, mas depende do Reino Unido”

Sobre uma das notícias que mais tem abalado o turismo — a exclusão de Portugal da lista de corredores aéreos do Reino Unido — o presidente do Turismo de Portugal nota que “continua a haver procura por parte do Reino Unido para Portugal” e que, embora não seja a capacidade desejada, Portugal “continua a despertar curiosidade” e isso é positivo. Luís Araújo sublinha a importância de os critérios serem “claros e transparentes”, criticando a decisão do Governo britânico. “Espero que a situação seja revertida, mas não depende de nós. Depende do Reino Unido”, afirma.

http://videos.sapo.pt/zdH3y0uTcWW1cTriEv0m

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Vendas a retalho desiludem e penalizam Wall Street

As bolsas norte-americanas abriram em queda na última sessão da semana, penalizadas pelos dados das vendas a retalho, que ficaram abaixo do esperado.

Os principais índices dos Estados Unidos abriram a última sessão da semana em terreno negativo, penalizados pelos dados das vendas a retalho, que ficaram abaixo do previsto. Isto foi o suficiente para causar nos mercados uma onda de preocupação quanto à recuperação da economia.

Os dados publicados esta sexta-feira mostraram que as vendas a retalho nos Estados Unidos subiram no mês passado, mas menos do que o esperado. As estatísticas indicam ainda que esta evolução pode desacelerar ainda mais devido ao aumento do número de casos de coronavírus em todo o país e à redução do número de cheques para desempregados.

Estes dados acabaram por se refletir nos mercados. O índice de referência S&P 500 está a desvalorizar 0,13% para 3.369,20 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que segue a cair 0,37% para 27.794,79 pontos. Quem também não está a escapar às perdas é o índice tecnológico Nasdaq, que está a recuar 0,32% para 11.007,64 pontos.

No mercado de ações, a Applied Materials sobe mais de 7%, depois de ter previsto uma receita do quarto trimestre acima das expectativas dos analistas, depois de uma recuperação na procura por chips. Destaque ainda para a fabricante de carros elétricos Tesla que está a valorizar quase 2%.

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Lotação da Festa do Avante reduzida para cerca de 33 mil pessoas

O PCP anunciou esta sexta-feira que a lotação da Festa do Avante será de um terço da capacidade do recinto. Serão cerca de 33 mil pessoas numa área de 300 mil metros quadrados.

O PCP anunciou que a lotação da Festa do Avante será de um terço da capacidade do recinto, ou seja, a iniciativa deverá receber um máximo de cerca de 33 mil visitantes.

“O número de presenças em simultâneo na Festa será de um terço da capacidade licenciada, assegurando que os 300 mil metros quadrados postos à disposição dos visitantes significam que cada um pode usufruir de uma área superior à que está estabelecida para a frequência de praias e que, em regra, será o dobro daquela que está fixada para espaços similares (no caso, espaço ao ar livre)”, anunciou o partido em comunicado.

A realização da Festa do Avante, entre 4 e 6 de setembro, na Quinta da Atalaia, no Seixal, tem causado polémica por acontecer numa altura em que o país luta contra a Covid-19. O Governo confirmou esta quinta-feira que a lei não permite impedir a realização do Avante e indicou que não existirão “exceções”, porque as autoridades estarão atentas ao cumprimento “escrupuloso” de todas as regras.

Segundo o PCP, está em curso uma “campanha contra a Festa do Avante, pretendendo a sua estigmatização, procurando impor-lhe limitações excecionais que não vigoram nas múltiplas expressões da vida social e cultural”. “O PCP realizará a Festa do Avante com toda a responsabilidade e garantindo integralmente as condições para o seu usufruto em tranquilidade e segurança”, reforça o partido.

A mesma nota lembra que “o horário da Festa conhecerá, também, alterações no que diz respeito à hora limite para a entrada (e reentrada) na Festa, que será fixada nas 24h00 de sexta-feira e sábado e nas 22h00 de domingo (em vez, respetivamente, da uma da manhã e das 22h30)”. “Serão ainda adotados um conjunto de procedimentos quanto à circulação nas imediações e no interior do recinto”, indica.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h02)

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