📈 Covid-19 em abril e outubro. As diferenças em cinco gráficos

O número de novos casos de Covid-19 voltaram a atingir níveis de abril, quando foi atingido o pico da pandemia em Portugal. Como evoluiu o vírus até outubro? Veja as diferenças em cinco gráficos.

1.516 novos casos. Este foi o máximo de novas infeções por Covid-19 que Portugal atingiu no dia 10 de abril, em pleno pico da pandemia. Cerca de seis meses passados, este valor está quase a ser atingido novamente. Esta sexta-feira, o país somou mais 1.394 infeções. Foi o segundo dia consecutivo, em que foram identificados mais de 1.000 doentes. Isso significa que estamos pior do que na primavera?

Evolução de novos casos por Covid-19

Fonte: DGS

No período mais acentuado da pandemia, de 17 de março a 17 de abril, a evolução dos casos oscilou e chegou a atingir cerca de 1.500 infeções diárias. Esta sexta-feira, foi o segundo dia com mais contágios desde o início da crise sanitária. Se recuarmos 30 dias no calendário, a trajetória é de aumento. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu que Portugal atravessa um “período muito grave” só comparável ao que foi vivido na primavera, e que há necessidade de repensar as medidas de contingência. Será no Conselho de Ministros de 15 de outubro que o Executivo vai revisar as medidas de contingência.

Evolução do número de mortes por coronavírus

Fonte: DGS

O número máximo diário de mortes foi 37, desde o início da pandemia. Esta semana, Portugal ultrapassou os 2.000 óbitos, sendo que 14 foram nas últimas 24 horas. As diferenças são explicadas pelas faixas etárias afetadas pela doença nos dois períodos. Inicialmente, população mais idosa, com maior necessidade de recorrer ao uso de ventiladores, e agora mais jovens com menos problemas de saúde associados. Além disso, os meses que distam entre os dois picos da pandemia também permitiram aprender mais sobre a doença e como combatê-la com maior eficácia.

Há mais casos ativos

Fonte: DGS

Embora o número diário de óbitos seja significativamente mais baixo, há mais casos ativos. Isto significa que há mais pessoas infetadas em simultâneo. Em setembro, o primeiro-ministro alertou que o vírus não estava a perder a força “por incidir numa faixa etária mais jovem”. À saída de uma reunião do gabinete de crise, António Costa frisou: “Convém não esquecer que temos a responsabilidade de não contaminar outros, como idosos, ou pessoas que convivem connosco e não sabemos se tem alguma condição”.

Primavera vs. outono. Quantas camas estão ocupadas no SNS?

No que diz respeito ao número de doentes internados ou nos cuidados intensivos, o outono é menos negativo. A 16 de abril, 1.302 camas estavam ocupadas com doentes infetados por Covid-19, o número mais alto de sempre. Desde setembro, este indicador tem vindo a aumentar paulatinamente estando nas últimas 24 horas, 811 utentes internados, o valor mais elevado dos últimos 30 dias.

O avolumar de novos casos de infeção traz “naturais preocupações” para a ministra da saúde, no que diz respeito à pressão que estes indicadores podem ter no Serviço Nacional de Saúde. Sendo que, os dados revelam uma maior pressão em Loures, Amadora e Sintra. Por exemplo, os cuidados intensivos do hospital Beatriz Ângelo já atingiram a capacidade máxima.

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