26 mil micro e pequenas empresas já pediram 270 milhões de euros do Apoiar

Números foram avançados pelo primeiro-ministro António Costa. Primeiro-ministro revela que auxílios para o setor da restauração totalizam 1.100 milhões de euros, metade dos quais a fundo perdido.

As micro e pequenas empresas com perdas de faturação superiores a 25% já pediram 270 milhões de euros de um total de 750 milhões disponíveis a fundo perdido no âmbito do Programa Apoiar. Os números foram avançados pelo primeiro-ministro António Costa, que sublinhou a importância de os empresários conhecerem os apoios disponíveis. Anunciou igualmente que o Governo irá reunir-se ainda esta quarta-feira com a Confederação do Turismo e do Comércio.

“Neste momento, as 26 mil candidaturas dizem respeito a 270 milhões dos 750 milhões a fundo perdido”, disse Costa, em declarações transmitidas pela RTP3 a partir do Centro Cultural de Belém onde está para reunir por videoconferência com o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli.

Este dinheiro vem do Apoiar.pt, um programa que tem 750 milhões de euros em subsídios para as empresas dos setores mais afetados pela pandemia e que podem ser usados como alívio de tesouraria ou até mesmo para pagar salários. Este acumula com o Apoiar Restauração, que se destina a compensar as perdas por a restauração ter sido obrigada a fechar portas, sem possibilidade de oferecer serviços de take away, com um valor que ascende a 25 milhões de euros. Mas, no total, os auxílios para o setor da restauração totalizam 1.100 milhões de euros, metade dos quais a fundo perdido, avançou António Costa.

Costa sublinhou a importância de os empresários conhecerem os apoios disponíveis, defendendo que estes existem exatamente para ajudar setores mais penalizados pela pandemia. Rejeitou, no entanto, reduzir as restrições, como pede o setor da restauração.

Quando nos pedem o fim das restrições, respondemos que não podemos colocar em causa a saúde das pessoas. E quando nos dizem que esses apoios devem ser concedidos independentemente de estarem regularizadas situações perante o Fisco e a Segurança Social, isso obviamente não é aceitável, porque o esforço de solidariedade deve ser de todos para com todos”, afirmou o primeiro-ministro.

António Costa acrescentou que o Governo está disponível para negociar com o setor, incluindo com o grupo de empresários da restauração e da animação noturna que se encontra em greve de fome em frente à Assembleia da República. Mas pede que seja “ultrapassado o impasse” criado.

(Notícia atualizada às 10h30)

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