Medo de mais restrições ofusca vacinação. Wall Street desce
Com as infeções a aumentarem significativamente e o número de mortes a superar os 300 mil, os investidores temem mais restrições nos EUA. Wall Street fechou em baixa.
Após uma abertura em alta, os principais índices norte-americanos acabaram por fechar em baixa com os receios relativos a mais restrições por causa da pandemia a superarem o otimismo com o início do processo de vacinação nos Estados Unidos.
O Dow Jones desceu 0,62% para os 29.860,04 pontos e o S&P 500 desvalorizou 0,26% para os 3.654,03 pontos. Em contraciclo esteve o Nasdaq que valorizou 0,65% para os 12.458,80 pontos. Com o número diário de infeções a crescer nos Estados Unidos, os investidores receiam que haja mais restrições antes de a vacinação chegar ao nível necessário para que se possa voltar gradualmente à “normalidade”.
Esta segunda-feira o mayor de Nova Iorque, Bill De Blasio, avisou que a cidade — onde foi vacinada a primeira pessoa nos EUA — irá entrar num “confinamento total” em breve. “Estamos a ver o tipo de nível de infeções com o coronavírus que não víamos desde maio e temos de parar esse impulso ou o nosso sistema hospitalar será ameaçado“, avisou De Blasio, citado pela CNBC.
Ao otimismo da vacinação juntava-se o facto de o Congresso estar cada vez mais perto de aprovar um novo pacote de estímulos para a economia norte-americana e de a Reserva Federal preparar-se para prolongar o programa de emergência de compra de ativos, o que também tende a beneficiar as bolsas.
Se houver mais restrições generalizadas nos estados norte-americanos, a necessidade de mais estímulos orçamentais e monetários deverá ser ainda maior. Apesar de haver acordo geral sobre o pacote de estímulos de 908 mil milhões de dólares, continua a haver divergências sobre algumas partes do plano, nomeadamente sobre a ajuda a dar aos governos locais.
No sábado houve mais de 2.300 mortes nos EUA, depois de terem morrido 3.300 pessoas na sexta-feira. No total, já morreram mais de 300 mil norte-americanos. As novas infeções continuam a crescer significativamente com mais de 219 mil casos no sábado.
Entre as cotadas, destaque para a subida de 31% da norte-americana Alexion Pharmaceuticals — atingindo um máximo de quatro anos –, após ter sido noticiada uma oferta de 39 mil milhões de euros pela empresa por parte da britânica AstraZeneca. A ser aceite, esta aquisição será um dos maiores negócios do ano, segundo a Reuters.
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