Portugal tem muito mais Lisboa quando visto pelo PIB

Todos conhecemos o mapa territorial de Portugal, mas a distribuição das regiões muda bastante se organizadas pela população residente ou pelo PIB. Veja aqui como.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) decidiu fazer uma distorção ao mapa territorial para mostrar as diferenças entre território, população residente e PIB. Os mapas distorcidos mostram o peso populacional e económico da zona da capital e envolvente, de forma totalmente desproporcional face à sua dimensão.

“As figuras seguintes ilustram uma possível distorção das regiões NUTS II do país, através da sua dimensão demográfica e económica”, explicou o gabinete de estatísticas no destaque, referindo que “estes mapas distorcidos, salientam a assimetria regional da distribuição da população e de geração do PIB, evidenciando o peso da Área Metropolitana de Lisboa quando se tem por referência o nível do PIB“.

Estes resultados têm como base os dados de 2019, tanto para o Produto Interno Bruto regional como para a população residente em cada região.

No ano passado, as regiões que mais cresceram foram Lisboa (+2,6%), Algarve (+2,6%) e Açores (+2,4%) graças ao turismo. Já o Alentejo, que é achatado neste mapa nestas duas óticas, viu o PIB a crescer apenas 0,6%, bem abaixo da média nacional de 2,2%.

Os dados do INE relativos a 2019 mostram que Lisboa continua a “ter” a maior fatia do PIB, com 36%, seguindo-se o Norte com 29,7% e o Centro com 18,8%. As restantes regiões ficam abaixo dos 10%: Alentejo com 6,3%, Algarve com 4,8%, Madeira com 2,4% e os Açores com 2,1%.

Apesar destas diferenças significativas, o INE conclui, com base na análise dos dados do PIB per capita regional e produtividade, que “o grau de coesão no país tem vindo a aumentar, mais intensamente em termos de produtividade”.

O mesmo se pode dizer quando comparado com a média europeia: “A disparidade observada em Portugal é das menores no conjunto dos países da UE28 com mais que uma região NUTS II, variando entre 66% da média da UE28 na região Norte e 101% da média na região da Área Metropolitana de Lisboa”.

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