SNS24 já atendeu mais de 3,67 milhões de chamadas em 2020

  • Lusa
  • 25 Dezembro 2020

O reforço dos meios humanos e tecnológicos, associados à reformulação da operacionalidade do sistema, foram essenciais para assegurar a capacidade de resposta às preocupações da população.

O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Luís Goes Pinheiro, destacou a capacidade de resposta da linha SNS24 num 2020 marcado pela pandemia de covid-19, com um número de chamadas atendidas superior a 3,67 milhões.

“Foram já atendidas mais de 3,67 milhões de chamadas no SNS24. É, de facto, um número especialmente significativo, tendo em conta que no ano passado não chegaram sequer a ser atendidas 1,5 milhões de chamadas. Portanto, mais do que já duplicámos o número de chamadas atendidas no ano passado e, como sabemos, num contexto que não foi regular ao longo do ano”, afirmou Luís Goes Pinheiro em entrevista à Lusa.

Sublinhando o ano com a “maior procura de sempre” do SNS24 por parte dos cidadãos, o presidente dos SPMS não deixou de admitir os problemas registados no primeiro pico da pandemia, em março, mas enfatizou a adaptabilidade do serviço, que em novembro ultrapassou todos os recordes, com mais de 816 mil chamadas atendidas, entre as quais mais de 38 mil num só dia.

“Temos mais de 5.600 profissionais de saúde a prestar atendimento na linha SNS24. Uns residentes nos sete ‘call-centers’ que hoje existem espalhados pelo país e outros à distância, com equipamentos que permitem prestar esse apoio à linha a partir de suas casas ou de outros locais. Essa é a grande diferença: no início da pandemia, o número de profissionais de saúde não chegaria a 1.000 e hoje serão mais de 5.600”, observou.

O reforço dos meios humanos e tecnológicos, associados à reformulação da operacionalidade do sistema, foram essenciais, entende Luís Goes Pinheiro, para assegurar a capacidade de resposta às preocupações das pessoas. Porém, além do aumento da quantidade de chamadas atendidas, o presidente dos SPMS valorizou igualmente uma maior qualidade do serviço com este aumento do investimento.

Diversificámos as profissões que hoje prestam serviço na linha; continuam a ser maioritariamente enfermeiros, mas temos também psicólogos – designadamente no âmbito da linha de aconselhamento psicológico e já foram cerca de 55 mil as pessoas atendidas que puderam beneficiar deste serviço -, médicos-dentistas, farmacêuticos e também estudantes de medicina do sexto ano”, referiu.

Entre o reconhecimento da covid-19 como “uma fatalidade que apanhou todos com muita violência” e o efeito de mudança para melhor que a pandemia teve no SNS24 e que proporcionou “um ano muito especial”, Luís Goes Pinheiro fez questão de notar a nova perceção dos portugueses sobre o serviço.

“Puderam ao longo deste ano – num contexto tão difícil para todos nós como foi o contexto da pandemia de covid-19 – contar com esta linha e o apoio dos mais de 5.600 profissionais de saúde que hoje prestam serviço e que foram ao longo destes vários meses duros de pandemia uma voz sempre presente e uma porta sempre aberta para todos aqueles que sentiram que, de alguma forma, precisavam da atenção do SNS”.

Sobre o futuro imediato, o líder dos SPMS assegurou que a entidade ainda está a estudar o plano de apoio ao processo de vacinação contra a covid-19, cujo arranque está previsto para dia 27. Contudo, mesmo sem estarem concretizados os moldes de colaboração, admitiu que o SNS24 “será evidentemente um dos elementos de apoio e suporte à administração de vacinas” na população.

Instado a perspetivar o SNS24 em 2021, Luís Goes Pinheiro manifestou-se confiante de que o serviço permaneça uma referência para os cidadãos.

“Espero que a experiência de contacto dos utentes com a linha SNS24 – que na maioria dos casos tem sido muito positiva – não termine com a pandemia e seguramente não terminará, agora fará parte da vida dos portugueses de forma continuada”, reiterou. E sentenciou: “Que se mantenha num contexto muito próximo da realidade que encontrou até aqui e que depois continue a encaminhar os cidadãos para a unidade de saúde mais adequada”.

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