Fundos pensões: Ageas continua líder. Gere 6,4 mil milhões de euros para pagar reformas

  • ECO Seguros
  • 20 Janeiro 2021

O valor total sob gestão dos fundos de pensões sob supervisão da ASF cresceu 5,5% em 2020, menos do que os 12% da progressão observada no ano anterior. Ageas Pensões lidera em montantes geridos.

O ranking das gestoras de fundos de pensões no mercado português manteve, em 2020, as posições relativas das primeiras cinco entidades, as quais concentram cerca de 80,7% do volume total dos montantes geridos, revela informação da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Valdemar Duarte, diretor geral da Ageas Pensões, tem montantes para gerir no valor de 6,4 mil milhões de euros

O quinteto da frente continua a ser liderado pela Ageas SGFP, detendo quota de 27,9% (a crescer 7,6% face aos montantes geridos em 2019). A CGD Pensões, com 19,3% (+8,2% em montantes geridos) manteve o segundo lugar e a BPI Vida e Pensões detendo 13,6% de quota (+1,5%) foi terceira. A GNB SGFP com 10,7% (5,2%) e a Sociedade Gestora Banco de Portugal, 9,2% (+2,9%) completam o top5.

Embora mantendo as respetivas posições na tabela, houve quem alcançasse crescimento a dois dígitos, como foram os casos da Crédito Agrícola Vida (+15,3% face a 2019), aproximando-se dos valores da Real Vida (9ª da tabela) e BBVA Fundos (+12,4%), ainda longe dos montantes geridos pela Santander Pensões, que mantém a sétima posição no ranking.

No final de 2020, o valor sob gestão de fundos de pensões atingiu os 23,02 mil milhões de euros, traduzindo um acréscimo de 5,5% face ao ano anterior, uma variação relativa inferior aos 12,1% registados em 2019 na comparação com o exercício precedente. Do montante total, 3,86 mil milhões de euros, ou cerca de 17% do global correspondiam à parte gerida pelas empresas de seguros, indicam dados ainda provisórios ASF para o ano marcado pela emergência da pandemia (Covid-19).

O montante global sob gestão dos fundos de pensões cresceu 16,5% entre 2017 e 2020, com a parte das empresas de seguros a crescer 12% e a das sociedades gestoras a fixar subida de 17,5%, detalha o relatório da Autoridade.

O mercado terminou o ano composto por 18 entidades gestoras (oito seguradoras) e carteira global de 234 fundos de pensões (74 geridos por empresas de seguros). Durante o ano de 2020, a estrutura pouco mudou, com a extinção de “dois fundos de pensões fechados, constituíram-se três fundos de pensões PPR, e um fundo de pensões fechado. Destes movimentos resultou um aumento de dois fundos de pensões sob gestão face ao ano anterior”, refere o documento.

Entre os ativos de pensões geridos pelas entidades supervisionadas, os fundos abertos (excluindo PPR e PPA) eram 60 (totalizando 2,2 mil milhões de euros), menos do que os 135 fundos fechados ainda ativos, os quais concentravam 19,97 mil milhões de euros, ou seja a parte maior do ativo total gerido, restando 38 PPR e um PPA, com 799 milhões alocados nos PPR e dois milhões de euros no PPA.

De acordo com a ASF, os 25 maiores fundos representam cerca de 85% do total dos montantes geridos, “continuando a destacar-se os fundos de pensões do setor bancário.” Os 10 maiores, em valor, são fundos fechados.

 

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