Covid-19 explica mais de 60% do acréscimo da mortalidade em Portugal

  • ECO
  • 5 Fevereiro 2021

Dados divulgados esta sexta-feira pelo INE, revelam que a pandemia explicou 64,4% e 83,3% dos excesso de mortalidade ocorrida na segunda e terceira semanas de janeiro, respetivamente.

Entre 11 e 24 de janeiro, morreram 9.428 pessoas em Portugal. Trata-se de um acréscimo de 1.714 e 2.032 óbitos registados, respetivamente, face à média dos últimos cinco anos, de acordo com os dados preliminares divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Deste acréscimo da taxa de mortalidade, mais de 60% foi por Covid-19.

Do total de 9.428 óbitos registados no período acima referido, 4.530 aconteceram na segunda semana de janeiro e 4.898 óbitos na terceira semana, ou seja, mais 1.714 e 2.032 óbitos, respetivamente face à média de 2015-2019. Em termos percentuais, trata-se de um acréscimo de 60,9% e 70,9%, respetivamente, face ao período homólogo. “O número de óbitos por Covid-19 representou, respetivamente, 64,4% e 83,3% do acréscimo total de óbitos“, revela o INE.

Face ao agravamento da pandemia no país, Portugal entrou num novo confinamento total a 15 de janeiro, ou seja, na segunda semana desse mês. Mas foi na semana seguinte que a Covid-19 representou mais de um terço do total óbitos declarados em território nacional. “O número de óbitos por Covid-19 nessas semanas [semanas 2 e 3 de janeiro] foi de 1.103 e de 1.693, representando, respetivamente, 24,3% e 34,6% do total de óbitos”, aponta ainda o gabinete de estatísticas.

Segundo o boletim, do total das mortes registadas no período analisado, 4.738 foram de homens e 4.690 de mulheres, sendo que mais de 75% dos óbitos corresponderam a pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos. No entanto, “o maior excesso de mortalidade verificou-se nas pessoas com idades iguais ou superiores a 90 anos (+87,9% relativamente à média 2015-2019)”, lê-se.

Entre 11 e 24 de janeiro, o INE sublinha ainda que o maior número mortes se registou na região Norte, tal como tem sido a tendência dos últimos meses. Assim, neste região morreram 2.623 pessoas, seguida pela Área Metropolitana de Lisboa (2.603 óbitos), Centro (2.565 óbitos), Alentejo (990 óbitos), Algarve (396 óbitos) e das regiões autónomas da Madeira e dos Açores (147 e 94, respetivamente). Contudo, ” em termos relativos, o maior número de óbitos por 100 mil habitantes registou-se no Alentejo (140,5 óbitos), seguido pelo Centro (115,7)”, sublinha o gabinete. De sublinhar que a maioria das mortes aconteceram em contexto hospitalar.

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