Venda de seguros Não Vida supera nível pré-pandemia

  • ECO Seguros
  • 22 Fevereiro 2021

Os ramos Não Vida cresceram em janeiro 3,2% face a igual mês de 2020, mas Saúde e até mais 1,2% em Acidentes de Trabalho são insuficientes para contrabalançar a contínua quebra do ramo Vida.

A venda de seguros, medida pela emissão de seguro direto, diminuiu 2,3% em janeiro de 2021, em termos nominais e a comparar com a atividade em igual mês de 2020, antes da deteção dos primeiros casos da doença Covid-19 em Portugal, revelam indicadores da Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

Globalmente, a “produção emitida de seguro direto” resultou em 1,12 mil milhões de euros de vendas no primeiro mês do ano, em recuo de 2,3% face a janeiro de 2020 (-2,6% em termos reais). O ramo Não Vida representou 64,8% da faturação total, contra 61,3% um ano antes, cabendo aos seguros Vida os restantes 35,2%, por seu lado, a comparar com uma quota de 38,7% um ano antes.

No entanto, apesar da quebra no agregado, o aumento de 3,2%, para 726,36 milhões de euros do ramo Não Vida foi suportado por incremento de 3,9% em Acidentes e Doença que, alcançando 365,53 milhões de euros em janeiro, decompõe-se em 188,4 milhões nos seguros Doença (+7,8% face a janeiro de 2020), e em 161,9 milhões nos Acidentes de Trabalho (+1,2% em variação homóloga), a contrariar a ligeira subida observada na taxa de desemprego ao longo do ano paralisado pela pandemia.

Em conjunto, de acordo com a amostra abrangente que serve de base à informação da APS, os seguros Acidentes e Doença passaram a representar perto de um terço da estrutura da produção.

O comportamento em Não Vida beneficiou ainda de Incêndio e Outros Danos de Coisas, que cresceu 6,4%, para 116,04 milhões de euros, refletindo progressão de 13,4% em Comércio e Indústria e 3,5% em Habitação e Condomínios, enquanto o ramo Automóvel, o segundo segmento mais forte do ramo não Vida, a venda de seguros registou ligeiro aumento de 0,1%, para 201,97 milhões de euros.

Nos ramos de seguros Vida, as vendas desceram 10,9%, face a janeiro de 2020, para 395,34 milhões de euros, com o declínio a refletir quebra de 17,7% nos Planos Poupança Reforma (PPR), para 90,6 milhões de euros, enquanto os produtos de capitalização venderam menos 10,7%, para cerca de 186,7 milhões de euros. Vida Risco declinou 5,2%, para os 118,03 milhões de euros.

Na distribuição, o canal bancário encolheu 15% na venda do conjunto Vida, totalizando 293,45 milhões de euros, contra 345,84 milhões em janeiro de 2020, perdendo 1,1% no negócio Não Vida, para 79,21 milhões de euros. Em termos de quota por canais, os bancos distribuíram menos 12,5% em valor, assumindo 26% do que chegou aos consumidores nos seguros Vida e 11% em Não Vida.

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