Índice de transmissibilidade está em 0,8 a nível nacional

O índice de transmissibilidade do vírus em 0,80 a nível nacional. Nos últimos 14 dias, Portugal apresentou uma taxa de notificação acumulada entre os 60 e 119,9 casos por 100 mil habitantes.

O índice de transmissibilidade do vírus (o “famoso” Rt) está situado em 0,80 a nível nacional, segundo divulgou o Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge, esta sexta-feira. Nos últimos 14 dias, Portugal apresentou uma taxa de notificação acumulada entre os 60 e 119,9 casos por 100.000
habitantes.

Entre 3 de março e 7 de março, “o valor médio do R(t) (número de reprodução efetivo) foi de 0,80, podendo o seu verdadeiro valor estar entre 0,79 e 0,81 com uma confiança de 95%”, aponta o INSA no relatório semanal, divulgado esta sexta-feira. Nesse contexto, o instituto nota ainda que desde 10 de fevereiro que se verifica um “estabilizar” deste indicador, “o que sugere um desacelerar da tendência de decrescimento da incidência de SARS-CoV-2″.

Em termos regionais, é a região autónoma dos Açores que apresenta, neste momento, um índice de transmissibilidade mais elevado (0,95), seguido pela região Centro (0,78), pelo Norte (0,77), Lisboa e Vale do Tejo (0,75), Alentejo (0,72) e Algarve (0,68). De salientar que neste relatório não são apresentados dados relativos à região autónoma da Madeira, uma vez que houve um “elevado número de notificações em atraso na base de dados do SINAVE, o que impede uma interpretação correta dos resultados”, justifica o instituto.

Em termos práticos, o facto de o Rt estar abaixo de 1 significa que por cada pessoa infetada vai infetar menos de uma pessoa. De sublinhar ainda que o facto de estar abaixo de 1 significa ainda que o número de casos de infeção por Covid-19 continua a descer, mas quanto está perto de 1 essa descida é mais lenta.

Estes números contrastam com os valores apresentadas na quinta-feira pelo primeiro-ministro, na apresentação do plano de desconfinamento. “Ao dia de hoje [quinta-feira, 11 de março] estamos com 105 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias e temos como índice de ontem [quarta-feira, 10 de março] um R de 0,78. Conforme vamos evoluindo para um maior índice de transmissibilidade, significa que temos de tomar medidas cautelares para impedir que a situação da pandemia se degrade”, avisou António Costa. Ainda antes de ser conhecido o plano de desconfinamento, o presidente do PSD tinha alertado que se o Rt estivesse acima de 1 não havia condições para desconfinar.

A par da incidência (taxa de notificação de novos casos a cada 14 dias por 100 mil habitantes), este indicador é considerado fundamental para seguir a evolução da pandemia e vai guiar o ritmo do plano de desconfinamento, tal como o primeiro-ministro apontou. Nos últimos 14 dias, Portugal apresentou uma taxa de notificação acumulada “entre 60 e 119,9 por 100.000 habitantes” e R(t) inferior a 1, ou seja, uma “taxa de notificação moderada e com tendência decrescente”, explica o INSA.

O Governo desenvolveu um modelo que vai guiar o desconfinamento e pode até levar ao recuo nas medidas. Baseado nestes dois indicadores e com dois eixos, no que toca à incidência o ideal é estar sempre abaixo de 120 novos casos por 100 mil habitantes e o máximo são os 240 casos. Já no que concerne ao Rt o ideal é estar sempre abaixo de 1, sendo que o máximo não foi especificado.

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