Um X5 que traz o melhor dos dois mundos

Um motor elétrico é um grande aliado para os motores a combustão, principalmente os que recorrem à gasolina. No X5, permite ouvir o “ronco” de um 3.0, mas sem ter de estar sempre a atestar.

A BMW tem vindo, aos poucos, a eletrificar toda a sua gama. Enquanto ganha tração nos 100% elétricos, a aposta recai nos híbridos — que agora deixam de ter as condições fiscais vantajosas que tinham até agora —, desde o 3 ao 5, mas também aos X. E entre os SUV, o X5 é um grande (em todos os sentidos do adjetivo) porta estandarte.

Jamais, nos dias de hoje, alguém compraria um SUV, dos “verdadeiros”, a gasolina. Muito menos se soubesse que debaixo do capot está um bloco de 3.0. A fatura fiscal, mas também a das milhentas visitas a bomba de gasolina, fazem desta opção uma… opção para muito poucos de nós. É pura e simplesmente demasiado caro sustentar um automóvel que apresente estas características. A menos que acoplado a um motor destes esteja um outro, elétrico.

No X5 45e, é exatamente isso que temos. Um grande motor, mas com um elétrico para ajudar. No total, 394 cv para mover as 2,5 toneladas de automóvel, com o 3.0 litros a assegurar, só por si, 286 cv. O resto vem do sistema elétrico eDrive que lhe confere mais 112 cv, alimentado por uma bateria — que rouba algum espaço à capacidade da bagageira: dá para 500 litros.

Onde está o “ronco”?

Quando se liga, nem se ouve. É o elétrico que lhe dá a energia para sair da garagem sem acordar ninguém em casa ou os vizinhos. É suave, suave, e mantém essa suavidade naquela ida ao supermercado ali ao lado. E até dá para um pouco mais já que o BMW não só tem autonomia para 80 km, como pode circular em modo 100% elétrico até aos 140 km/h, ou seja, já acima do limite de velocidade em qualquer estrada nacional.

Quando se quer mais velocidade, entra em ação o motor a gasolina. E que motor… se o X5 é um hino ao silêncio até aqui, quando espevitado responde automaticamente. E com brinde: aquele “ronco” que tanto aguardamos quando sabemos que debaixo do capot está um seis cilindros em linha.

Poupadinho, mas só no consumo

O “ronco” faz disparar o X5 para velocidades proibitivas — este modelo tem uma velocidade máxima de 235 km/h —, sendo capaz de nos colar ao banco com uma capacidade de acelerar dos 0 aos 100 km/h nuns meros 5,6 segundos, com a uma caixa automática Steptronic de oito velocidades a dar uma grande ajuda para transmitir toda a potência para as quatro rodas.

São números impressionantes, mas que não surpreendem tanto quanto os dos consumos: em torno dos 2l/100 km, mas é preciso ser regrado para atingir esta marca. Mas também não podemos esquecer que estamos ao volante de um automóvel de grandes dimensões, capaz de levar toda a família em extremo conforto, num ambiente luxuoso e cheio de tecnologia. Um embrulho perfeito que se paga caro, ou não fosse a fatura para comprar este X5 de mais de 100 mil euros (com os extras “obrigatórios”).

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