Garantia de mil milhões vai permitir à Caixa flexibilizar crédito às empresas

Empresas nacionais mais afetadas pela pandemia vão beneficiar de períodos de carência mais longos, requisitos de garantias reduzidos e maturidade alargada com garantia de mil milhões no âmbito do FEG.

A Caixa Geral de Depósitos vai poder financiar mais empresas, que até agora estavam fora do seu radar, graças às garantias de mil milhões de euros que assinou com o Fundo Europeu de Investimento.

Em causa estão duas garantias que permitem que os empréstimos concedidos pela Caixa neste âmbito sejam 70% garantidos pelo Fundo Europeu de Investimento e 30% pelo banco estatal.

Estes são os dois primeiros acordos em Portugal no âmbito do Fundo Pan-Europeu de Garantia (FEG). O primeiro é uma garantia de 400 milhões de euros que incidirá no apoio a PME com necessidades de liquidez e investimentos em regeneração urbana sustentável. O segundo visa proporcionar liquidez às empresas que pretendem adaptar os seus modelos de negócio, mas são confrontadas dom necessidades de refinanciamento ou investindo em projeto “verdes” e sustentáveis. Neste caso a garantia ascende a 650 milhões de euros.

“Graças à garantia do FEG, o FEI e a CGD vão poder proporcionar às empresas portuguesas períodos de carência mais longos, requisitos de garantias reduzidos e maturidade alargada, apoiando as PME que tenham estado particularmente expostas à pandemia Covid-19”, sublinhou o presidente executivo do FEI, Alain Godard, citado em comunicado.

Já o vice-presidente do BEI, responsável pelas operações do Grupo BEI em Portugal, complementa dizendo que “o FEI e a CGD estão a trabalhar em conjunto para alargar o financiamento às empresas portuguesas, proporcionando a liquidez necessária para apoiar a sua recuperação”. Ricardo Mourinho Félix lembra que “as PME são as mais atingidas pela crise económica causada pela pandemia”.

“Esta crise tem um impacto altamente assimétrico nos vários setores”, sublinha por seu turno o presidente executivo da Caixa. “Mas há a necessidade de renovação e de aumento do investimento em setores transversais como a digitalização e o investimento ambientalmente responsável”, acrescenta Paulo Macedo citado no mesmo comunicado.

O Fundo Pan-Europeu de Garantia (FEG) foi operacionalizado pelo Grupo BEI (que junta o Banco Europeu de Investimento e o Fundo Europeu de Investimento) com contribuições de Portugal e de outros Estados-membros da UE para proteger as empresas afetadas pelos impactos da pandemia. Utilizando quase 25 mil milhões de euros em garantias, o FEG permite que o BEI e o FEI concedam rapidamente empréstimos, garantias, títulos garantidos por ativos, capital próprio e outros instrumentos financeiros, disponíveis principalmente para pequenas e médias empresas. O FEG faz parte do pacote de recuperação da União Europeia com o objetivo de fornecer um total de 540 mil milhões de euros para impulsionar as partes da economia da UE que foram mais afetadas.

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