Fim da exceções regulatórias para a banca pressiona Wall Street

A Fed anunciou esta sexta-feira o fim de uma isenção que irá obrigar os bancos a reforçarem os buffers de capital para absorver eventuais perdas.

As principais praças norte-americanas negoceiam esta sexta-feira em baixa, prolongando o sentimento negativo da última sessão. A banca está sob especial pressão depois de a Reserva Federal dos EUA ter anunciado que as regras de alavancagem do setor financeiro irão regressar em abril.

Para aliviar o stress nos mercados financeiros provocado pela pandemia de Covid-19 e para incentivar a banca a conceder crédito a famílias e empresas foi decretada uma suspensão das regras de alavancagem, excluindo temporariamente dívida pública dos EUA e depósitos do banco central. Esta medida vai chegar ao fim a 31 de março, mas o banco central irá rever os rácios.

A decisão anunciada esta sexta-feira significa que os bancos terão que reforçar os buffers de capital para absorver eventuais perdas relacionadas com esses ativos. Em reação, os títulos caem em Wall Street. O JPMorgan Chase perde 3,3%, o Bank of America desvaloriza 2,6% e o Wells Fargo cede 2%, por exemplo.

A generalidade das ações norte-americanas seguem em baixa. O Dow Jones recua 0,01% para 32.858,36 pontos, enquanto o S&P 500 cai 0,64% para 3.913,14 pontos e o Nasdaq — que abriu no verde, mas acabou por inverter nas primeiras negociações — perde 0,41% para 13.119,901 pontos. Por outro lado, a yield das Treasuries a dez anos agravam para 1,75%.

O valor do petróleo cai há seis dias seguidos. O aumento de infeções está a obrigar a novos confinamentos na Europa. Juntamente com os atrasos na vacinação, há receios de que a retoma da economia também seja adiada. O barril de Brent cai na última sessão 1,3% para 62,45 dólares. Em Nova Iorque, o crude WTI seguiu o mesmo caminho, tombando 1,2% para 59,29 dólares.

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