Video-coaching. O conceito que ajuda os líderes a produzirem vídeos empresariais de alto impacto

Mariana Figueira da Silva é pioneira do conceito video-coaching e tem como missão aproximar as pessoas através do uso do vídeo. Humanizar e estabelecer um propósito é fundamental para consegui-lo.

É coach e faz exatamente o mesmo que um profissional do coaching, mas com uma particularidade: a sua área de atuação é o vídeo. Pioneira do conceito video-coaching, Mariana Figueira da Silva é a fundadora da Mondeguitta Produções e da Comogravarvideos.eu, e trabalha, fundamentalmente, com líderes para ajudá-los a produzirem vídeos empresariais de alto impacto, seja para serem divulgados internamente ou externamente.

“Na Mondeguitta, temos como missão desconstruir o lado rígido dos negócios. É fundamental que exista proximidade entre os líderes das empresas com o seu público”, começa por dizer à Pessoas. E essa proximidade não tem de ser física, defende. O que, para Mariana Figueira da Silva, é necessário é fazerem-se “vídeos humanizados”, algo que requer alguma formação e muito treino.

“Acompanhamos os intervenientes para que se sintam realmente tranquilos e para que consigam transmitir a sua essência. E, para isso, precisam, obviamente, de treino em frente às câmaras. A presença de uma câmara ou de um simples microfone de lapela pode causar uma série de bloqueios”, conta. Através de pequenos conselhos e truques, como pode ser a organização do discurso ou o olhar diretamente para a câmara, trata-se, no fundo, de fazer aquilo que já se fazia presencialmente, mas em formato vídeo.

Mariana Figueira da Silva é pioneira do conceito video-coaching

“Surgiu a necessidade de criar um conceito, que é o video-coaching, precisamente para ajudar a que esta comunicação que grandes líderes já faziam presencialmente passasse para o vídeo”, sem perder nenhum elemento, antes pelo contrário. “Se for gravado de forma estruturada, o vídeo tem este efeito bonito. Mas tem ser feito com alma”, afirma.

Produzir vídeos “com alma”, humanizados e, sobretudo, que sejam uma ferramenta capaz de aproximar quem está distante é algo que, em grande parte devido à Covid-19, ganhou uma ainda maior importância. Mariana Figueira da Silva admite que a pandemia foi, de facto, um fator acelerador do negócio, mas confessa que não gosta muito de focar-se no pré, durante ou pós-pandemia. “Temos de nos adaptar às circunstâncias. Quem já estava alerta e consciente seguiu o seu caminho. Esta fase permitiu, sobretudo, que as pessoas que estavam um pouco mais distraídas conseguissem valorizar outras ferramentas”, considera.

Neste momento, a maior necessidade que sente entre os seus clientes é, principalmente, conseguir manter o espírito de proximidade, algo que fazem com recurso ao vídeo. “Temos notado que as empresas querem criar uma sequência de vídeo em que os colaboradores são os próprios protagonistas”, exemplifica, acrescentando que existem várias formas dentro do formato vídeo para conduzir a determinadas ações, desde vídeos personalizados diretamente para o LinkedIn, mensagens importantes para o chat dos colaboradores, sequências para divulgar nas plataformas digitais e por aí fora.

Usar vídeo, sim. Mas que sejam vídeos humanizados e com um propósito

Por outro lado, a video-coach refere que o que tem visto ultimamente é que há um grande exagero no uso do vídeo. “As pessoas estão a esquecer-se dos princípios, que, na minha perspetiva, são muito importantes. Ou seja, não partilhar só por partilhar, não fazer webinars só porque sim, nem depois das 18h, quando as pessoas estão em casa com as suas famílias… Os profissionais estão a usar o vídeo, sim, mas estão a esquecer-se de humanizar”, considera.

"[As pessoas] estão a usar o vídeo, sim, mas estão a esquecer-se de humanizar. (…) Não é saudável, senão saímos daqui com uma overdose de tecnologia.”

Mariana Figueira da Silva

Fundadora da Mondeguitta Produções e da Comogravarvideos.eu

“Isso não é saudável, se não saímos daqui com uma overdose de tecnologia”, continua, salientando que o objetivo do vídeo é, também, poupar e otimizar tempo, algo que sente que não tem acontecido, antes pelo contrário.

Os vídeos mais eficazes têm de ter três ingredientes principais:

  • Em primeiro lugar, foco no objetivo, o que significa que é preciso estruturar muito bem a mensagem que se pretende transmitir, bem como as palavras-chave que vão estimular, do outro lado, determinadas ações.
  • Em segundo lugar, Mariana Figueira da Silva aponta a organização. “Ter o script organizado é fundamental. A forma como organizamos o vídeo tem de ser, também, respeitosa para com os espectadores, que podem não ter toda a disponibilidade para nos ouvir”.
  • Por último, a video-coach aconselha a ter muita atenção às expressões corporais. “Devemos olhar diretamente para a câmara para criar o efeito olhos nos olhos, bem como sentir exatamente as palavras e a mensagem que estamos a transmitir”, diz.

Estes conselhos são úteis, não só para líderes ou intervenientes de vídeos mais preparados e organizados, mas também para todos os profissionais que, há pouco mais de um ano, viram no vídeo uma ferramenta essencial para o seu trabalho, começando desde logo com as várias videochamadas diárias com chefias, colegas e clientes. E para esses casos, Mariana Figueira da Silva acrescenta que é fundamental ligar as câmaras. “Se é para estar neste formato, então vamos todos ligar as câmaras. Não faz sentido estar no escuro. É voltar às bases, que é o contacto pessoal”, refere.

“O impacto dos vídeos é mesmo transformador e permite chegar a pessoas que aparentemente estão mais distantes”, afirma Mariana Figueira da Silva.

“Queremos desmistificar a crença de que o vídeo é só para algumas pessoas”

Enquanto a Mondeguitta Produções está focada em empresas nacionais e internacionais, a Comogravarvideos.eu, marca que surgiu posteriormente, tem como missão democratizar o acesso ao vídeo. “Queremos desmistificar a crença de que o vídeo é só para algumas pessoas”, diz. Com esta marca, Mariana Figueira da Silva consegue chegar a um público muito mais diverso, desde agentes imobiliários, a personal trainers, cabeleireiros ou profissionais autónomos.

“Todos estes profissionais estão a querer usar o vídeo, mas não sabem como nem por onde começar. Sempre tiveram uma visão mais conservadora ou não tinha acesso a este palco que é o vídeo e está à disposição de todos nós”, diz. A Comogravarvideos.eu disponibiliza um curso online que ajuda os profissionais, independentemente da sua área de atividade, a comunicarem de forma eficaz perante a câmara para, por exemplo, conseguirem novos clientes. O lema aqui é “transformar visualizações em clientes”.

Neste momento estão abertas as pré-inscrições para a sexta edição do curso “Como gravar vídeos de forma autónoma & Conquistar novos clientes?”, composto por 17 módulos e que pode ser feito ao ritmo de cada aluno.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bluepharma desenvolve medicamento para tratamento da Covid

  • Lusa
  • 22 Março 2021

“Está aprovado o financiamento e estamos a fazer o desenvolvimento do medicamento para a covid”, disse o presidente da Bluepharma, Paulo Barradas Rebelo.

A farmacêutica portuguesa Bluepharma, sediada em Coimbra, está a desenvolver um medicamento para o tratamento da covid-19, revelou à Lusa o presidente da empresa, Paulo Barradas Rebelo.

“Está aprovado o financiamento e estamos a fazer o desenvolvimento do medicamento para a covid”, disse o responsável, escusando-se a adiantar mais informação. Paulo Barradas Rebelo explicou que, como empresa que desenvolve medicamentos, Bluepharma coloca “uma força muito grande em Investigação e Desenvolvimento (I&D)”.

“Separamos bem o ‘I’ do ‘D’. A investigação é de maior risco, leva mais tempo, requer muito investimento. Não deixamos de fazer o investimento, mas doseamo-lo”, contou. Da verba alocada a (I&D), acrescentou o presidente da farmacêutica, “15% são para investigação e 85% para desenvolvimento”.

“O desenvolvimento é muito importante para nós e é uma área que emprega gente muito qualificada. Temos 130 cientistas muitos qualificados a trabalhar em I&D”, sublinhou.

A Bluepharma é uma empresa de capitais portugueses, que iniciou a sua atividade em fevereiro de 2001, depois de um grupo de profissionais ligados ao setor ter adquirido a unidade industrial pertencente à multinacional alemã Bayer. Ao longo dos seus 20 anos, transformou uma unidade industrial que empregava 58 pessoas e operava para o mercado nacional num grupo farmacêutico de 20 empresas e 750 trabalhadores. A sua atividade percorre toda a cadeia de valor do medicamento, desde I&D até ao mercado.

A empresa projetou um plano estratégico de investimento de cerca de 200 milhões de euros para a próxima década, que inclui a ampliação das atuais instalações em São Martinho (Coimbra), a construção de uma nova unidade industrial em Eiras (Coimbra) e a construção do Bluepharma Park, que será o maior parque tecnológico do ‘cluster’ farmacêutico a nível nacional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Meios aéreos de combate a incêndios vão custar 300 milhões até 2026

Valor compreende aquisição de meios aéreos e formação de pessoal no âmbito do programa de edificação da capacitação própria do Estado, bem como a contratação do DECIR de 2023 a 2026.

O Governo irá alocar mais de 300 milhões de euros para aquisição e locação de meios aéreos entre 2021 e 2026. Serão utilizados fundos europeus, quer do Plano de Recuperação e Resiliência, quer do programa RescEU (mecanismo europeu de proteção civil). A informação foi publicada esta segunda-feira em Diário da República.

Cerca de metade do valor destina-se ao programa de edificação da capacidade própria do Estado, que inclui a aquisição de seis helicópteros ligeiros e seis helicópteros médios, entre 2021 e 2026, num valor máximo de 63.414.634 euros; dois aviões bombardeiros, em 2026, com um valor máximo de 70.569.105 euros; e formação de pessoal no valor de 21.951.219 euros. Contas feitas, são mais de 155 milhões de euros.

A contratação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) de 2023 a 2026 será a outra fatia do valor total. Neste caso está incluída a “aquisição de serviços relativos à operação, gestão da aeronavegabilidade permanente e manutenção dos helicópteros ligeiros da frota própria do Estado, que integram o DECIR, durante os anos de 2023 a 2026, e outros encargos decorrentes da execução contratual referente ao ano de 2026, a serem pagos no primeiro trimestre de 2027”, num valor máximo de 9.373.140 euros.

Adicionalmente prevê-se, incluído no DECIR, a aquisição de mais meios aéreos, de vários tipos, entre 2023 e 2026, por um valor de 143.180.862 euros, “a serem pagos no primeiro trimestre de 2027”. Adicionalmente, será adquirido um serviço “para o acompanhamento permanente e fiscalização da execução dos contratos de serviços de disponibilização e locação de meios aéreos e dos contratos de operação, gestão da aeronavegabilidade e manutenção dos meios aéreos próprios, que constituem o dispositivo aéreo do DECIR de 2024, e a sustentação da operação dos veículos aéreos não tripulados, no âmbito da prevenção e vigilância dos incêndios rurais, entre 2021 e 2027”, por 1.950 milhões de euros.

A restante fatia, respetiva ao DECIR, tem, assim, um valor total de mais de 154 milhões de euros.

De acordo com o comunicado, estes encargos com o DECIR “são satisfeitos por verbas específicas inscritas ou a inscrever no orçamento da Força Aérea”.

“Para capturar oportunidades de poupança, prevê-se em sede do processo de planeamento do PNGIFR [Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais], a realização de estudos mais detalhados de otimização e dimensionamento da frota a locar, que devem ser realizados até ao final de agosto de 2022″, lê-se no resolução.

Segundo o comunicado publicado esta segunda-feira, o Governo quer ainda “garantir o início dos processos administrativos para a constituição do DECIR para os anos de 2023 a 2026, com a continuidade dos meios locados cujos contratos terminam em 2022 e 2023, num pressuposto de estabilidade”.

Por fim, o Governo decidiu ainda criar um grupo de trabalho que acompanhe a execução material e financeira desta mesma resolução.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trabalhadores da Groundforce já receberam salários em atraso

Cerca de 2.400 funcionários da empresa de handling estiveram três semanas à espera da remuneração de fevereiro. O dinheiro já chegou às contas.

Os trabalhadores da Groundforce já receberam os salários de fevereiro que tinham em atraso. O pagamento foi feito depois de a empresa de handling ter negociado uma operação de sale and leaseback com a sua acionista e principal cliente, a TAP. Com esta solução, a remuneração em dívida foi recebida entre a passada sexta-feira e esta segunda-feira, apurou o ECO. Os salários de março também não deverão estar em risco.

A Groundforce e a TAP fecharam na sexta-feira a venda de 7 milhões de euros em equipamentos, o que permitiu desbloquear o financiamento para pagar os salários em atraso de 2.400 trabalhadores. A TAP passa a ser dona de todos os equipamentos da Groundforce, passando a subalugá-los para uso da empresa de handling.

Numa audição parlamentar esta quinta-feira, o chairman da companhia aérea Miguel Frasquilho explicou que em causa estão tratores push backs, escadas ou autocarros. “Será feito ainda um levantamento”, disse. Segundo apurou o ECO, foram incluídos no acordo todos os ativos da empresa.

“Após ter recebido assinados os contratos relativos à aquisição dos equipamentos acima mencionados, procedeu hoje [sexta-feira] às transferências necessárias ao pagamento dos salários em causa”, confirmou a TAP em comunicado. A companhia aérea garantiu ainda que “processará no dia próprio os pagamentos devidos aos trabalhadores da SpDH e relativos aos salários de março de 2021”.

No entanto, esta solução é apenas temporária. Ambos os acionistas — a TAP que detém 49,9% e a Pasogal de Alfredo Casimiro com os restantes 50,1% — concordam que é preciso encontrar uma alternativa mais alargada. “Trata-se de uma solução de curto prazo e, nas próximas semanas, é necessário que as partes continuem a trabalhar e a encontrar-se para conseguir uma solução estrutural”, defendeu Frasquilho na quinta-feira.

Essa solução poderá ser o empréstimo bancário de 30 milhões de euros com garantias públicas, que está a ser trabalhado. Casimiro atribui os problemas da empresa à falta deste apoio. “A Groundforce necessita da prometida ajuda do Estado enquadrada nas linhas covid, no valor de 30 milhões de euros, para assegurar a sua sobrevivência imediata”, apelou na sua intervenção na mesma comissão parlamentar também na tarde de quinta-feira.

Este empréstimo deverá contar com uma garantia pública de 90%, assegurada pelo Banco Português de Fomento através da linha “Produto Garantias Financeiras Covid-19“, a mesma que foi utilizada na Efacec, apurou o ECO. No entanto, este ainda não está aprovado e poderá ser inferior aos 30 milhões de euros pretendidos pela empresa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Siza Vieira reúne ministros da UE sobre falta de “chips”

  • Lusa
  • 22 Março 2021

Numa altura em que a falta de "chips" já está a pesar na economia, o ministro Pedro Siza Vieira vai debater com outros ministros da UE sobre reduzir a dependência europeia de fornecedores externos.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, vai presidir esta sexta-feira ao Conselho de Competitividade, no qual espera um “debate importante” sobre a redução da dependência estratégica da economia europeia.

À entrada do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, sede da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), Pedro Siza Vieira adiantou que os ministros responsáveis pela competitividade dos 27, na vertente da indústria e do mercado interno, vão “fazer um debate importante sobre a autonomia estratégica da Europa”.

“Basicamente, vamos tentar discutir com os Estados-membros e com a presença da Comissão [Europeia] o que é que a Europa deve fazer para reduzir a sua dependência estratégica relativamente a componentes e matérias-primas, e procurar também assegurar a resiliência do nosso continente perante disrupções que possam ocorrer nas cadeias de valor”, indicou o ministro, minutos antes do início da videoconferência.

Além disso, os ministros terão uma “discussão importante” sobre a comunicação da Comissão Europeia designada “A década digital da Europa”, apresentada em 9 de março.

Nesta discussão, Siza Vieira quer “tentar ter uma apresentação, por parte da Comissão, daquilo que são os objetivos que se definem para esta próxima década em termos da conectividade, em termos das qualificações, em termos de uma economia e de uma sociedade mais digitais” na Europa. “Vamos contar também com a participação de representantes do setor privado, que nos darão a sua perspetiva sobre estes dois importantes tópicos para o nosso futuro coletivo”, acrescentou.

Pedro Siza Vieira preside esta segunda-feira a um conselho informal dos ministros da competitividade, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da UE. No final da reunião, a partir das 12h15 (hora de Lisboa), o ministro fará uma conferência de imprensa conjunta com a vice-presidente executiva da Comissão Europeia, Margrethe Vestager (Uma Europa Preparada para a Era Digital).

A discussão em torno da redução da dependência estratégica da economia europeia acontece numa altura em que se verifica uma crise mundial na oferta de chips, incluindo processadores e outros componentes semicondutores para computadores portáteis e até automóveis. A Volkswagen Autoeuropa parou um mês e vai produzir menos 5.700 carros por falta destes componentes.

Na semana passada, por ocasião do Digital Day promovido pela presidência portuguesa do Conselho, Pedro Siza Vieira, questionado pelo ECO acerca da escassez mundial de chips, disse que a UE deve encarar não só a falta imediata como deve promover a produção destes componentes no mercado interno.

“O que reconhecemos é que devemos não só encarar a falta imediata e as questões de logística e transporte, mas garantir que temos uma economia mais resiliente no acesso a componentes críticos. É um desafio que temos encarado: construir uma sociedade e economia mais resilientes e garantir que temos acesso e que temos uma estratégia para reforçar o acesso a estes componentes críticos”, afirmou o governante.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo investe 20 milhões na floresta, 14% já em 2021

Já foi publicado em Diário da República o Plano de Investimentos para os Territórios Florestais sob gestão do ICNF, com 20 milhões de euros para investir na floresta nacional até 2026.

O Governo publicou em Diário da República a autorização de despesa “até ao montante global” de 20 milhões de euros para execução do Plano de Investimentos para os Territórios Florestais sob gestão do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. O plano contempla um “conjunto de ações” para garantir “a resiliência, a sustentabilidade e a valorização das matas nacionais” e demais territórios florestais.

Como tinha noticiado o ECO, o plano foi aprovado pelo Governo no início deste mês, num Conselho de Ministros dedicado ao tema das florestas. Estão previstos investimentos para a promoção da arborização de áreas de matos, recuperação de áreas ardidas e recuperação de infraestruturas e equipamentos, entre outras medidas.

Os 20 milhões de euros incluem IVA e, deste montante, 2,8 milhões são para investir já em 2021 (14% do total), seguidos de oito milhões em 2022, seis milhões em 2023, 2,8 milhões em 2024 e 400 mil euros ao longo do ano de 2025. Os recursos financeiros têm origem em fontes como o Programa de Desenvolvimento Rural 2020, Fundo florestal Permanente e Fundo Ambiental.

Na Resolução do Conselho de Ministros publicada esta segunda-feira, o Executivo alerta que os fogos de 2017, os consequentes ataques de pragas e a tempestade Leslie “afetaram de forma muito severa uma parte significativa dos territórios florestais submetidos ao regime florestal”. Lembra ainda que “a dimensão destas ocorrências reveste-se de particular gravidade pela circunstância de Portugal ser dos países do mundo com uma menor percentagem de florestas públicas, cerca de 3%”.

Assim, estes territórios assumem “uma especial reserva estratégica de longo prazo numa ótica do interesse público para a prossecução das políticas florestal, da biodiversidade e da conservação da natureza”, lê-se no documento.

“Dada a extensão dos danos nas matas nacionais e nos demais territórios submetidos ao regime florestal, a morosidade e a complexidade técnica das ações de recuperação ou a especial sensibilidade ecológica de alguns ecossistemas em causa, assim como a elevada importância destes territórios na prestação de bens e serviços de proteção, conservação, produção ou recreio e paisagem, é necessário assegurar a sua recuperação e efetiva garantia de gestão”, aponta o Governo. É nesse sentido que surge o plano de investimentos aprovado no início de março.

Este diploma faz parte de um conjunto de outros documentos sobre florestas publicados esta segunda-feira no Diário da República. Entre eles está outra autorização de despesa para a compra de 12 helicópteros e dois aviões anfíbios, meios aéreos que serão usados para a prevenção e combate a incêndios rurais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vacina da AstraZeneca sem efeitos adversos e 79% eficaz em ensaio clínico nos EUA

  • Lusa e ECO
  • 22 Março 2021

Os investigadores envolvidos no estudo referem que a vacina é eficaz em "pessoas de todas as idades", incluindo idosos, contrariando pesquisas anteriores efetuadas por outros países.

Dados de testes avançados de um estudo efetuado nos Estados Unidos indicam que a vacina da AstraZeneca tem uma eficácia de 79% contra o novo coronavírus.

Apesar de a vacina da AstraZeneca ter sido autorizada em mais de 50 países, ainda não foi admitida nos Estados Unidos.

A investigação que foi realizada em território norte-americano envolveu 30 mil voluntários. Uma parte destes voluntários foi inoculada com a vacina AstraZeneca contra a Covid-19 e os restantes com um composto inócuo.

Segundo o comunicado divulgado pela empresa, os investigadores envolvidos no estudo referem que a vacina é eficaz em “pessoas de todas as idades”, incluindo idosos, contrariando pesquisas anteriores efetuadas por outros países junto de pessoas com idades mais avançadas. Segundo o The New York Times, não foram reportados efeitos adversos e nenhum dos participantes teve de ser hospitalizado.

Os dados que foram comunicados esta segunda-feira vão ser submetidos à apreciação do Food and Drug Administration (FDA), organismo norte-americano que vai decidir, ou não, o uso da vacina nos Estados Unidos.

Os cientistas aguardavam os resultados da pesquisa norte-americana, que acreditam poder vir a esclarecer de forma definitiva a confusão sobre a eficácia do uso do composto desenvolvido pela AstraZeneca.

As autoridades britânicas autorizaram a vacina com base em resultados parciais dos testes realizados no Reino Unido, Brasil e África do Sul que sugeriram que a vacina tem uma eficácia de 70%.

De acordo com o fabricante, citado pela Associated Press, os resultados foram afetados por um erro de fabrico que levou alguns participantes nos testes a receberem apenas meia dose, na primeira toma, uma falha que os investigadores não detetaram inicialmente.

Posteriormente foi lançada a discussão sobre a proteção eficaz da vacina em idosos, assim como o período de tempo necessários entre a primeira e a segunda toma.

Alguns países europeus, como a Alemanha, França e Bélgica, começaram a inocular pessoas mais idosas, mas acabaram por inverter o processo após novas informações sobre a suposta ineficácia do composto em pessoas mais velhas.

Na semana passada, mais de uma dezena de países, sobretudo na Europa, suspenderam o uso da vacina AstraZeneca após notícias sobre supostas ligações da vacina com casos de trombose.

Na quinta-feira passada, a Agência Europeia do Medicamento concluiu, após pesquisas científicas, que a vacina não faz aumentar os riscos de trombose, mas não pode concluir se está relacionada com dois casos raros de trombose.

Na sexta-feira, após a comunicação da Agência Europeia do Medicamento, os países europeus retomaram o uso da vacina, tendo vários políticos tomado posições públicas sobre a segurança do composto desenvolvido pela AstraZeneca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moeda turca afunda após demissão do presidente do banco central

  • Lusa e ECO
  • 22 Março 2021

A lira turca afundou mais de 17% face ao dólar norte-americano, depois de o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ter demitido o governador do banco central, que estava no cargo há cinco meses.

A lira turca caiu mais de 17% em relação ao dólar norte-americano no mercado cambial, na sequência do afastamento do chefe do banco central turco Naci Agbal. Na manhã desta segunda-feira, a moeda turca cotava-se a 8,47 liras contra o dólar nos mercados cambiais asiáticos, depois de no final da semana se ter cotado a 7,22 liras contra o dólar.

Em funções há cinco meses, Agbal foi demitido na sexta-feira, por decreto emitido pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. A demissão foi anunciada dois dias depois de o banco central turco ter aumentado a principal taxa de referência, numa medida bem recebida pelos mercados como uma forma de combater a inflação.

Erdogan, um defensor de um forte crescimento alimentado por crédito barato, sempre expressou oposição a taxas de juro elevadas, às quais se tem referido como “pai e mãe de todos os males”, argumentando, ao contrário das teorias económicas convencionais, que promovem a inflação.

Cotação da lira turca face ao dólar:

Fonte: Eikon/Refinitiv

Antigo ministro das Finanças, Agbal foi substituído no cargo por Sahap Kavcioglu, economista e antigo deputado do partido no poder, uma nomeação que preocupa os investidores e lança dúvidas sobre a futura independência do banco central.

No domingo, o novo governador comprometeu-se a tomar as medidas necessárias para combater a inflação. “O Banco Central da Turquia vai continuar a utilizar eficazmente todos os instrumentos da política monetária para alcançar o objetivo: um declínio sustentável da inflação”, declarou Kavcioglu.

O aumento da inflação na Turquia nos últimos anos, juntamente com a erosão da lira turca, tem prejudicado a popularidade de Erdogan. Em fevereiro, a inflação foi de 15,6% em termos anuais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grupo de cientistas pede avaliação não condicionada sobre novo aeroporto

  • Lusa
  • 22 Março 2021

No entender destes especialistas, a Avaliação Ambiental Estratégica “devia ter subjacente um processo com uma definição de âmbito abrangente, rigorosamente fundamentado.

Um grupo de 43 cientistas, de diferentes especialidades e instituições académicas, enviou esta segunda-feira uma carta ao primeiro-ministro a pedir uma avaliação ambiental estratégica alargada e fundamentada e não condicionada, com vista à nova infraestrutura aeroportuária.

“Os cientistas pedem uma avaliação não condicionada por planos ou programas nos quais o projeto da nova infraestrutura se venha a enquadrar. Denunciam que o lançamento do procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) a duas localizações com três opções, está a adulterar os princípios por que se rege” a avaliação, refere um comunicado de imprensa.

O grupo lembra que a AAE solicitada pelo Governo “irá avaliar três opções, sendo que duas delas implicam uma nova infraestrutura aeroportuária na Base Aérea Nᵒ 6 (Aeroporto do Montijo) e na terceira opção essa nova infraestrutura seria localizada no Campo de Tiro de Alcochete”.

No entender destes especialistas, a AAE “devia ter subjacente um processo com uma definição de âmbito abrangente, rigorosamente fundamentado, com base no desenvolvimento de uma cultura verdadeiramente estratégica, com a incorporação dos valores ambientais e privilegiando a cooperação e o diálogo para a obtenção de consensos alargados”.

Neste sentido, enviaram uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, a “apelar para que a AAE integre, sem rodeios ou ambiguidades, o conhecimento científico obtido até à data sobre as localizações definidas, sob risco de se realizar uma AAE apenas para cumprir requisitos formais, ignorando a defesa dos valores do património ambiental e indo ao arrepio dos compromissos europeus a que Portugal tão bem anuiu”.

Na missiva, da qual seguiu uma cópia para o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e para os deputados da Assembleia da República, o grupo defende que “se o interesse desta infraestrutura é reconhecidamente nacional e estratégico, como indicado no referido comunicado, então o procedimento de AAE não se deve limitar a apenas duas localizações”.

“Deverá sim ter uma definição de âmbito abrangente, assente numa fundamentação rigorosa, com critérios bem definidos e que resulte dum consenso alargado, onde não apenas algumas entidades, mas também especialistas e o público interessado possam participar, cumprindo assim o objetivo de alterar mentalidades e criar uma cultura estratégica nacional no processo de decisão”, argumenta.

Este grupo composto, entre outros, por especialistas nas áreas da ecologia, biodiversidade, ambiente e transportes, refere que “da mesma forma que a ciência tem servido o atual desafio de saúde pública”, também eles solicitam que o Governo “considere os pareceres dos profissionais nas várias áreas relevantes, encontrando consensos alargados em prol da sustentabilidade ambiental no contexto atual”.

“Preocupados com a alarmante degradação dos sistemas naturais dos quais a nossa sociedade depende, solicitamos que se digne a utilizar o procedimento de AAE por forma a que a decisão acerca das características de um determinado projeto (entenda-se a localização de uma nova infraestrutura aeroportuária) não se encontre já previamente condicionada por planos ou programas nos quais o projeto se enquadra”, escrevem.

Os especialistas pedem que “sejam solicitados pareceres às entidades às quais, em virtude das suas responsabilidades ambientais específicas, possam interessar os efeitos ambientais resultantes da aplicação do plano ou programa”.

No entender deste grupo, ao limitar o estudo a duas localizações, com três opções, “falharão também os três objetivos concretos, tal como descritos no Guia de Melhores Práticas para AAE”, entre os quais, “alterar mentalidades e criar uma cultura estratégica no processo de decisão, promovendo a cooperação e o diálogo institucionais e evitando conflitos”.

A carta assinala ainda “vários aspetos” que “devem ser considerados de forma estratégica” como o da atual pandemia, que “pode e deve permitir que se transformem problemas em oportunidades” como o de “repensar o papel do transporte de passageiros, nomeadamente a ferrovia, e dos modelos de mercados” com “mudanças significativas na mobilidade de longo curso no “pós-covid”.

O grupo argumenta ainda com a “Estratégia Nacional de Conservação da Natureza” aprovada em Conselho de Ministros, assim como “o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050” e “as metas estabelecidas no Pacto Ecológico Europeu a 11 de dezembro de 2019, que propõem a defesa da biodiversidade e o alargamento das áreas protegidas, como aspetos fundamentais para a salvaguarda da biodiversidade”.

A carta termina com um lamento pelo “tempo e custo financeiro que o Estado português já despendeu com o objetivo de expandir a capacidade aeroportuária”, mas defende que “apenas uma decisão bem informada poderá conduzir à solução que o desenvolvimento estratégico do país, nas suas várias dimensões, económica, social e ambiental, exige”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aramco paga 75 mil milhões em dividendos apesar da quebra de 45% nos lucros

  • Lusa e ECO
  • 22 Março 2021

A petrolífera saudita Aramco vai distribuir 75 mil milhões de dólares em dividendos aos acionistas, a maioria ao Governo da Arábia Saudita, apesar de os lucros em 2020 terem afundado quase 45%.

A gigante petrolífera Aramco, apoiada pelo Estado da Arábia Saudita, anunciou que os seus lucros caíram em 2020 para 49 mil milhões de dólares (41 mil milhões de euros), uma queda anual de 44,4% devido à pandemia de coronavírus.

Apesar da quebra, após um ano marcado pela pandemia, a petrolífera vai pagar um total de 75 mil milhões de dólares em dividendos aos acionistas. A maior “fatia” deverá ir para os cofres públicos sauditas, sendo estes dividendos uma das principais fontes de financiamento do governo da Arábia Saudita, de acordo com a Bloomberg (acesso condicionado).

Em 2019, a Aramco tinha registado lucros de 88,2 mil milhões de dólares (74 mil milhões de euros) em 2019 e 111,1 mil milhões de dólares (93 milhões de euros) em 2018. Continua a ser uma das empresas mais valiosas do mundo e a remuneração acionista não tem comparação entre todas as empresas cotadas nos mercados de capitais.

A Saudi Arabian Oil Co. divulgou os seus resultados financeiros um ano após a pandemia ter atirado o preço do petróleo para os mínimos de sempre, à medida que as pessoas paravam de se deslocar pelo mundo para conter a propagação do vírus.

Nas últimas semanas, contudo, o preço subiu à medida que as restrições de movimento se atenuam, o comércio aumenta e mais pessoas são vacinadas contra a Covid-19. Ainda assim, os analistas advertem que um pico na procura pode ainda estar longe.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nas notícias lá fora: lira turca, AstraZeneca e expansão da Correos

  • ECO
  • 22 Março 2021

A vacina da AstraZeneca tem uma eficácia de 79% nos EUA. A lira turca afundou-se, estando perto do mínimo histórico de novembro. A Correos prepara-se para a corrida pela Correios do Brasil.

A vacina da AstraZeneca continua a marca a atualidade internacional, desta vez nos EUA, onde os ses ensaios clínicos demonstraram uma eficácia de 79%. Esta segunda-feira é marcada também pela queda da lira turca, após expulsão do governador do banco central. Destaque também para a Correos que se encontra na corrida pela Correios do Brasil e para a ByteDance, dona da TikTok que se expande no mercado dos videojogos. Na Europa, o regulador bancário insta aos bancos a reconhecerem perdas e não concederem crédito não rentável quando os apoios dos governos acabarem.

The Wall Street Journal

Vacina da AstraZeneca 79% eficaz nos EUA

A vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca demonstrou ser segura e 79% eficaz na prevenção de doenças sintomáticas nos ensaios clínicos realizados nos Estados Unidos, que envolveram mais de 32.000 pessoas. A empresa indicou que iria continuar a análise, mas que se está a preparar para solicitar autorização de emergência no país nas próximas semanas. Adicionalmente, revelou que a vacina se mostrou 80% eficaz nos maiores de 65 anos — a faixa etária que causou preocupação na Europa.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Lira turca afunda-se até 15% depois de Erdogan expulsar governador do banco central

A lira turca caiu até 15% face ao dólar, depois do Presidente Tayyip Erdogan ter decidido expulsar o recente governador do banco central do país, Naci Agbal, eliminando uma grande parte dos ganhos da moeda sob o seu mandato de quatro meses. A queda colocou a lira apenas alguns pontos acima do mínimo histórico registado em novembro do ano passado.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Unidade de videojogos da ByteDance vai comprar Moonton Technology

A ByteDance, dona do TikTok, anunciou, esta segunda-feira, que a sua unidade de videojogos, Nuverse, concordou em a Mooton Technology, sediada em Xangai, com uma tentativa de expansão desta área do negócio. A ByteDance fez avanços consideráveis ​​nesta área, estando agora em competição direta com a chinesa Tencent.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Expansión

Correos, de Espanha, entra na corrida pelos Correios do Brasil

A privatização da Correios, operador postal brasileiro, tornou-se a primeira grande oportunidade para os Correos, de Espanha, darem o salto para a América Latina, um dos seus principais objetivos para os últimos dois anos. O Governo de Bolsonaro incluiu a empresa espanhola nos convidados para a operação.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso pago, conteúdo em espanhol)

Bloomberg

Bancos europeus instados a reconhecer perdas de empréstimos após a Covid-19

A Autoridade Bancária Europeia instou os credores a anularem os empréstimos não rentáveis na sequência da pandemia, pois assim as empresas “zombies” podem prejudicar a recuperação económica. Jose Manuel Campa, presidente do regulador, afirmou, numa entrevista, que os reguladores esperam que os empréstimos não rentáveis “aumentem para um montante significativo” nos próximos trimestres, após um ano de apoio governamental. Deveria haver “o reconhecimento tão cedo quanto possível” das perdas, disse.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novos confinamentos pesam nas bolsas europeias

As bolsas do Velho Continente abriram em terreno negativo, reagindo negativamente aos novos confinamentos que estão a ser implementados em algumas partes da Europa.

As bolsas europeias arrancaram a semana abaixo da linha de água e contrariam a tendência positiva dos mercados asiáticos.

Por um lado, as negociações estão condicionadas pelos receios de inflação face à forte recuperação perspetivada para a economia dos EUA.

Por outro, a implementação de novos confinamentos em algumas partes da Europa está a assustar os investidores, à medida que a Covid-19 volta a avançar no continente, enquanto a vacinação decorre a uma velocidade mais lenta do que o desejado.

O Stoxx 600 cai 0,4%. Em simultâneo, o britânico FTSE 100 recua 0,7%, o alemão DAX cede 0,5%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,6% e o espanhol IBEX-35 perde 1,4%.

O português PSI-20 acompanha as congéneres europeias e regista uma queda de 0,32%, para 4.832,96 pontos, penalizado por quedas nos setores da banca e da energia.

O BCP regista o desempenho mais fraco, caindo 1,80%, para 11,45 cêntimos por ação, pressionando o índice de forma significativa.

Evolução das ações do BCP em Lisboa:

Também a Galp Energia regista uma queda de 1,51%, para 10,095 euros. A petrolífera nacional reage negativamente à queda dos preços do petróleo, numa altura em que o preço do barril de Brent cai 1,21% em Londres, para 63,75 dólares, face às perspetivas de menor procura por causa dos confinamentos.

Na eletricidade, a EDP recua 0,43%, para 4,872 euros, enquanto a Nos cai 0,65%, para 3,06 euros, numa altura em que o leilão de frequências do 5G, promovido pela Anacom, caminha para o 48.º dia de licitação.

A amparar a bolsa de Lisboa está a valorização da EDP Renováveis. A empresa anunciou esta segunda-feira um acordo de Build & Transfer com uma empresa pública do Estado norte-americano do Indiana para a construção de um parque solar de 200 MW. Ainda do lado dos ganhos, as ações dos CTT avançam 1,63%, para 3,11 euros.

Ao longo da sessão, os investidores também estarão de olhos postos no comportamento da lira turca. No fim de semana, o Presidente da Turquia decidiu substituir o governador do banco central depois de uma subida de juros que não agradou a Recep Tayyip Erdogan.

A decisão surpreendeu os mercados e espoletou uma queda acentuada da lira contra o dólar. Atualmente, cada lira compra 0,1261 dólares, uma queda de 8,95%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.