Neutralidade carbónica nos Seguros avança nas Nações Unidas

  • ECO Seguros
  • 27 Abril 2021

A iniciativa já subscrita por sete seguradoras e resseguradores pretende consolidar-se como referência do setor nas economias mais ricas (G7), que reúnem em junho, e ser levada à COP26, em novembro.

Signatárias dos PSI – UN Principles for Sustainable Insurance, uma carta de princípios que vem de 2012, Axa, Allianz, Aviva, Munich Re, SCOR, Swiss Re e o Zurich Insurance Group acreditam que a indústria global de seguros e resseguros “pode desempenhar um papel fundamental na aceleração da transição” para uma economia resiliente e com zero de emissões líquidas.

Por isso, avançam com reforço de compromisso, a NZIA, Net-Zero Insurance Alliance em conformidade com o objetivo de 1,5°C do Acordo de Paris sobre Alterações Climáticas.

Trabalhando em conjunto com a Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP FI), as sete companhias têm em curso o estabelecimento de uma Aliança de Seguros Net-Zero (NZIA). Anunciada pela UNEPfi como aliança “pioneira” e apresentada como a maior parceria entre a ONU e a indústria seguradora mundial – espera-se que a NZIA seja formalmente lançada na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas de 2021 (COP26), em Glasgow, no próximo mês de novembro.

Ao estabelecerem a NZIA, atualmente presidida pela francesa Axa, as seguradoras signatárias assumem o seu papel – enquanto gestoras de riscono apoio à transição para uma economia de neutralidade carbónica, ao mesmo tempo que reforçam os princípios e objetivos da Alliance Net-Zero Asset Owner (AOA), anunciada em setembro 2019.

Para assegurar que a NZIA e os seus membros cumprem legislação, regras e regulamentos aplicáveis, as signatárias vão trabalhar com consultores externos no sentido de afinarem forma e substância da atividade da NZIA e o compromisso zero de emissões líquidas (net-zero). Espera-se que a análise do respetivo enquadramento jurídico seja concluída até junho de 2021, a tempo da cimeira dos líderes do G7, no Reino Unido.

“Estas sete seguradoras e resseguradoras globais representam o ‘G7’ da indústria seguradora em termos de ambição net-zero”, disse Butch Bacani, que que chefia o PSI no Programa das Nações Unidas para o Ambiente.

A caminho da COP26, o objetivo institucional das empresas signatárias do PSI é tornarem-se parte integrante da GFANZ Glasgow Financial Alliance for Net Zero, anunciada e presidida por Mark Carney, enviado especial das Nações Unidas para área da Ação Climática e Finança. A GFANZ engloba mais de 160 instituições financeiras de todo mundo – com volume agregado superior a 72 biliões de dólares de ativos sob gestão – e que já assumiram metas de descarbonização (até 2050 ou antes).

A Aliança de Glasgow inclui mais de 40 bancos de 23 países, 87 entidades gestoras de ativos e 58 outras instituições que detêm e gerem ativos. A NZIA vai integrar este fórum estratégico que, segundo Carney, será o garante de que o setor financeiro trabalha em conjunto e de forma abrangente para acelerar a transição para uma economia de zero emissões.

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