Cinco empresas na corrida para comprar a Efacec, três são estrangeiras  

A lista final de candidatos à privatização da Efacec está fechada. A DST, Chint Group Corporation, Iberdrola, Elsewedy e Sing - Investimentos Globais foram as cinco empresas que passaram à fase final.

A Efacec tem cinco propostas vinculativas para a fase seguinte da reprivatização. Deste total, três empresas são estrangeiras e duas nacionais, anunciou esta quinta-feira o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, em conferência de imprensa após a reunião de Conselho de Ministros.

As empresas que passam à fase seguinte são as portuguesas DST e Sing – Investimentos Globais, a chinesa Chint Group Corporation, a espanhola Iberdrola e a egípcia Elsewedy Electric Corporation, anunciou o ministro da Economia.

“De dez propostas não vinculativas, vão passar à fase seguinte um conjunto de cinco propostas de interessados na compra da posição maioritária na Efacec. As outras cinco não cumpriam pelo menos um critério definido pelo Executivo, o mínimo necessário para serem positivamente avaliadas. Estes candidatos vão poder analisar agora a situação da Efacec com mais detalhe, para elaborarem propostas vinculativas”, esclareceu o ministro da Economia.

O ministro da Economia Pedro Siza Vieira diz agora que pretende concluir a reprivatização da Efacec “no verão deste ano”. A empresa “precisa rapidamente de encontrar um investidor” que dê continuidade à Efacec, explica o governante.

O ministro da Economia, Pedro Siza Viera, já tinha adiantado que existiam dez candidatos não vinculativos à privatização da Efacec, onde o Estado tem 71,73%, mas à reta final chegaram agora cinco empresas, todas elas são investidores industriais.

Pedro Siza Vieira diz estar “convencido” de que a Efacec vai ser capaz de reembolsar o empréstimo garantido pelo Estado. Explica que o comprador da empresa deverá ter capacidade para recapitalizar a companhia. Em causa está um financiamento de cerca de 70 milhões de euros.

O ministro da Economia esclareceu ainda que Governo não espera perdas para o Estado com a Efacec. O Estado vai mandar fazer uma avaliação da Efacec à data da nacionalização e terá de pagar o valor que resulta dessa avaliação a quem demonstrar ter direito a indemnização (seja o acionista ou credor do acionista). “A avaliação ainda não está concluída, mas dada a situação que a Efacec se encontrava, o valor é negligenciável”.

Pedro Siza Vieira adianta ainda que o “Estado espera vender a Efacec a quem sobretudo assegure a sua autonomia estratégica, um plano operacional, que demonstre a sua capacidade de continuar a contribuir para a economia nacional, para as exportações e para o desenvolvimento de I&D de natureza industrial no nosso país, e que seja capaz de assegurar a capitalização da empresa”, afirma.

A empresa, liderada por Ângelo Ramalho, fechou o ano de 2020 com prejuízos de 73,4 milhões de euros, de acordo com o relatório de contas de 2020. Já em 2019, a empresa fechou o ano com um prejuízo superior a 28 milhões de euros. Em dois anos acumulou prejuízos superiores a 100 milhões de euros.

No entanto, as receitas da Efacec do último trimestre foram de 91 milhões de euros, mais do dobro da média dos trimestres anteriores e o EBITDA recorrente deste trimestre foi já positivo. Ângelo Ramalho já tinha anunciado que a Efacec apresentou resultados operacionais positivos nos dois últimos trimestres.

(Notícia atualizadas às 17H55 com mais informações)

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