“Têm de se retirar consequências políticas” de Odemira, defende Marcelo

Marcelo defende que "se têm de retirar muitas consequências politicas" sobre a situação dos trabalhadores agrícolas imigrantes no concelho de Odemira e que "não pode depender de problemas de saúde".

O Presidente da República defende que “têm de se retirar muitas consequências politicas” relativamente à situação dos trabalhadores agrícolas imigrantes no concelho de Odemira, em Beja, apontando que esta reflexão “não pode depender de haver problemas de saúde”.

Acho que se têm de retirar muitas consequências politicas”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, durante o Roteiro “Portugal Próximo”, no Minho, em declarações transmitidas pela RTP3.

Nesse sentido, o Presidente da República sinaliza que tem de haver uma maior “fiscalização”, “tem que se apurar se há ou não uma situação que convida àquilo que são atuações criminais”, bem como refletir-se “a sério” sobre a situação vivida pelos trabalhadores imigrantes em Portugal. “Fala-se de inclusão, mas a inclusão é muito relativa”, avisa.

Por fim, o Chefe de Estado alertou ainda que todas estas reflexões não podem “depender de haver problemas de saúde” que levam a que estas situações sejam trazidas para a agenda pública. Recorde-se que no final da semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha lembrado a “importância dos imigrantes para economia e sociedade portuguesa”, apontando que “vale a pena refletir sobre o caso de Odemira”.

Na sequência da situação epidemiológica no concelho de Odemira, em Beja, o Governo decretou uma cerca sanitária às freguesias de São Teotónio e Longueira-Almograve, avançando com medidas de rastreio e isolamento dos infetados por Covid-19. Para garantir o confinamento obrigatório dos doentes, avançou com a requisição temporária do ZMar.

Contudo, esta requisição civil não foi vista com bons olhos por parte de alguns proprietários de habitações do Zmar, que avançaram com uma providência cautelar contra a medida. Perante este conflito, no final da semana passada, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, tinha já anunciado que o Governo poderia vir a avançar com um resolução fundamentada que garantisse a efetividade da requisição civil do Zmar, caso o Executivo fosse notificado de um pedido de retirada apresentado pelos utentes do parque de campismo. Segundo avança a RTP, esta resolução fundamentada do Governo já foi entregue, esta segunda-feira.

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