Consumidores procuram novas soluções de seguro cibernético

  • ECO Seguros
  • 8 Junho 2021

Três em cada quatro consumidores querem ter apoio das suas seguradoras para lidar com ameaças de cibersegurança emergentes de hábitos online adotados durante a pandemia, indica a Accenture.

Os consumidores estão preocupados com questões de identidade e proteção de dados pessoais, sendo que um em cada cinco (20%) teme a partilha dos seus dados com seguradoras por receio de que os mesmos sejam roubados, indica a Accenture Portugal baseando-se em análise global.

Num estudo que abrangeu mais de 47.000 pessoas em todo o mundo, a consultora procurou perceber se a experiência e as expectativas dos consumidores com os produtos e serviços de seguro durante a pandemia podem tornar-se mudanças permanentes para o setor de seguros.

As principais conclusões do estudo Three ways COVID-19 is changing insurance prendem-se com a “perceção do lar como a nova fortaleza digital, a qual precisa de um seguro para o ciberespaço, a prioridade da relação custo-benefício, resultante da crise financeira atual, e a dicotomia sobre o desempenho das seguradoras durante a pandemia, com especial enfoque na clareza das mensagens veiculadas para os seus clientes,” explica a Accenture Portugal.

À medida que as pessoas começaram a despender mais tempo online, a pandemia aumentou o risco de ataques cibernéticos e de fraudes. “Esta realidade está a levar os consumidores a procurar outras soluções, para além das tradicionais relacionadas com o roubo de identidade, e recorrerem às seguradoras para soluções relacionadas com cibersegurança pessoal,” explica a empresa.

Emanuel Agostinho, Managing Director na área de Strategy & Consulting, na Accenture Portugal, afirma que estamos a assistir ao início de um novo ciclo no mercado dos seguros e que “a pandemia teve um impacto profundo na vida dos clientes, o que provavelmente os fará encarar as seguradoras como aliadas neste mundo mais vulnerável e digital.”

As seguradoras, por sua vez, estão a reconsiderar o seu papel na vida dos seus clientes, “ajudando-os a lidar com incidentes cibernéticos e a construir uma relação de confiança mútua e de longa data, que lhes permita garantir a sensação de que a sua identidade e dados pessoais estão protegidos,” considerou o responsável.

O relatório da Accenture indica que o teletrabalho também influência as expectativas dos consumidores no longo prazo, o que gera nova procura junto das seguradoras. Mais de metade (56%) dos entrevistados que podem trabalhar em casa disseram que esperam fazê-lo com mais frequência no futuro. E como os lares são agora o epicentro da sua vida profissional, mais de metade (53%) dos entrevistados assumiram que estariam interessados ​​em ter um seguro para a proteção do seu ciberespaço, onde os prémios estariam vinculados ao uso do software de proteção contra vírus mais recentes.

O responsável da Accenture ressalva que, “com o número crescente de pessoas a trabalhar de forma remota, as seguradoras devem considerar a proteção das casas dos seus clientes não apenas como ativos físicos, mas também como ativos digitais”.

Por outro lado, a pandemia e a consequente crise financeira fizeram com que os consumidores mudassem as suas prioridades na altura de escolher a sua seguradora. Há dois anos, as principais prioridades dos consumidores em relação às mesmas concentravam-se no atendimento ao cliente, incluindo a resolução rápida e eficiente de problemas. Agora, os consumidores citam a relação custo-benefício como o principal motivo para continuar com uma seguradora.

“Os consumidores querem ter mais controlo sobre o seu dinheiro e sentir, simultaneamente, que a sua seguradora entende o seu novo mundo”. Embora o alívio financeiro, como os descontos oferecidos pelas seguradoras de automóveis durante a pandemia, tenha tido uma influência positiva na perceção do consumidor sobre o desempenho destas empresas durante a crise, Emanuel Agostinho afirma que “as seguradoras não devem cair numa competição sobre o preço. O consumidor continua a valorizar a oferta de experiências de cliente confiáveis ​​e personalizadas, adaptando-se a novos riscos.

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